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domingo, 23 de agosto de 2020

SAMURAI SATO

 

Foto: CBS

No atípico ano de 2020, as 500 Milhas de Indianápolis aconteceram sem público e no penúltimo domingo de agosto. Tudo muito diferente, além da primeira edição com o horroroso Aeroscreen. Com a perda aerodinâmica, foi uma prova de poucas emoções e baseada na estratégia e, claro, nas amarelas.

Muitos novatos foram ao muro. Na ponta, o motor Honda dominava as ações. Dixon liderou boa parte das 200 voltas, seguido de perto por Sato e Rossi, com O'Ward, Rahal e Sato colados. Em uma das trocas, Rossi bateu em outro carro nos boxes e foi punido. Ao tentar escalar o pelotão, encontrou o muro. 

No último quarto da prova, na última rodada de pit stops, Sato parou antes de Dixon e, numa ultrapassagem por fora, começou a aumentar o ritmo. O neozelandês tentou atacar mas foi muito bem defendido pelo japonês. A corrida prometia um final eletrizante para essa disputa mas, faltando cinco voltas, Spencer Pigot, companheiro de Sato na RLL, bateu forte na quina do pitlane e, diante do estrago, não havia mais tempo para nada.

Segunda vitória do japonês no Brickward, conquistadas nas últimas quatro edições, a primeira da RLL desde 2004, quando Buddy Rice venceu. Apesar do gosto amargo de liderar a maior parte do tempo e mesmo assim não conseguir o segundo triunfo na Indy 500, Dixon aumentou a vantagem e se encaminha para o hexacampeonato na Indy. Graham Rahal foi o terceiro, seguido por Santino Ferrucci, com Newgarden em quinto (a primeira Chevrolet) e Pato O'Ward em sexto.

Foto: F1Mania

Uma das atrações, Alonso em nenhum momento flertou com a vitória, sequer com o primeiro pelotão. Largando em 26° com um carro muito ruim e um motor inferior ao da Honda (ah, a ironia do destino...), também teve problemas com a embreagem e levou uma volta do vencedor. Ao menos, dessa vez, o espanhol conseguiu largar e terminar a prova que ainda lhe resta para conquistar a Tríplice Coroa. Ao que tudo indica, esse sonho está adiado no mínimo até 2023, pois Alonso deixou claro que agora os próximos dois anos serão de foco total na Renault na F1. Valeu a tentativa e a experiência.

Os brasileiros Helio Castroneves e Tony Kanaan também disputaram a prova. No provável último ato com a Penske, Helinho foi o 19° e Tony, também em turnê de despedida, foi o 19°. Ficaram longe do primeiro pelotão, mas quem se importa? O problema é que, depois deles, não há mais nenhum brasileiro na categoria...

É louco pensar que se não fosse a afobação com Dario Franchitti em 2012, Sato agora teria 3 Indy 500 em casa, o mesmo número de Castroneves, por exemplo. Duas vitórias para o japonês que, aos 43 anos de idade, mostra que o auge pode sim ser mais tarde e em outras circunstâncias. Ele continuou dedicando o triunfo para o povo japonês e os acontecimentos do terremoto de quase uma década, em 2011.

Em um ano atípico, uma vitória normal. Uma pena que não houveram testemunhas oculares no Indianapolis Motor Speedway para saudar o Samurai Sato. Ele merece e muito.

Até!



segunda-feira, 27 de maio de 2019

MERECIMENTO

Foto: Time Magazine
Simon Pagenaud largou na pole, liderou a maior parte das 200 voltas e venceu pela primeira vez a Indy 500, quebrando um jejum de 99 anos (!) sem vitórias da França no Brickyard.

Isso não quer dizer que foi uma vitória necessariamente fácil, muito pelo contrário, ao menos nas últimas 10 voltas.

O francês liderou a corrida quase de ponta a ponta, sendo ameaçado por Newgarden e Ed Carpenter. Vindo de trás, Alexander Rossi foi o grande nome da corrida. Endiabrado e ousado, foi pra cima agressivamente e estava perseguindo a liderança até que um problema na bomba de combustível no terceiro pit o fez cair pra sexto. Sorte e azar ao mesmo tempo, porque o incidente se deu durante uma bandeira amarela.

A corrida não teve tantos acidentes na pista. Logo no início, uma amarela para o estreante Colton Herta, que abandonou com problemas. Depois, o herói Kyle Kaiser foi o primeiro a encontrar o muro.

Os pits é que tiveram mais problemas. Hélio Castroneves acertou a traseira de James Davison e teve a corrida comprometida desde aí. Na outra parada, Jordan King acertou o pneu separado pela equipe para a troca na perna do mecânico. Will Power e Takuma Sato tiveram problemas, além de Rossi. Marcus Ericsson conseguiu a proeza de bater após a desaceleração e a entrada nos pits.

Um mini big one foi instaurado faltando 30 voltas. Sebastien Bourdais fechou Graham Rahal até a grama, os dois se tocaram e causaram um efeito dominó com outros cinco carros que rodaram e bateram. Bandeira vermelha pra retirar os destroços dos carros e limpar a pista.

Nesse meio tempo, Power e Sato ressurgiram das cinzas para ficar entre os dez primeiros, assim como Ryan Hunter-Reay e Tony Kanaan, apagadíssimos no terceiro pelotão.

Apesar dos carros retornarem a pista, o Pace Car andou mais algum tempo. Faltando 11 voltas, a relargada e o ritmo insano da corrida. Rossi e Pagenaud brigando metro a metro pela vitória. Na antepenenúltima volta, Rossi assumiu a liderança. Na penúltima, Pagenaud deu o troco pra não perder mais. Faltou potência para um revoltado Rossi, chateado com sua grande atuação não ter sido recompensada com a segunda vitória em Indianápolis.

Sato veio do nada, passou Newgarden e Carpenter e conseguiu um improvável terceiro lugar. Newgarden, que liderou algumas voltas, se contentou com o quarto lugar. Will Power fez uma prova de recuperação e ficou em quinto. Faltou força para Ed Carpenter na reta final, o que culminou com o sexto lugar.

Tony Kanaan foi o nono, Matheus Leist o 15° e Hélio Castroneves o 18°. Não foi das melhores corridas da história das 500 Milhas, mas as 11 voltas finais valeram a pena. Ao menos foi melhor que o ano passado. O novo kit não parece ser bom e isso é preocupante.

A corrida não coroou o melhor piloto da tarde, mas premiou aquele que mais mereceu, desde os treinos e que liderou a maior parte da corrida. Roger Penske conquista a 18a vitória. Newgarden mantém a liderança no campeonato, seguido por Scott Dixon, Rossi, Sato, Power e o vencedor Pagenaud. Leist é 18° e Tony Kanaan o 19°.

Até!

segunda-feira, 20 de maio de 2019

KAISER NO LEITE

Foto: Divulgação/Indy Car
E o que parecia uma leve suspeita foi se confirmando nos dias seguintes até se materializar definitivamente neste domingo.

Fernando Alonso, que tanto se preparou e lutou para buscar a tríplice coroa no automobilismo, vai ter que esperar mais um ano. Ele foi eliminado no Bump Day e, portanto, está fora das 500 milhas de Indianápolis.

Desde o início da semana o desempenho do espanhol foi fraco, amargando as últimas posições. O forte acidente no treino livre de quinta também foi um fator agravante, pois sem o chassi feito diretamente da Inglaterra, Alonso teve que lutar com todas as forças com um carro muito problemático.

No sábado, Alonso ficou fora dos 30 que garantiram vaga. Teve que lutar hoje com Pato O'Ward, Max Chilton (aquele), Sage Karam, James Hinchcliffe e Kyle Kaiser. Hinchcliffe e Karam conseguiram. O clímax ficou para o final.

Em 33°, Alonso dependia de uma sequência de voltas mais lentas do piloto com sobrenome de cerveja. Ele corre pela modestíssima DragonRacing, o orçamento mais pobre da categoria em um carro remendado em virtude de um acidente na sexta, com peças emprestadas de outras equipes e com o acerto do carro para o circuito misto de Texas.

O jovem estreante mesmo assim conseguiu uma sequência de voltas suficientemente mais velozes que o espanhol, o que resultou na eliminação de Fernando Alonso da Indy e um momento marcante para Kaiser, que com certeza já é o grande herói desta edição, mesmo largando em último e com remotíssimas chances de fazer mais do que isso. E quem se importa? Isso é realmente necessário?


De quem é a culpa? Com certeza é mais um vexame histórico da McLaren. Depois de tantos anos apanhando na Fórmula 1, agora eu posso dizer que o que aconteceu ontem foi pior. Uma equipe campeã com um piloto bicampeão mundial errou desde o processo inicial ao assinar com a Carlin, que na Indy é uma equipe fraquíssima. Alonso, Chilton e Pato O'Ward estão fora. Dois ex-F1 e um foi recentemente contratado para a academia de pilotos da F1. O único da Carlin que vai largar é o especialista em ovais Charlie Kimball.

Por considerar a Carpenter cara demais e sem o apoio da Andretti igual em 2017, o orgulho e prepotência europeu foram engolidos hoje. Mais um mancha lamentável no cartel da McLaren que respinga em Alonso, o menor dos culpados. Afinal, o espanhol não tem experiência em ovais, mas com certeza a queda hoje não era algo esperado. O que será dele após o fim do Mundial de WEC? O pior é ser superado por equipes que mal têm orçamento e estrutura para competir, como é o caso do carro de Kyle Kaiser.

No Fast Nine, o campeão de 2016 Simon Pagenaud vai largar pela primeira vez na pole na Indy 500, depois do segundo lugar ano passado. Apesar do favoritismo, a Carpenter foi superada, mas colocou outros três carros nas quatro primeiras posições. Ed Carpenter, especialista em treinos na Indy 500, larga em segundo, seguido por Spencer Pigot e Ed Jones, uma Carpenter sob o nome de Scuderia Corsa, a versão americana da Ferrari. Se ferra aí, McLaren...

O estreante Colton Herta larga em quinto, seguido do atual vencedor Will Power e de Sebastian Bourdais. O campeão de 2017 (Josef Newgarden) e o vencedor da Indy 500 (Alexander Rossi) fecham o grid dos nove primeiros. Pesado.

Os brasileiros: buscando o tetra, Hélio Castroneves larga em 12°, Tony Kanaan é o 16° e Matheus Leist é o 24°. Helinho é o que tem mais chances. A dupla da A.J.Foyt vai ter que depender de circunstâncias externas para poderem brilhar. Atual campeão e pole do ano passado, Scott Dixon é só  o 18°, mas nunca se duvidem dele. Outro vencedor da Indy 500, Ryan Hunter-Reay é o 22°.

Legal também ver que o esforço da Pippa Mann dessa vez foi recompensado. Ela conseguiu o 30° lugar da classificação direta no sábado. Parabéns pra ela.

Agora é só aguardar para a corrida na semana que vem. Para Alonso e McLaren, fica aquele gosto de leite azedo com Kaiser. Se só a cerveja já é meio enjoante, imagina essa mistura...

Confira o grid completo com os 33 que largam na Indy 500 2019:


Até!

terça-feira, 29 de maio de 2018

A INEVITÁVEL COMPARAÇÃO

Foto: Getty Images

Fim de semana com as duas provas mais importantes do automobilismo, no mesmo dia e apenas separadas por algumas horas. Mesmo que sejam de estilos e abordagens diferentes, é impossível não colocar Mônaco e Indianápolis no mesmo pote e tirar como conclusão qual das duas é a melhor.

Mônaco: o charme, o príncipe Albert, as celebridades, andar nas ruas de Monte Carlo, tão estreitas e desafiadoras para um carro tão largo como o de um F1. “Andar de bicicleta na sala”, diz Nelson Piquet. Sinceramente, não sei o quem interessa isso, só os ricaços que ficam em suas hiates curtindo a vida adoidada que possuem. De resto, o que vale para nós todo esse glamour assistindo pela TV de manhã, com sono e remela no olho?

Praticamente todos os pilotos foram unânimes em descascar a corrida de ontem. "Extremamente chata. Quer dizer, essa provavelmente é a corrida mais chata da F1. Sem um safety-car, uma bandeira amarela... O esporte precisa pensar um pouco sobre o espetáculo, porque é bem decepcionante", foi o que disse Fernando Alonso. Lewis Hamilton: "A mais chata de todas. Foram as 78 voltas mais longas de todas, não foi uma corrida. Não teve qualquer emoção. Não houve nenhuma ação. Quando a prova acabou, apenas agradeci."

Tirando casos exceepcionais (chuva e acidentes diversos), Mônaco é sim diferente. Aproveitando o clima de cassino, qualquer coisa pode acontecer, mas isso tem sido cada vez mais raro. Qual foi a última vitória realmente surpreendente? A do Trulli em 2004, talvez? A culpa não é só do circuito. A F1 tem sua parcela de responsabilidade. Ela não se ajuda. Com regras complicadas e carros que são naturalmente difíceis de acompanhar por perto em circuitos, não é difícil entender que em um circuito de rua isso será ainda mais impossível de ser feito.


Vitória de Trulli foi a última "surpresa" de Mônaco, em 2004. Foto: Getty Images

“É preciso ter ultrapassagens”. Claro. Apenas não concordo com as ultrapassagens artificiais, aquelas com o DRS. Uma corrida não se torna boa só porque teve 3242 trocas de posição onde basta um botão e deixar o carro da frente sem defesa. A disputa também pertence ao espetáculo. Alonso e Schumacher em 2006 que o digam. A aerodinâmica precisa ser repensada, mas não pode ser no 8 ou no 80. É preciso ter disputa, com chances de atacar e se defender de uma posição, não uma procissão ou uma artificialidade. Mônaco e toda a F1, hoje, não tem nenhuma das duas coisas. Para valorizar o espetáculo, é necessário criar condições para isso. A Liberty já entendeu o recado. Agora é ver o que eles estão tramando para o ano que vem e as novas regras de 2021.



Na Indy, o novo kit foi traiçoeiro. Carros mais lentos e muitas escapadas de traseiras fizeram vítimas experientes. Também não foi uma corrida repleta de ultrapassagens, exceto nas relargadas e o show de Alexander Rossi, que largou lá atrás. A Indy é uma prova muito mais democrática. Ela respeita a tradição do Bump Day e sempre dá a oportunidade para algum underdog fazer história. Ontem, por exemplo, se a amarela se mantivesse por mais algumas voltas, Oriol Servià ou Stefan Wilson (irmão do Justin) poderiam ter quebrado a banca. Não foi possível. Takuma Sato foi o vencedor do ano passado. Alexander Rossi, recém saído da F1, teve uma vitória caída do céu.

O fato é que, nesse final de semana, as duas corridas deixaram a desejar. Por tudo o que representam, o público merecia algo melhor. Evidente que nem sempre é possível fazer a corrida dos sonhos. A Indy se aproxima mais disso com vencedores diferentes, muitas surpresas e histórias de vida. O caso da F1 é muito mais preocupante. Apesar do equilíbrio das três equipes em termos de números (duas vitórias para cada), as corridas dependem basicamente do imponderável, e não é sempre que ele acontece. E quando não se concretiza, as corridas não passam de uma procissão por Mônaco.

Rossi foi um dos poucos ousados a fazer grandes ultrapassagens ontem. Foto: Autoweek

Até!

segunda-feira, 21 de maio de 2018

ED, DE NOVO

Foto: LAT Images
Pela terceira vez, o enteado de Tony George e dono da própria equipe, Ed Carpenter vai largar na pole na 102a edição da Indy 500. Só mesmo Ed para frear o domínio da Penske, fazendo a pole com certa autoridade, muito mais rápido que o segundo colocado Simon Pagenaud. Seus parceiros de equipe largam logo atrás: Will Power em terceiro e Josef Newgarden, líder do campeonato, em quarto.

De volta a Indianápolis após o grave acidente que sofreu ano passado, Sebastien Bourdais consegue um inexplicável quinto lugar com a Dale Coyne. A equipe do pole esteve muito bem no Fast Nine. Spencer Pigot larga em sexto e Danica Patrick, em sua última corrida da carreira, é a sétima, apesar de estar sem pilotar um carro de monopostos desde 2011, quando saiu da Indy para entrar na Nascar. Mais rápido do Bump Day, Hélio Castroneves em apenas o oitavo. Scott Dixon, pole do ano passado e brigando com a Ganassi, completa a primeira parte do grid.

Por falar em Bump Day, a surpresa e decepção do fim de semana é a eliminação de James Hinchcliffe, um dos postulantes ao  título. Com uma pitada de azar, foi o primeiro a entrar na pista depois da chuva no sábado. Além disso, enfrentou problemas de vibração no carro e abortou a última tentativa. A britânica Pippa Mann foi a outra eliminada do grid. Sempre é bom ressaltar que quem se classifica para a Indy 500 é a equipe, e não o piloto. Portanto, Hinchcliffe pode perfeitamente substituir Robert Wickens, parceiro da Schmidt Peterson por exemplo, apesar disso não ser o mais correto.

Hinchcliffe está fora da Indy 500. Foto: Autoweek
Quem também não foi nada bem foi Alexander Rossi. O vice-líder do campeonato e vencedor da corrida em 2016 vai largar em penúltimo. A dupla brasileira da A.J. Foyt merece elogios. Tony Kanaan e Matheus Leist foram os "melhores do resto" e largam em 10° e 11°, respectivamente. Vencedor do ano passado, Takuma Sato é o 16°.

Agora fica toda a expectativa para a corrida na semana que vem, que começa pontualmente às 13h19 e tem a transmissão da Band e do Band Sports.

Confira o grid de largada para a Indy 500:

Foto: Tomada de Tempo
Até!

terça-feira, 30 de maio de 2017

PITACOS PÓS-INDY 500

Foto: Reprodução
Mais uma edição histórica das 500 Milhas de Indianápolis, o segundo principal evento esportivo do final de semana, só perdendo para a emocionante despedida de Francesco Totti da Roma (não menti!). Pela primeira vez na história um asiático venceu a Indy 500. Takuma Sato, tão criticado e vítima de piadas preconceituosas sobre os japoneses não serem bons pilotos, deu a volta por cima. Essa foi apenas sua segunda vitória na categoria. No fim, a justiça foi feita: o japonês esteve perto de vencer em 2012, quando tentou passar Franchitti na última volta e bateu.

Diante de uma corrida sempre caótica e aleatória, Sato se deu bem nas estratégias e foi agressivo quando necessário. Mais uma bela história na Indy 500, coroando a carreira de um piloto que, com certeza, é um dos maiores (senão o maior) do automobilismo japonês. Curiosidade: seu melhor resultado na F1 também foi em Indianapólis, quando foi o terceiro, em 2004.

O delírio da televisão japonesa, que comemorou bebendo leite!


Quando se trata de Indy 500, Helio Castroneves é um gigante. Largou lá atrás, mas com a estratégia correta e um pouco sorte o fez subir, aos poucos a classificação. Chegou a assumir a ponta nas voltas finais, mas foi ultrapassado por Sato e teve que se contentar com outro segundo lugar, adiando "La Quarta", que o igualaria com nomes como Al Unser, Rick Mears e A.J. Foyt no hall dos maiores vencedores das 500 Milhas. Além disso, o #3 sai fortalecido na briga pelo tíitulo, líder da tabela. Que Helinho não se desanime e nem tenha uma queda de rendimento. É forte candidato ao título!

O brasileiro teve sorte demais. Ele passou por baixo do carro de Scott Dixon enquanto este decolava de ponta-cabeça para o muro, danificando apenas a asa traseira. O pole-position ficou vendido e decolou após Jay Howard bater no muro e voltar na sua frente. O neozelandês nasceu de novo. Teve muita sorte. Um ângulo minimamente diferente poderia ter causado uma trégia incalculável. Ainda bem que tudo correu conforme o que os boletins médicos informaram. Dixon saiu até caminhando! Um milagre!

Foto: Getty Images


Alonso mostrou o porquê de tanta badalação ao seu redor durante essa experiência. Novato, com os auxílios de Gil de Ferran e Marco Andretti, o espanhol se manteve entre os dez primeiros durante toda a corrida e liderou durante 22 voltas. O bicampeão aprendeu que, nas primeiras 150 voltas, o pessoal não é tão combativo, mas nas 50 finais é que realmente começa a Indy 500 e as dificuldades aumentam. 

Quando estava em sétimo, brigando com Sato e Kanaan, o motor Honda resolveu agir até no continente americano. Se antes já haviam tirado Hunter-Reay da disputa, Alonso não se livrou da zica e teve que abandonar, faltando cerca de 30 voltas. Fazia tempo que não se via o espanhol tão feliz, que prometeu retornar em breve para a disputa de uma (ou umas) edição (edições). Afinal, a missão não está completa. E até bebeu o leite dos vencedores. Alonso sai mais gigante dessa experiência do que quando entrou.

Foto: Getty Images
Por enquanto é isso. Até!


sexta-feira, 8 de abril de 2016

A LENDA EM CRISE

Foto: Novo Jornal
Semana passada, estava lendo em um fórum uma discussão sobre o Emmo. Eis que, no meio da conversa, surgem links da Justiça de São Paulo com milhares de ações contra o ex-campeão da F1 e da Indy. A informação era que Fittipaldi estava com sérias dificuldades financeiras, o que me causou, primeiramente, estranhamento. Sendo a figura pública que é, imaginei que seria muito bem resolvido financeiramente. Apoia seus filhos e netos no automobilismo europeu e americano, além de frequentemente postar merchandising em suas redes sociais.

Pois bem, dias depois o que era um dado curioso de um fórum estourou como uma surpresa (nem tanto assim no paddock, diga-se de passagem): Uma longa reportagem foi exibida no "Domingo Espetacular", da Record, detalhando os problemas financeiros de Emerson Fittipaldi.

Nessa semana passada, todos os seus objetos foram penhorados pela justiça, incluindo o carro em que Emmo venceu as 500 milhas de Indianapólis em 1989, que foi retirado do escritório do ex-piloto, na Avenida Rebouças, em São Paulo. Além do carro, foram levados todos os troféus conquistados durante a carreira, que irão servir como pagamento das dívidas.

Emmo possui dez empresas (sendo que muitas nem existem mais). Há pedidos de há pedidos de penhora, duplicatas e hipotecas que somam dívidas avaliadas em R$ 27 milhões. Os credores entraram na Justiça exigindo o pagamento pelas prestações de serviços.

Foto: Arquivo
Os carros penhorados chegaram a ir para o Autódromo de Interlagos, mas atualmente estão em um galpão que pertence a um dos bancos que pediu a penhora dos bens, conforme apurou o GRANDE PRÊMIO.

A Justiça também chegou às fazendas de laranja do ex-piloto em Araraquara, interior de São Paulo. Por estar largada e abandonada, as frutas não puderam ser penhoradas. Em dezembro, foram penhorados R$ 393 mil de suas contas bancárias. Em outras 26 contas, foram encontrados apenas R$ 256,13. Outro pedido de bloqueio foi feito em março do ano passado. Na ocasião, a Justiça reteve R$ 8.500 de uma dívida de mais de R$ 2,6 milhões.

Segundo a Record, Emerson começou a se endividar na década de 1970, quando criou a Copersucar e teria recuperado parte desse valor quando correu na Indy nos anos 1980 e 1990. O alvo da Justiça agora são os bens que estão no exterior e devem ser repatriados para quitação. Apesar dos problemas financeiros, Fittipaldi teria comprado uma casa no valor de R$ 16 milhões em Miami, situado num condomínio residencial de luxo, segundo reportagem do UOL.

Foto: Grande Prêmio
Segundo apuração do GRANDE PRÊMIO, a situação financeira de Fittipaldi voltou a piorar quando o ex-piloto passou a organizar as Provas do Mundial de Endurance sediadas em Interlagos entre 2012 e 2014. Na época, os fãs e a FIA criticaram as obras e a estrutura do circuito para a realização da prova, sendo um dos motivos da saída do circuito de Interlagos do calendário da WEC. Émerson ficou devendo a grande parte das empresas contratadas, de cathering, informática e assessoria de imprensa.

Difícil comentar sobre o tema. Emmo foi uma lenda nas pistas e isso jamais será apagado e esquecido. Agora, sua imagem pública fora das pistas pode ser seriamente manchada e, a esta altura do campeonato, difícil de ser limpa. Enfim, que a Justiça tome as providências que deve tomar e que Fittipaldi consiga quitar suas dívidas e dar a volta por cima.

FONTES:
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/campeao-na-f1-e-na-indy-fittipaldi-esta-em-situacao-de-falencia-e-tem-bens-penhorados-revela-tv
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/por-tras-da-falencia-ele-ficou-2-anos-para-receber-r-50-mil-de-emerson-fittipaldi-cansado-desistiu
http://esporte.uol.com.br/velocidade/ultimas-noticias/2016/04/05/fittipaldi-comprou-casa-de-mais-de-r-16-mi-nos-eua-e-netos-buscam-a-f-1.htm


Reportagem do "Domingo Espetacular", exibida pela TV Record no dia 3 de abril

quarta-feira, 30 de março de 2016

FOTOS E CURTINHAS #20

Senna testando a Penske, em 1992
Fala, galera! GP do Bahrein nessa semana, F1 voltando depois da páscoa... Já comeram todo o chocolate?? Vamos a algumas notícias rápidas então:

Segundo o "Corriere della Sera", a FIA quer saber o porquê e como o resistente banco de fibra de carbono do carro de Alonso quebrou após o impacto de 46 vezes acima da gravidade. A entidade irá utilizar o recurso da câmera "Super Slow Motion" (capta 400 quadros por segundo e fica no cockpit) para compreender o quê de fato aconteceu.

Foto: Getty Images
A Mercedes se diz feliz com a competitividade da Ferrari na Austrália e nos últimos treinos. Hamilton se diz ansioso para travar mais disputas "emocionantes" com o cavalinho rampante. Até quando vai durar esse clima de "queremos que briguem de igual para igual conosco"? Até que a Mercedes seja surpreendida (o que é difícil, eu sei, por enquanto...).

Bernie disse no início da semana que há um contrato com Las Vegas para sediar uma corrida no lugar de Austin. O chefão descartou ter mais de 21 provas no calendário. Essa história eu leio e ouço desde que era pequeno (tanto em idade quanto em altura rsrsrs). Deve ser mais um blefe do tio...

Valentino Rossi testando o F2007

BURBURINHOS DO CORRADI: Possível interesse da McLaren em uma parceria com os motores BMW; Verstappen nos planos da Red Bull (a nave mãe), mas seu sonho é a Ferrari, que prefere (por enquanto) Romain Grosjean.

Por hoje é só, até breve, pessoal!