sábado, 2 de abril de 2016

A ESTREIA MAIS AGUARDADA

Foto: Pinterest
A ausência de Fernando Alonso permite a F1 uma correção, mesmo que seja por uma corrida, de uma grande injustiça. Para mim, o grande fato do final de semana é a estreia de Stoffel Vandoorne na F1. Não é de hoje que ele vem chamando a atenção do paddock.

Mas afinal, quem é esse belga tão badalado quanto a seleção de futebol do seu país? Pois bem, ele completou 24 anos semana passada (mais precisamente no dia 26 de março) e nasceu em Courtrai (Ou Kortrijk), na região flamenca, na província de Flandres Ocidental. Começou no kart aos seis anos, sagrando-se campeão belga em 2002 e vice-campeão mundial da categoria em 2009.

Em 2010, estreou nos monopostos, na Fórmula 4 Francesa 1.6, ganhando o título na primeira temporada. No ano seguinte, disputou duas categorias simultaneamente: A Fórmula Renault 2.0 Eurocup (onde foi campeão em 2012) e a Fórmula Renault 2.0 NEC. Em 2013, foi vice-campeão da Fórmula Renault 3.5, perdendo a taça para seu ex-companheiro de "academia da McLaren" e atual piloto da Renault, Kevin Magnussen, além de ser contratado pela McLaren como membro da academia de desenvolvimento de jovens pilotos.

Em 2014, virou piloto de testes e estreou na GP2, na ART Grand Prix, indo muito bem. Logo na estreia, venceu a corrida do Bahrein. Durante a temporada, fez quatro poles consecutivas e venceu mais três vezes (em Hungaroring, Monza e Abu Dhabi), totalizando seis pódios no ano. Mesmo sendo novato, foi o vice-campeão da temporada, perdendo para Jolyon Palmer, hoje companheiro de Magnussen na Renault.

2015 foi o ano de consagração de Vandoorne. Com incríveis sete vitórias, quatro poles e 16 pódios em 21 corridas, o belga sagrou-se campeão antecipadamente em Sochi, com mais de 100 pontos de vantagem para o segundo colocado Alexander Rossi. Como o campeão da GP2 não pode correr na categoria no ano seguinte e a vaga na McLaren não veio, restou a Vandoorne "exilar-se" na Super Fórmula, do Japão, nesta temporada.

Foto: McLaren
Repetindo: Mesmo que seja só por essa corrida e considerando o fato do MP4-31 não ser um carro equilibrado, vale muito a pena acompanhar o desempenho de Vandoorne. Desde a estreia de Hamilton na F1, em 2007, na própria McLaren, que eu não tinha tantas expectativas sobre um piloto.

Ano passado, Nasr e Max Verstappen estrearam na categoria, mas era diferente. Nasr é um ótimo piloto e a expectativa era o fato de um brasileiro chegar na categoria com ótimas credenciais. Verstappinho chegou carregado de desconfiança e o que mais chamou atenção no holandês foi a precocidade, muito mais que o talento demonstrado até então. Vettel também estreou na F1 em 2007, substituindo um piloto gravemente acidentado (foi nos EUA, após Kubica capotar cinematograficamente no Canadá). Pouco depois, o alemão foi para a Toro Rosso e o resto nós já sabemos....

Foto: Getty Images
Hoje, a estreia em um fim de semana de corrida da Fórmula 1. Depois de horas de viagem do Japão até o circuito de Sakhir, seu desempenho foi bom. No Q1, foi o 18°, nove décimos mais lento que Button (o 14°). Foram 25 voltas, utilizando pneus médios e macios.

No Q2, uma boa melhora: 11°, sete décimos atrás de Button, que ficou com a surpreendente e irreal terceira posição. 30 voltas, alternando com os pneus macios e os supermacios.

Agora, é aguardar para o qualyfing e a corrida e ver o que o belga é capaz de fazer com essa McLaren que evolui em pequenos passos, mas antes isso do que nada.

Ah, Rosberg foi dominante nos dois treinos e a Mercedes meteu 1s5 na Ferrari. A pergunta do momento é: Será que teremos um campeonato?

Massa foi discreto: 10° no TL2, e o novo bico do carro ainda não foi utilizado; talvez fique para amanhã. Até quando Massa tem "sorte", ele tem "azar". Eita, Smedley...

O calvário da Sauber vai durar o ano inteiro, e parece que vai piorar com o passar do tempo. Nasr foi o penúltimo, apenas na frente de Rio Haryanto. Tempos difíceis... Confira os tempos dos dois treinos livres:








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