Foto: Reprodução/Instagram |
Diante de tantos acontecimentos e holofotes que sempre são
diferentes na semana da corrida em Interlagos, talvez uma delas, muito
importante, tenha ficado fora do radar.
Logo no sábado, Enzo Fittipaldi anunciou que agora é um
piloto da academia da Red Bull. Uma notícia excelente para quem tinha saído da
Ferrari há algum tempo.
O timing é o melhor possível por vários motivos. O primeiro
é que a Red Bull sempre utiliza mais os pilotos que formam. O segundo é que a
concorrência ajuda. Dennis Hauger, os japoneses e Daruvala não convenceram na
F2 e não tem os pontos necessários para a superlicença. Juri Vips está fora.
Sim, por mais que tenham vários “candidatos”, ninguém ali seduziu
Helmut Marko a ser promovido, tanto que os taurinos optaram por contratar Nyck
De Vries para substituir Pierre Gasly. E reforçar a academia com Fittipaldi é
muito interessante pelos outros aspectos óbvios.
O sobrenome do bicampeão mundial, o sempre mercado
brasileiro aquecido e ávido por um novo piloto na categoria e os patrocínios
que chegam justamente desse pacote.
Enzo não é somente um sobrenome. Claro que isso o ajudou a
atalhar em muitas situações, mas o timing da contratação também é excelente porque
o brasileiro foi o melhor novato da temporada, na modesta Charouz. Isso chama a
atenção.
Agora, com uma academia por trás e mais ambientado a F2,
Enzo provavelmente vai dar um pequeno salto. Dizem que o brasileiro vai correr
pela Carlin em 2023, outro time tradicional nas categorias de base do
automobilismo. Felipe Nasr esteve por lá antes de ser o último brasileiro a
subir para a F1.
Portanto, as expectativas são muito positivas. Enzo mostrou
muita qualidade e potencial no primeiro ano na F2. Ano que vem tem tudo para
ser melhor, ainda mais se considerarmos que a Alpha Tauri tem Tsunoda, que
ainda não impressionou, e De Vries, que não é de lá.
Isso, somado aos concorrentes que aparentemente não são tão
talentosos assim, nos permitem sonhar que, nesse instante, Enzo Fittipaldi é a
grande esperança brasileira para termos novamente um piloto no grid titular da
F1, quem sabe em dois ou três anos.
Agora, só depende de Enzo.
Até!