segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

ANÁLISE DA TEMPORADA 2022: Parte 1

 

Foto: Getty Images

Olá, pessoal! 2022 terminou, então está na hora da tradicional análise dos pilotos do fim do ano. Nesta primeira parte, vou escrever sobre os pilotos da Red Bull, Mercedes, Ferrari, McLaren e Alpine. Confira!


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Max Verstappen – 9,5 = Temporada quase perfeita. Max fez tudo o que podia, do início ao fim. Contou com a incompetência dos rivais e o grande trabalho da equipe. Os únicos poréns que se pode escrever foram as quebras e Interlagos, onde não se esforçou para evitar o incidente com Hamilton e desrespeitou uma ordem de equipe em prol de Pérez.

Sérgio Pérez – 8,5 = O mexicano evoluiu, mais adaptado ao time, mas continua muito vagalume. No início do ano, chegou a andar no mesmo nível ou mais que Max, mas depois foi sumindo, ficando irregular, o carro mais a feição de Max e isso culminou na perda do vice-campeonato. Mesmo assim, na temporada mais vencedora da carreira, não dá pra falar que foi um ano ruim. A questão é que a régua é muito alta, e Checo precisa estar a altura. Brigas internas públicas não vão ajudá-lo nesse objetivo.


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Lewis Hamilton – 8,0 = Em números, a pior temporada de Hamilton na carreira. Sexto lugar no campeonato, zero poles, zero vitórias e superado pelo novo companheiro de equipe. Assim, parece um desastre. Talvez seja, considerando a régua do heptacampeão. No entanto, Hamilton teve bons momentos no ano, quando não teve azar. Ao seguir outro desenvolvimento para o carro, mais árduo, Lewis sacrificou 2022. Resta saber se isso vai valer a pena para 2023.

George Russell – 9,0 = Um ano espetacular para o estreante na Mercedes, pulando para novos parâmetros e etapas. Simplesmente bateu em Lewis Hamilton em todos os aspectos: vitórias, poles e pódios. A consistência resume tudo. Russell mostra estar pronto para disputar coisas maiores porque mostrou perfil para isso. Só falta a Mercedes voltar a dar um carro capaz disso.


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Carlos Sainz – 7,5 = Pra quem teve o melhor e o segundo melhor carro durante o ano, ser apenas o quinto na temporada é pouco. Muitos erros. Parece que Sainz travou quando precisou assumir maiores responsabilidades. Até mesmo a primeira vitória da carreira veio em circunstâncias equivocadas da Ferrari em relação ao todo. Talvez o espanhol não seja o cara para brigar em disputas de protagonismo, mas os italianos não ajudam os pilotos.

Charles Leclerc – 8,5 = Começou o ano com tudo. Parecia ser o grande nome da temporada. Finalmente a hora de brilhar. No entanto, sucumbiu juntamente com a Ferrari. Erros da equipe e também do monegasco, que se mostrou frágil mentalmente nas grandes disputas, principalmente no mano a mano com Max. Em 2019, acreditava que Charles era um piloto maduro, veloz, consistente e talentoso. Está faltando consistência e equilíbrio emocional para o próximo passo, que é brigar pelo título, ao invés de ser apenas um piloto rápido.


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Lando Norris – 8,5 = O melhor do resto. O único do resto que foi para o pódio. Só isso resume a excelência da temporada de Norris na McLaren. As coisas não começaram positivas, mas o inglês foi o único a conseguir evoluir, correndo praticamente sozinho na disputa dos construtores e também o motivo pela qual a McLaren perdeu um lugar na hierarquia das equipes. Lando é o presente e líder do time. Um piloto confiável, seguro e muito eficiente.

Daniel Ricciardo – 5,5 = Um dos maiores salários da F1 vai ser pago para não correr em 2023. No ano sabático ou o primeiro de ser aposentado, Ricciardo conseguiu ser pior que ano passado. Não teve vitória para mascarar o desempenho que não teve. O mais triste é que nem o australiano sabe os motivos, mas não tinha o que fazer. A saída era a melhor coisa para os lados. Ricciardo precisa se recuperar mentalmente antes de pensar em voltar. O talento precisa estar ali, não é possível que ele tenha desaprendido a pilotar competitivamente.

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Fernando Alonso – 7,5 = O desempenho de sempre, mas também sempre prejudicado por azares e problemas alheios do time, que não queria sua continuidade. O ambiente hostil com Ocon no final também não ajudou. O importante é que Don Alonso, mesmo com mais de 40 anos, mantém o talento e a performance. Agora, um novo desafio improvável: a desorganizada Aston Martin. Não há mais tempo.

Esteban Ocon – 8,0 = O típico piloto que aparece pouco na transmissão, mas sempre entrega o que precisa. Outro que foi muito regular na temporada. O brilhantismo era sempre manter o ritmo e os pontos necessários. O tempo mostrou que o francês não é tão brilhante quanto pintavam, mas ainda assim será o líder de uma equipe de fábrica mesmo sendo tão jovem, justamente porque é regular.

Essa foi a primeira parte da análise. Concorda? Discorda? Em breve, volto com a parte 2!

Até!


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