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segunda-feira, 30 de maio de 2022

UM NOVO TIJOLO

 

Foto: Getty Images

Uma Indy 500 como sempre é: repleta de estratégias e reviravoltas. Não teve tantas trocas de liderança, mas Scott Dixon e Pato O’Ward disputaram a maior parte do tempo a liderança. Dixon, pole pelo segundo ano consecutivo, estava na frente em praticamente ¾ da corrida.

Justamente na última parada nos boxes, acelerou demais no pit lane e foi punido, jogando fora todo o trabalho. A Chip Ganassi tinha o favoritismo pelo que apresentou nos treinos, mas as McLarens de Pato e Rosenqvist estiveram no páreo o tempo.

Largando em sexto, Tony Kanaan buscava a segunda conquista do Brickyard. Foi avançando e conseguiu um terceiro lugar. Chegou perto. Hélio Castroneves, que buscava ser o primeiro penta, tinha uma missão inglória. Largando em 27°, conseguiu uma boa corrida de recuperação, mas faltava velocidade para brigar lá em cima. Ainda assim, conseguiu ficar no top 10.

Com Dixon fora, tudo parecia encaminhado para o mexicano O’Ward repetir a dose de Checo Pérez mais cedo e levar o país ao topo. Pelo conjunto da obra, talvez fosse o que mais merecia levar o banho de leite. No entanto, a vida não é sobre merecimento, e sim chegar até o final.

Na última parte da corrida, Ericsson, que ficou no bolo o tempo todo, assumiu a liderança, em virtude de uma das amarelas. Sem parar, tinha uma vantagem confortável até que Jimmie Johnson, o da Nascar, bateu faltando duas vezes. Geralmente se encerraria com bandeira amarela, mas sabe-se lá porque deram bandeira vermelha. Estava tudo desenhado para Pato O’Ward.

O que vimos nessas voltas finais foi uma defesa espetacular de Ericsson, de cinema. Fechou a porta e rumou para uma improvável vitória na Indy 500. Ele encerrou o jejum de 10 anos da Ganassi e foi o segundo sueco a tomar banho de leite (o único até então havia sido Kenny Brack, em 1999).

Por não ser uma figura carismática ou ter uma grande passagem na F1, ficou aquele anticlímax. Era melhor para todos que Pato tivesse vencido, mas Ericsson teve seus méritos. Depois que saiu da F1, veio para Indy e foi evoluindo aos poucos. Ano passado, teve as primeiras vitórias. Agora, a consagração máxima. De quebra, assumiu a liderança do campeonato, com O’Ward na cola.

Os pilotos podem evoluir e serem felizes em outros lugares. Sempre é essa a lição que fica quando acompanhamos outras categorias. Nem todo mundo vai ser Max Verstappen ou Lewis Hamilton. Se Ericsson não é o suprassumo do automobilismo, ele mostrou méritos para estar na história de uma das corridas mais tradicionais do esporte. É sobre isso.amHamHa

Para Pato O’Ward, fica a frustração de ter chegado perto. No entanto, a grande recompensa pode chegar nos próximos meses. Com Ricciardo cada vez mais fora da McLaren, o mexicano é um candidato natural a assumir essa vaga, além de Colton Herta. Apesar de mexicano, seria do interesse da categoria alguém com proximidade do mercado americano para reforçar a categoria, além das três etapas inseridas no calendário.

Não foi das corridas mais emocionantes mas o final compensou. Como mágica, vimos a história e o improvável acontecer. Pode até não ser o que gostaríamos em termos estéticos e de narrativa, mas precisamos respeitar e admirar. A Suécia de Ronnie Peterson tem um herói para chamar de seu. Um novo tijolo em Indianápolis.

Até!


quarta-feira, 22 de maio de 2019

NO LIMBO

Foto: Autoblog
Esta era uma pergunta normal e que cresceria após a Indy 500. No entanto, diante da eliminação precoce no Bump Day, ela surge com uma semana de antecedência: qual será o futuro de Fernando Alonso para o curto-prazo?

Em junho, ele encerra a temporada no WEC, onde será campeão com a Toyota e favoritismo a conquistar o bi em Le Mans. A categoria de Endurance virou um parquinho dos japoneses com as saídas de Audi e Porsche. Alonso não irá permanecer. O que vai ser daquele que foi considerado por muito tempo o melhor piloto do mundo?

Voltar para a F1 é um cenário improvável. Ok, a McLaren melhorou, mas um cara como Alonso não voltaria para brigar pela setima posição. Indy 500 2021 ou uma temporada inteira na Indy? Pode até ser, embora Alonso não sinalize nada ainda. O espanhol andou se aventurando até no rali. Duvido que vá para a Fórmula E. Então, o que será de Alonso? O caminho mais provável, no primeiro momento, é a terceira tentativa na Indy 500, só que desta vez a experiência vai ter que ser com quem entende do ramo, como a Penske, Andretti ou a Carpenter.

Por falar nesta parceria vexatória entre McLaren e Carlin, a própria equipe foi soltando detalhes do vexame. Parece time grande em processo de rebaixamento: uma cagada mais inacreditável que a outra. A primeira delas: designou Bob Fernley, ex-Force India, para cuidar da Indy. Não era mais fácil ele inverter com Gil de Ferran, que foi tutor de Alonso em 2017 para que sua expertise nos Estados Unidos fosse melhor aproveitada?

O volante do carro foi adquirido somente uma semana antes do início dos testes, em abril. O carro reserva veio com o laranja não-papaia tradicional da McLaren. Ele foi para uma fábrica para ser repintado e ficou lá um mês inteiro. Quando Alonso bateu no teste da quinta-feira, o carro ainda estava lá, sem ser pintado. A McLaren perdeu dois dias inteiras de treino entre pintar o carro e trazer ele para Indianápolis.

A Carlin, envolvida com quatro carros, não conseguiu dar a assistência necessária para a McLaren e, segundo Zak Brown, ele só percebeu isso tarde demais. Não houve envolvimento, planejamento e tampouco preparo para a Indy 500. Muita arrogância, desperdício de dinheiro e constrangimento com esse vexame mundial. Até mesmo Alonso, que participou da experiência da Andretti, poderia ter indicado um caminho com o pouco da experiência que tinha. A prática não seguiu o discurso. Para quem quer tanto essa tríplice coroa, o espanhol parecia conformado demais.

No primeiro teste, o carro sofreu um problema elétrico. No Pole Day de sábado, Alonso fez a primeira tentativa com um furo no pneu que um sensor não identificou. E mais: um erro nas medidas do carro prejudicou o acerto do bólido. Um carro que poderia ir até 229 mph e foi até 227,5 mph apenas.

Ou seja: uma sequência de erros amadores de um grife que já foi tricampeã da Indy lá nos anos 1970 com Johnny Rutherford e que agora precisa repensar seriamente seu modus operandi se quiser retornar ao Brickyard para ser minimamente competitiva. Acho que a ficha caiu para os britânicos.

Por falar em limbo, a F1 está na mesma. Mônaco tem todo o charme e glamour, mas novamente iremos torcer por chuva e batidas de Verstappen, Grosjean, Kubica e outros para ver se existe alguma emoção nessa prova que deverá ser dominada pela Mercedes outra vez. Talvez o grande momento do Principado será as homenagens para Niki Lauda. Um momento certamente muito emocionante.

Relembre as duas vitórias de Lauda em Mônaco, em 1975 e 1976, ambas pela Ferrari:




Até!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

MARCHA LENTA

Foto: Getty Images
Dois anos da decepção, a redenção. Finalmente Daniel Ricciardo venceu no Principado. Pela primeira vez na carreira a vitória veio largando da pole, o que quebra uma "tradição" de vitórias em atuações espetaculares, repletas de ultrapassagens, ousadia e reviravoltas. Bom, se considerarmos que o motor de sua Red Bull perdeu 160 cv devido a um problema e fez com que o australiano usasse apenas seis marchas durante mais da metade da corrida, pode-se considerar que foi uma vitória épica. Depende da boa vontade de quem julga. Segurar o pelotão com um carro 20 km/h mais lento na reta em Mônaco é ou não é um feito louvável? Eu acho. Uma bela vitória da Red Bull em sua corrida número 250, que teve de David Coulthard de Super Homem até o Shoey de Ricciardo no pódio de Monte Carlo.

O parágrafo está bem longo. É muito difícil escrever mais do que isso. Todos sabemos o que Mônaco representa no glamour e na parte esportiva. Bem, hoje não teve esporte. Foi um passeio, corroborado pelos próprios pilotos. O problema é da pista ou da aerodinâmica? Ou os dois? Na F2, há ultrapassagens. Hoje, apenas Max, que fez outra bobagem e saiu em último, ousou porque é de sua índole e porque nada podia piorar. Agora, tem metade dos pontos de seu companheiro e 2 x 0 em vitórias na temporada. Situação difícil.

Os carros da F1 não ajudam a ultrapassar. Ficar muito atrás gera turbulência. Soma-se isso a um circuito de rua e boom... confesso que dormi 16 voltas. O resto do grid ficou quase igual. Vettel, Hamilton (que estranhamente parou cedo e queria parar de novo; ia cometer uma bobagem tremenda e perder muitas posições), Raikkonen e Bottas completaram o passeio urbano.

Foto: Getty Images
Depois de Ricciardo, o piloto do dia foi Ocon. A primeira boa corrida do ano. Um ótimo sexto lugar para a Force India que cresceu nas últimas semanas. Outro que foi bem foi Pierre Gasly, marcando mais pontos para a Toro Rosso em sétimo. O motor nipônico é frágil, então aproveitar um circuito de rua e um carro com razoável aerodinâmica torna-se quase obrigação para quem deseja ganhar alguns euros a mais nos construtores. Hulkenberg, Verstappen e Sainz completaram o top 10.

Alonso teve um problema no câmbio e passou zerado pela primeira vez no ano. Agora, só os líderes que foram os únicos a serem presença constante nos pontos (a vantagem de Hamilton para Vettel caiu para 14 pontos). Correndo em casa, Leclerc perdeu o controle do carro e bateu em Hartley na saída do túnel. Depois, foi comprovado que havia um problema no freio de sua Sauber. Faz parte do aprendizado do jovem prodígio. Como escrito antes: muita calma nessa hora. Ademais, o mesmo de sempre: Grosjean e Williams agonizando no fim do grid.

Foto: AOL
O domingo foi dos australianos. A Indy foi proporcionalmente decepcionante. Escreverei com maior afinco sobre isso amanhã. Para dar uma maior emoção e imprevisibilidade, Sato, o vencedor do ano passado, bateu em James Davison. A partir de então, a dinâmica seguiu com mais acidentes.

O novo kit da Indy também fracassou. Poucas ultrapassagens, o que é ruim, e muitos carros saindo de traseira, proporcionando dificuldades, sobretudo aos experientes. Danica Patrick se despediu batendo. Ed Jones (esse nem é tão experiente), Bourdais, Hélio Castroneves e Tony Kanaan se envolveram em batidas. Uma pena para o baiano, que vinha para brigar pela vitória, mas teve um pneu furado e mudou a estratégia. Helinho quer voltar no ano que vem. Muito bacana ver o carinho do público americano com ele.

Alexander Rossi largou em penúltimo e deixou um show. Ultrapassagens por fora, arriscadas. Mereceu mais vencer hoje do que em 2016. Mas não se trata de merecimento, é fazer tudo certo na hora certa e contar com a sorte e competência. Ed Carpenter tinha tudo para ganhar. Perdeu relargando mal. Oriol Servià e Stefan Wilson, irmão de Justin, quase protagonizaram zebras históricas. "Sobrou" para Will Power, com fama de não andar bem em ovais, vencer pela primeira vez a prova histórica, que teve Scott Dixon em terceiro. O gaúcho Matheus Leist fez o que pode. Discreto com sua A.J. Foyt, foi o 13°. Uma corrida de sobrevivência. É o que vale, sendo um rookie em um ano tão desafiador com a mudança do kit.

Esse é o texto introdutório de algo mais amplo que tentarei escrever amanhã. Confira a classificação final do GP de Mônaco e das 500 Milhas de Indianápolis:



Até!

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O FUTURO DE ALONSO

Foto: Motorsport
Em certo ponto da carreira, Alonso disse: “só me aposento depois que conquistar o tri.” Essa parecia uma realidade não muito distante, afinal o asturiano era o legítimo “sucessor” de Michael Schumacher. Era.

O então bicampeão mundial certamente não esperava que em pleno auge surgiriam dois grandes talentos que acabariam lhe ofuscando na década seguinte: um alemão chamado Sebastian Vettel e a promessa inglesa Lewis Hamilton, com o hype de ser o primeiro negro na F1 estreando justamente na McLaren, sendo companheiro de equipe da Fênix.
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A história vocês já sabem. A arrogância custou muito caro para a carreira de Alonso. Decisões erradas impediram que o espanhol pudesse ter feito mais história na F1. O começo de tudo, é claro, foi a guerra na McLaren, que lhe obrigou a retornar a Renault, onde tanto trabalhou, mas estava longe de ser aquela equipe onde esteve dois anos antes. Em uma espécie de exílio no cockpit francês, se juntou ao antigo inimigo, a Ferrari, com o objetivo de ser campeão com os italianos.

2006: parecia que Alonso seria o sucessor de Schumacher... Foto: F1 Fan Site
Sorrisos só por aí... relação belicosa com o estreante Hamilton entrou para a história
Foto: Motorsport
A passagem de Alonso na Ferrari foi brilhante, espetacular. Com muito menos potencial que a Red Bull e durante certo ponto até diante de McLaren e Lotus, Ferdi foi três vezes vice-campeão mundial, sendo que teve chances claras de ser campeão nas duas primeiras, logo na estreia pela Ferrari, podendo repetir o feito de Kimi Raikkonen.

A inesquecível reclamação com Petrov e a perda em Interlagos parecem ter selado o destino de Alonso. O tri poderia ter sido tetra, penta, hexa... Bastava permanecer na McLaren e ter jogo de cintura, fruto da falta de gestão da carreira, perdida por descontroles emocionais.

Uma deixa para postar um dos carros mais bonitos da história
Foto: Wikipedia Commons

Talvez Alonso tenha sofrido um “castigo” maior que ele merecia. Nem seu maior hater poderia imaginar que, dez anos depois da briga na McLaren, o espanhol retornaria para a equipe, posaria para fotos sorridente com Ron Dennis no retorno da mítica parceria McLaren Honda que no fim das contas é um retumbante fracasso, fazendo com que o Espanhol competisse na Indy 500 de tão desgostoso que está com a categoria.

O parágrafo sem pontuação (propositalmente feito assim, como se fosse uma frase cuspida sem nenhum planejamento) vai ser explicado agora: acredito que a única coisa boa para Alonso nesses últimos anos, além do salário anual que recebe dos japoneses, foi sua imagem. Sempre muito crítico (e ainda é) com os problemas da McLaren, o espanhol adotou uma linha bem humorada, simpática e carismática, sendo um dos pilotos favoritos dos fãs, justamente quando sua carreira esportiva está praticamente no fundo do poço da F1. 

Carrasco Petrov: um dos três vices pela Ferrari. Foto: MotorSport
O ultimato de Alonso a McLaren é uma jogada desesperada ou calculada? Sem espaço nas principais equipes por conta de seu passado, o espanhol tem apenas a McLaren como opção remota para tentar voltar a vencer,  o que não acontece desde 2013, ainda na Ferrari. Com a Renault trazendo Kubica de volta, a alternativa de Alonso é “rezar” para que a Honda faça progressos, o que parece improvável, visto que em três anos a equipe andou para trás. A esperança é que a equipe de Woking consiga um acordo com um novo fornecedor, mesmo que isso signifique o processo evidente de pequenez deflagrada na McLaren há cinco anos.

Por isso a Fênix pensa em alternativas. Com o objetivo de conquistar a Tríplice Coroa do automobilismo, disputou a Indy 500. Não descarta retornar em breve, quem sabe até participar de alguma temporada. Lá, as coisas são um pouco mais iguais. Se sua participação em Indianápolis foi um sucesso de público e audiência, imagina uma temporada inteira? Certamente não superaria a F1, obviamente, mas a categoria certamente iria ganhar muito mais notoriedade, principalmente na Europa. Depois, quem sabe, o objetivo final: Le Mans.

Indy: próximo destino? Foto: UPI
Por mais que o sonho do tricampeonato de Alonso esteja praticamente sepultado, o espanhol aprendeu nesses anos de perrengue que o automobilismo é muito mais que o glamour da F1. Quem sabe, ao optar por esse caminho, ele finalmente não acerta alguma das suas decisões na carreira?

Até!





segunda-feira, 22 de maio de 2017

NÃO É SORTE DE INICIANTE

Foto: Chris Owens
A relação Alonso-Indy-Oval começou em menos de um mês. Com muitos ajustes e adaptação (ainda não plena por necessidades óbvias de tempo), o rookie de 35 anos foi evoluindo aos poucos nos testes que participava. A expectativa geral (ou a impressão particular do autor do post) foi a de que o espanhol conseguiria largar, no máximo, na metade do grid, o que já seria um resultado satisfatório.

Nesse momento, a Fênix mostra porque é diferenciada e leva ao delírio os milhares de aficionados pela Alonsomania e pelo automobilismo. Com muito trabalho e talento, o bicampeão conseguiu avançar para o Fast Nine (os nove que disputam a pole das 500 Milhas) com o sétimo tempo.

Ontem, fez melhor e irá largar na segunda fila, em quinto, na estreia e em um dos palcos mais importantes do automobilismo mundial. Deixou o filho do dono da equipe para trás. De tirar o chapéu. Tudo isso não é sorte de iniciante. Tudo o que ele quer é repetir o feito de Rossi, vencedor no ano passado e que irá largar em terceiro. Tudo para se eternizar mais ainda na história.

Foto: Reprodução
O pole, pela terceira vez, será Scott Dixon, com Ed Carpenter em segundo. Sato, outro ex-F1, é o quarto. Tony Kanaan larga em sétimo. Hélio Castroneves, buscando o tetracampeonato da Indy 500 para se igualar a nomes como A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears e se tornar o maior vencedor da prova, é o 19°. Os 33 carros que irão disputar a prova terão a semana livre para fazer os testes e ajustes necessários para a corrida.

O quinto lugar de Alonso ficou de bom tamanho. O resultado valoriza e ratifica seu imenso talento sem desmerecer os pilotos da Indy, como certamente seria injustamente feito por fãs da F1 que não acompanham muito a outra categoria. Assim sendo, há de se exaltar Alonso e Dixon, os grandes nomes do final de semana da Indy. A próxima semana será espetacular para quem gosta de automobilismo!

Confira o grid de largada da 101a edição das 500 Milhas de Indianápolis:

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter
No sábado, Sebastian Bourdais (ex-Toro Rosso) sofreu um forte acidente e acabou quebrando a bacia e o quadril. O francês já foi operado e passa bem, mas irá perder todo o restante da temporada. Nesse momento, isso é o que menos importa. É uma pena, pois fazia uma bela temporada na nanica Dale Coyne e certamente seria um dos candidatos a vitória porque era um dos mais rápidos nos treinos livres. Que tenha uma ótima recuperação:

Para quem não viu o acidente:



Aguardem que durante a semana teremos material especial sobre a Indy... Até!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

É TETRA!

Foto: IndyCar
E o improvável aconteceu neste domingo, em Sonoma/EUA. Quebrando a banca e contrariando todas as expectativas, o neozelandês Scott Dixon venceu a corrida e sagrou-se tetracampeão da Fórmula Indy (2003, 2008, 2013 e agora). Pra sair com a taça, ele contou com uma série de acontecimentos que envolveram seus concorrentes da Penske Will Power e Juan Pablo Montoya.

O destino do campeonato começou a mudar a partir da 33a volta, quando veio a bandeira amarela após Luca Fillipi abandonar. Com isso, o pelotão inteiro foi para os boxes. e Dixon (que estava no meio do pelotão) ultrapassou Newgarden e Power. Na relargada, o carro da Penske foi atingido por Montoya e rodou. O bico do carro do Colombiano foi danificado e teve que ir aos boxes, voltando no fim do grid. Volta vai e volta vem, Dixon foi galgando posições até assumir a ponta. Lá atrás, Montoya fazia corrida de recuperação, ultrapassando e contando com acidentes (Jakes, Muñoz, Sato, Rahal e Bourdais) e pit stops (Newgarden e Castroneves).

Nas voltas finais, o panorama era o seguinte: Dixon, Hunter-Reay, Kimball, Kanaan, Briscoe e Montoya em sexto. Nessas condições, o neozelandês e o colombiano estavam empatados com 556 pontos. Vantagem para Dixon, que conquistava a terceira vitória na temporada contra duas de Montoya. O #2 da Penske tentou atacar desesperadamente Briscoe, mas não levou. Scott Dixon venceu, Montoya foi o sexto e o campeonato foi decidido a favor do carro da Chip Ganassi. Castroneves foi apenas o 15°.

A derrota foi um castigo para Montoya. Líder desde o início da temporada, foi prejudicado pelo sistema de pontuação dupla na etapa final, que também contou com uma série de incidentes improváveis (ainda bem que isso foi abolido da F1). Seu adversário, sempre regular, não teve nada a ver com isso, aproveitou as brechas e conquista mais um título na Fórmula Indy.

Outra ironia do destino: Em 1999, Montoya foi campeão em cima de Dario Franchitti também pelo número de vitórias. Agora, perdeu.

MOTOGP: A lenda Valentino Rossi venceu pela primeira vez em Silverstone. Completando o pódio italiano, Danilo Petrucci foi o segundo e Andrea Dovizioso foi o terceiro. Jorge Lorenzo chegou em quarto. Atual campeão, Marc Márquez abandonou. Agora, Valentino é líder com 236 pontos, 12 à mais que o segundo colocado,  Jorge Lorenzo. Atual campeão, Marc Márquez é o terceiro, distante da briga, com 159 pontos. A próxima etapa é daqui 2 semanas, no GP de San Marino, em Rimini.

STOCK CAR: Na rodada dupla de Cascavel/PR, Valdeno Brito venceu a primeira prova, com o companheiro de A.Mattheis Ricardo Zonta em segundo e Allan Khodair completando o pódio. O líder Marcos Gomes foi o sexto. Na segunda prova, Thiago Camilo deu continuidade a boa fase pós-Corrida do Milhão e ganhou sua vigésima corrida na Stock. Valdeno Brito deu um show. Largando em 10° na segunda bateria, conseguiu uma grande corrida de recuperação e fechou em segundo. Ricardo Maurício foi o terceiro. Marcos Gomes é o líder com 182 pontos, seguido por Cacá Bueno (151) e Daniel Serra (133). A próxima etapa será em Brasília, dia 13 de setembro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

MAIS 2 QUE SE VÃO...

Foto: AutoMundo

O acidente foi depois do meu post, durante a tarde. Raras vezes publiquei algo que não fosse na madrugada. Não quis publicar nada para esperar um pouco, ver se teria um desdobramento, pensei que o caso Bianchi poderia se repetir.

É uma merda escrever sobre morte. Uma coisa macabra: No grupo de F1 do VK, o pessoal falava sobre pilotos altos que sofrem para entrar no cockpit. Justin Wilson tinha 1,93m. Era um sacrifício, mas ele superou com facilidade. Um participante do fórum postou uma foto que tirou com ele em 2013, no fim de semana da Indy em São Paulo. Dias depois, ele não está mais entre nós. Passados 2 dias, não tenho muito o acrescentar, a não ser apenas lamentar mais uma morte no esporte a motor (1 mês depois de Bianchi "oficialmente" falecer) e parabenizá-lo. Para quem não sabe, Justin Wilson queria doar órgãos. Ontem, ele salvou 6 pessoas. Sem dúvidas, uma alma iluminada. Que descanse em paz e suas familiares tenham forças para que a dor possa ser um pouco amenizada...


Foto: Blog Rafael Scheid
O acontecimento de Wilson deixou em segundo plano a figura de Guy Ligier. Sobrenome famoso, de grife. Apaixonado por esporte. Foi campeão no remo, jogou rugby e só depois que passou para o esporte a motor. Estreou "velho" na F1, marcando um ponto apenas na carreira, com mais de 30 anos de idade. Depois de ver seu amigo Jo Schlesser morrer no GP da França em 1968, decidiu apenas ser um construtor. Todos seus carros começavam com as iniciais JS. Comprou, em 1976, os restos da equipe Matra, que faliu 5 anos antes. Nas primeiras 7 temporadas, 8 vitórias na F1 e o auge com o vice-campeonato de construtores em 1980. Depois, a decadência. No fim dos anos 80 vendeu a equipe, que manteve o seu nome até 1996, quando foi comprada por Alain Prost e virou Prost Grand Prix em 1997. No ano de despedida, uma vitória: Olivier Panis em Mônaco (Por sinal, a última vitória francesa na F1). Uma equipe de franceses para franceses.

No domingo, Guy Ligier faleceu aos 85 anos. A causa da morte não foi divulgada. Um dos pioneiros na era "garageira" da F1, junto com Bruce McLaren, Frank Williams, Eddie Jordan, Peter Sauber e tantos outros disse adeus. Contribuiu muito para o esporte a motor e só podemos agradecê-lo por isso.

P.S: Talvez eu faça um post quinta ou sexta sobre a história do cockpit fechado e outros pitacos dos assuntos do momento. Até mais!