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domingo, 24 de julho de 2022

SENTINDO ALGO NO CAMINHO

 

Foto: Getty Images

No que talvez (e tomara que) seja a última corrida da F1 em Paul Ricard, diante de tantas alternativas no calendário para os próximos anos, vimos um circuito não oferecer pontos de ultrapassagem. Não é crítica. Os carros estão andando juntos, mas nem mesmo a asa permite muitas emoções.

Elas só aconteceram porque Sainz, com motor zerado, saiu do fundo do grid. É até injusto com os demais. Fazendo corrida de recuperação, o espanhol, quem diria, foi o grande nome da Ferrari no domingo. Essa frase, obviamente, não é algo positivo para os ferraristas.

Mais uma pole para Leclerc. A parada seria duríssima contra a Red Bull, que parecia mais forte. Max pressionava na primeira parte da prova, mas não tinha espaço para ultrapassar. Nem precisava. Há um campeonato no horizonte. A Red Bull antecipou a parada para forçar a Ferrari a algum erro. E foi isso que aconteceu, basicamente.

Ao invés de parar imediatamente, a Ferrari optou por Leclerc ficar na pista para, mais tarde, apostar na diferença dos compostos para vencer. Uma estratégia questionável que tivemos apenas o benefício da dúvida, porque Leclerc saiu da pista sozinho, rodou e bateu. Fim de prova. Um erro bobo e inacreditável. Estilo Vettel em Hockenheim, mas pior, porque não tinha chuva. Abandonar no moderno circuito, cheio de áreas de escape, é um feito para poucos.

Há semanas, reclamei da Ferrari sobre Leclerc. Hoje, não há o que contestar. Em 2019, achava Charles um piloto mais temperado, que se tivesse um carro capaz, conseguiria disputar o título com mais maturidade. É um engano. Talvez seja a pressão da primeira vez, mas o monegasco também erra demais, e se pressiona. Parece sentir, ficar abalado. Mostrar essa fraqueza pode ser ótimo para a própria imagem, autoestima e relação com imprensa e fãs, mas a vulnerabilidade certamente será explorada pelos rivais. 

O campeonato depende de um problema da Red Bull ou algum surto infantil de Max Verstappen para ter alguma emoção. Enquanto isso não acontece, o holandês vence tranquilo pela sétima vez no ano e abre incríveis 63 pontos antes das férias de verão. Uma vantagem que pode até aumentar na semana que vem. Com o carro mais equilibrado e errando menos, Max sobra. Não tem rivais para esse ano. O título tem cara de, cheiro de, gosto de... cada vez mais fica a impressão de "quando será?".

Enquanto a F1 tenta alguma emoção na disputa para a metade final do ano, a Mercedes evolui em passos lentos. O pneu demora para esquentar. Não são competitivos nas voltas rápidas, mas o ritmo de corrida é bom, quando os pneus esquentam. O problema é que isso demora para acontecer, o que inviabiliza vitórias.

No entanto, vimos hoje uma aula de Lewis Hamilton. 300 corridas, 187 pódios, 15 anos de longevidade justificam as muitas camadas que existem entre os grandes pilotos e os bons. Colocou Sérgio Pérez no bolso. Em nenhum momento foi atacado pela Red Bull, o que parecia improvável até aqui. Quarto pódio seguido, segundo lugar, o melhor resultado do ano e um recado: se a Mercedes conseguir aquecer os pneus mais rapidamente, ela embola a briga depois do verão europeu, o que seria ainda pior para a Ferrari e a possibilidade de perder mais pontos na briga pelo título. Aliás, a diferença nos construtores não está pequena, hein?

A Mercedes tem a melhor dupla de pilotos. É um carro consistente, com pilotos consistentes, que tiram tudo e mais um pouco desse carro. O azar foi o W13 não ter dado certo. Tomara que o W14 seja mais competitivo. Russell não desistiu, caçou, cercou, atacou, fez dive bomb e conseguiu passar Pérez no final após o fim da bandeira amarela virtual. Manobra de quem é esperto. Pela primeira vez, os dois do time alemão no pódio. Russell, com um carro capaz, tem tudo para fazer maravilhas.

Checo teve uma das piores corridas desde, sei lá, a época da McLaren no começo da decadência do time de Woking. Sem ritmo, não merecia o pódio mesmo. O agravante foi ter perdido numa aparente desatenção do VSC. Inaceitável. O desempenho do mexicano caiu nas últimas corridas. Pérez está ali para acumular pontos, mas precisa voltar a andar mais próximo de Max. Talvez as novas atualizações não o tenham ajudado, mas o nível caiu em relação aos últimos meses.

Sainz brigou muito, se aproveitou do motor novo e foi o quinto. Teve uma punição porque a Ferrari o liberou de forma perigosa. Os italianos sempre atrapalhando... Todavia, o erro de Leclerc e a situação trágica do time no campeonato após repetidos erros deixa isso em segundo plano.

Finalmente, Alonso sem problemas! Sexto lugar e a Alpine consolidada como quarta força no Mundial. Depois Norris, o invisível Ocon em oitavo, Ricciardo fazendo dois pontinhos em nono e Stroll décimo, com direito a fechada em Vettel na última curva. Quem é filhinho do papai dono pode se dar ao luxo de fechar um tetracampeão mundial sem sofrer nenhuma consequência.

Haas e Alpha Tauri fora do ritmo, com Gasly melancólico e decepcionante. Albon brigador, mas parece sozinho na maré da Williams. Alfa Romeo com problemas de confiabilidade e Bottas sumiu do campeonato.

A Ferrari e seus pilotos revezam erros e comandam formas inéditas de entregar a paçoca. A Red Bull e Max Verstappen agradecem e sentem algo no caminho.

Como canta Stephanie Mills no sample de "Make Me Feel", do Joey Badass: tem alguma coisa nesse jeito que torna tudo muito, muito bom.

Confira a classificação final do GP da França:


Até!

sexta-feira, 22 de julho de 2022

CONFRONTO DIRETO

 

Foto: Getty Images

Queria eu escrever que, a partir dos tempos dos treinos livres do GP da França, que a Ferrari tinha uma grande possibilidade de dar um "pulo do cavalo". No TL2, com os pneus macios, os italianos mostraram a habitual superioridade em voltas rápidas. O problema é que Sainz foi punido em dez posições, consequência da troca do motor estourado na Áustria, e aparentemente é carta fora do baralho para a corrida.

Sérgio Pérez tem problemas de consistência e já começou a ficar bem para atrás. Com boa vontade, pode-se pressupor que o mexicano talvez tenha trabalhado em algum setup diferente na sexta, mas a julgar pelo histórico, as atualizações deixaram Max definitivamente mais confortável com o carro, devolvendo o também habitual abismo entre o holandês e os últimos companheiros de equipe que teve.

Com os escudeiros distantes da briga, Le Castellet tem tudo para ser mais um confronto mano a mano entre Verstappen e Leclerc. Muitas dúvidas: a Ferrari finalmente tem um ritmo de corrida superior, igual no início da temporada? Áustria foi um acidente para a Red Bull? Estamos ansiosos.

Para o bem do campeonato, digamos assim, seria ótimo ver mais uma vitória da Ferrari, com Leclerc tirando nem que seja uma desvantagem mínima. É do interesse de todos. Max parece estar mais comedido, não disposto a grandes brigas para manter a distância confortável que tem. Nunca se sabe quando um motor pode falhar... Leclerc vai arriscar tudo? A desvantagem já é grande, mas qualquer problema ou erro de cálculo pode significar as chances de título virarem mera estatística do imponderável.

Acho no mínimo divertido considerar Nyck De Vries, ex-McLaren, campeão da F2 e hoje na FE como piloto "novato". Agora na Mercedes, ele simplesmente substituiu Hamilton no TL1. O Sir, inclusive, chega na impressionante marca de 300 corridas na F1. Diante de recordes mais "relevantes", isso parece algo menor, mas significa o passar do tempo, a longevidade. Acho que é um bom assunto para escrever nas próximas semanas.

Assim como o "novato" Kubica, que traz um patrocínio para a Alfa Romeo que justifica qualquer presença que possa ser considerada aleatória demais por ali.

A Mercedes parece distante do bolo do topo outra vez, mas marca presença ali, como terceira força. A McLaren parece bem, assim como pontuais tempos de Gasly e Schumacher. Correndo em casa, a Alpine tenta surpreender, mas ainda é uma incógnita.

Le Castellet. A Ferrari pode vencer três seguidas pela primeira vez em muito tempo. A Red Bull quer retomar o controle. No forte calor europeu, certamente vai ser uma disputa de tirar o fôlego.

Confira os tempos dos treinos livres do GP da França:



Até!

quinta-feira, 21 de julho de 2022

GP DA FRANÇA: Programação

 O Grande Prêmio da França foi o primeiro a ter justamente o nome "Grande Prêmio". A primeira edição aconteceu em 1906, nos arredores de Le Mans.

No calendário desde 1950, a corrida francesa passou por diversos circuitos, entre eles Reims (1950-1951, 1953-1956, 1958-1961, 1963 e 1966), Rouen-Les-Essarts (1952, 1957, 1962, 1964 e 1968), Charade (1965, 1969-1970), Dijon (1974, 1977, 1979, 1981 e 1984), Paul Ricard (1971, 1973, 1975-1976, 1978, 1980, 1982-1983, 1985-1990) e mais recentemente Magny Cours (1991-2008).

Dez anos depois de ter saído do calendário, a F1 retorna ao país no lendário circuito de Paul Ricard.  Em 2020, em virtude da pandemia do coronavírus, a corrida não foi disputada, retornando ao calendário em 2021.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:09.593 (Ferrari, 1990)

Pole Position: Nigel Mansell - 1:04.402 (Ferrari, 1990)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1995, 1997, 1998, 2001, 2002, 2004 e 2006) - 8x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 208 pontos

2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 170 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 151 pontos

4 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 133 pontos

5 - George Russell (Mercedes) - 128 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 109 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 64 pontos

8 - Esteban Ocon (Alpine) - 52 pontos

9 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 46 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 29 pontos

11- Kevin Magnussen (Haas) - 22 pontos

12- Daniel Ricciardo (McLaren) - 17 pontos

13- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 16 pontos

14- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 15 pontos

15- Mick Schumacher (Haas) - 12 pontos

16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

17- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 5 pontos

18- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos

19- Lance Stroll (Aston Martin) - 3 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 359 pontos

2 - Ferrari - 303 pontos

3 - Mercedes - 237 pontos

4 - McLaren Mercedes - 81 pontos

5 - Alpine Renault - 81 pontos

6 - Alfa Romeo Ferrari - 51 pontos

7 - Haas Ferrari - 34 pontos

8 - Alpha Tauri RBPT - 27 pontos

9 - Aston Martin Mercedes - 18 pontos

10- Williams Mercedes - 3 pontos

CHEFÃO DA ALPINE PREFERE PIASTRI

Foto: Getty Images

Apesar de garantir que nada está decidido, Otmar Szafnauer, o chefão da Alpine que chegou na equipe esse ano, diz que o jovem Oscar Piastri está pronto para a F1.

De forma nada sutil, Szafnauer deixou explícita a preferência pelo jovem australiano pelo seguinte motivo: ele não estava lá quando a então Renault recontratou Alonso.

“Eu não estava na equipe quando contrataram Fernando. Aqui ele tem todo um ambiente, uma atmosfera, os empregados e o carro que ele necessita. Acho que teremos um dos três melhores carros em dois anos”, disse.

Por outro lado, o chefão rasgou elogios para Piastri. É desejo da equipe francesa colocar o australiano na categoria no ano que vem, seja na Alpine ou quem sabe um empréstimo para outra equipe. Há alguns meses, é ventilada a possibilidade da ida para a Williams.

"Oscar já tem potencial para a Fórmula 1. No entanto, ainda não tomamos a decisão em relação ao segundo piloto. Mas não tenho nenhuma dúvida de que Piastri está preparado”, encerrou.

Alonso, por sua vez, reafirmou o desejo de continuar no time onde foi bicampeão, mas sabe que não depende apenas dele:

“A Alpine é a minha prioridade, mas não posso colocar uma arma na cabeça deles para renovar. A Alpine é a minha família, me sinto fresco e motivado, pronto para mais alguns anos. A minha intenção é renovar”, afirmou.

Nada político o Szafnauer. Que clima que está na Alpine, hein? Claramente ele não quer o bicampeão por lá, mas não é uma decisão apenas dele. No entanto, isso dá um bom indício... Nessa queda de braço, Szafnauer chegou agora no time. Duvido que seja voto vencido. Caso Alonso permaneça, como seria a relação de continuidade? 

É uma declaração com timing ruim e infeliz, além da escolha. Um bicampeão como Alonso merece mais respeito. Dentro da pista, é mais vítima de azares e erros do time do que falta de velocidade. Se caprichar, a Alpine consegue deixar os dois no grid. Do contrário, mesmo com a juventude e potencial de Piastri, a equipe perderia e muito com a ausência de alguém que ainda não deu sinais de desaceleração.

METEU ESSA?

Foto: Getty Images

Toto Wolff não se mostra um grande entusiasta das corridas classificatórias, especialmente as de 2022. Diferentemente do ano passado, quando existia um confronto equilibrado entre Mercedes e Red Bull, agora os taurinos têm certa superioridade em relação a Ferrari, que é superior ao resto do grid.

Em uma corrida curta e com poucos benefícios, os pilotos não arriscam. Como resultado, a corrida classificatória não atinge a expectativa desejada na época que foi criada.

Empacado como a terceira força do grid, distante do resto, Wolff falou sobre o que pensa das corridas classificatórias:

“Acho que a razão pela qual as corridas têm gerado menos entretenimento é que há uma diferença de performance muito grande entre as equipes. Você tem o Verstappen disparando na frente, as duas Ferraris sendo o único entretenimento durante a corrida e nós no meio de uma terra de ninguém.

Aí os outros estão ainda mais atrás e você ainda tem os trens de DRS. Isso nunca vai gerar uma boa corrida sprint”, criticou.

Wolff tem razão, mas falar isso agora que a Mercedes não corre mais sozinha depois de sete anos beira a cara de pau. Nem arde. Ademais, essas sprint races já podem acabar no ano que vem, né? Não há nada muito interessante nesse formato, só para o videogame as categorias de base.

TRANSMISSÃO:
22/07 - Treino Livre 1: 9h (Band Sports)
22/07 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
23/07 - Treino Livre 3: 8h (Band Sports)
23/07 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
24/07 - Corrida: 10h (Band)


domingo, 20 de junho de 2021

PRESSÃO E IMPOSIÇÃO

 

Foto: Getty Images

Paul Ricard foi a corrida de sempre. Sem abandonos, o que tornou tudo incerto e interessante foi a estratégia diferente da Red Bull, o que trouxe expectativa e catarse para o fim da prova. Nenhum abandono ou evento aleatório. Portanto, um bom indicador de desempenho, mesmo que seja específico para hoje.

Verstappen jogou fora a liderança na primeira curva e a Mercedes parecia com um ritmo de corrida bem melhor. Hamilton administrava a vantagem e Pérez estava distante de Bottas, o que já seria esperado. No meio do pelotão, Ferrari e McLaren invertiam os papéis: se um tem dificuldade em volta lançada, hoje os vermelhos foram pavorosos no ritmo de corrida. Zero pontos e Leclerc em 16°. Norris e Ricciardo escalaram o grid e fizeram o papel de terceira força. Apesar do australiano ainda estar devendo, hoje foi um bom alento. Resta a ambos melhorar nos sábados.

Em meio a esse grande parêntese, Bottas parou primeiro, talvez para atrair a Red Bull a uma parada imediata e forçar Verstappen a se preocupar mais com o segundo lugar do que o primeiro, algo recorrente nos últimos anos. Max o fez, mas surpreendentemente Hamilton não, e isso foi fatal. Duas voltas na pista e uma vantagem controlada virou perda de posição, com Max na frente e Bottas pressionando. Um erro inexplicável da Mercedes. Estaria ela sentindo a pressão do campeonato?

Com mais potência, Max segurava as Mercedes na reta igual fez em Baku, mostrando que o carro dos taurinos parece estar muito mais adaptável as condições das pistas de forma mais rápida que a própria Mercedes, algo inimaginável até o início do campeonato. No entanto, a Red Bull fez o que parecia um erro: parou Max faltando 20 voltas, colocando os pneus médios. Aí também fica o outro erro da Mercedes: por que não marcar Max e parar também? Os alemães preferiram pagar pra ver e seguiram até o fim.

Max foi chegando, foi chegando e passou os dois sem dificuldades para vencer a terceira na temporada, igualando Hamilton. Bottas deu uma espalhada e Hamilton não resistiu, o que gerou algumas críticas. Heptacampeão, Lewis sabe que isso é uma maratona de 23 corridas e nada se decidia naquela curva. Apesar de não ser o ideal, o segundo lugar tem pontos importantes. Faltam mais 16 provas. Bottas já está de saída da Mercedes mesmo e, dessa vez, não teve a corrida atrapalhada. Não havia o que fazer, mas a Mercedes segue reclamando dele.

Para piorar, no fim Pérez, com mais ritmo, tomou o lugar do pódio que era do finlandês. Depois de sete etapas, finalmente Sérgio se encaixou com o carro. Ainda precisa ser mais rápido nos treinos, mas inegavelmente trouxe para a Red Bull o que se esperava: um legítimo segundo piloto que incomoda as Mercedes, e talvez seja esse o motivo para o fim de ciclo de Bottas: ele não consegue mais fazer o mesmo com Max.

Alonso e Vettel também estão pegando o ritmo. Mais um top 10 e superando seus jovens parceiros de equipe. Gasly carrega a Alpha Tauri enquanto o jovem Tsunoda segue batendo. Imagina como deve estar Helmut Marko... o francês está pronto para o próximo passo, a equipe B da Red Bull já está pequena para Pierre.

George Russell atingiu o melhor resultado na Williams sem abandonos. Mesmo assim, foi o 12°. Resta saber quando será anunciado por Toto Wolff.

É inegável que, pela primeira vez, a Red Bull está, de fato, superior a Mercedes. A classificação mostra isso. Hoje, foi uma vitória da imposição, categórica. Para a Mercedes, um grande sinal de alerta: nunca estiveram tão ameaçados nesses sete anos e, agindo sob pressão, as coisas não estão funcionando. O rei está nu!

Confira a classificação do GP da França:


Até!


sexta-feira, 18 de junho de 2021

VOLTANDO AOS NEGÓCIOS

 

Foto: Getty Images

Essa pista simplesmente não dá. Até o treino vira algo desanimador. Talvez sejam essas linhas que causam um mal estar visual. Sei lá. Só sei que Paul Ricard é, de longe, o final de semana mais desanimador do ano. Ainda bem que tem Euro.

Na pista, podemos ver que a Mercedes volta ao favoritismo. Saindo dos circuitos de rua travados, não tem pra ninguém, tanto é que Bottas foi o mais rápido e só não ficou em primeiro no TL2 porque estava com pneus médios. Claro, todos sabemos o que vai acontecer amanhã e domingo, mas isso mostra o poderio alemão.

Efeito corrida da casa ou não, a Alpine fez um dos melhores treinos do ano, colocando Alonso e Ocon (de contrato renovado até 2024) no top 5. Pode ser a chance de ganhar bons pontos na temporada, se embolando com McLaren, Ferrari e até Alpha Tauri. A Aston Martin é que ficou para trás e parece retomar a normalidade pré-corridas de rua, mesmo assim, é cedo afirmar.

Um final de semana que tem tudo para mostrar a Mercedes de volta aos negócios e retomando a normalidade. Num circuito de testes ou de "videogame", o imponderável simplesmente não existe. Só isso para fazer algo despertar no domingo. Vai ser difícil.

Confira a classificação dos treinos livres do GP da França:



Até!



quinta-feira, 17 de junho de 2021

GP DA FRANÇA: Programação

 O Grande Prêmio da França foi o primeiro a ter justamente o nome "Grande Prêmio". A primeira edição aconteceu em 1906, nos arredores de Le Mans.

No calendário desde 1950, a corrida francesa passou por diversos circuitos, entre eles Reims (1950-1951, 1953-1956, 1958-1961, 1963 e 1966), Rouen-Les-Essarts (1952, 1957, 1962, 1964 e 1968), Charade (1965, 1969-1970), Dijon (1974, 1977, 1979, 1981 e 1984), Paul Ricard (1971, 1973, 1975-1976, 1978, 1980, 1982-1983, 1985-1990) e mais recentemente Magny Cours (1991-2008).

Dez anos depois de ter saído do calendário, a F1 retorna ao país no lendário circuito de Paul Ricard. Em 2020, em virtude da pandemia do coronavírus, a corrida não foi disputada, retornando ao calendário em 2021.

Foto: Wikipédia


ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:09.593 (Ferrari, 1990)

Pole Position: Nigel Mansell - 1:04.402 (Ferrari, 1990)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1995, 1997, 1998, 2001, 2002, 2004 e 2006) - 8x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 105 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 101 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 69 pontos

4 - Lando Norris (McLaren) - 66 pontos

5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 52 pontos

6 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 47 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 42 pontos

8 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 31 pontos

9 - Sebastian Vettel (Aston Martin) - 28 pontos

10- Daniel Ricciardo (McLaren) - 26 pontos

11- Fernando Alonso (Alpine) - 13 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 12 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 9 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 8 pontos

15- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 1 ponto

16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


COSNTRUTORES:

1 - Red Bull Honda - 174 pontos

2 - Mercedes - 148 pontos

3 - Ferrari - 94 pontos

4 - McLaren Mercedes - 92 pontos

5 - Alpha Tauri Honda - 39 pontos

6 - Aston Martin Mercedes - 37 pontos

7 - Alpine Renault - 25 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos



"UM PASSO LÓGICO"

Foto: AFP

Assim define Helmut Marko, consultor da Red Bull, sobre a possível (e provável) ida de George Russell para a Mercedes em 2022, substituindo Valtteri Bottas. Essa é a grande movimentação da dança das cadeiras da F1 para a próxima temporada.

“Seria um passo lógico. Você não pode enrolar ele por muito mais tempo, a demora não faz mais sentido, mesmo se o Hamilton estiver infeliz”, afirmou.

Se o futuro de Russell parece lógico e desenhado, como ficaria Valtteri Bottas? Para Marko, certamente seu destino será a Red Bull, embora Pérez também tenha contrato até o final do ano. O austríaco deixou bem claro o que aguarda o finlandês caso ele deixe a Mercedes no fim do ano:

"Eu consigo apenas pensar na troca com o Russell. Creio que a Williams será a única opção para ele", completou, em entrevista para a F1 Insider.

Bottas afirma que deseja continuar na categoria, com ou sem Mercedes. Com as outras equipes com contratos bem amarrados a curto/médio-prazo, realmente voltar para onde tudo começou seria uma das poucas alternativas. Bottas aceitaria sair do luxo ao lixo? Acho difícil, mas por enquanto são apenas conjecturas.


O SONHO AMERICANO

Foto: Getty Images

Com duas corridas no calendário a partir do ano que vem e uma equipe do país, a F1 não tem um piloto estadunidense no grid desde 2015, quando Alexander Rossi correu no GP de Cingapura.

Gunther Steiner, chefão da Haas, afirmou nessa semana que a ideia é, no futuro, a Haas finalmente contratar um piloto do país.

Estamos continuamente à procura e também seguimos falando sobre isso com Stefano Domenicali. Estamos olhando para o que pode ser feito e tentando fazer um plano para o futuro”.

No entanto, esse futuro não é tão próximo. Atualmente, não há nenhum piloto americano com a superlicença, e todos são muito jovens, principalmente os da F1. Os pilotos da Indy não têm superlicença, o que é sempre uma controvérsia.

Além do mais, com dificuldades financeiras e a parceria técnica com a Ferrari, Mick Schumacher e Nikita Mazepin certamente vão permanecer algum tempo no time de Gene Haas. Portanto, para Steiner, o jeito é não ter pressa.

“Acho que não precisa ser algo imediato, você não pode fazer nada para conseguir alguém por causa da superlicença. Isso vai acontecer. Só precisamos ser pacientes por algum tempo. Existem alguns caras na Fórmula 2, na Fórmula 3, que parecem promissores. Vamos ver o que pode ser feito", completou.

Bom, tudo depende do talento e, o mais importante, de grana. Americanos ricos não são raridade, mas quais deles estão inseridos no automobilismo europeu? São universos diferentes. 

Alexander Rossi mostrou na Indy que poderia pleitear por uma vaga, assim como Colton Herta e Josef Newgarden, por exemplo. Entretanto, a questão é mais complexa. Só o tempo pode nos responder isso.

TRANSMISSÃO:
18/06 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
18/06 - Treino Livre 2: 10h (Band Sports)
19/06 - Treino Livre 3: 7h (Band Sports)
19/06 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
20/06 - Corrida: 10h (Band)

terça-feira, 15 de junho de 2021

A INSUPORTÁVEL PAUL RICARD

 

Foto: Getty Images

Espero que isso seja um texto zica, mas essa não é a intenção. Ao retornar ao calendário, Paul Ricard mostrou corridas insuportáveis, chatíssimas, torturantes, com essas linhas confusas onde ninguém sabe o que é pista e o que é área de escape. 

Minhas expectativas são nulas, existe até um sentimento de frustração. É um pouco de trauma também. A última prova eu assisti à noite, gravada, depois de trabalhar na Copa América. No meio do caminho, me perguntei: por que eu ainda assisto isso? Por que estou assistindo isso numa noite fria de domingo?

Esse meu post resume toda a raiva que eu estava com aquela corrida e com a F1. Estou suportando mais. Talvez seja a velhice que me acomodou minha raiva e mal humor. Talvez seja também porque em pandemia não dá pra fazer nada de diferente, mas também não faria domingo de manhã. Tá no inferno, abraça o capeta.

O traçado não ajuda. Difícil algo imprevisível acontecer. É claro que a Fórmula 1 e o automobilismo não foram feitos para o imponderável, ainda mais com a tecnologia de hoje. Acho que agora a diferença é que realmente estou preparado mentalmente para uma corrida insuportável, adaptando Lédio Carmona para a Fórmula 1.

A França, tão tradicional, merecia uma pista melhor e mais relevante. Volta, Magny Cours! Paul Ricard, desse jeito, não dá mais. Em uma temporada de 23 corridas, talvez essa seja uma das mais dispensáveis. Até que me provem o contrário, dormir no frio não é uma opção ruim, mas é claro que não farei isso. Estarei "acordado" só para ter o prazer de escrever, no fim, que eu avisei, ou de que zica forçada funciona também.

A insuportável Paul Ricard... ah, pelo menos nesse ano vai ter a Eurocopa no mesmo horário. Qualquer coisa, já sabem. 

Até!

segunda-feira, 24 de junho de 2019

NINGUÉM AGUENTA MAIS A NEO F1

Foto: F1
Assistir Fórmula 1 tornou-se um martírio, um peso, uma triste obrigação. Faço isso desde que me conheço por gente, é algo natural e automático, mecânico também, como se houvesse uma programação: nesses dias eu paro tudo e assisto os treinos e corridas.

Tal qual o meu time, ultimamente eu só assisto para reclamar e passar raiva. Desde o ano passado, me pergunto: "por que ainda assisto isso? Por que não sou apenas uma pessoa normal e mediana com gostos normais e medianos?"

É muito frustrante perder tempo com coisas que são inevitáveis de acontecer. A Fórmula 1 já teve tempos de dominância com Schumacher e também não foi lá tão legal, mas ainda assim havia imprevisibilidade. Fisichella, Trulli venciam, Jordan, Toyota, Jaguar, BAR, Honda e Sauber pegavam um pódio de vez em quando e Williams e McLaren davam trabalho nos treinos ou em algumas corridas. Isso não existe mais.

Os carros não quebram, os pilotos não aceleram porque ficam poupando motor e equipamento, não tem mais brita, os autódromos são áreas de escape gigantes. Não existe mais desafio esportivo. Ninguém mais liga a TV e diz "olha só, tem que ser maluco pra acelerar nesse lugar". Não existe nem mais barulho de motor, é um espetáculo deprimente que só serve para aqueles podres de ricos ostentarem seu capital em algo absolutamente inútil e sem graça.

É impossível uma Renault ou Alfa Romeo hoje sequer sonharem com algum pódio. Acidentes e quebras não existem, tampouco é permitido ultrapassar. Essa é a Neo F1, mais preocupada com seguidores, posts engraçadinhos nas redes sociais e presenças aleatórias de "famosos" que só conhecem Hamilton e olhe lá. Eu estou quase caindo fora.

Até!

sábado, 22 de junho de 2019

LABIRINTO SÓ PARA ALGUNS

Foto: Getty Images
Depois de todo drama e imbróglio do Canadá terem virado pizza, é hora de voltarmos para a realidade. Fim do conto de fadas.

No horroroso, chato e feio circuito de Paul Ricard, onde mais se parece um labirinto para se distinguir o que é pista e o que não é (afinal, não tem brita), as coisas devem continuar como sempre: o domínio da Mercedes. Cada um dominou cada treino. Quando a Ferrari não erra, é Vettel quem acaba tomando a iniciativa, sempre com o apoio da FIA em cada vez mais matar o esporte a motor no que tange a adrenalina, disputas, competição e relevância.

O desafio é saber se Bottas ainda pode incomodar Hamilton. Do contrário, a tendência é que a soma de todos esses fatores leve o inglês ao hexa em poucos meses. A grande disputa está no restante. Verstappen faz um grande ano e está sempre incomodando as Ferrari.

Neste final de semana, a Renault está em casa e quer continuar crescendo, mas terá a aparente concorrência da McLaren, que também avança em passos mais sólidos, além da Haas, Racing Point, Toro Rosso e Alfa Romeo. A chamada F1 B é o grande atrativo, marcado por seu equilíbrio. As exceções estão nas pontas: Mercedes e Williams.

Bem, o jeito é tentar aguentar uma procissão em Paul Ricard. Eu não conseguirei porque estarei trabalhando no horário da corrida, então irei assistir tudo (ou tentar) somente de noite. Vai que eu durma também?

Confira os tempos dos treinos livres do GP da França:



Até!

quinta-feira, 20 de junho de 2019

GP DA FRANÇA - Programação

O Grande Prêmio da França foi o primeiro a ter justamente o nome "Grande Prêmio". A primeira edição aconteceu em 1906, nos arredores de Le Mans.

No calendário desde 1950, a corrida francesa passou por diversos circuitos, entre eles Reims (1950-1951, 1953-1956, 1958-1961, 1963 e 1966), Rouen-Les-Essarts (1952, 1957, 1962, 1964 e 1968), Charade (1965, 1969-1970), Dijon (1974, 1977, 1979, 1981 e 1984), Paul Ricard (1971, 1973, 1975-1976, 1978, 1980, 1982-1983, 1985-1990) e mais recentemente Magny Cours (1991-2008).
Dez anos depois de ter saído do calendário, a F1 retorna ao país no lendário circuito de Paul Ricard.


Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:09.593 (Ferrari, 1990)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:04.402 (Ferrari, 1990)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1995, 1997, 1998, 2001, 2002, 2004 e 2006) - 8x

TREINOS LIVRES VÃO VALER PONTOS PARA SUPERLICENÇA A PARTIR DE 2020

Foto: F1 Mania
Na última sexta-feira, uma reunião do Conselho Mundial da FIA em Paris determinou em uma mudança no sistema de superlicença. A partir do ano que vem, os treinos livres vão valer pontos. 

Para entrar na F1, é necessário obter no mínimo 40 pontos em um período de três anos. Para participar dos treinos livres, são necessários de 25 - são os casos de Pietro Fittipaldi (Haas) e Nicholas Latifi (Williams).

Para o ano que vem, se um piloto andar no mínimo 10 km durante um dia de treino livre, ele ganhará um ponto. Como o limite de treinos são dez, então cada piloto pode ganhar mais dez pontos na superlicença da FIA e tentar atingir o número necessário para entrar na F1 no outro ano.

Provavelmente não precise passar por isso, afinal já lidera a F2, onde deve ser campeão e pode substituir Robert Kubica na Williams ano que vem. No caso de Pietro e dos outros, os pontos serão mais valiosos a medida em que as conquistas passadas vão saindo da pontuação. No entanto, surge um problema: diante da necessidade de turbinar superlicenças de possíveis futuros pilotos de equipes, como fica a situação para os pilotos titulares que serão sacados de um ou mais treinos durante dez finais de semana (praticamente metade da temporada). Nada é de graça, e isso é só mais uma articulação das equipes em prol de seus protegidos e queridinhos.

RICCIARDO QUER REPETIR A DOSE NA FRANÇA, CORRIDA DA CASA

Foto: News.com.au
Pode-se dizer que a Renault estreou de fato na temporada no Canadá. Com  Ricciardo largando em quarto e os dois carros pontuando na sexta e sétima posições, foi de longe a melhor atuação e resultado dos franceses no ano, o que apaziguou as cobranças por evolução e menos problemas de confiabilidade, sobretudo no motor.

“Começamos a temporada cercados de muita expectativa. Acho que agora nós começamos a melhorar e mostrar nosso ritmo verdadeiro. Fico feliz que a equipe tenha conseguido um fim de semana dos bons, porque as coisas estão ficando estressantes de tempos em tempos. Mesmo assim, seguimos trabalhando e agora estou otimista de que agora estamos no caminho certo. É claro que ainda temos trabalho por fazer até alcançar nossas expectativas, mas brigar com [as equipes do] top-3 foi muito divertido”, afirmou o australiano.

Nada melhor que repetir a dose (ou quem sabe algo a mais) justamente na corrida seguinte, que é em casa, no autódromo de Paul Ricard. No ano passado, os dois carros pontuaram. Neste ano, a repetição do resultado é importante para se aproximar da McLaren, que por enquanto ocupa a quarta posição nos construtores.

“Sei que é uma corrida significativa para eles [Renault] e que significa muito para todos os envolvidos. O objetivo para a França precisa ser repetir a atuação do Canadá. A equipe mostrou bom ritmo em Paul Ricard ano passado, então certamente existe uma boa sensação. Temos algumas atualizações, que devem significar o começo de uma tendência de termos do nosso verdadeiro ritmo”, encerrou.

A Renault evolui a passos lentos. Neste estágio, já esperava brigar por vitórias, mas esse é um passo muito distante até hoje. Brigar com a McLaren, outrora gigante e que estava no fundo do grid, não parece uma grande coisa. Pelo investimento e pelos pilotos que tem, os franceses têm a obrigação de terminar em quarto com relativa sobra. Talvez isso seja alcançado agora na segunda metade do campeonato, com novas atualizações dos carros e encaixe das pistas com o chassi.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 162 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 133 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 100 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 88 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 72 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 36 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 18 pontos
8 - Daniel Ricciardo (Renault) - 16 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
10- Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
11- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 13 pontos
12- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
13- Nico Hulkenberg (Renault) - 12 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 10 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 7 pontos
16- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 295 pontos
2 - Ferrari - 172 pontos
3 - Red Bull Honda - 124 pontos
4 - McLaren Renault - 30 pontos
5 - Renault - 28 pontos
6 - Racing Point Mercedes - 19 pontos
7 - Toro Rosso Honda - 17 pontos
8 - Haas Ferrari - 16 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 13 pontos

TRANSMISSÃO:









segunda-feira, 25 de junho de 2018

INSIRA UM TÍTULO AQUI

Foto: Reuters
A Fórmula 1 em época de Copa do Mundo parece algo completamente inútil e desnecessário. Entre a expectativa para Japão e Senegal e o primeiro do bom jogo de bola que teve em Ecaterimburgo, coube preencher o vazio com o retorno de Paul Ricard ao circo de 28 anos.

Arquibancadas lotadas. Parte da torcida de amarelo em alusão a Renault (lembrou a torcida do Valentino), tudo bonito e pomposo. O roteiro é o mesmo: expectativa-largada-procissão.

Bom, digamos que a largada quebrou um pouco essa monotonia, e só por isso dá para falar que foi uma corrida melhor que a do Canadá. Impressionante como Vettel se envolve em acidentes que lhe custam pontos para o campeonato. Com a pista estreita, tentou passar Bottas, não conseguiu, travou e bateu no carro do finlandês, que rodou. Com o assoalho danificado, os dois caíram para o final do pelotão.

Na sequência, Gasly bateu em Ocon, e os dois compatriotas (que não se bicam) abandonaram em casa. Triste sina. Na confusão da largada, Raikkonen e Ricciardo caíram algumas posições. Sainz era o terceiro e Leclerc o sexto. Com o Safety Car por algumas voltas, cheguei a pensar: teremos corridas, ao menos por algumas voltas.

Foto: EFE
Foto: Getty Images
Foi questão de tempo pra quase tudo voltar ao normal. Hamilton e Verstappen dispararam na ponta. Raikkonen e Vettel abriram caminho no pelotão como uma ambulância faz nas ruas. Hamilton, que dominou o fim de semana todo, mostrou que o novo motor da Mercedes pode ser um diferencial para a sequência do campeonato. Max emplacou outra boa corrida e, ainda rancoroso, parece responder a imprensa pelas constantes críticas (justas, aliás) pelo péssimo início de campeonato. Raikkonen, aproveitando os problemas de seus principais adversários, fechou o pódio.

Ricciardo, com problemas, foi o quarto e Vettel o quinto, eleito bisonhamente como o piloto do dia pelo público. Só pode ser voto de protesto por mais uma porcaria de corrida. Magnussen ganhou mais pontos para a Haas. Bottas, com o problema da largada, não foi além do sétimo tempo. A dupla da Renault segue pontuando, assim como Leclerc, com um valioso décimo lugar com a Sauber. Não sei se já está pronto para a Ferrari, mas é natural que substitua o ainda zerado Grosjean na equipe americana ano que vem.

O pior final de semana do ano da McLaren. Bisonho, deprimente. Depois de uma rodada na relargada para não bater em Vettel, Alonso ficou se arrastando na pista até abandonar no final. Vandoorne foi o 12°. Ducha de água fria para quem achava que o problema era só a Honda (mea culpa). Inacreditável os ingleses não terem resolvido o problema de arrasto aerodinâmico. O pior é que agora eles estão cada vez mais sem grana. A Williams eu nem falo mais nada. Como é triste ver duas gigantes da F1 fechando o grid sem perspectiva de melhora no curto/médio-prazo.

A F1 de hoje não permite saber se o circuito de Paul Ricard é bom ou ruim. Qualquer traçado vai ser considerado um lixo diante de tais circunstâncias. Entretanto, seria mais legal se acabassem com aquela chicane e deixassem solto o retão. Poderia ter mais ultrapassagens.

De resto, assistir a F1 em 2018 virou um grande estorvo, um simples ruído que serve como fundo de um ambiente e que só é notado quando começa e quando termina, para delírio daqueles que acompanhavam o Grande Prêmio. Era melhor ter assistido a partida inteira de Japão e Senegal.

O pior (?) é que teremos mais duas corridas seguidas durante a Copa. Ou seja: mais duas procissões para testar nossa (im)paciência, servindo de ruído para o ambiente da sala durante o almoço de domingo.

A única coisa boa (?) foi o simpático trófeu de um gorila (?) tricolor, francês para ser mais exato. É realmente algo único, digno de ser lembrado nos grande hall de troféus da categoria, como o eterno Sonic de Ayrton Senna ou as mini cafeteiras do Santander. Minha reação é a mesma que a do Kimi:


Confira a classificação final do Grande Prêmio da França:


Até!


sexta-feira, 22 de junho de 2018

O ÔNIBUS ESTACIONADO

Foto: Reprodução/Twitter
Chegou a melhor época do ano, o que acontece em períodos bissextos. Futebol e Copa do Mundo, tudo junto, no mesmo dia, no mesmo horário, ao mesmo tempo. O que olhar? Tudo, é claro.

Por falar no futebol e na Copa, estamos vendo um Mundial marcado pela organização tática, com defesas bem postadas, não deixando espaços para os meias e atacantes conseguirem triangulações e jogadas que resultem em gol. Algumas até atuam com esse conceito defensivo de forma extrema: nesse caso, se diz que o técnico da equipe "estacionou o ônibus na área", de tão defensivo que está a sua equipe.

Na defensiva ficam a maioria das equipes no treino de sexta (né, Ferrari?). Outras, nem tanto. A Mercedes, por exemplo. Aproveitou para estrear os novos motores que, segundo Niki Lauda, deixam  o carro "um ou dois décimos mais veloz". Isso pode explicar muita coisa sobre o desempenho das flechas de prata no Canadá. Coincidência ou não, Hamilton liderou sem grandes problemas os dois treinos.

Foto: Getty Images
Havia grande ansiedade para ver como estava o novo traçado de Paul Ricard. Logo no retorno da F1 para a França, todos os bilhetes (65 mil) foram vendidos. Entretanto, apenas pouco mais de 25 mil deles conseguiram chegar ao autódromo, que fica na pequena cidade de Le Castellet, de apenas quatro mil habitantes. O restante ficou trancado em intermináveis filas nas rodovias próximas, que eram de mão dupla. Até pilotos como Vettel e Grosjean sofreram com o congestionamento. Uma reunião da Force India foi cancelada pela impossibilidade de chegar ao autódromo.

Não é possível que esse tipo de situação não tenha sido minimamente planejada, discutida e avaliada pela organização e pelas autoridades. Imagina se isso acontece em qualquer país terceiro mundista fora da Europa... ou pior: se tá assim agora, em um mero treino livre, imagina a logística para assistir o qualyfing e a corrida. Simplesmente lamentável.

Algumas curtinhas: Ricciardo recebeu uma proposta da McLaren, que não quer ser pega com as calças na mão caso Alonso rume para a Indy, onde a equipe de Woking pretende voltar a ter uma equipe. A princípio, parece que tudo se encaixa. Sem vaga em Mercedes e Ferrari e com uma incógnita Red Bull com os motores Honda, o sorridente australiano terá que tomar uma importante decisão nas próximas semanas, sem dúvida alguma a mais importante e que irá defnir os rumos de sua promissora carreira. Isso é que vai separar se Ricciardo será protagonista de títulos ou apenas mais um talentoso no lugar errado na hora errada.

Por falar em McLaren, o clima não é lá muito bom. Parece que funcionários receberam como "bônus" (ou "agradecimento", "prêmio") barras de chocolate que custam menos de dois reais. E o pior: não foi a primeira vez que isso acontece. Obviamente, o clima da equipe parece estar indo de mal a pior, e a cabeça de Boullier parece estar a prêmio. Com Zak Brown cada vez mais interessado no mercado americano (junto de Alonso), talvez seja a hora dos acionistas da McLaren tomarem alguma atitude, tanto na definição de pilotos quanto de um corpo técnico competente para os próximos anos. Do contrário, uma nova Williams parece estar cada vez mais consolidada.

A Ferrari parece que já vai lançar Leclerc para a equipe principal no ano que vem e aposentar definitivamente Kimi Raikkonen. Ao menos é o que diz a imprensa europeia. É claro que Leclerc está surpreendendo e talvez tirando mais do que o carro pode dar, mas o pessoal não pode esquecer é que o monegasco é muito jovem, propenso a erros e inconstância, o que inclusive aconteceu no início do ano, ainda desacostumado com o funcionamento de um F1. O ideal seria uma promoção gradual, como substituir Grosjean na Haas, por exemplo. Entretanto, diante de um finlandês burocrático e que não empolga (não venceu nenhuma vez desde que voltou pra Ferrari, em 2014), os italianos parece que serão forçados a correr riscos, pois aparentemente não deve brigar com unhas e dentes por Ricciardo. Influência de Vettel?

Confira aqui a classificação dos primeiros treinos livres do GP da França:



Até!


quinta-feira, 21 de junho de 2018

GP DA FRANÇA - Programação

O Grande Prêmio da França foi o primeiro a ter justamente o nome "Grande Prêmio". A primeira edição aconteceu em 1906, nos arredores de Le Mans.

No calendário desde 1950, a corrida francesa passou por diversos circuitos, entre eles Reims (1950-1951, 1953-1956, 1958-1961, 1963 e 1966), Rouen-Les-Essarts (1952, 1957, 1962, 1964 e 1968), Charade (1965, 1969-1970), Dijon (1974, 1977, 1979, 1981 e 1984), Paul Ricard (1971, 1973, 1975-1976, 1978, 1980, 1982-1983, 1985-1990) e mais recentemente Magny Cours (1991-2008).

Dez anos depois de ter saído do calendário, a F1 retorna ao país no lendário circuito de Paul Ricard.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:09.593 (Ferrari, 1990)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:04.402 (Ferrari, 1990)
Último vencedor: Felipe Massa (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1995, 1997, 1998, 2001, 2002, 2004 e 2006) - 8x

ALFINETADAS

Foto: Motorsport

Talvez hoje a Ferrari esteja vivendo seu ambiente mais tranquilo na F1 nos últimos anos. Em virtude disso, é necessário manter a polêmica acesa. Luca di Montezemolo, ex-diretor esportivo que tirou os italianos da fila nos anos 1970 e presidente da Ferrari que liderou a escuderia em seu melhor momento na história no século XXI junto com Michael Schumacher, Ross Brawn e Jean Todt, afirmou em entrevista que seu sucessor, Sérgio Marchionne, tem inveja desse passado vencedor ferrarista.

“Fico triste por ver que o Marchionne tem muita inveja do passado”, disse Montezemolo. “Isso é ruim, porque ter inveja do passado significa que você está com algo estranho ocupando a mente. Tenho muito orgulho do que nós fizemos. Michael, Ross, Jean. Muito feliz pelo que fizemos”, seguiu.

Montezemolo foi presidente da Ferrari de 1991 até 2014, quando foi demitido após temporadas decepcionantes da equipe de Maranello. O então diretor esportivo Marchionne foi o seu substituto.

 Antes disso, Marco Mattiacci passou rapidamente pelo comando da equipe. Enfim, o que interessa é escrever que os dois não se davam bem naquela época, o que fica mais evidenciado agora, diante de alfinetadas sem sentido no momento em que Vettel lidera o Mundial de pilotos depois de tanto tempo de esforço para os italianos superarem as Mercedes. Deve fazer parte do modus operandi o eterno clima de tensão e drama, interna e externamente.

RETORNO? 

Foto: Motor Racing
A informação é do site inglês Grand Prix. A falta de resultados na McLaren pode provocar uma nova reviravolta interna. Martin Whitmarsh, que gerenciou a operação da equipe por 25 anos, teria sido procurado por um grupo de engenheiros da McLaren para voltar a equipe. Whitmarsh admitiu o contato inicial e afirmou que a negociação progrediu."“Algumas pessoas sugeriram me enviar uma carta pedindo que eu voltasse. Eu respondi que o destinatário dessa carta deveria ser Mansur Ojjeh (executivo maior do grupo McLaren), a quem já expliquei minha visão sobre a situação, onde vejo que alguns nomes devem partir. Agora cabe a ele e aos acionistas decidirem o que fazer.”, disse.

Diante de uma dura administração de Eric Boullier e Zak Brown mais preocupado em levar o nome da McLaren para outros campeonatos como a Fórmula Indy, entende-se que a capacidade da equipe da F1 está sendo diminuída. Outras pessoas apontam que o temperamento de Boullier é um fator complicador para o desenvolvimento para o time de Woking. A demisão de Tim Goss, no mês passado, teria sido a gota d'água.

Não vejo muito sentido nessa notícia. A McLaren, quando dirigida por Whitmarsh, começou a decadência que está hoje. Zak Brown talvez seja o grande responsável por ainda dar um pouco de carisma a essa gélida escuderia, através do carro laranja, Alonso na Indy e a provável própria equipe na categoria americana ano que vem. Substituí-lo seria um erro. Boullier veio para o lugar do inglês justamente para dar uma nova abordagem e oxigenar a administração da McLaren e vão retomar esse caminho que não deu certo de novo? Parece os times brasileiros do Rio Grande do Sul que apostam cegamente em Celso Roth ou os cariocas que contratam Joel Santana no momento do desespero...

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 121 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 120 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 86 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 84 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 68 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 50 pontos
7 - Fernando Alonso (McLaren) - 32 pontos
8 - Nico Hulkenberg (Renault) - 32 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 24 pontos
10- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
11- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 18 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 17 pontos
13- Esteban Ocon (Force India) - 11 pontos
14- Charles Leclerc (Sauber) - 10 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
16- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 2 pontos
18- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 206 pontos
2 - Ferrari - 189 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 134 pontos
4 - Renault - 56 pontos
5 - McLaren Renault - 40 pontos
6 - Force India Mercedes - 28 pontos
7 - Toro Rosso Honda - 19 pontos
8 - Haas Ferrari - 19 pontos
9 - Sauber Ferrari - 12 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos

TRANSMISSÃO






quarta-feira, 20 de junho de 2018

LES RETOURS

Foto: Motorsport
Presente na F1 desde os seus primórdios, em 1950, a corrida francesa era uma das mais tradicionais da categoria. Passando por diferentes circuitos em mais de cinco décadas de existência, a ganância de Bernie Ecclestone por uma renovação de contrato com valores muito altos fez com que a França ficasse dez anos sem receber uma etapa de F1.

Justo a França, com tanta tradição. Só de escrever Alain Prost e Renault já seria o suficiente. Pois bem, teremos um duplo retorno nessa semana: a F1 de volta a França e, consequentemente, de volta ao circuito de Paul Ricard, que não recebia uma corrida desde 1990.

De 1991 até 2008, coube a Magny Cours fazer as honras da casa. Foi lá que Michael Schumacher fez história, conquistando oito vitórias e se consagrando o maior vencedor da história do GP da França. Nossa primeira parte é relembrar como foi a última etapa realizada em Paul Ricard.

A corrida francesa foi a sétima do ano, a primeira em solo europeu. Depois de ter percorrido a América, Mônaco e San Marino, Ayrton Senna tinha três vitórias (EUA, Mônaco e Canadá) e liderava. Alain Prost, recém contratado pela Ferrari após a histórica rivalidade com o brasileiro na McLaren, vinha de duas vitórias (Brasil e México) e Riccardo Patrese (San Marino) venceu uma vez pela Williams.

A grande curiosidade daquele final de semana foi a Leyton House, do italiano Ivan Capelli e do brasileiro Maurício Gugelmin, ter demitido um jovem chamado Adrian Newey, pois o carro não estava sendo competitivo. Entretanto, antes de ser demitido, Newey concluiu o projeto de um novo pacote aerodinâmico que iria estrear justamente em Paul Ricard.

Foto: Motorsport
No qualyfing, a Ferrari estava mais rápida. Nigel Mansell fez a pole, com Gerhard Berger (McLaren) largando em segundo. Os rivais Senna e Prost ficaram na segunda fila. Duas semanas antes da França, a Leyton House sequer havia conseguido passar da pré-classificação. Agora, Capelli conseguiu um surpreendente sétimo lugar, enquanto Gugelmin ficou o décimo tempo.

Domingo, dia da corrida. Dia também da final da Copa do Mundo de 1990, na Itália, entre Alemanha Ocidental e Argentina. Logo na largada, Berger passou Mansell e assumiu a ponta. Prost perdeu posições para Alessandro Nannini (Benetton) e Patrese. Pouco depois, Senna deixou o inglês para trás e se posicionou em segundo. Prost parou mais cedo que os demais, na volta 26, com o objetivo de voltar na frente. Na volta 28, antes de parar, Senna passou Berger e assumiu a ponta antes de parar nos boxes.

Todo mundo foi parando. Patrese foi o último a ir para os pits, deixando a liderança nas mãos de Ivan Capelli, com a Leyton House. Algo completamente inimaginável para quem sequer tinha conseguido se classificar para a corrida anterior, no Canadá. O que estava surpreendente ganhou ares de perplexidade quando não só Capelli como Gugelmin não iam para os boxes, fazendo 1-2 e o brasileiro segurando Prost, que era o terceiro.

Foto: Fórmula 1
A sorte de Gugelmin acabou na volta 58, quando o motor Judd explodiu. A partir de então, Prost começou uma caçada a Capelli. Durante dezessete voltas colado, Capelli segurava o francês o quanto podia. No entanto, faltando três voltas para o fim, o Leyton House do italiano começou a ter problemas. Foi quando Prost o ultrapassou e rumou para a centésima vitória da Ferrari na F1. Capelli conseguiu chegar em segundo e Ayrton Senna foi o terceiro.

Foto: Motorsport
Com o resultado, Senna manteve a liderança do campeonato, com 35 pontos. Prost chegou a 32. Capelli conquistou o seu melhor resultado na carreira, que acabou não deslanchando por uma série de motivos que são tema para um outro texto.




Na até então última edição do Grande Prêmio da França, em 2008, a disputa continuava entre Ferrari e McLaren. Nas primeiras sete etapas, o equilíbrio: duas vitórias para Hamilton (Austrália e Mônaco), duas para Felipe Massa (Bahrein e Turquia), duas para Kimi Raikkonen (Malásia e Espanha) e uma para Robert Kubica (Canadá), que desembarcou na França como líder do campeonato.

Dobradinha da Ferrari na primeira fila: Raikkonen e Massa. Alonso, com a surpreendente Renault, e Trulli (Toyota) ficaram na segunda fila. Hamilton foi punido em 10 posições na largada pelo incidente com Raikkonen na corrida anterior, precisando fazer uma corrida de recuperação. Na largada, Kimi e Massa mantiveram-se na frente e dispararam. Trulli pulou para terceiro e Kubica era o quarto. Hamilton tentava recuperar posições mas cometia muitos erros, recebendo um drive-through por cortar caminho.

Na segunda metade da prova, um problema no escapamento fez Raikkonen perder desempenho. Com isso, Massa pulou na frente e venceu tranquilamente a última corrida disputada em Magny Cours, com dobradinha da Ferrari. Jarno Trulli conseguiu segurar Kovalainen para fechar o pódio. Kubica foi o quinto e Hamilton apenas o décimo, quando apenas os oito primeiros pontuavam.

Foto: Gazeta Press
Felipe Massa é o único brasileiro a vencer em Magny Cours e o segundo a vencer na França (Nelson Piquet venceu em Paul Ricard em 1985). De quebra, Massa saía da França líder do campeonato, com 48 pontos contra 46 de Kubica, 42 de Raikkonen e 38 de Hamilton. Foi a primeira vez desde 1993 que um brasileiro liderava o Mundial de pilotos.


Essas são as últimas lembranças da França e de Paul Ricard! Como será que vai ser esse retorno as terras francesas? Vamos conferir nesse final de semana!

Até!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #32 - TROCA-TROCA?

Foto: Badger GP
Fala, galera! Semana do "inédito" GP do Azerbaijão chegando e vamos falar sobre um assunto que domina as especulações na Europa: Williams, McLaren, Honda e Mercedes.

A história é a seguinte: é pública e notória a insatisfação da equipe de Woking com os japoneses. Não preciso relembrar a vexatória passagem da Honda até aqui. Pois bem. Com a paciência esgotada, a McLaren estaria negociando um retorno de parceria com a Mercedes para o ano que vem e rescindir com a Honda. No início, parece difícil, afinal os japoneses injetam alta quantia na equipe e pagam o contrato de Alonso. Depois, foi especulado que o contrato com os alemães seria apenas por um ano, com a Honda retornando em 2019, com testes, experiências e knowhow adquirido durante essa "ausência" da McLaren (pois estarão com a Sauber, de toda a forma).

A curto-prazo, parece ser a decisão mais correta. Uma equipe repleta de investimentos e reputação a zelar não pode ter mais um ano pífio. A McLaren teria total razão em seu ato. Entretanto, estaria abrindo de mão de poder brigar como equipe de ponta devido ao fato de aceitar os motores atrasados dos alemães, tal qual Williams e Force India, tornando-se uma coadjuvante de luxo. Nesse contexto, é muito melhor que ficar zerada e em último na tabela, não é? Mas e o futuro, seria se contentar com o fornecimento de motores atrasados? A McLaren está em uma encruzilhada.

Foto: Pinterest
Aí que a Williams entra na jogada. De olho em um possível rompimento da McLaren com a Honda, os ingleses estariam dispostos a retomar uma parceria de sucesso nos anos 1980 com os japoneses, onde sagraram-se campeões em 1983, 1986 e 1987. Para a Williams, seria uma jogada arriscada para o longo-prazo. Claire já negou, afirmando preferir "ganhar pouco, ter um bom motor e ficar em quarto nos construtores" do que "ganhar milhões e ficar em nono".

Pois bem Claire, a Williams ganha razoavelmente bastante para ficar em sexto nos construtores por ter um novato ruim e um semi-aposentado quando poderia ser quarto, então não faria muita diferença, não? E outra: seria uma oportunidade da Williams retomar um protagonismo perdido desde o final da parceria com a BMW. Lógico que o processo poderia ser beeem lento, quase inexistente igual com a McLaren (imagina Stroll de Honda??? Desastre total, isso até anteciparia a segunda aposentadoria de Massa), mas melhor arriscar com uma garantia financeira (ou, no pior dos casos, complementar com Stroll) do que viver no vermelho sendo coadjuvante da F1 e da Mercedes, ao meu ver.

Para completar, também já se noticia uma possível parceria entre McLaren e a Alfa Romeo. Seria benéfico para os dois: os ingleses gastariam menos e os italianos teriam menos custos para o retorno da marca à F1, sem a necessidade de criar uma equipe. Entretanto, isso já é quase uma fanfic... Deixemos assim.

Resumindo: A troca seria benéfica para ambos, por motivos diferentes. No curto-prazo, melhor para a McLaren. A longo-prazo, a Williams poderia se dar bem. Aguardemos.

Foto: F1
A FIA lançou o calendário provisório da F1 em 2018. Como sempre, Austrália (25/03) abre e Abu Dhabi (25/11) fecha o ano, com o Brasil como penúltima etapa, no dia 11/11. As novidades são o fato de o calendário ter 21 corridas, o que pode significar a temporada mais extensa da história da categoria, com o retorno dos GPs da França, em Paul Ricard (ausente desde os anos 1980) e o GP da Alemanha, ausente desse ano. Por falar nisso, esse calendário já não contempla mais a Malásia, que se despede do circo após 17 anos na F1 e algumas mudanças pontuais. Outro grande destaque: três corridas consecutivas entre o fim de junho e julho, totalizando quatro provas em cinco semanas, algo absolutamente inédito na F1. Confira:


F-E EM SÃO PAULO: A Fórmula E também lançou o calendário provisório da temporada 2017/2018. A novidade seria a realização de um ePrix em São Paulo, dia 17 de março de 2018, no circuito do Anhembi, onde a Indy realizou suas edições alguns anos atrás. A etapa da Alemanha não tem local definido e uma outra data aguarda a confirmação de um outro país. Veja:


Para finalizar, tentei encontrar algum vídeo com nexo e histórico aqui, mas falhei. Para não deixar sem nada (e não mudar o título do post hehehe), aqui vai um Fast Facts rapidinho do GP do Azerbaijão para que você aprenda e conheça algumas curiosidades sobre o circuito, a cidade e o país. Até!





quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

RECOMEÇANDO - Parte 2

Foto: Getty Images

Hoje (ou ontem) aconteceu o segundo e último dia de testes dos novos pneus de chuva da Pirelli no circuito de Paul Ricard, na França. Apenas a McLaren não mudou de piloto: Na Ferrari, Vettel substituiu Kimi e Kvyat entrou no lugar de Ricciardo.

Ao contrário da primeira sessão, o tetracampeão colocou a Ferrari no topo da classificação, anotando o tempo de 1:06.750, seguido de Kvyat (1:06.833) e Vandoorne (1:07.758).

O belga voltou a ter problemas no motor e novamente abandonou a sessão antes do previsto. Ao todo, foram dadas 659 voltas, totalizando 2326 quilômetros percorridos.

Agora é aguardar os testes de pré-temporada em Barcelona, daqui quatro semanas. Até lá!