segunda-feira, 24 de junho de 2019

NINGUÉM AGUENTA MAIS A NEO F1

Foto: F1
Assistir Fórmula 1 tornou-se um martírio, um peso, uma triste obrigação. Faço isso desde que me conheço por gente, é algo natural e automático, mecânico também, como se houvesse uma programação: nesses dias eu paro tudo e assisto os treinos e corridas.

Tal qual o meu time, ultimamente eu só assisto para reclamar e passar raiva. Desde o ano passado, me pergunto: "por que ainda assisto isso? Por que não sou apenas uma pessoa normal e mediana com gostos normais e medianos?"

É muito frustrante perder tempo com coisas que são inevitáveis de acontecer. A Fórmula 1 já teve tempos de dominância com Schumacher e também não foi lá tão legal, mas ainda assim havia imprevisibilidade. Fisichella, Trulli venciam, Jordan, Toyota, Jaguar, BAR, Honda e Sauber pegavam um pódio de vez em quando e Williams e McLaren davam trabalho nos treinos ou em algumas corridas. Isso não existe mais.

Os carros não quebram, os pilotos não aceleram porque ficam poupando motor e equipamento, não tem mais brita, os autódromos são áreas de escape gigantes. Não existe mais desafio esportivo. Ninguém mais liga a TV e diz "olha só, tem que ser maluco pra acelerar nesse lugar". Não existe nem mais barulho de motor, é um espetáculo deprimente que só serve para aqueles podres de ricos ostentarem seu capital em algo absolutamente inútil e sem graça.

É impossível uma Renault ou Alfa Romeo hoje sequer sonharem com algum pódio. Acidentes e quebras não existem, tampouco é permitido ultrapassar. Essa é a Neo F1, mais preocupada com seguidores, posts engraçadinhos nas redes sociais e presenças aleatórias de "famosos" que só conhecem Hamilton e olhe lá. Eu estou quase caindo fora.

Até!

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