segunda-feira, 18 de julho de 2016

1 ANO SEM JULES

Foto: Car Throttle
17 de julho de 2015. Há um ano, Jules Bianchi sucumbia após 9 meses em coma, em Nice (onde, nesta semana, houve o ataque no Dia da Bastilha). A primeira morte em um evento da F1 desde Senna, logo na estreia deste blog querido... Pesado, principalmente para quem não está acostumado com a morte, como eu.

A notícia da morte de Jules não foi uma novidade. Era como se fosse um ritual, uma mera formalidade. O fim do sofrimento da família. Impossível não lembrar de Michael Schumacher, cujo situação é um mistério. Há meses não sai nenhuma informação oficial, por opção da família. O que resta é torcer e rezar para a recuperação do heptacampeão mundial.

Jules tinha um potencial enorme. Meses antes, fez história ao chegar em nono lugar em Mônaco e marcar os únicos dois pontos da finada Marussia (dois anos depois, coube a Pascal Wehrlein repetir a façanha, ao marcar um pontinho na Áustria, pela Manor). Membro da academia de pilotos da Ferrari, cedo ou tarde faria dupla com Sebastian Vettel (Provavelmente estaria duelando com ele agora). Antes, iria ficar um ano na Sauber, segundo consta os milhares de contratos assinados por Monisha Kaltenborn naquela temporada. Depois, apenas exercícios de imaginação para traçar a trajetória do piloto francês.

De forma covarde, a FIA o considerou culpado no relatório do incidente. Entretanto, todos sabemos que ele não é. Passados um ano da morte, a F1 está paranoica com a questão da segurança. Paranoica mesmo, demais, chegando ao ponto de ser ridícula. Era apenas evitar a presença de um trator no escape em pista molhada e não ter reiniciado a corrida naquele instante. Mas não. Impactada com a tragédia, a FIA vai enfiar goela abaixo o tal Halo, que não oferece, ao menos agora, garantias de que fato deixe o carro mais seguro. Por enquanto, apenas a crítica de que isso atrapalha a visão dos pilotos. Corrida na chuva? Nem pensar. É necessário andar algumas voltas atrás do Safety Car até que a pista fique quase seco. O Virtual Safety Car é uma medida que ajuda os carros a diminuírem a velocidade em pontos onde há acidentes, evitando a entrada do carro.

Evidente que a segurança sempre é importante. Entretanto, evitar a disputa entre os pilotos é errado. Ora bolas, são as 22 máquinas e os 22 melhores pilotos do mundo. Eles têm condições técnicas de encarar todo o tipo de adversidade (técnica, climática ou qualquer outra) possível. Por mais que as medidas de segurança sejam tomadas e os carros sejam modernos e seguros, uma coisa é certa: O automobilismo é perigoso. Fim.

Enfim, fiquem com a lembrança do onboard das últimas voltas de Jules Bianchi em Mônaco. No vídeo, há os áudios dos rádios que ele e a Marussia trocaram durante o GP. O francês terminou em 8°, mas com a penalidade de 5 segundos por ultrapassagem irregular durante o período de safety car o fez terminar em nono. Quem se importa? A história já estava feita:


#JB17

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