terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

BARCELONA, DIA 2 - Nada mudou

Segundo dia de testes na Catalunha. Novamente, Vettel foi o mais veloz, desta vez utilizando os novos pneus ultramacios (roxos) da Pirelli. Entretanto, quem chamou a atenção outra vez foi a Mercedes, que percorreu 800 km (ou quase 3 GPs da Espanha) com Nico Rosberg, com os pneus médios. Os alemães estão escondendo o seu potencial de velocidade, enquanto os italianos desejam saber o quão rápido é o seu SF16-H. Os alemães parecem, a princípio, estar alguns degraus a frente.

Foto: Getty Images
O tetracampeão fez o tempo de 1:22.810, percorrendo 126 voltas durante o dia. Quem também andou com o ultramacio e fechou a sessão em segundo lugar foi Daniel Ricciardo, com a Red Bull (1:23.525) e 112 voltas. No geral, todas as equipes percorreram uma boa quilometragem no treino de hoje. É um avanço significativo em relação ao ano passado, o que demonstra, em tese, um maior entendimento dos sistemas da unidade motriz com a aerodinâmica e os outros componentes do bólido.

Sérgio Pérez foi o primeiro piloto titular da Force India a entrar no novo VJM09 e ficou em terceiro (1:23.650), mas com os pneus supermacios. Finalmente, Rosberg foi o quarto (1:24.867), com pneu médio. Obviamente, ficou nítido que a Mercedes estava preocupada com os stints de corrida e a durabilidade dos equipamentos ao invés de focar na velocidade e tempos de qualyfing. Ou seja: Estão um passo a frente dos demais.

Foto: Getty Images
Outra grande novidade do dia foi a McLaren e seu motor Honda. Alonso pilotou o MP4-31 por incríveis 119 voltas e terminou o dia na nona colocação (1:26.082), com pneu macio. Melhor do que o tempo em si, o fato do time de Woking andar sem nenhum problema elétrico ou algo do tipo animou o piloto espanhol bicampeão do mundo. Além do mais, tivemos uma mudança importante no comando nipônico. Yasuhisa Arai, diretor do programa de F1 da Honda, foi substituído por Yusuke Hasegawa, que já passou pela F1 nos tempos que a Honda era um time. Ele fala um pouco de inglês, o que deve ajudar no relacionamento com a fábrica, na Inglaterra. Ron Dennis queria a cabeça de Arai desde o ano passado, devido ao fato do japonês dar inúmeras entrevistas desastrosas e não aceitar outros métodos de trabalho, visando a melhora do time. A McLaren tem tudo para se desenvolver e atingir resultados melhores nesse ano.

Foto: Getty Images
Resumindo: Com uma analogia muito bem escrita pelo Lívio Oricchio (LEIA AQUI), Mercedes e Ferrari travam um duelo de boxe. Os Italianos vieram animados achando que poderiam destronar os Alemães. Foram com confiança, mas não esperavam que a Mercedes evoluísse tanto quanto eles (ou até mais). Por enquanto, uma vitória por pontos confortável dos Alemães, que abalaram psicologicamente o oponente e agora trabalham a distância com jabs curtos. Mas faltam muitos rounds para essa luta terminar. Até lá, o nocaute ferrarista pode acontecer. Será?

Confira os tempos do segundo dia de testes da pré-temporada da F1, em Barcelona:

Foto: Arte Globoesporte.com
Até amanhã!

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