sexta-feira, 8 de abril de 2016

A LENDA EM CRISE

Foto: Novo Jornal
Semana passada, estava lendo em um fórum uma discussão sobre o Emmo. Eis que, no meio da conversa, surgem links da Justiça de São Paulo com milhares de ações contra o ex-campeão da F1 e da Indy. A informação era que Fittipaldi estava com sérias dificuldades financeiras, o que me causou, primeiramente, estranhamento. Sendo a figura pública que é, imaginei que seria muito bem resolvido financeiramente. Apoia seus filhos e netos no automobilismo europeu e americano, além de frequentemente postar merchandising em suas redes sociais.

Pois bem, dias depois o que era um dado curioso de um fórum estourou como uma surpresa (nem tanto assim no paddock, diga-se de passagem): Uma longa reportagem foi exibida no "Domingo Espetacular", da Record, detalhando os problemas financeiros de Emerson Fittipaldi.

Nessa semana passada, todos os seus objetos foram penhorados pela justiça, incluindo o carro em que Emmo venceu as 500 milhas de Indianapólis em 1989, que foi retirado do escritório do ex-piloto, na Avenida Rebouças, em São Paulo. Além do carro, foram levados todos os troféus conquistados durante a carreira, que irão servir como pagamento das dívidas.

Emmo possui dez empresas (sendo que muitas nem existem mais). Há pedidos de há pedidos de penhora, duplicatas e hipotecas que somam dívidas avaliadas em R$ 27 milhões. Os credores entraram na Justiça exigindo o pagamento pelas prestações de serviços.

Foto: Arquivo
Os carros penhorados chegaram a ir para o Autódromo de Interlagos, mas atualmente estão em um galpão que pertence a um dos bancos que pediu a penhora dos bens, conforme apurou o GRANDE PRÊMIO.

A Justiça também chegou às fazendas de laranja do ex-piloto em Araraquara, interior de São Paulo. Por estar largada e abandonada, as frutas não puderam ser penhoradas. Em dezembro, foram penhorados R$ 393 mil de suas contas bancárias. Em outras 26 contas, foram encontrados apenas R$ 256,13. Outro pedido de bloqueio foi feito em março do ano passado. Na ocasião, a Justiça reteve R$ 8.500 de uma dívida de mais de R$ 2,6 milhões.

Segundo a Record, Emerson começou a se endividar na década de 1970, quando criou a Copersucar e teria recuperado parte desse valor quando correu na Indy nos anos 1980 e 1990. O alvo da Justiça agora são os bens que estão no exterior e devem ser repatriados para quitação. Apesar dos problemas financeiros, Fittipaldi teria comprado uma casa no valor de R$ 16 milhões em Miami, situado num condomínio residencial de luxo, segundo reportagem do UOL.

Foto: Grande Prêmio
Segundo apuração do GRANDE PRÊMIO, a situação financeira de Fittipaldi voltou a piorar quando o ex-piloto passou a organizar as Provas do Mundial de Endurance sediadas em Interlagos entre 2012 e 2014. Na época, os fãs e a FIA criticaram as obras e a estrutura do circuito para a realização da prova, sendo um dos motivos da saída do circuito de Interlagos do calendário da WEC. Émerson ficou devendo a grande parte das empresas contratadas, de cathering, informática e assessoria de imprensa.

Difícil comentar sobre o tema. Emmo foi uma lenda nas pistas e isso jamais será apagado e esquecido. Agora, sua imagem pública fora das pistas pode ser seriamente manchada e, a esta altura do campeonato, difícil de ser limpa. Enfim, que a Justiça tome as providências que deve tomar e que Fittipaldi consiga quitar suas dívidas e dar a volta por cima.

FONTES:
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/campeao-na-f1-e-na-indy-fittipaldi-esta-em-situacao-de-falencia-e-tem-bens-penhorados-revela-tv
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/por-tras-da-falencia-ele-ficou-2-anos-para-receber-r-50-mil-de-emerson-fittipaldi-cansado-desistiu
http://esporte.uol.com.br/velocidade/ultimas-noticias/2016/04/05/fittipaldi-comprou-casa-de-mais-de-r-16-mi-nos-eua-e-netos-buscam-a-f-1.htm


Reportagem do "Domingo Espetacular", exibida pela TV Record no dia 3 de abril

segunda-feira, 4 de abril de 2016

TÃO DEIXANDO O NICO SONHAR

Foto: EFE
18 vitórias na carreira. Quinta vitória consecutiva, a segunda na temporada. Será que o jogo virou? É inegável que o momento é de Nico Rosberg, 100% na F1 em 2016.

Outra vez, Nico contou com mais uma péssima largada de Lewis Hamilton. Assumiu a ponta logo na primeira curva. Hamilton, outra vez, teve "azar". Ao invés de perder apenas a posição para seu companheiro de equipe, foi tocado por Bottas e quase rodou. Seu carro chegou a ficar de lado. Sua Mercedes ficou com o assoalho do carro danificado, o que comprometeu na tentativa de se reaproximar de Rosberg e Raikkonen. Daí em diante, o terceiro lugar era o máximo a se fazer. A distância entre os dois já é de 17 pontos (o pessoal vai me dizer, com razão, que em 2014 começou com 25...), o que não é confortável para o inglês tri-campeão. Precisa reagir logo e se acertar depressa com o novo sistema de largada.

Foto: Reprodução/VK
Segunda corrida e já é o segundo motor da Ferrari que vai para o brejo. Dessa vez, o agraciado da vez foi Sebastian Vettel. O motor do SF16-H estourou durante a volta de aquecimento e o alemão sequer largou, assim como Jolyon Palmer. Definitivamente, não foi um bom fim de semana para Vettel, que já havia sofrido com problemas no carro no TL2. Coube a Raikkonen conseguir um bom segundo lugar para a Ferrari e mostrar que os italianos são capazes de tentar um enfrentamento com as Mercedes. O incidente de Hamilton também contribuiu para que o finlandês não fosse atacado durante a prova. Foi o 81° pódio do IceMan na carreira (já repararam que Kimi só pega pódio em países que não tem o champagne na cerimônia?), que segue à risca o papel de piloto 1B da Ferrari.

A Williams é um capítulo à parte. Ao final da primeira volta, Massa estava em segundo e Bottas em terceiro. Diante dos acontecimentos, parecia que ia tudo dar certo para a equipe de Grove. Parecia. Voltas depois, Bottas foi punido pelo incidente com Hamilton e despencou na classificação. Enquanto todo mundo optou por três paradas e utilização dos pneus macios e supermacios, a Williams foi na contramão e apostou em duas paradas de pneus médios, para ficar mais tempo na pista e poupar uma parada, tentando segurar o pessoal que viria de trás com pneus novos e mais rápidos. Na prática foi um desastre. Massa foi superado por todo mundo e conseguiu terminar em oitavo. Só não foi superado por Bottas pela punição que sofreu o finlandês. É incrível como a Williams erra quase todas as suas "estratégias". Quem sempre se ferra são os pilotos, mas agora há o agravante: O rendimento da equipe é fraco. Red Bull, Toro Rosso e até a Haas (por enquanto) estão dando melhores que o time de Frank Williams.

Foto: Divulgação
Além de Rosberg, os outros protagonistas dessa corrida: Grosjean, de novo. Não é novidade nenhuma que o francês é um piloto completamente diferente daquele que surgiu na categoria em 2009 e retornou em 2012. Depois de inúmeros erros e críticas, Grosjean amadureceu e atingiu o ápice em sua pilotagem. Em duas corridas com a novata Haas, dois resultados espetaculares: Dessa vez, foi o quinto. O modelo de gestão da Haas parece ser muito acertado: Conseguiu o que pôde da Ferrari e fabricou seu próprio chassi Dallara. Inimaginável estar tão bem assim logo de cara, mas não podemos nos empolgar muito.

O outro é o cara que confirmou as ótimas expectativas que cercam o seu nome: Stoffel Vandoorne! A McLaren de Button abandonou logo no início, então sobrou apenas o belga na pista, que se mostrou muito combativo e competitivo. Brigando a corrida inteira no pelotão intermediário, foi seguro e preciso para garantir a décima posição e estrear na F1 pontuando. Com essa McLaren aí, é um baita feito! Ainda se considerarmos que Button e Alonso estão zerados... Quem sabe Vandoorne não esteja de volta na China, caso Alonso não se recupere?

Menção honrosa para Pascal Wehrlein: Pela primeira vez a Manor brigou "de verdade" por posições Deu passão na Sauber e Force India, terminando à frente deles num bom 13° lugar. Mais um alemão promissor na F1. Futuro piloto da Mercedes?

Foto: Getty Images
Além da Williams, é incrível a decadência de Force India e Sauber. O caso dos suíços não é surpresa nenhuma, a falta de grana é recorrente há muito tempo. Circula uma informação de que a Alfa Romeo ia comprar a equipe, mas não acredito muito. Outros jornalistas do paddock afirmam que a Sauber sequer irá para a China, tamanho os problemas financeiros (pior do que Lotus, Caterham e Marussia?). Nasr ficou apenas na frente do Haryanto e foi superado por Ericsson, o que está virando rotina e não deveria ser. O brasileiro precisa se impor para tentar buscar uma vaga em uma equipe melhor no ano que vem.

E a Force India, será que é o fogo de palha da temporada? Pelos testes da Espanha, parecia que iria brigar com Williams e Red Bull. Não é o que estamos vendo. Pérez e Hulkenberg foram péssimos. Será, também, um indício da crise financeira do dono da equipe, Vijay Mallya? A conferir.

Confira a classificação final do GP do Bahrein:


A próxima prova será o Grande Prêmio da China, nos dias 15, 16 e 17 de abril. Até!

sábado, 2 de abril de 2016

SONÍFERO DO BAHREIN

Foto: AFP
O péssimo e entediante sistema de classificação foi mantido para o Bahrein. Resolveram dar uma segunda (e última, todos esperamos) chance. Mais um treino ridículo, onde os carros ficaram mais tempo nos boxes do que na pista. Como sempre, o trio dominante larga na frente: Hamilton, Rosberg e Vettel.

Difícil escrever muita coisa sobre o que ocorreu. Graças a SporTV resolvar passar entrevistas e muitos minutos de comerciais, a transmissão começou já no fim do Q1. Nasr já era o primeiro eliminado. Após o treino, o brasileiro afirmou que muitas coisas precisam mudar no C35. Sem dinheiro, vai ser complicado. A Sauber se encaminha para ser o pior carro do grid. E, novamente, Nasr foi superado por Ericsson (17°). Preocupante.

Foto: Reprodução

Depois veio Haryanto e a dupla da Renault (lembrando que Magnussen larga dos boxes). A surpresa negativa do Q1 foi Sérgio Pérez. O mexicano não começou bem a temporada e dessa vez larga em 18°. A grande novidade do Q1 foi o alemão Pascal Wehrlein, que conseguiu a proeza de colocar a Manor em 16° e quase se classificar para o Q2. Se o alemão mantiver esses desempenhos, não demorará muito a ser chamado pela equipe-mãe nas próximas temporadas. O Q1 foi finalizado faltando três minutos para acabar o tempo. As câmeras focavam nos pilotos prestes a serem eliminados, e todos já estavam fora do carro se pesando. Constrangedor.

Chegou o Q2. Kyvat novamente foi vítima dessa fórmula e não conseguiu um bom tempo, largando em 15°. Depois, vieram Jenson Button, Gutiérrez, Vandoorne (botando tempo no campeão do mundo, logo no seu primeiro qualyfing!), Sainz, Verstappen e Grosjean (excelente outra vez; a Haas conseguiu ir para o Q2). Apenas Hulkenberg conseguiu se safar da eliminação e se classificou para o Q3. Outra vez, constrangedores três minutos sem ninguém na pista. A Williams inventou de colocar seus dois carros na pista só para que a TV pudesse transmitir algo dentro da pista... Olha o nível.

Foto: Getty Images

Q3: Ao menos Mercedes e Ferrari usaram dois jogos de pneus supermacios para "batalhar" pela pole. Antes disso, Ricciardo, Bottas, Massa e Hulk completaram o top 8. O brasileiro da Williams estreou o novo bico que promete um aumento de perfomance no FW38. Todavia, a peça só chegou no TL3, e não foi possível obter o melhor acerto aerodinâmico. Bottas foi dois milésimos mais rápido. Nada que desanime Massa, que fez o possível, mas a Williams precisa de mais para superar Red Bull e até a Toro Rosso.

Hamilton foi pela primeira vez no fim de semana mais rápido que Rosberg e garantiu sua 51a pole da carreira. Resta saber se a dupla da Mercedes terá uma largada tão ruim quanto na Austrália. O público torce para isso, desejando uma corrida mais movimentada e emocionante.

Confira o grid de largada do Grande Prêmio do Bahrein:




A ESTREIA MAIS AGUARDADA

Foto: Pinterest
A ausência de Fernando Alonso permite a F1 uma correção, mesmo que seja por uma corrida, de uma grande injustiça. Para mim, o grande fato do final de semana é a estreia de Stoffel Vandoorne na F1. Não é de hoje que ele vem chamando a atenção do paddock.

Mas afinal, quem é esse belga tão badalado quanto a seleção de futebol do seu país? Pois bem, ele completou 24 anos semana passada (mais precisamente no dia 26 de março) e nasceu em Courtrai (Ou Kortrijk), na região flamenca, na província de Flandres Ocidental. Começou no kart aos seis anos, sagrando-se campeão belga em 2002 e vice-campeão mundial da categoria em 2009.

Em 2010, estreou nos monopostos, na Fórmula 4 Francesa 1.6, ganhando o título na primeira temporada. No ano seguinte, disputou duas categorias simultaneamente: A Fórmula Renault 2.0 Eurocup (onde foi campeão em 2012) e a Fórmula Renault 2.0 NEC. Em 2013, foi vice-campeão da Fórmula Renault 3.5, perdendo a taça para seu ex-companheiro de "academia da McLaren" e atual piloto da Renault, Kevin Magnussen, além de ser contratado pela McLaren como membro da academia de desenvolvimento de jovens pilotos.

Em 2014, virou piloto de testes e estreou na GP2, na ART Grand Prix, indo muito bem. Logo na estreia, venceu a corrida do Bahrein. Durante a temporada, fez quatro poles consecutivas e venceu mais três vezes (em Hungaroring, Monza e Abu Dhabi), totalizando seis pódios no ano. Mesmo sendo novato, foi o vice-campeão da temporada, perdendo para Jolyon Palmer, hoje companheiro de Magnussen na Renault.

2015 foi o ano de consagração de Vandoorne. Com incríveis sete vitórias, quatro poles e 16 pódios em 21 corridas, o belga sagrou-se campeão antecipadamente em Sochi, com mais de 100 pontos de vantagem para o segundo colocado Alexander Rossi. Como o campeão da GP2 não pode correr na categoria no ano seguinte e a vaga na McLaren não veio, restou a Vandoorne "exilar-se" na Super Fórmula, do Japão, nesta temporada.

Foto: McLaren
Repetindo: Mesmo que seja só por essa corrida e considerando o fato do MP4-31 não ser um carro equilibrado, vale muito a pena acompanhar o desempenho de Vandoorne. Desde a estreia de Hamilton na F1, em 2007, na própria McLaren, que eu não tinha tantas expectativas sobre um piloto.

Ano passado, Nasr e Max Verstappen estrearam na categoria, mas era diferente. Nasr é um ótimo piloto e a expectativa era o fato de um brasileiro chegar na categoria com ótimas credenciais. Verstappinho chegou carregado de desconfiança e o que mais chamou atenção no holandês foi a precocidade, muito mais que o talento demonstrado até então. Vettel também estreou na F1 em 2007, substituindo um piloto gravemente acidentado (foi nos EUA, após Kubica capotar cinematograficamente no Canadá). Pouco depois, o alemão foi para a Toro Rosso e o resto nós já sabemos....

Foto: Getty Images
Hoje, a estreia em um fim de semana de corrida da Fórmula 1. Depois de horas de viagem do Japão até o circuito de Sakhir, seu desempenho foi bom. No Q1, foi o 18°, nove décimos mais lento que Button (o 14°). Foram 25 voltas, utilizando pneus médios e macios.

No Q2, uma boa melhora: 11°, sete décimos atrás de Button, que ficou com a surpreendente e irreal terceira posição. 30 voltas, alternando com os pneus macios e os supermacios.

Agora, é aguardar para o qualyfing e a corrida e ver o que o belga é capaz de fazer com essa McLaren que evolui em pequenos passos, mas antes isso do que nada.

Ah, Rosberg foi dominante nos dois treinos e a Mercedes meteu 1s5 na Ferrari. A pergunta do momento é: Será que teremos um campeonato?

Massa foi discreto: 10° no TL2, e o novo bico do carro ainda não foi utilizado; talvez fique para amanhã. Até quando Massa tem "sorte", ele tem "azar". Eita, Smedley...

O calvário da Sauber vai durar o ano inteiro, e parece que vai piorar com o passar do tempo. Nasr foi o penúltimo, apenas na frente de Rio Haryanto. Tempos difíceis... Confira os tempos dos dois treinos livres:








sexta-feira, 1 de abril de 2016

GP DO BAHREIN - Programação

Um dos mais recentes GPs da Fórmula 1 (começou a ser construído em 2002) o Grande Prêmio do Bahrein começou ser disputado em 2004. Desde 2014, a corrida é realizada de noite, "imitando" Cingapura.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Michael Schumacher - 1:30.139 (Ferrari, 2004)
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:30.252 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Fernando Alonso - 3x (2005, 2006 e 2010)

35% DAS AÇÕES DA F1 VALEM R$ 31 BILHÕES? BERNIE PRESTES A SELAR ACORDO

Foto: Huffpost

A informação é do tabloide The Sun. Segundo Bernie Ecclestone, a CVC já definiu o valor de venda, que equivale a 6 bilhões de libras. Todavia, Bernie não disse quem são os interessados, mas que o acordo está supostamente concluído.

No ano passado, rumores apontavam que o dono do Miami Dolphins (time da NFL), Stephen Ross, e um grupo de investimentos do Catar estavam interessados em comprar os 35% das ações da F1 que pertencem a Bernie por um valor de R$ 33 bilhões. Não é a primeira vez que O Poderoso Chefão da F1 mostra estar insatisfeito com os rumos da categoria. Será que, dessa vez, é o fim da linha de verdade para um dos maiores (senão o maior) dirigente da história da F1?


MAGNUSSEN VÊ RENAULT AINDA DISTANTE DO Q3

Foto: F1Fanatic
A tão aguardada reestreia da Renault como equipe da F1 foi dentro do esperado. Palmer ficou em 11° e Magnussen em 12°. O piloto dinamarquês afirmou que o RS16 é um bom carro, mas não suficiente para ganhar corridas, ir para o pódio ou passar para o Q3 da classificação. "É uma boa base e boa estrutura de carro. É algo que podemos continuar trabalhando em cima. Não precisamos mudar algo, não precisamos de nova filosofia. É o que temos, é bom e dá para trabalhar em cima", falou.

Cyril Abiteboul e outros chefões da Renault já afirmaram que a prioridade é 2017. Não é para menos. A Renault 2016 é a Lotus pintada de amarelo e com um motor francês. Será um ano de transição. Palmer precisa aproveitar para ganhar experiência e impressionar e Magnussen deve ser o "líder" da equipe e bater seu companheiro novato. É fundamental ganhar alguns pontos, evoluir a potência do motor para que nos próximos anos a Renault volte a ser uma equipe de ponta e, quem sabe, sonhar com mais títulos mundiais e de construtores.

ALONSO ESTÁ FORA DA CORRIDA

Foto: AP
O forte acidente na Austrália ainda causa sequelas ao bicampeão. O espanhol não foi aprovado nos exames médicos realizados pela FIA e, portanto, não está apto a correr neste final de semana. Na coletiva de imprensa da manhã, Alonso revelou que sofreu uma lesão chamada pneumotórax (vazamento de ar entre o pulmão e a parede torácica), além de fraturas nas costelas, que poderiam resultar em perfuração do pulmão devido as grandes forças exercidas no corpo de um piloto no carro durante a corrida.

A presença do Espanhol no GP da China, daqui duas semanas, ainda é incerta. Alonso terá que realizar novos exames daqui dez dias e passar pela avaliação da FIA. No seu lugar, foi chamado o belga Stoffel Vandoorne, promessa belga da F1, campeão da GP2 do ano passado. É chato quando um piloto do calibre de Alonso esteja fora da corrida por motivos de saúde (novamente; ano passado, não correu na Austrália em virtude do misterioso acidente na pré-temporada, em fevereiro), mas é um desperdício quando Vandoorne está "exilado" na Super Fórmula do Japão enquanto Palmer, Ericsson e Haryanto estejam na F1. Agora é observar a estreia da promessa, que não será nada fácil, dadas as circunstâncias e também pelo motivo do MP4-31 não ser um bom carro.

CLASSIFICAÇÃO: 
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 25 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 18 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 15 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 12 pontos
5 - Felipe Massa (Williams) - 10 pontos
6 - Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 4 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 2 pontos
10- Max Verstappen (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 43 pontos
2 - Ferrari - 15 pontos
3 - Williams Mercedes - 14 pontos
4 - Red Bull TAG Heuer - 12 pontos
5 - Haas Ferrari - 8 pontos
6 - Force India Merecedes - 6 pontos
7 - Toro Rosso Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com




quarta-feira, 30 de março de 2016

FOTOS E CURTINHAS #20

Senna testando a Penske, em 1992
Fala, galera! GP do Bahrein nessa semana, F1 voltando depois da páscoa... Já comeram todo o chocolate?? Vamos a algumas notícias rápidas então:

Segundo o "Corriere della Sera", a FIA quer saber o porquê e como o resistente banco de fibra de carbono do carro de Alonso quebrou após o impacto de 46 vezes acima da gravidade. A entidade irá utilizar o recurso da câmera "Super Slow Motion" (capta 400 quadros por segundo e fica no cockpit) para compreender o quê de fato aconteceu.

Foto: Getty Images
A Mercedes se diz feliz com a competitividade da Ferrari na Austrália e nos últimos treinos. Hamilton se diz ansioso para travar mais disputas "emocionantes" com o cavalinho rampante. Até quando vai durar esse clima de "queremos que briguem de igual para igual conosco"? Até que a Mercedes seja surpreendida (o que é difícil, eu sei, por enquanto...).

Bernie disse no início da semana que há um contrato com Las Vegas para sediar uma corrida no lugar de Austin. O chefão descartou ter mais de 21 provas no calendário. Essa história eu leio e ouço desde que era pequeno (tanto em idade quanto em altura rsrsrs). Deve ser mais um blefe do tio...

Valentino Rossi testando o F2007

BURBURINHOS DO CORRADI: Possível interesse da McLaren em uma parceria com os motores BMW; Verstappen nos planos da Red Bull (a nave mãe), mas seu sonho é a Ferrari, que prefere (por enquanto) Romain Grosjean.

Por hoje é só, até breve, pessoal!

quarta-feira, 23 de março de 2016

BLEFE OU REALIDADE?

Foto: Bandeira Verde
Não é a primeira e certamente não será a última vez que será veiculado na imprensa notícias sobre o futuro de Monza na F1. O circuito, que é símbolo e deveria ser patrimônio mundial da humanidade (ou ao menos da categoria), corre sério risco de ter sua última prova nesse ano.

O presidente do Automóvel Clube da Itália, Sticchi Angelo Damiani, disse que Bernie Ecclestone recusou o dinheiro que Monza ofereceu para manter na F1. Além disso, o todo poderoso da F1 supostamente não estaria satisfeito com as mudanças feitas para receber o Mundial de Superbikes.

Supostamente Ímola ou Mugello seriam as favoritas para substituir o icônico circuito que participa da F1 desde 1950 e que só ficou fora em 1980, por reformas. As negociações está em curso há algum tempo, mas parece que emperrou. Bernie Ecclestone pediu 25 milhões de euros, mas Damiani ofereceu apenas 19 milhões. Além disso, Ecclestone não gostou das mudanças que Monza irá fazer para receber o Mundial de Superbikes.

Todo mundo já sabe que apenas o dinheiro interessa para Bernie. Milhares de circuitos tradicionais já estão fora por impossibilidades financeiras: Magny Cours, Ímola, Paul Ricard, etc. É mais rentável ter corridas em Abu Dhabi, Baku e Cingapura do que em lugares tradicionais como França, Itália e Portugal. A F1 está acabando. A tradição dos circuitos está se transformando em tilkometros artificais, sem alma, sem carisma, apenas modernos. Bernie está matando a F1 com uma mão pelo dinheiro e depois reclama da falta de competitividade na categoria: Não há dinheiro; os custos são elevadíssimos.

SENNA, 56 ANOS

Foto: Wikipédia
Homenagem atrasada: Ontem, Ayrton Senna da Silva completaria 56 anos de idade. Nosso eterno ídolo! Muitas saudades...
O site do Instituto Ayrton Senna criou um site, em português e em inglês, que conta a carreira do piloto baseado em manchetes de jornais de 1 de janeiro até 31 de dezembro. Sim, há material da imprensa em todos os dias do ano que citam o tricampeão. São notícias nacionais e internacionais da carreira e até de sua vida. Não foi fácil, mas foi um ótimo trabalho da equipe. Você pode acessar o site clicando AQUI.

É isso pessoal, até mais!