terça-feira, 12 de setembro de 2023

SÓ FALTA CARRO

 

Foto: MotorSport

As aventuras de Lewis Hamilton e George Russell na Mercedes continuam até 2025, pelo menos. A renovação saiu de forma oficial há algumas semanas, para a surpresa de absolutamente ninguém.

Esse papo de aposentadoria depois de sair do topo é muito difícil quando se trata de esportistas que competem e vencem desde a infância. O exemplo Alonso pode fazer a diferença, afinal Hamilton é mais jovem e ainda um heptacampeão. Os resultados desse ano mostram que não há sinais de desaceleração vindas da idade.

Russell está um pouco abaixo, seja por alguns erros, azares e até mesmo erros de leitura da Mercedes, o que agora custa caro, devido ao fato de não estarem mais na posição de dominância e não se darem ao luxo de alguns equívocos.

Aliás, esse é o grande x da questão. É nítido que Hamilton e Russell é a melhor dupla de pilotos. Os dois se completam em velocidade, ritmo de corrida, leitura das situações, administrar os pneus, guiar na chuva, entre outros.

Assim como escrevi no ano passado, está faltando carro, está faltando a Mercedes propiciar aos dois um bólido a altura do talento de ambos. Mais dois anos, com pressão, ou esperar 2026 com algum pulo do gato no novo regulamento. O tempo passa de forma diferente para os dois. Hamilton está em contagem regressiva, Russell não. No entanto, George imaginava que estaria brigando por mais vitórias e pódios após sair da Williams. As coisas azedaram justo na vez dele.

Ninguém duvida da capacidade dos alemães. Eles sempre crescem durante a temporada, a questão é acertar tudo desde o início. Novamente, uma parte do ano foi perdida ao apostar em um conceito errado, influenciado pela solitária vitória em Interlagos, que o tempo mostrou ser uma exceção do que regra ou sinal de caminho correto a ser seguido.

Dar meia volta significa mais algum tempo de progresso e paciência. Os recursos são quase infinitos, a capacidade técnica dos engenheiros e pilotos também.

A Mercedes “só” precisa de um carro, ou melhor, dois para voltar a era prateada/preta que vai, por incrível que pareça, se afastando e se tornando um passado improvável. Parecia que era ontem. Parecia. Já está virando semanas, meses, dois anos ou mais...

Até!

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