domingo, 9 de agosto de 2020

NO CONCEITO

 

Foto: Getty Images

A Mercedes é, nas CNTP, um segundo mais rápido que as demais. Para isso ser superado, é necessário que se crie alguma coisa diferente, seja um Safety Car, a chuva ou outra coisa. Na semana passada, os pneus em temperaturas quentes foram um pista que novamente se confirmou hoje.

Dessa vez não teve estouro, mas ficou claro que as Mercedes e sua cópia possuem maiores dificuldades de durabilidade com a temperatura da pista mais quente. Além disso, é claro, é preciso pensar diferente, ter uma estratégia. Foi isso que a Red Bull.

Com compostos mais duros depois da semana passada, os taurinos começaram a vencer a corrida no treino de sábado, quando escolheram a ousada tática de largar com os duros. Com os médios, as Mercedes rapidamente perderam terreno e Max passou a liderar, tomando as rédeas da prova.

A Mercedes tentou mudar de nível mas Max decidiu quando fez a segunda parada no mesmo instante que Bottas. Mesmo atrás, passou logo depois de sair dos pits e, com os pneus duros durando mais, venceu uma corrida calcada na estratégia.

Como desgraça pouca é bobagem, o pole Bottas ainda viu Hamilton esticar o stint, parar depois e com o pneus mais novo passou sem dificuldades o finlandês. Até quando não ganha Hamilton se dá bem, pois agora tem 33 pontos de vantagem no campeonato, começando a decidir o campeonato.

Se Max e a Red Bull merecem os louros pela estratégia e pilotagem, quem também precisa ser destacado é a “jovem fênix” Charles Leclerc. Também na estratégia, com um parada a menos, conseguiu um quarto lugar mágico para a realidade da Ferrari. Dizem que o carro é tão ruim que os pneus nem desgastam muito...

O capítulo Vettel x Ferrari ganhou mais um litígio evidente, um bate-boca público na transmissão. Vettel não se ajuda ao rodar na largada e ainda ter a sorte de sair ileso, mas o ritmo é muito fraco. Longe de pontuar, definitivamente foi relegado não só como um segundo piloto, mas também a uma figura incômoda na estrutura italiana. Como já escrevi, seria melhor um divórcio imediato do que esse constrangimento.

A opção que sobrou para o alemão hoje foi lastimável. Provando que é um carro veloz no treino e nem tanto na corrida, conseguiram hoje a proeza de parar Hulkenberg no final para que Stroll chegasse a frente. Repetindo: Hulk, que até semana passada tava sentado no sofá de casa, bastou duas semanas para ser mais rápido que o filho do pai. A simpatia e pobreza da Force India vira a antipatia da Racing Point/Aston Martin, uma empresa familiar. Não seria uma boa para Vettel servir apenas de escada para o garotão que é muito fraco. Trocaram o quinto e o sexto lugares por um sexto e sétimo pois Albon, em recuperação, conseguiu ainda dez pontos.

Largando de trás, Ocon também fez uma parada e conseguiu bons pontos, superando Ricciardo, que teve uma tarde infeliz. Norris e Kvyat completaram o top 10, com o russo também saindo de trás. Sainz também não foi bem.

Hamilton encaminha o título e mesmo sem a vitória sai com a sensação de lucro. Saiu atrás e superou Bottas. Na Fórmula Mercedes, o imponderável e as oportunidades precisam ser aproveitadas, e hoje Max Verstappen conseguiu, no conceito de estratégia, em inglês strategy...

Confira a classificação final do Grande Prêmio dos 70 anos da Fórmula 1:


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