terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O REINÍCIO E O FIM

Bruno Giacomelli, Alfa Romeo 179, de 1980. Foto: LAT Images
Fala, galera!

Na semana passada, foi anunciado que a Sauber Alfa Romeo F1 se tornou a Alfa Romeo Racing, administrada pela Sauber Motorsport.

Ou seja, o que isso significa? Que a equipe será chamada de Alfa Romeo e que a Sauber está deixando a F1, onde esteve desde 1993. De 2006 até 2010 a Sauber foi comprada pela BMW, mas o sobrenome continuava ali. Agora, não mais.

A mudança de nomenclatura não muda profissionais. Pelo contrário, até faz sentido porque desde o ano passado a Ferrari mandou várias pessoas para a ex-Sauber, como por exemplo Simone Resta.

Também na prática, a Ferrari oficializa sua terceira equipe na F1. A Haas já é satélite e agora a Alfa Romeo vira de fato a "Ferrari B", o que já era antes com o nome Sauber, tanto hoje quanto no passado, na parceria com a antiga Sauber Petronas no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000.

Sendo satélite e auxiliada pela Ferrari, a agora Alfa Romeo terá dinheiro e estrutura pra se desenvolver. No ano passado já houve uma evolução, também graças a Leclerc. Agora, a tendência é que as coisas melhorem cada vez mais, com a experiência de Kimi Raikkonen e a qualidade do jovem Antonio Giovinazzi.

No entanto, se a Ferrari largar o brinquedo, não me parece que Peter Sauber possa salvar sua equipe outra vez, assim como quando a BMW largou o negócio em 2010. Caso esse receio se confirme, a possibilidade da F1 perder mais um time é enorme.

Relembrando a história da Alfa Romeo: a empresa criada em 1910 foi a primeira a vencer na Fórmula 1, no longínquo GP da Inglaterra em 1950. O time conquistou o bicampeonato com Juan Manuel Fangio e se retirou da categoria.

O retorno se deu em 1962 como fornecedora de motores de equipes como McLaren, March, LDS e Coopero até 1978,  Sem apresentar bons resultados. Em 1979, volta a ser equipe, mas nem de longe conseguiu repetir os resultados dos anos 1950. O único pódio foi o terceiro lugar no GP da Itália de 1984, com Riccardo Patrese. Nos dois últimos anos da Alfa Romeo, ela foi patrocinada pela Benetton, que virou equipe em 1986.

A Alfa Romeo seguiu como construtor até 1988, quando tentou ajudar a Osella, que chegou a desenvolver e ser o nome do motor, mas também foi um grande fracasso.

Em 2016, escrevi sobre a história de Peter Sauber, que se confunde com a própria equipe, quando ele se retirou do comando da escuderia. Relembre:

PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3

Até!

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