terça-feira, 25 de julho de 2017

O FUTURO DO AUTOMOBILISMO

Foto: Reprodução/Red Bull
Pela primeira vez, me recusei a escrever um texto para o blog. O motivo? Minha total contrariedade a decisão que a FIA tomou na semana passada, ao regularizar o Halo para a próxima temporada. Fiquei muito decepcionado. Passaram-se alguns dias e o sentimento é o mesmo. Entretanto, acho que agora consigo despejar essa raiva de forma um pouco mais racional, eu acho.

A FIA argumenta que, após o dispositivo passar por rigorosos testes de impacto, a decisão foi confirmada pelo Halo ter passado com êxito em todos eles. Além do mais, a medida não poderia entrar esse ano porque as equipes precisariam ainda testar minimamente. Niki Lauda foi contra, as equipes também. A Associação de Pilotos, liderada pelo ex-piloto Alexander Wurz, apoiou.

Foto: Reprodução
Automobilismo sempre foi e sempre será um esporte de risco. Por mais que a tecnologia se desenvolva, andar a 300 km/h sempre será perigoso. O motivo para o Halo entrar na F1 é simples: uma espécie de resposta a morte de Jules Bianchi. Acontece que o piloto francês faleceu não pela F1 ser insegura, mas sim por um erro humano, uma irresponsabilidade atroz da direção de prova do GP do Japão que deixou um trator na pista. O Halo em nada evitaria que Jules tivesse falecido, assim como não teria contribuído em evitar que uma mola atingisse Felipe Massa na Hungria, em 2009.

O Screen talvez fosse mais seguro que o Halo. Apesar de Vettel reclamar de tontura com aquele vidro, ele poderia ser transparente e melhorar. O Halo tem aquela "tira de Havaianas" que além de prejudicar a visão do piloto pode causar sérios danos em casos de capotamento ou batidas. Em todo caso, a FIA diz que isso não é problema.

Colocar uma proteção no cockpit por conta de uma morte que não tem nada a ver com a insegurança de um carro de F1 é uma decisão retrógada e arbitrária. Nenhum fã gostou. A maioria dos pilotos se posicionaram contra. Isso não é F1. Isso não é explorar os riscos onde não é qualquer ser humano que tenha coragem para encarar um carro de corrida.

Foto: Reprodução

Talvez o esporte a motor não seja mais isso. Com o advento das redes sociais, e-sports, youtubers e novas formas de entretenimento, o carro ficou para trás. Além de caro, é um esporte de nicho, visto como um poluente. Não a toa muitas montadoras estão migrando para a Fórmula E e em breve os carros deixarão de ser à gasolina.

Categorias como F1, Indy, Nascar, WEC, entre outras, devem estar com essa geração como sendo a última que respira o automobilismo dos tempos antigos. A próxima não deve se interessar por carros. Decisões como essa da FIA podem afastar ainda mais pessoas que gostam do automobilismo, do perigo e do arrojo. Uma pena, mas vejo o esporte a motor se definhando, com custos altíssimos, fora da realidade e buscando à forceps atrair o público jovem nas redes sociais.

Mas acho que isso é assunto para outro post, talvez.

Por enquanto é isso.

Até!

terça-feira, 18 de julho de 2017

A QUESTÃO TORO ROSSO

Foto: Sky Sports
Desde o caso de Sebastian Vettel, a Red Bull ficou conhecida como a equipe que aposta nos jovens pilotos que futuramente serão estrelas. Entretanto, historicamente não é bem assim.

Os únicos bem-sucedidos dessa história toda foram o alemão tetracampeão, Daniel Ricciardo, que continua na equipe e o fenômeno Max Verstappen. De resto...

Voltemos ao passado: 2006 e 2007 - Scott Speed e Vitantonio Liuzzi. O americano era visto como uma promessa, enquanto o italiano tinha a fama de ser um grande kartista. Desde o início, o ambiente na equipe de Faenza é tumultuado entre os pilotos e os dirigentes. Resultado: Speed foi demitido no meio da temporada de 2007 e Liuzzi também não durou muito na equipe, apenas duas temporadas.

Foto: F1Fanatic
2008 - A equipe trouxe o Sebastien Bourdais, multicampeão da Indy para ser companheiro de equipe de Vettel. Foi demitido por SMS. Foi o último não-piloto da academia dos taurinos a pilotar na equipe de Faenza.

2009 até 2011 - Buemi e Alguersuari travaram uma intensa disputa, sempre com a Toro Rosso semeando um ambiente tenso e hostil. No fim das contas, nenhum dos dois subiu para a Fórmula 1 e a carreira dos dois na categoria acabou por ali. Hoje, Buemi brilha no Endurance e na Fórmula E, enquanto Alguersuari se aposentou, alegando problemas cardíacos e virou DJ.

2012 até 2014 - Vergne e Ricciardo travaram duras disputas. Diante da saída de Webber, finalmente uma vaga para a equipe mãe estava disponível. Melhor para o compatriota de Mark. Vergne, piloto competente, ficou a ver navios e também teve sua passagem pela F1 encerrada, substituído por Kvyat e Sainz.

Foto: Reprodução Red Bull/Getty Images
Hoje, a situação é a mesma. Sainz e Kvyat se batem na pista. O ambiente interno é horrível. Sainz sabe que não irá subir para a Red Bull e tenta sair desesperadamente da equipe, que nega.

Kvyat foi rebaixado da Red Bull depois de uma série de barbeiragens e parece que nunca mais irá se recuperar. Desde então, virou um piloto errático e com um desempenho muito inferior ao companheiro espanhol. Hoje, está atrás até de Wehrlein no campeonato, que pilota o pior carro da categoria, a Sauber.

Diante dos fatos e números, é indefensável a sua permanência na F1. Palavra de quem torce demais pelo russo e que, na época, considerou injusta a troca no ano passado. Com Sainz batendo o pé, está na hora da Red Bull apostar em novos talentos.

A questão é essa: Pierre Gasly foi campeão da GP2 ano passado e não subiu. Os desempenhos nos testes indicam que ele foi mais lento que Kvyat. Será que ele vai ter o mesmo fim de Antônio Félix da Costa, português que tinha tudo para estar na F1 e foi "puxado o tapete" na última hora?

A Red Bull não tem substitutos para Sainz e Kvyat. A "nova" F1 é mais difícil para os novatos, e não é todo dia que surge um Vettel, um Ricciardo e um Verstappen. Pelo contrário. A história prova que a Red Bull é uma grande trituradora de carreiras, embora também seja responsável por muitos pilotos ingressarem na categoria sem investir milhões.

Ter uma equipe satélite, hoje, parece não ter sentido para a Red Bull. A Toro Rosso virou uma equipe desorganizada, sem rumo e sem lógica na categoria. Mais uma notícia horrível para uma categoria capenga que anda fortemente combalida. É o futuro do automobilismo...

Até!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

SORTE E AZAR

Foto: Getty Images
Será que o cenário mudou de vez? Bem, não é surpresa o domínio de Hamilton em Silverstone. Terceiro Grand Chelem na temporada (!!!), a apenas um de igualar o recordista Jim Clark. Por falar nele, Hamilton o igualou como maior vencedor do GP da Inglaterra, junto com Alain Prost: cinco conquistas, quatro consecutivas. Poderiam ter sido cinco, caso o pneu dianteiro direito não tivesse estourado enquanto liderava, em 2013.

Deu tudo certo para Hamilton. Vitória tranquila, fim de semana dominante e, para ajudar ainda mais, finalmente Vettel teve que lidar com um infortúnio. Na volta final, seu pneu estourou, muito em conta do desgaste provocado pela briga com Bottas e o exigente traçado de Silverstone. A vantagem que era de 20 pontos caiu para apenas um. Faltando uma corrida para as férias de verão européia, a Mercedes soluciona problemas e a Ferrari não consegue acompanhar o ritmo. Se continuar assim, Hamilton será líder do campeonato já agora, o que era impensável até então, diante do equilíbrio entre as equipes e a consistência de Vettel.

Foto: Getty Images
Bottas saiu em nono e conseguiu imprimir uma boa corrida de recuperação. Com sorte, conseguiu a segunda posição, pois Raikkonen também teve que parar faltando duas voltas, sofrendo com desgaste dos pneus. Sortudo depois do problema do câmbio. O fato é que Bottas vem realizando um trabalho melhor que a encomenda, o que provavelmente irá culminar na sua renovação de contrato com as flechas de prata. Entretanto, não parece provável que será uma ameaça direta a Hamilton como Rosberg era, salvo "azares" do inglês, mas tudo é possível na F1. Ele está na briga.

Finalmente Verstappen completou uma corrida. Estávamos com saudades de uma bela exibição sua. Parece ser impossível ultrapassá-lo na pista. Duro e atrevido nas defesas de posição, hoje ele evitou os ataques de Vettel no início da corrida, o que culminou numa estratégia de undercut dos italianos para se livrar do holandês, que fez Vettel espalhar, dentro do limite das regras. Só os boxes são capazes de pará-lo (e os problemas da Red Bull também). O piloto do dia foi Ricciardo. Saindo de penúltimo, fez um show de ultrapassagens no pelotão, restando apenas o quinto lugar. Que desperdício esses dois pilotos não terem condições de brigar pelo título... Merecem e muito!

Foto: Getty Images
Raikkonen foi superior a Vettel durante todo o fim de semana. Primeira vez na temporada que isso acontece. Não estava feliz ao chegar em terceiro, pois tinha o segundo lugar garantido. Falta regularidade para não tão IceMan. Hulkenberg é um acumulador de pontos. Todos os da Renault foram de sua autoria. Grande sexto lugar. Palmer: quando não é mau desempenho ou barbeiragem, o carro tem problemas antes da largada. Complicado.

Foto: Getty Images
Ah, a Toro Rosso: como sempre, problemática internamente e entre os pilotos. Kvyat barbeirou outra vez, agora tirando Sainz da corrida. O espanhol tenta de todas as formas sair da Toro Rosso, mas Helmut Marko e Christian Horner parecem ser irredutíveis. É a velha máxima: ou eu saio ou serei "saído", dado o modus operandi da equipe de Faenza. Torci por Kvyat e achei um absurdo seu rebaixamento ano passado, mas agora é indefensável. Ele está a três pontos na carteira de ser banido por uma corrida. Está atrás do Wehrlein na tabela, que corre com a pior equipe do campeonato. Não dá mais. Não é possível que a Academia da Red Bull não tenha um ou dois pilotos para entrar na F1. Gasly é tão fraco assim?

Force India sem incidentes fez o que pode, dessa vez com Ocon superando Pérez. Outra vez Massa fez uma grande largada e um péssimo qualyfing. Um pontinho é um grande feito do brasileiro. A "evolução" de Stroll parece ter parado. Foi o penúltimo (16°) entre aqueles que completaram a prova. Faltou pouco para Vandoorne marcar os primeiros pontos na temporada. Alonso abandonou, o que é um pleonasmo.

Foto: Getty Images
Confira a classificação final do GP da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 14 de julho de 2017

MERCEDES COMEÇA A SOBRAR

Foto: Getty Images
Se no início da temporada a Ferrari conseguia ser mais rápida nos treinos, conseguir poles e equilibrar as ações, a Mercedes reagiu e passou a ser, de fato, o melhor carro. Desde que as atualizações do W08 foram efetuadas no Canadá, o desempenho das flechas de prata cresceu, embora alguns problemas tenham evitado que Hamilton marcasse mais pontos no Mundial.

Hoje, Bottas foi o mais rápido nos dois treinos livres. Entretanto, essa semana foi a vez dele de ter que trocar o câmbio e, portanto, ser penalizado com cinco posições no grid de largada. Bom para Vettel, que apesar dos pesares, tem totais condições de largar na primeira fila.

O alemão, aliás, testou o Shield, aparato de segurança feito pela FIA para a prevenção de acidentes na cabeça, visando a diminuição de casos graves como o de Massa e de Jules Bianchi. É um "treco" muito feio. Além do mais, tenho minhas dúvidas se isso não atrapalharia mais do que ajudaria no momento em que um piloto saísse de um carro capotado, por exemplo. Sem contar que Bianchi morreu por uma irresponsabilidade da direção de prova japonesa, que colocou um trator na pista durante a chuva. Tomara que essa porcaria e nem o Halo, que é pior, sejam aprovados. Seria o fim da F1 como categoria de monopostos.

Foto: Getty Images
Diferentemente do primeiro treino, a Ferrari ficou à frente da Red Bull no segundo, evidenciando a relação de forças da F1. Massa foi bem e tem chances de largar em sétimo ou até em sexto, dependendo da colocação de Bottas no treino amanhã. A McLaren tem um ótimo chassi. Alonso trocou todo o sistema de unidade híbrida e vai largar em último. Normal.

Foto: Getty Images
Quem marcou presença foi Billy Monger, o piloto que sofreu um grave acidente na F3 britânica que culminou na amputação de suas duas pernas. Hamilton mostrou o paddock e Billy acompanhou o treino nos boxes da Mercedes, interagindo com Toto Wolff. Billy também conversou com outros pilotos, como Carlos Sainz Jr.

Algumas curtinhas para finalizar: Cyril Abiteboul, chefão da Renault, já admite que Kubica é um dos candidatos da Renault para substituir Palmer em 2018. Se antes o discurso era de negação para frear a empolgação geral, dessa vez Abiteboul, ainda com os pés no chão, disse que o polonês está cumprindo os objetivos da Renault nos testes, tanto com o carro de 2012 quanto nos simuladores. Falta somente a aprovação da FIA para atestar que Kubica tem condições físicas de retornar a categoria depois de sete anos. História fantástica que todos torcem por um final feliz.

A Sauber anunciou Frederic Vasseur, ex-Renault, como novo chefe de equipe, substituindo Monisha Kalterborn, demitida nas últimas semanas. Vasseur é muito bem sucedido com equipes de categoria de base, como a ART na GP2, onde foi campeão com Rosberg, Hamilton e Hulkenberg. Agora, terá o desafio de pegar uma equipe endividada, com investidores suecos e tentar melhorar a situação desportiva da Sauber. Enquanto isso, Wehrlein segue mais veloz que Ericsson...

Confira a classificação dos treinos livres para o GP da Inglaterra:




quinta-feira, 13 de julho de 2017

GP DA INGLATERRA - Programação

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.
Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Fernando Alonso - 1:30.874 (Ferrari, 2010)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:29.287 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Jim Clark (1962, 1963, 1964, 1965, 1967) e Alain Prost (1983, 1985, 1989, 1990 e 1993) - 5x

HAMILTON ELOGIA TEMPORADA DE BOTTAS: "MELHOR QUE A MINHA"

Foto: This Is F1
Os comentários foram feitos pelo tricampeão após a vitória do finlandês no GP da Áustria. Agora, Lewis tem apenas 15 pontos de vantagem para Valtteri no campeonato (151 a 136). Portanto, é justo dizer que Bottas está na briga pelo título. Hamilton destacou a consistência do #77 durante a temporada e disse que o desempenho dele é superior ao próprio
.
"Valtteri fez um trabalho fantástico e mereceu vencer. Quando você olha os resultados, vê que ele possui apenas um abandono. No geral, ele vem tendo uma temporada melhor, eu diria. Ao menos até agora", destacou. O tricampeão também ressaltou que nunca considerou que Bottas estivesse fora da briga pelo título. "Ele sempre esteve na luta. Acho que vocês [jornalistas] é que talvez tenham sugerido que ele estava fora. Eu sempre o considerei na briga e agora o cenário mostra que ele realmente está", ressaltou.

De fato, Bottas faz um trabalho melhor do que se imaginava. A tendência era que Hamilton o vencesse com facilidade como nos tempos de Kovalainen na McLaren, mas não é o que tem sido. Pelo contrário. Bottas vem mostrando desempenho para ser campeão mundial. Basta continuar sendo constante e se aproveitando da briga de Hamilton e Vettel para roubar pontos de ambos. Carro ele tem para isso.

A declaração de Hamilton também pode ser interpretada da seguinte forma: "ele está melhor que eu, mas mesmo assim está atrás", valorizando seu desempenho. Não tenho dúvidas que Hamilton irá terminar o campeonato à frente de Bottas. Entretanto, diante de infortúnios do inglês e méritos do finlandês, a briga está mais equilibrada do que o imaginado. Até quando?

SILVERSTONE COM OS DIAS CONTADOS

Foto: Hauraton
O BRDC (Associação Britânica de Pilotos), entidade que controla o autódromo, acionou uma cláusula contratual que permite o fim do acordo atual com a F1 após a realização do GP da Inglaterra de 2019. O motivo é a tentativa de um novo acordo que seja financeiramente viável para a administração do autódromo.

John Grant, presidente do BRDC, afirma que "Tivemos prejuízo de £ 2.8 milhões (R$ 11.7 milhões) em 2015 e de £ 4.8 milhões (R$ 20.1 milhões) em 2016, e esperamos algo parecido neste ano. Chegamos ao ponto em que não podemos deixar nossa paixão pelo esporte guiar nossas cabeças. Isso não só arriscaria o futuro de Silverstone e do BRDC, como também do automobilismo britânico, que depende de nós”.

O contrato atual de Silverstone com a categoria prevê o pagamento de uma taxa que cresce em todos os anos. Em 2010, o autódromo precisou pagar £ 11.5 milhões (R$ 48.3 milhões) para receber a F1. Em 2026, último ano do contrato atual, este valor chegaria aos £ 25 milhões (R$ 105 milhões). O desejo do BRDC é firmar um novo contrato com a Liberty Media, que agora administra a F1.

Silverstone recebeu a primeira corrida da F1, em 1950, além de outras 50 edições. Creio que não é do interesse da Liberty Media perder um circuito histórico justamente agora que movimentou peças para o retorno das corridas de Alemanha e França. Entretanto, se os valores forem inviáveis, não há o que fazer. Herança da Era Bernie. É preciso baratear os custos. Com exceção das corridas da Ásia e Oriente Médio, os circuitos tradicionais estão sempre ameaçados. Isso é um assinte para a F1. Que a Liberty resolva isso, apesar do atual traçado de Silverstone ser uma porcaria. O antigo era muito melhor.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 171 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 151 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 136 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 107 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 83 pontos
6 - Sérgio Pérez (Force India) - 50 pontos
7 - Max Verstappen (Red Bull) - 45 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 39 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 29 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 22 pontos
11- Lance Stroll (Williams) - 18 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 18 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 287 pontos
2 - Ferrari - 254 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 152 pontos
4 - Force India Mercedes - 89 pontos
5 - Williams Mercedes - 40 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 33 pontos
7 - Haas Ferrari - 29 pontos
8 - Renault - 18 pontos
9 - Sauber Ferrari - 5 pontos
10- McLaren Honda - 2 pontos

TRANSMISSÃO


quarta-feira, 12 de julho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #33

Foto: Reprodução
Fala, galera! Hoje vai ser curto e grosso (ou não):

Depois da especulação sobre a chegada de uma equipe chinesa na F1 nos próximos anos, um velho novo boato retorna: a excêntrica Stefan GP. A última tentativa da equipe do empresário Zoran Stefanovic foi em 2010, quando ele comprou chassis desenvolvidos pela Toyota, que se retirou da F1 meses antes, mas rapidamente se viu que a equipe sérvia não chegaria a lugar nenhum.

Pois bem, dessa vez a tentativa parece ser mais séria. Ficou definido que a sede da equipe será em Parma, na Itália. Também já existe o planejamento para a contratação de funcionários. Zoran se encontrou com Ross Brawn na Áustria, no último final de semana, para discutir detalhes da empreitada. A ideia do empresário é entrar na F1 em 2019, dessa vez com a construção dos próprios carros. Entretanto, a FIA ainda não sinalizou quando irá abrir um novo processo seletivo para a chegada de novas equipes.

Basta lembrar que Hispania, Caterham e Manor faliram. Óbvio que seria legal preencher o grid com mais uma ou duas equipes, principalmente aquelas com procedência duvidosa, pilotos folclóricos e gambiarras estilo Super Aguri correndo com a Arrows 2002 adaptada para 2006. Ou não.

Foto: MotorSport
Agora, duas notícias que envolvem a Honda:

Segundo a "Gazzetta dello Sport", dirigentes da McLaren estariam buscando acordo com a Ferrari para o fornecimento de motores para a próxima temporada. Convenhamos, isso seria uma humilhação, dada a rivalidade das duas equipes. Imagina um "McLaren Ferrari" na transmissão, ou "McLaren Fiat", "McLaren Alfa Romeo" ou qualquer coisa do tipo? Lamentável. Creio que seja apenas pressão para a negociação com a Mercedes e um aviso para a Honda. Uma dúvida: não chegou a hora da McLaren produzir seu próprio motor? Dinheiro é o que não falta...

Depois da demissão de Monisha Kaltenborn, a Honda teria desistido do acordo com a Sauber, válido a partir da temporada que vem. O clima de incerteza na equipe suíça seria o motivo dos japoneses voltarem atrás, o que é negado pela Honda. A Sauber não se manifestou. Realmente, investir em uma equipe cujo o Ericsson é a prioridade é complicado. Além do mais, seria o momento em que os japoneses percebem que estão desperdiçando dinheiro em um projeto fracassado e iriam se retirar para, quem sabe, retornar mais forte a partir de 2020? A própria McLaren na Áustria amenizou o clima com a equipe. Seria uma baixada de bola? Como tudo é fofoca, tudo é especulação e perguntas retóricas. Temos que pensar em todas as possibilidades, não é mesmo? O mundo da F1 é mais imprevisível que as corridas, sem dúvida alguma.

A BMW irá ingressar na Fórmula E.

Kvyat e Sainz devem permanecer na Toro Rosso no ano que vem.

Kubica irá participar de outro teste com a Renault em Paul Ricard com o Lotus 2012 e de um treino com o RS17 em Hungaroring. Ele já pilota o modelo 2017 no simulador. A ideia é fazer um comparativo com os tempos de Hulkenberg. Caso o polonês seja aprovado, a última etapa seria a liberação da FIA, certificando-se que Kubica tenha condições físicas de dirigir um F1, mesmo com as limitações impostas pelo acidente de rali, em 2011. Na torcida!

Para finalizar, relembre duas edições do GP da Inglaterra, em Silverstone. Escolho a vitória de Emerson Fittipaldi, a primeira das quatro vitórias brasileiras na Inglaterra, há 45 anos atrás e a vitória de Kimi Raikkonen, campeão mundial uma década atrás. Relembre:




Até!

terça-feira, 11 de julho de 2017

A ZICA DE VERSTAPPEN

Foto: AutoSport
Virou cena rotineira. A transmissão mostra Verstappen fora da prova, saindo do carro e mais tarde conversando com Christian Horner. Max abandonou cinco das nove corridas até aqui na temporada. Com apenas um pódio na temporada (na China, segunda etapa do ano), o holandês vê seu companheiro de equipe Ricciardo com cinco pódios (incluindo uma vitória, no Azerbaijão) brilhando.

Com mais um abandono na Áustria, Max foi ultrapassado até pela Force India de Pérez no campeonato (50 a 45). Evidente que isso será rápido, mas mostra o quanto o holandês está lidando com problemas em 2017, seja por culpa da equipe, dele mesmo ou simplesmente azares.

Domingo, por exemplo. Um problema na embreagem ocasionou a péssima largada de Verstappen. Perdendo posições, ficou no bololô da primeira curva, onde foi acertado por Alonso, tocado por Kvyat, em um efeito dominó. O suficiente para que sua corrida não durasse mais que uma volta.

Batida na primeira curva também aconteceu, na Espanha. De resto, Max vem sofrendo com inúmeros problemas no carro. Um grande azar, porque Ricciardo não vem sofrendo com isso até então, muito pelo contrário. Os "teóricos da conspiração" acreditam que não é apenas azar, mas vai acreditar no que esses malucos acham...

De fato, a temporada do holandês é frustrante, pois ele vem batendo Ricciardo nos treinos e todos sabemos que ele tem extrema capacidade, um futuro campeão do mundo. A ânsia pela briga pelas vitórias e títulos é tanta que, segundo os "especulacionistas", Max está insatisfeito com a Red Bull e gostaria de ir para a Ferrari ano que vem, o que é negado por todas as partes.

É óbvio que Verstappen fica na Red Bull para o ano que vem. A expectativa é que no futuro os taurinos briguem pelo título, não só pelas migalhas deixadas por Mercedes e Ferrari. Do contrário, caso os problemas continuem surgindo sem existir soluções, aí sim creio que Max irá optar por outros rumos. Interessados é o que não faltam.

Resta saber se Silverstone será o início de sua reabilitação no ano. Que a metade final da temporada seja completamente diferente que o início. A F1 torce para isso.

Até!