terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ANÁLISE DA TEMPORADA 2018 - Parte 2

Foto: Daily Express

Fala, galera! Segunda e última parte da tradicional análise da temporada. Agora, com as equipes que restam: Williams, Toro Rosso, Haas, McLaren e Sauber. Vamos lá!

WILLIAMS

Foto: F1i
Lance Stroll – 5,0: Conseguiu a proeza de ser superado em treinos pelo lanterna do campeonato. Como recompensa, vai subir para a Force India (Ou Racing Point, sei lá que diabos vai ser o nome) graças ao dinheiro do pai Lawrence, como sempre. Tem um ritmo de corrida melhor, mas isso não quer dizer muita coisa. Queimar etapas custa a reputação de piloto pagante eterno. Agora, a concorrência é Pérez, não um semiaposentado Massa ou o novato Sirotkin. A competição vai ser mais alta, assim como a chance de capitalizar mais pontos também. Será que Stroll vale mais do que ser o contrapeso do pai?

Sergey Sirotkin – 5,0: Perder para Stroll é o fim da picada, mesmo que a Williams seja uma porcaria e o russo seja o novato. Uma passagem sem brilho, sem graça, sem muito o que comentar além disso. Que seja feliz em outra categoria.

TORO ROSSO

Foto: LAT Images
Pierre Gasly – 7,5: Com um “carro-experiência”, teve alguns brilharecos que foram significativos. O quarto lugar no Bahrein foi o ponto alto, assim como outros grandes resultados pontuais em Mônaco. Pegar a Toro Rosso nessa temporada era uma verdadeira bucha de canhão. Ninguém poderia esperar algo. Pelo que garganteia a Red Bull, confirmada pela equipe satélite, o motor evoluiu e falha menos. Significa bater de frente com os tubarões? Não, mas permite um crescimento animador para as próximas temporadas. Por falar em crescimento, a brecha de Ricciardo permite a Gasly lutar com Verstappen. Vai ser difícil e provavelmente deve ser derrotado. Cabe ao francês justificar a que veio. A primeira amostra foi positiva.


Brendon Hartley – 5,0: A própria equipe comentou que o neozelandês em nenhum momento pareceu ter se adaptado ao carro, talvez fruto de um longo tempo sem correr em monopostos. A verdade é que Hartley teve poucos brilhos (em alguns treinos) e quase nenhum nas corridas, seja por acidentes, falta de velocidade, problemas da Honda ou as três coisas juntas. Assim como Sirotkin, não vai fazer falta. Não é mau piloto e com certeza vai continuar se destacando nas outras categorias.

HAAS

Foto: Grand Prix 247
Romain Grosjean – 5,5: Inacreditável terem renovado com ele, apenas isso. Uma série incrível de erros e cagadas. Talvez nem o próprio Grosjean tenha contado com a renovação através do duro Gunther Steiner. Com um grid extremamente jovem e dominado pelas “academias de pilotos”, talvez a única coisa positiva da Haas é ainda manter essa independência no que tange a escolha dos pilotos, apesar de acreditar que a ascensão de Leclerc tenha limado as opções do time de Gene Haas. Que venha mais um ano de trapalhadas do francês, talvez pode ser a última, pense nisso.

Kevin Magnussen – 7,0: Brigou até o final pelo posto de melhor do resto. Começou bem a temporada mas depois teve altos e baixos. Ainda assim, o jeito durão e o fato de ser odiado por quase todos os pilotos o faz ser um personagem interessante e às vezes até sensato quando discorda do Halo e fala de forma franca com todos. Esse mesmo comportamento está lhe fazendo virar quase uma chicane ambulante. Precisa parar com isso. Conseguiu superar Grosjean sem dificuldades e tem tudo para fazer de novo no ano que vem. Com isso, vai garantindo mais alguns anos na categoria, o que parecia impensável depois de ter sido dispensado pela McLaren, mostrando que há sim luz no fim do túnel.


McLAREN

Foto: Autoracing
Fernando Alonso – 7,0: A última (?) temporada de Alonso na F1 começou promissora assim como a equipe. Pontos nas primeiras etapas e o sentimento de que “nós podemos lutar”. Bom, o sonho virou pesadelo na sequência e isso mostrou para todos que o chassi da McLaren não era tão ótimo quanto parecia ser para justificar o fim da parceria com a Honda. Sem desempenho e carro, Alonso foi murchando até perceber que não tinha mais forças para andar outra vez com carros tão ruins. Com o mínimo, conseguiu bons pontos. Tomara que possamos continuar desfrutando de seu talento ainda com grande assiduidade.


Stoffel Vandoorne – 5,5: Mais um fritado pelo péssimo momento da McLaren. Claro que o belga não se ajudou e fez uma temporada horrível, mas no ano passado foi reportado pela própria equipe que Vandoorne foi “sacrificado” ao não testar os novos componentes do carro, que iam todos obviamente para Alonso. Não acredito que alguém tenha desaprendido a guiar, ainda mais um cara com um currículo tão invejável quanto o de Vandoorne. Parece ter sido o caso de uma jovem promessa, o leão da base que não confirmou no “profissional”. As circunstâncias não ajudaram e o belga agora precisa retomar a confiança na F-E. Não é o ideal, mas ainda torço para seu improvável retorno a categoria.


SAUBER

Foto: Getty Images
Marcus Ericsson – 6,0: Não é exagero dizer que essa foi justamente a melhor temporada do sueco. Talvez tenha sido a que a Sauber mais evoluiu, o que também é uma surpresa. O que não foi novidade é que ele perdeu de novo para um companheiro de equipe. Reestabelecendo a ordem natural das coisas, dessa vez ele saiu. Mesmo assim, impressiona ter sido tão dominado por alguém novo como Leclerc. Claro que o talento dele é diferenciado, mas o sueco mostrou que já estava fazendo hora extra na F1 e de certa forma saiu por cima da Sauber rumo ao sonho americano.


Charles Leclerc – 8,0: Repleto de grandes momentos, a mostra de seu talento ficou evidenciada quando acertou aquela volta na chuva no Brasil que garantiu a ida pro Q3. Charles é um piloto pronto. Mostrou maturidade, consistência e velocidade. Diante da temporada frágil de Vettel, o monegasco começa na Ferrari sem nada a perder e é o futuro da categoria. Verstappen também que se cuide porque agora há outro jovem com potencial em uma equipe grande como parâmetro para comparação. Leclerc somou pontos importantíssimos e ajudou na evolução da Sauber, aliada ao retorno da Ferrari como parceira dos suíços. Sem dúvidas o novato do ano e futuro protagonista da F1 daqui não muito tempo.

Essas foram as minhas análises. Concordam? Discordam? Comentem!

Até mais!

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