Blog destinado para aqueles que gostam de automobilismo (principalmente F1), mas que não acompanham com tanta intensidade ou que não possuem muito entendimento do assunto. "Blog feito por um aprendiz para aprendizes."
Fala, galera! Pois bem, escrevi ontem que iria estrear uma novidade no blog. Entonces, diante da notícia potencialmente importante, decidi adiar por algum tempinho. Por incrível que pareça, não gosto de ficar prometendo as coisas justamente pelo risco delas não se concretizarem e eu passar por uma situação embaraçosa. Mas enfim, segue o jogo.
O assunto de hoje pode se desdobrar em um grande escândalo nos próximos dias. A notícia é a seguinte: A Mercedes está processando o ex-engenheiro Benjamin Hoyle por supostamente salvar informações confidenciais da equipe (que inclui dados de quilometragem, informações sobre a fabricação das unidades de potência e códigos de corridas) para supostamente repassar a Ferrari, também sua suposta futura equipe.
Hoyle estava na Mercedes desde 2012. É o maior especialista no que diz respeito a perfomance e desempenho de Motor de Combustão Interna (ICE). Ele anunciou que deixaria a equipe no final do contrato (nesse ano) e iria para uma outra equipe. Sabendo disso, os alemães o afastaram de todas as atividades relacionadas a F1 e o repassaram para a DTM. Um caso semelhante é o do grego Peter Prodromou, que ficou um ano na geladeira da Red Bull após anunciar sua ida para a McLaren.
Enfim, Hoyle teria surrupiado arquivos de F1 da Mercedes para repassar ao pessoal da Ferrari, sua futura (ou não) equipe. Em uma ação judicial de 19 de outubro, a Mercedes alegou que as "atitudes de Hoyle foram calculadas para destruir ou danificar seriamente a relação de confiança" que ele tinha com a marca. "Benjamin Hoyle e, potencialmente, a Ferrari tiveram uma vantagem ilícita."
Agora, a Mercedes tenta impedir que Hoyle trabalhe em qualquer outra equipe na próxima temporada, assim como o retorno dos documentos, arquivos e pagamento de honorários legais.
Foto: Grande Prêmio
Relembrando o Spygate: Em 2007, o ex-chefe de mecânicos da Ferrari, Nigel Stepney, entregou ao engenheiro Mike Coughlan, da McLaren, um dossiê que continha informações confidenciais a respeito do projeto dos italianos. A FIA descobriu e afastou Stepney (hoje, já falecido) da F1 por 15 e multou a McLaren em 100 milhões de dólares, além da exclusão da escuderia britânica do campeonato de 2007, vencido por Kimi Raikkonen.
Ainda é muito cedo para prever qualquer desdobramento do caso. O que parece bem claro é que a Mercedes vai fazer de tudo para impedir que a Ferrari se aproxime e ameace seu reinado. O caso do túnel do vento da Haas também vai ser utilizado pelos alemães como argumento para tentar punir a Ferrari e evitar a perda da hegemonia da F1. Agora, é aguardar as repercussões e novas informações do escândalo.
Salve, pessoal! Começarei hoje os tradicionais posts com a análise e os comentários do desempenho de cada equipe e dos pilotos nesse ano. Hoje, vamos com as ponteiras: Mercedes, Ferrari e Williams. Vamos lá!
Foto: F1Fanatic
MERCEDES AMG F1 - Lewis Hamilton (campeão) e Nico Rosberg (vice-campeão) = Nota 10
Mais uma temporada implacável dos alemães. 16 vitórias na temporada e 19 poles. Uau. O W06 Hybrid mostrou a que veio e a Mercedes fez 3 pontos a mais em relação ao ano passado. Confirmaram as expectativas. Para o ano que vem, a tendência é que ainda estarão a frente, o que não sabemos é se essa distância para a Ferrari ou uma outra equipe vai aumentar ou diminuir em relação ao final dessa temporada.
Lewis Hamilton = Nota 10 - Com menos problemas, o título veio de forma mais fácil. Sua pilotagem foi espetacular, muito superior ao ano passado. Fez mais poles e, obviamente, venceu mais. Aniquilou Rosberg até ser campeão, quando relaxou e desde Cingapura teve uma queda de rendimento devido a mudanças na pressão dos pneus após o episódio na Itália. Nada que o preocupe, a princípio, para 2016. É o grande favorito para o tetra-campeão.
Nico Rosberg = Nota 8 - Foi amplamente superado pelo seu companheiro de equipe e apenas garantiu o vice-campeonato ao engatar 3 vitórias seguidas no fim do certame, quando já estava tudo decidido. Com equipamento mais capacitado, teve trabalho para superar Vettel e apenas mostrou serviço contra Hamilton agora, na saideira da temporada. A grande dúvida é se seu crescimento é um sinal de que ano que vem as coisas serão diferentes na Mercedes ou se deve a um relaxamento natural pós-título de Hamilton, regado a festas e bebedeiras.
Foto: Divulgação
SCUDERIA FERRARI - Sebastian Vettel (3° colocado) e Kimi Raikkonen (4° colocado) = Nota 9
A evolução em relação ao ano passado foi visível. Primeiramente, por vencer corridas (em 2014, passaram em branco). Em segundo, o grande responsável pelo desempenho da equipe foi a evolução do motor, colocando os italianos no mesmo nível ou até superior as Mercedes. Seb venceu 3 provas e conquistou a pole em Cingapura, se redimiu a temporada apática pela Red Bull. Raikkonen teve muitas barbeiragens e perdeu pontos importantes para a equipe, embora tenha garantido a renovação de contrato e possível aposentadoria pela Scuderia. Agora, é aguardar para saber se os Italianos conseguirão dar o pulo do gato ou vão esperar 2017, com as novas regras e especificações da categoria.
Sebastian Vettel = Nota 9 - Estava cercado de muitas dúvidas em relação ao seu real potencial em virtude do fraco desempenho com a Red Bull em 2014. Entretanto, parece ter acabado com as desconfianças logo na Malásia, quando venceu sua primeira corrida pelos tifosi. Vettel extraiu o máximo da Ferrari. Sempre constante, venceu quando pôde e brigou pelo segundo lugar do Mundial até o México. Suas três vitórias foram em circunstâncias diferentes, mas que mostram sua qualidade. Salvo as atuações no Bahrein e em solo mexicano, o tetracampeão foi muitíssimo bem.
Kimi Raikkonen = Nota 6 - Ficou devendo. A expectativa era um desempenho melhor, pois o SF15-T é um bólido muito superior ao carro de 2014. Entretanto, Kimi se envolveu em muitos acidentes (em grande parte, causados por ele próprio, sendo assim, culpado - principalmente com Bottas, duas vezes) e perdeu muitos pontos para Ferrari. Quase foi superado pelo compatriota da Williams. É provável que ano que vem seja a sua última temporada pela F1. Espero que o IceMan faça bonito e apague as últimas temporadas melancólicas que fez.
Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio
WILLIAMS MARTINI RACING - Valtteri Bottas (5° colocado) e Felipe Massa (6° colocado) = Nota 8
Com menos investimentos e o avanço das rivais Ferrari e Red Bull (e Force India na segunda metade do ano), perdeu força. Hoje, talvez seja a terceira, quarta ou quinta força da F1. Com o bom motor Mercedes, conseguiu resultados satisfatórios. Todavia, quando dependeu da aerodinâmica em circuitos mais travados (Cingapura e Mônaco, por exemplo), seu desempenho foi muito ruim. Seus pilotos são medianos e nada mais. O que prejudica a equipe são os péssimos pit stops e estratégias de corridas capitaneadas por Rob Smedley. Que coisa horrível! Precisam treinar e muito para 2016! O FW38 é totalmente diferente do modelo anterior. Portanto, a Williams 2016 é um mistério.
Valtteri Bottas = Nota 7,5 - Nunca embarquei na hype gigantesca que colocaram no finlandês. Muitas achavam (e ainda acham) que Bottas tem potencial para ser campeão do mundo, que é um piloto espetacular e valeria o investimento de 12 milhões de euros que a Ferrari supostamente teria feito para contratá-lo no meio do ano. Não acho. É um bom piloto e só. Consistente, sólido e erra pouco. Acumula muitos pontos, o que é importantíssimo. Entretanto, não tem o diferencial de um Hamilton, Vettel ou Alonso, por exemplo. Superou outra vez Massa na pontuação, mas isso não quer dizer muita coisa. Seu futuro é uma incógnita. Grosjean parece ser o favorito para a Ferrari em 2017. Talvez a Mercedes, caso Hamilton e Rosberg continuem se estranhando nas declarações...
Felipe Massa = Nota 7 - Foi uma temporada diferente do brasileiro. Geralmente, começa muito mal o ano, mas depois se recupera após as férias de julho. Neste ano, foi o contrário. Acumulou muitos pontos no início e teve uma queda de rendimento (assim como toda a equipe) no final. Perdeu de novo para Bottas. Ao menos, foi uma temporada consistente. Há tempos que Massa não sofria com problemas e acidentes. Porém, ainda sofre com os stints longos e administração de pneus. Seu futuro é incerto. Talvez seja sua última temporada. Tomara que não.
Bom pessoal, por enquanto é isso. Durante a semana, quem sabe, farei a parte dois.
Se liguem que tem NOVIDADE chegando no blog! Até mais!
Se o pessoal pensou que com o término da temporada as equipes e dirigentes estariam já de férias sem fazer nada, estão muito enganados. Desde segunda, muita coisa aconteceu de importante na F1 e no automobilismo, além das especulações, claro. Vamos conferir:
BREAKING NEWS: Agora é oficial - A Renault está de volta a F1 como escuderia (não sabemos até quando...) Os franceses retornam após venderem a equipe para o grupo de investimentos Genii, comandado por Gerard Lopez, em 2012. O grande empecilho era a negociação com Bernie Ecclestone sobre a Renault ter direito de receber uma maior distribuição do dinheiro como "equipe histórica" (afinal, os franceses entraram na F1 em 1978, entre idas e vindas...) . Ao todo, foram exatos 300 GPs disputados no período que compreendeu 1977 a 1985, e depois, entre 2002 e 2011. A fábrica conquistou 35 vitórias, 51 poles e 100 pódios. Fernando Alonso, com 105 GPs e 17 vitórias, foi o responsável por levar o time ao topo do mundo ao faturar os títulos das temporadas 2005 e 2006, no auge da Renault na F1.
Foto: Getty Images
BERNIE/TODT CONTRA-ATACAM: O Conselho Mundial da FIA anunciou ontem que Ecclestone e Jean Todt terão poder para tomar decisões em relação a estrutura, motores e redução de custos na categoria sem precisar da aprovação das equipes. A FIA aprovou também mudanças no número de tokens que as fabricantes poderão utilizar nos próximos anos: 32 em 2016, caindo para 25 na temporada 2017.
As áreas de proteção ao redor da cabeça dos pilotos terá o material modificado, ganhando mais rigidez para aumento da segurança.
Além disso, a entidade fez mudanças no gerenciamento dos pneus, dando certa dose de liberdade para as equipes escolherem os compostos. A Pirelli levará três tipos diferentes de pneus para cada corrida e os times poderão escolher o que desejarem para dez dos 13 jogos de pneus disponibilizados a cada final de semana de prova.
A partir da próxima temporada, a asa móvel será permitida imediatamente após o Safety Car Virtual ser desativado. Além disso, o recurso passará a ser utilizado nos treinos livres - o objetivo é evitar períodos de bandeira vermelha nas sessões.
CALENDÁRIO 2016: A princípio, teremos 21 provas ano que vem. Se confirmar, será a temporada mais longa da história. Junto com as 19 etapas desse ano, serão acrescentadas o retorno do GP da Alemanha e a inclusão do estreante GP da Europa nas ruas de Baku, capital do Azerbaijão, no mesmo fim de semana das 24 horas de Le Mans. O GP dos EUA corre risco. O Circuito das Américas registrou um grande corte financeiro no último mês e foi chamado pelo presidente, Bobby Epstein, de "financeiramente devastador". Ou seja, tudo é uma incógnita.
Outras novidades são a Rússia saindo de Outubro e sediando corrida em Maio, na quarta etapa e a Malásia, que estava no início do calendário desde 2001, volta para o fim, agora na 16a etapa, em 2 de outubro. O Brasil manteve-se como penúltima etapa, dia 13 de novembro e Abu Dhabi fecha a temporada no dia 27. Calendário completo:
TORO ROSSO FERRARI 2015 em 2016: Com a permissão de que as montadoras forneçam especificações de motor do ano anterior homologados pelo Conselho Mundial da FIA ontem, ficou aberto o caminho para o retorno da parceria entre Toro Rosso e Ferrari. O acordo já vinha sendo costurado há algum tempo, mas o pessoal de Maranello não poderia oferecer motores novos para mais de três equipes além dela mesma. Foi com a Ferrari que a Toro Rosso viveu seu melhor momento na F1, em 2008, quando Vettel venceu o GP da Itália.
Foto: AutoSport
GP2 vira F2: O Conselho Mundial de F1 anunciou ontem que a GP2 irá se tornar a F2, extinta desde 2012 e que voltará a ser o último degrau antes da F1. Agora, é hora de formalizar um contrato com a categoria para assegurar o seu retorno em breve. O Conselho Mundial também afirmou, em nota, que já acionou o presidente da FIA para iniciar as tratativas com os promotores da GP2 para agilizar os processos legais. A GP2 existe desde 2005, criada por Flávio Briatore.
Foto: Arte grandepremio.com.br
ASTON MARTIN DE VOLTA? Ao que tudo indica, sim. Segundo o diretor de operações da Force India, Otmar Szafnauer, o anúncio está próximo, provavelmente com o desfecho do negócio na próxima semana, em entrevista a AutoSport. A Aston Martin abandonou a F1 há 55 anos. Se o acordo se confirmar, a Aston Martin chegará no melhor momento da Force India na F1: Quinto lugar nos construtores, com 1 pódio de Sérgio Pérez.
Por enquanto é isso, voltaremos semana que vem para começar as análises desta temporada que passou! Até lá!
Ontem foi o primeiro dia dos testes de Abu Dhabi. O objetivo é as equipes testarem o novo composto ultra-macio da Pirelli, além de outras possíveis alterações aerodinâmicas antes dos testes de fevereiro do ano que vem.
Bom, é estranho dizer isso, mas a McLaren de Vandoorne terminou com o melhor tempo do dia. Será que o pessoal de Woking está cumprindo a estratégia das equipes pequenas, que consiste em andar com o mínimo de combustível possível e marcar os melhores tempos para buscar algum acordo de patrocínio? Me parece o caso.
Raikkonen foi o segundo e Ericsson o terceiro. Apenas nove pilotos titulares participaram da sessão (Kimi, Vettel, Ericsson, Palmer, Ricciardo, Verstappen, Hulkenberg, Bottas, Kvyat e Sainz). Confira os tempos:
1 - Stoffel Vandoorne (McLaren) 1m44s103 (99)
2 - Kimi Raikkonen (Ferrari) 1m44s456 (56)
3 - Marcus Ericsson (Sauber) 1m44s480 (50)
4 - Jolyon Palmer (Lotus) 1m44s568 (90)
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) 1m44s940 (56)
6 - Pascal Wehrlein (Mercedes) 1m45s605(107)
7 - Daniel Ricciardo (Red Bull) 1m45s805 (57)
8 - Max Verstappen (STR) 1m45s849 (54)
9 - Nico Hulkenberg (Force India) 1m45s852 (71)
10 - Valtteri Bottas (Williams) 1m45s940 (103)
11 - Daniil Kvyat (Red Bull) 1m46s309 (48)
12 - Carlos Sainz Jr (STR) 1m46s995 (56)
13 - Adderly Fong (Sauber) 1m48s439 (57)
14 - Alfonso Celis Jr (Force India) 1m48s545 (65)
15 - Rio Haryanto (Manor) 1m49s593 (56)
16 - Jordan King (Manor) 1m49s661 (59)
Nessa semana, já saíram muitas notícias da F1 para a temporada que vem e os anos subsequentes. Pretendo, em breve, fazer um resumão com as informações mais importantes e relevantes! Até lá!
Quando acaba a temporada de F1, principalmente quando o ano é chato pra c#$%#$, dois sentimentos vêm em mente: A primeira é de que "Graças a Deus esse troço acabou, não aguentava mais. Que ano que vem seja diferente!". A outra é: "Corrida só daqui 4 meses." Abu Dhabi sempre nos premia com shows pirotécnicos, celebridades e uma corrida monótona, quase sempre simbolizando um fim de feira, um fim de ano para pilotos e equipes loucos para farrear e trabalhar para melhorar o carro do próximo ano.
Pois bem, essa prova resumiu a temporada: O domínio da Mercedes, com a Ferrari um pouquinho atrás, a Force India como terceira força após estrear o bólido desse ano e a Williams/Red Bull brigando pela quarta força. Ah, como sempre, os mecânicos da Williams fazem cagada no pit stop: Dessa vez, o sortudo do dia foi Bottas. A equipe simplesmente não viu que a McLaren de Button passou na frente e liberou o carro do finlandês, que bateu com o bico na traseira do MP4-33. Além do prejuízo, mais 5 segundos de punição (ok, não fazia mais diferença mesmo...) por saída perigosa. Bottas foi o 13° e terminou em quinto no Mundial.
Rosberg termina a temporada com seis poles e três vitórias seguidas. Fica a sensação de que "só conseguiu isso graças ao relaxamento de Hamilton". É uma meia verdade. Entretanto, vale lembrar que ano passado o Alemão fez mais poles que o tricampeão e já estava largando na ponta desde o Japão. Enfim, resta saber se isso tudo é fogo de palha ou Nico irá realmente ser tão combativo contra Lewis quanto foi ano passado.
Foto: Getty Images
Massa foi burocrático e terminou em oitavo. Ao contrário dos últimos anos, teve um início muito bom, mas depois caiu de rendimento, juntamente com o carro. Temporada nota 6. Mesmo assim, a melhor desde 2008. Todavia, novamente não foi o suficiente para superar o companheiro de equipe. Em treze temporadas, só venceu o companheiro em 2005 (Villeneuve) e 2008 (Raikkonen) e onze derrotas. Ao que tudo indica, ano que vem será a sua última temporada. Acelera, Felipe!
Felipe Nasr estreou na F1 em 13°, com 27 pontos. Foi beneficiado pelos 20 pontos que conquistou na Austrália e na Rússia. Fez além do que poderia com essa Sauber que não evoluiu durante o ano, o que já era esperado. Agora, com mais recursos, é esperar que os suíços melhorem um pouquinho e que Nasr consiga fazer vitrine para, quem sabe, ir para uma equipe maior em 2017.
A temporada foi tão previsível que aconteceu algo que chamou a atenção: Nas dez primeiras posições do Mundial, cinco equipes com seus dois pilotos na ordem: Mercedes, Ferrari, Williams, Red Bull e Force India:
Na GP2, o que chamou a atenção foi o grave acidente que ocorreu na corrida 2, horas antes da corrida de F1. Logo nas primeiras curvas, o francês Pierre Gasly (DAMS) rodou ao tentar uma ultrapassagem em Raffaele Marciello (Trident) e foi atingido pelo compatriota Norman Nato (Arden). Em um efeito dominó, quatro carros que vinham atrás (Daniel de Jong, Nicholas Latifi e Sean Gelael e Artem Markelov) não conseguiram desviar, se chocaram e acabaram empilhados na barreira de proteção. Já Arthur Pic (Campos Racing) conseguiu desviar de Gasly, mas ao retornar à pista, acabou acertando Sergey Sirotkin (Rapax). Ninguém sofreu ferimentos graves.
A prova ficou paralisada por 40 minutos em virtude da espera para consertar a barreira de proteção. Contudo, com a proximidade da prova de F1 e a barreira danificada e inacabada, optou-se pelo cancelamento da prova. Não foram computados pontos. Será que fariam isso se o título estivesse em aberto? Lembrando: O talentoso belga Stoffel Vandoorne foi campeão há algum tempo. Confira a classificação final da prova de F1 e da GP2:
1º - Stoffel Vandoorne - 341,5
2º - Alexander Rossi - 181,5
3º - Sergey Sirotkin - 139
4º - Rio Haryanto - 138
5º - Mitch Evans - 135
6º - Alex Lynn - 110
7º - Raffaele Marciello - 110
8º - Pierre Gasly - 110
9º - Nobuharu Matsushita - 68,5
10º - Richie Stanaway - 60
---
20º - André Negrão - 5
A F1 permanece em Abu Dhabi para a saideira: Serão realizados testes de fim de ano na terça e na quarta. Depois, férias. As atividades só serão retomadas para os testes da pré-temporada 2016, em fevereiro. As sessões no Circuito da Catalunha serão realizadas entre o dia 22 de 25 de fevereiro e 1º e 4 de março. Com 21 etapas - duas a mais que este ano, por causa do retorno do GP da Alemanha e da estreia do GP da Europa, no Azerbaijão, a temporada 2016 tem início marcado para 20 de março, com o GP da Austrália.
P.S: Em breve serão realizados posts analisando a temporada. Até!
Depois de muito reclamar, girar e polemizar, parece que a Red Bull finalmente solucionou seu problema de fornecimento de motor para o ano que vem. Pelo menos é o que Christian Horner disse hoje. Ele falou que o anúncio deve ser oficializado nos próximos dias. E adivinhem com quem??? Sim, exatamente, a tão criticada e atacada Renault!!
Os taurinos tentaram negociar com Ferrari, Mercedes e até a Honda, mas recebeu um não de todos eles. Para não ficar sem motor, tiveram que contar com a ajuda de Bernie Ecclestone. Depois de inúmeras críticas e humilhações públicas a Renault, Dietrich Mateschitz, Horner, Helmut Marko e Cia precisaram engolir seco a permanência da montadora francesa como parceira, ao menos por mais um ano. Certamente que terão que se desculpar publicamente pelos inúmeros impropérios ditos recentemente. Será um ano de transição, segundo Horner. Para a temporada que vem, Mario Illien, dono da fabricante Ilmor, vai ter maior participação no projeto. Para quem chegou até a dizer que ia abandonar a F1 no fim do ano, foi uma bela recuada para manter o atual acordo e buscar novas soluções para 2017.
Ah sim, hoje tivemos os treinos livres. Com todo mundo fazendo ajustes pensando no ano que vem, Abu Dhabi está em um clima de fim de feira. Hamilton foi o mais rápido pela manhã, e Rosberg deu o troco de tarde. Carlos Sainz Jr teve o TL2 prejudicado por problemas, o que se tornou uma constante nessa temporada. Confira a classificação dos dois treinos livres:
E para finalizar, saiu a lista dos pilotos que correrão nos testes da semana que vem, após o GP de Abu Dhabi. Nomes como Massa, Nasr, Hamilton, Rosberg, Alonso e Button estão fora. Contrariando a sugestão da Pirelli, apenas três equipes irão com os pilotos titulares - Ferrari, Red Bull e Toro Rosso. A Mercedes vai com Pascal Wehrlein, campeão da DTM, enquanto a Williams irá somente com Bottas. Na Force India, o mexicano Alfonso Celis, anunciado semana passada, vai correr no lugar do compatriota Sérgio Pérez e Adderly Kong substitui Nasr. Confira a lista completa:
Mercedes: Pascal Wehrlein (ALE)
Ferrari: Sebastian Vettel (ALE) e Kimi Raikkonen (FIN)
Williams: Valtteri Bottas (FIN)
RBR: Daniel Ricciardo (AUS) e Daniil Kvyat (RUS)
Force India: Nico Hulkenberg (ALE) e Alfonso Celis (MEX)
Lotus: Jolyon Palmer (GBR)
STR: Carlos Sainz (ESP) e Max Verstappen (HOL)
Sauber: Adderly Fong (HKG) e Marcus Ericsson (SUE)
O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.279 (RBR, 2009)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:38.481 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel - 3x (2009, 2010 e 2013)
MANOR COM FUTURO INCERTO. DE NOVO.
Foto: MotorSport
Mais um período de transformação. Com a saída de John Booth, Graeme Lowdon e Bob Bell, a Manor Marussia vive novamente um período de incertezas na F1. Apesar do acordo para a utilização de motores Mercedes para o ano que vem, a equipe novamente apresenta problemas financeiros. Mesmo assim, não diminuiu em nada a vontade dos pilotos em permanecer na escuderia na próxima temporada.
Will Stevens afirmou que a troca no comando da equipe não afeta o processo de renovação contratual e que deseja continuar na Manor em 2016:Estamos ainda conversando e não há nada de concreto neste momento, mas espero resolver tudo o mais rápido possível. Acho que estamos indo na direção correta, entretanto", disse. Na verdade, por ora, o meu foco está na corrida final do campeonato, porque queremos terminar bem a temporada", seguiu.
Alexander Rossi seguiu no mesmo discurso: Ainda não temos nada, mas eu estou satisfeito com o meu desempenho. Tudo isso tem sido importante e uma boa experiência para o futuro. Eu fiz o máximo que deu aqui. A equipe foi incrível, mas temos de esperar e ver o que acontece no futuro. Espero permanecer aqui", declarou. Esses problemas financeiros afastaram, por ora, Pascal Wehrlein, piloto reserva da Mercedes, da Manor. Candidato a essas duas vagas não faltam. Quem aparecer com mais grana, leva. Isso se a equipe sobreviver. Todavia, depois do ano passado, eu acredito em tudo.
GERARD LÓPEZ DIZ QUE COMPRA DA LOTUS PELA RENAULT ESTÁ PRATICAMENTE CERTA
Foto: Motor Diesel
O empresário de Luxemburgo reafirmou na Sky Sports que o negócio, arrastado há alguns meses, está concluído. Ele ainda aproveitou para dizer que, caso a Renault recue e cancele o negócio, isso não significa que a Lotus vai acabar. "Eles me pediram para permanecer na equipe, então quando o acordo acontecer, eu ainda vou estar aqui."
Pastor Maldonado e Jolyon Palmer já foram anunciados como pilotos da equipe de Enstone para 2016. Uma dupla ruim, aliada aos problemas financeiros da Lotus e o pífio motor Renault, tem tudo para não dar certo, ao menos em curto prazo. Entretanto, "vamos aguardar", já dizia o poeta.
CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 363 pontos - CAMPEÃO