terça-feira, 28 de julho de 2020

O PROBLEMA DA INOCÊNCIA

Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio
As circunstâncias do coronavírus anteciparam muitos problemas e pontos de interrogação sobre o futuro do Brasil na Fórmula 1 enquanto sede de um grande prêmio.

Sem contrato para o ano que vem e com Deodoro, a pista imaginária como favorita, o curto/médio-prazo do país receber o único grande evento esportivo mundial anual possível é um grande baque para setores da economia e, principalmente, para a cidade de São Paulo.

Tamas Rohonyi, promotor do GP do Brasil, soltou o verbo contra a FIA, FOM e a Liberty após a confirmação do cancelamento da corrida no país nos últimos dias. Em entrevista para o "Grande Prêmio". Para ele, a pandemia não é motivo suficiente para justificar a ausência. Para Tomas, não foi uma questão humanitária e preocupada com a situação do covid no país, e sim uma questão econômica: com a crise, tudo fica mais caro, principalmente transportar tantos equipamentos da Europa até a América do Sul por essas bandas. Foi basicamente por isso que o Canadá, mesmo em situação mais controlada da doença do que em relação aos vizinhos da América, também foi descartado.

Tamas até disse que cogita colocar todo mundo na justiça, mas certamente não sairá vitorioso. Em outra entrevista para o "Grande Prêmio", ele afirmou que a renovação de Interlagos com a F1 "está avançando", mas deixou uma pista sobre o que uma parte da cúpula da FIA/Liberty pensa: eles realmente acreditam que o tal circuito de Deodoro estará pronto para sediar corridas no ano que vem, ignorando toda a disputa judicial e as questões ambientais que cercam esse controverso projeto.

Ano passado, quando Chase Carey veio ao país para conversar com João Doria e Jair Bolsonaro, Tamas deixou ainda mais claro o raciocínio de o porquê a FIA/Liberty, no momento, pender para o projeto carioca:
“O que eu sei é que tivemos uma reunião com o governador (João) Doria quando Chase Carey esteve em São Paulo. O governador disse: ‘Chase, essa história de construção de um autódromo no Rio é uma fantasia. Eu conheço um pouquinho as condições deste país e do Rio, e não consigo entender como você acredita nisso. E aí Chase, curiosamente, deu uma justificativa que… não é totalmente sem fundamento: ‘Se o presidente da república me diz que tem 99% de certeza que vai acontecer no Rio, quem sou eu para duvidar?’ Mas por aí se vê que ele não tem o conhecimento nem discernimento suficientes para entender. E confesso a você que, a partir disso, eu que não entendo”

É o benefício da dúvida, principalmente de quem não acompanha por perto e não conhece as situações que vivenciamos. Acreditar na palavra e dar um voto de confiança é uma virtude mas, neste caso, esse é o problema da inocência: ao acreditar em conversas fiadas, Chase Carey está ajudando a tirar um autódromo e um mercado importantíssimo de circulação mundial, sem contar a estagnação das negociações de transmissão com a Rede Globo.

Sem Interlagos e talvez com um projeto que não saía do papel ou não seja o que realmente se mostra, quem perde é a categoria e muito mais o Brasil, é claro, mas isso Chase Carey não se importa nem um pouco, e talvez nem deveria. O problema da inocência vai cair no colo de várias pessoas que não têm a ver com o assunto.

Até!




sexta-feira, 24 de julho de 2020

IDAS E VINDAS

Foto: Getty Images
O que era uma obviedade agora tornou-se oficial: em 2020, a Fórmula 1 não vem para as Américas. Brasil, Estados Unidos, México e Canadá terão que esperar por 2021.

O caso dos três primeiros é óbvio: os casos e óbitos decorrentes do coronavírus não estão perto de diminuir, e uma longa viagem com o risco de exposição a doença assusta o circo. O Canadá, em situação diferente, não valeria a pena para as equipes viajar apenas para uma corrida no continente - o que inclui equipamentos, motorhomes, etc.

O futuro do Grande Prêmio do Brasil é uma incógnita. 2020 é o último ano de contrato com Interlagos e um acordo parece distante. O pior: o tal autódromo de Deodoro, que tomara que nem saía do papel, é o favorito, mas alguém realmente acha que esse monstrengo não vai levar no mínimo alguns bons anos para ficar pronto?

Perder Interlagos, um dos circuitos mais tradicionais da história, presente na categoria desde 1972, é um crime. Alguém precisa avisar isso para o bigodudo. Além disso, o traçado permitiu ao longo da história momentos inesquecíveis. Alguns milhões de dólares não podem ser suficientes para acabar com essa história em um dos mercados mais valiosos e com mais espectadores do esporte. O país não se resume ao Rio de Janeiro.

Bom, a FIA já definiu suas substitutas, e teremos retornos e novidades. Ímola e Nurburgring, ausentes desde 2006 e 2013 respectivamente, estão de volta para o GP da Emilia Romagna e GP do Eifel. Com isso, a Itália, que no início do ano era o epicentro do covid, vai terminar 2020 realizando três corridas. No circuito italiano, uma novidade: apenas dois dias de atividades (sábado e domingo, com um só treino livre).

Foto: Getty Images
A grande novidade é a estreia do Autódromo de Algarve em Portimão, Portugal. O país volta a receber a F1 depois de 24 anos, mas agora não em Estoril. Ele foi reformado em 2008 e chegou a receber, na época, testes privados de Toyota, Honda e a McLaren de Lewis Hamilton, na foto acima.

Como escrevi anteriormente, uma coisa boa disso tudo são esses circuitos "diferentes" retornando e/ou estreando na F1, dando lugar a outros lugares chatos e sem graça na mesma ordem que estamos acostumados. Infelizmente, dessa vez, Interlagos vai fazer falta e o Brasil, que não tem perspectivas de um piloto retornar a categoria, agora vive com a incerteza se vai sediar alguma corrida no curto/médio-prazo.

Nas próximas semanas, a FIA também deve anunciar duas corridas no Bahrein e a etapa final, em Abu Dhabi. E para 2020 está bom demais. Entre idas e vindas, o Brasil perde e a F1... bem, não sei se ganha. Ao menos serão paisagens e traçados diferentes para acompanharmos pela TV.

Até!

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O ELO MAIS FRACO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Foto: MotorSport
Em qualquer área no mundo, infelizmente, ser bom e talentoso apenas não é o suficiente. Existe variáveis de comportamento, poder e outras normas. A F1 é um símbolo disso. Certamente não são os 20 melhores pilotos do mundo ou os melhores nos principais carros. É tudo uma questão de conjuntura, política e oportunidade.

Como é algo histórico na categoria, sempre existem aqueles que estão lá para pagar a conta dessa brincadeira toda e, como investidores, exigem contrapartidas que justifiquem um alto investimento diante do nada.

Anos atrás, Lawrence Stroll comprou uma vaga na Williams. Depois, ao ver que aquele lugar era uma furada para o filho e que nem a grana poderia ajudar, viu na falida Force India uma oportunidade. Uma equipe competente mesmo na crise e na bagunça que o excêntrico Vijay Mallya tentou transformar aquilo, mas que nas pistas parecia a prova desses problemas.

Lawrence comprou as ações do time, que virou Racing Point e agora vai ser Aston Martin. Uma boa injeção financeira em uma equipe média com o investimento e o nome de uma grife importante do automobilismo. Para isso existem contrapartidas óbvias, não? O filho tem que estar lá. É o que justifica esse montante todo que, para ele, deve ser apenas um troco de pinga.

Nesse caso, o elo mais fraco da questão é Sérgio Pérez, piloto muito superior e mais competente que Lance, mas se for comparar, nos últimos dois anos, quem trouxe o melhor resultado foi o canadense (dois quarto lugares). E Pérez ainda tem o aporte de Carlos Slim e o apoio do ex-presidente do México, que fez questão de trazer o circo da F1 de volta para o renovado Hermanos Rodríguez.

É claro que se Vettel ir para a Aston Martin, quem dança na questão é o mexicano, e ele sabe disso. É o elo mais fraco e isso traz consequências interessantes para a Fórmula 1: um bom piloto, experiente e com grana vai estar disponível no mercado.

As opções são, no entanto, somente duas: a Haas, que não renovou ainda com a eterna dupla de trapalhões e a Alfa Romeo, um sustentáculo da Ferrari. As duas, principalmente a Haas, precisam de dinheiro (aliás, quem não precisa, durante essa crise da pandemia?). Seria o casamento perfeito: bom piloto + dinheiro.

Talvez quem saia perdendo é Pérez, indo para uma organização com menos dinheiro, um carro pior e lideranças complicadas. Caso a saída se confirme, são os ossos do ofício. A vida não é justa, não é mesmo? No entanto, é a chance de um novo começo, talvez o último do Checo na F1.

Até!

domingo, 19 de julho de 2020

SEM DÚVIDA

Foto: Getty Images
Sem dúvida que Hamilton será hepta e vai bater o recorde de vitórias de Schumacher. Agora, faltam seis. Hoje, ele igualou oito vitórias em um mesmo Grande Prêmio - a Hungria, onde as glórias começaram pela Mercedes.

Sem dúvida que Hamilton é muito melhor que os demais, mesmo que o carro da Mercedes ajude. É o mérito do campeão e de uma equipe competente há sete anos, ao contrário dos demais, que seguem errantes. Tirando Verstappen e Leclerc, o resto está em uma outra prateleira. Por isso, sem dúvida é que Bottas não se aproxima de Rosberg. O finlandês não incomoda Lewis e ainda desperdiça oportunidades. Em uma largada pavorosa, teve ali sua corrida comprometida e perdeu três pontos importantes na "briga" pelo campeonato.

Foto: Getty Images
Sem dúvida que Max Verstappen é um supertalento que divide opiniões e parece que precisa de extremos. Hoje, poderia ter sido patético, ao bater o carro na volta de instalação para o grid mas, graças ao trabalho árduo dos mecânicos, não só largou muito bem como fez uma corrida excepcional para que o contexto permitia: de sétimo para segundo, segurando Bottas no final. A Red Bull involuiu. Uma pena, pois Max merece faz tempo um carro veloz e confiável para tentar sonhar contra os alemães. Hoje, nem isso consegue e vive de comemorar segundo lugar. Não é desprezível, claro, mas é pouco para o talento do holandês.

Sem dúvida que a Racing Point é a Mercedes B, assim como os pilotos são de segunda categoria. Checo Pérez, o aproveitador, disse que se sentiu mal no final de semana. Isso pode explicar a inexplicável surra levada pelo menino Stroll. A F1 está muito errada e incompetente quando permitem ao canadense grandes chances de chegar ao pódio. Do jeito que é sortudo, será uma cena recorrente.

Sem dúvida a Ferrari foi ao menos decente com um e trapalhão com o outro. Ao colocar pneus supermacios em Leclerc, acabaram com a corrida do monegasco que, com uma bucha nas mãos, não conseguiu fazer muita coisa no tráfego. Essa Ferrari é muito lenta. Nem pontuou. Vettel, por sua vez, teve uma estratégia correta e somou bons pontos, num sexto lugar aceitável para o contexto. Os problemas dos italianos são tantos que a questão está muito além de um final de semana ruim. Pelo jeito, esse drama vai durar algum tempo considerável.

Albon em quinto fez o que se espera, mesmo em um ambiente pronto para lhe fritar. Depois, em sétimo, o combalido Pérez, seguido de Ricciardo, fazendo o que pode com a Renault, Sainz (nem sempre a McLaren vai ser beneficiada pelas circunstâncias) e o surpreendente Kevin Magnussen.

Sem dúvida que a Haas fez a grande jogada do dia, porém isso quase lhe custou todo o trabalho de domingo: na volta de apresentação, a dupla foi chamada para os boxes e largou de médios. Como todo mundo parou, chegaram a ficar em terceiro e quarto até despencarem normalmente. Além disso, a FIA os puniu com 10 segundos por terem recebido instruções proibidas no rádio. Com isso, o que seriam dois virou um pontinho do dinamarquês, que vale ouro, suado, no mérito. É um banquete para a Haas, afogada no fim do grid. E que regrinha da FIA, hein? Imagina perder todos os pontos por essa palhaçada...

Sem dúvida a Alfa Romeo está melancólica e, sem dúvida, foi uma corrida chata, esquecível. A pior desde Paul Ricard, que por sorte nos livramos em 2020.

É assim que Lewis Hamilton, a cada final de semana que passa, fica maior e mais imortal em todos os sentidos. Sem dúvida.

A Fórmula 1 volta em duas semanas com o Grande Prêmio da Inglaterra.

Até!

sexta-feira, 17 de julho de 2020

1-2-3-4-...5

Foto: Getty Images
Mercedes, Mercedes, Racing Point, Racing Point. Tão simples quanto contar até 4, foi assim que ficaram as primeiras quatro posições no único treino livre com pista seca nesta sexta-feira, na Hungria.

É pouco? É, mas a amostragem não deixa de ser relevante. Mercedes A e B mais velozes em um circuito travado. Em tese, a coisa melhora para a Ferrari e equilibra em relação a Red Bull e McLaren. Na chuva, Vettel foi o mais rápido, apenas como nota de rodapé, para constar.

A Hungria tem um traçado chato, travado, mas ultimamente tem sido palco de boas corridas, movimentadas. A previsão é de que talvez chova, o equilibra e torna tudo muito incerto, principalmente em um traçado travado, que proporciona muitas escapadas, acidentes e consequentemente Safety Car.

Vai ser uma batalha interessante se Hamilton vai conseguir a oitava vitória em Hungaroring, palco onde venceu pela primeira vez com a Mercedes ou se Bottas, líder, consegue abrir mais uns pontinhos de diferença.

Foto: Getty Images
Hoje faz cinco anos da morte de Jules Bianchi. Quis o destino que a promessa francesa falecesse no mesmo dia que o lendário Juan Manuel Fangio, com uma diferença de 20 anos. Tinha tanto para mostrar na categoria... ainda bem que seu legado tem nome e sobrenome: Charles Leclerc.

Confira os tempos dos treinos livres do GP da Hungria:



Até!

quinta-feira, 16 de julho de 2020

GP DA HUNGRIA: Programação

O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:17.103 (Red Bull, 2019)
Pole Position: Max Verstappen - 1:14.572 (Red Bull, 2019)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 7x (2007, 2009, 2012, 2013, 2016, 2018 e 2019)

MAIS UM CAPÍTULO NOS BASTIDORES

Foto: Getty Images
Desde o início do ano, a Racing Point enfrenta a desconfiança das concorrentes devido a semelhança com a Mercedes do ano passado, afinal o chassi e o motor são os mesmos.

Agora, um novo capítulo dessa guerra de acusações: a Renault entrou com um protesto contra a equipe junto a FIA após o GP da Estíria, acusando a rival de copiar o desenho dos freios da Mercedes do ano passado, o que seria proibido. A Federação aceitou a denúncia e está investigando a questão.

A Racing Point, em comunicado, respondeu que " está extremamente decepcionada por ver seus resultados no GP da Estíria questionados por um protesto mal concebido e desinformado”, afirmou a Racing Point em comunicado. “Toda e qualquer insinuação de transgressão é firmemente rejeitada pela equipe, que vai tomar todas medidas necessárias para assegurar o uso correto do regulamento de acordo com os fatos”.

A equipe relembrou que o RP20 está apto para correr e que havia passado por uma "sabatina" na pré-temporada, onde a FIA assegurou que não havia nada de errado com o carro.

A força política dos franceses é grande. Parece choro, mas é uma questão que vale muito dinheiro envolvido, principalmente agora em tempos de crise. Não coloco a mão no fogo por nada, mas não duvidaria da força da Renault nesse caso, o que seria uma pena para a boa equipe Racing Point, futura Aston Martin.

SEM PORTA DOS FUNDOS

Foto: Getty Images
A fase que piora a cada corrida não parece intimidar Sebastian Vettel. Ainda sem rumo depois da corrida final, em Abu Dhabi, uma coisa é certa: ele vai continuar na Ferrari até o final, não vai pular da barca  porque está numa má fase ou porque o carro está cada vez menos competitivo. É o que o tetracampeão garantiu.

"Não, eu não vou fugir. Eu tenho algo para provar a mim mesmo e por isso que estou aqui. Muita gente se doou por mim dentro do time nos últimos anos. E por respeito, eu quero devolver esse apoio em um final que valha a pena. Então nem passa pela minha cabeça abandonar o desafio. Claro que, agora, meu futuro está aberto. Então tudo é possível", disse.

Vettel também reafirmou que só continua na F1 se houver alguma vaga interessante. Do contrário, sem perspectivas, volta para casa e curte a esposa e os filhos.

"Se surgir uma proposta de um carro bom, então ficarei interessado. Se não acontecer, certamente eu não sou o tipo de cara que vai ficar na F1 apenas para correr ou para ganhar dinheiro. Essas nunca foram minhas intenções", explicou.

A única vaga interessante no momento é a da Racing Point/futura Aston Martin, em tese. E Vettel está certo: já ganhou quase tudo em grana e esportivamente falando. A despedida pode ser amarga e um pouco triste? Talvez, mas a história é eterna.

CLASSIFICAÇÃO:

1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 43 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 37 pontos
3 - Lando Norris (McLaren) - 26 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 18 pontos
4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 18 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 16 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 13 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 12 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos
10- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
11- Daniel Ricciardo (Renault) - 4 pontos
11- Esteban Ocon (Renault) - 4 pontos
13- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
14- Sebastian Vettel (Ferrari) - 1 ponto
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 1 ponto

CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 80 pontos
2 - McLaren Renault - 39 pontos
3 - Red Bull Honda - 30 pontos
4 - Racing Point Mercedes - 22 pontos
5 - Ferrari - 19 pontos
6 - Renault - 8 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 7 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos

TRANSMISSÃO:










terça-feira, 14 de julho de 2020

O FUTURO DE VETTEL

Foto: MotorSport
O cerco a Sebastian Vettel ficou cada vez mais fechado. Fora da Ferrari, com Ricciardo na McLaren, Alonso na Renault e a manutenção da dupla da Mercedes, haveria uma esperança de retornar onde tudo deu certo, na Red Bull. Esse é o desejo do dono, Dietrich Mateschitz, esbarrado em Christian Horner, doutor Helmut Marko e os tailandeses que detém quase metade das ações do time e que não desejam que Albon, o tailandês nascido na Inglaterra, perca o espaço no time.

Por isso essa foto onde Vettel, Christian Horner, Marko e Mateschitz foram flagrados conversando. Apenas isso.

Bom, se essa era a única alternativa, então o futuro de Vettel é usar pantufa em casa e pegar o jornal de manhã para cuidar dos filhos, certo? Talvez não.

É o que dizem a Bild e a Sky Sports. A porta aberta da vez é a da Racing Point, futura Aston Martin, que deseja um piloto de grife para encabeçar o projeto.

Mas como isso seria possível se tanto Pérez quanto Stroll renovaram por várias temporadas? Bem, no filho do dono ninguém mexe. Então, nesse caso, sobraria para o mexicano, que faz parte da equipe desde 2014.

De acordo com o jornal alemão, existe uma cláusula de compensação no contrato de Pérez que o time pode usar até o final do mês e pode ser rescindido, desde que o mexicano receba uma alta quantia, obviamente estipulada no contrato.

Vettel na Aston Martin seria interessante. Uma equipe centralizada nele, organizada, com bons recursos e agora administrada por uma montadora. Seria uma aventura diferente, sedutora de olhar. A presença de Vettel no grid, mesmo em decadência, ainda é muito importante. De quebra, ainda teria um efeito dominó intrigante: para onde iriam Pérez e a grana de Carlos Slim? Certamente que a Haas e a Alfa Romeo teriam no mínimo interesse em seduzir o mexicano.

A imprensa europeia agora garante que esse é o futuro de Vettel: a Aston Martin. Vejamos o que acontece, mas acharia uma combinação muito intrigante e que valeria a pena acompanhar.

Até!