segunda-feira, 10 de outubro de 2016

ROSBERG IMPECÁVEL; HAMILTON NA LONA

Foto: Reuters
Desde quando a Mercedes passou a ser a equipe dominante da F1, em 2014, podemos afirmar com total clareza: Nunca Nico Rosberg esteve tão próximo do inédito título mundial. A 23a vitória na carreira (igualando-se a Nelson Piquet, por exemplo), a primeira em Suzuka, saiu após um final de semana perfeito: o mais rápido nos treinos livres, no qualyfing e liderança de ponta a ponta na prova. A fase do alemão anda tão espetacular que Hamilton foi apenas o terceiro, aumentando a vantagem para 33 pontos. Ou seja: Nico não precisa mais vencer na temporada para ser campeão. Bastam três segundos lugares e um terceiro lugar, mesmo que Hamilton vença as quatro provas restantes.

Foto: Getty Images
O momento do tricampeão é crítico, técnica e emocionalmente, justo no momento mais decisivo da temporada. Embora o inglês seja vítima de problemas mecânicos, é inacreditável como um piloto tão talentoso consiga largar tão mal nessa temporada. É frequente. Embora seja um problema de embreagem, fica difícil reagir no campeonato caindo para oitavo logo na primeira curva. Talvez seja fruto de um abalo psicológico do abandono da semana passada e problemas com a imprensa nos últimos dias. Enfim, Hamilton precisa emplacar quatro vitórias (100 pontos) e torcer para que Nico tenha problemas que até agora não ocorreram. A Mercedes sagrou-se tricampeã de construtores. A festa estava marcada para a Malásia, mas o abandono de Hamilton adiou a festa para a terra nipônica. Um dos maiores domínios da história da F1.

Foto: Getty Images
Apesar disso, Lewis conseguiu recuperar terreno e chegou em terceiro. No segundo stint da prova, estava mais rápido que seu companheiro de equipe e Verstappen. Todavia, as tentativas de Hamilton não foram suficientes. Mais uma vez, a defesa de posição do jovem holandês causou polêmica nas redes sociais, na 130R. De novo não foi penalizado, mas dessa vez achei que a defesa foi legal. Entretanto, o estilo inconsequente de Verstappen pode custar caro no futuro, quando ele brigar por títulos e vitórias e os outros competidores não forem tão complacentes na hora de dividir. Será que é preciso um grave acidente para repensar atitudes?

Foto: Reprodução
A Ferrari apresentou um ritmo superior a Red Bull, mas as punições impediram seus pilotos de apresentarem um resultado melhor. Com Vettel largando em sexto e Raikkonen em oitavo após trocar a caixa de câmbio, a dupla até conseguiu ganhar posições. Vettel tinha tudo para chegar em terceiro após uma grande atuação, mas a Ferrari colocou os pneus macios cedo demais e o alemão foi ultrapassado por Hamilton, chegando em quarto, com Kimi logo atrás, em quinto. A pressão e as estratégias equivocadas fazem com que o cavalinho rampante esteja 50 pontos atrás dos taurinos. Parece improvável superá-los. Será que teremos uma caça às bruxas no final do ano? A passionalidade dos italianos não podem comprometer com um trabalho a longo prazo. A Ferrari se encaminha para uma década sem título na F1...

Pérez em sétimo e Hulkenberg em oitavo evidenciam que a Force India virou a quarta força da F1. Surge uma especulação de que o alemão esteja de malas prontas para o projeto da Renault. Convenhamos que os franceses têm maior possibilidade de brigar por vitórias no futuro porque dispõem de mais recursos para investimento. Em tese, Hulk teria mais possibilidades de brilhar do que Pérez, estagnado na equipe indiana à espera de outra temporada espetacular para chamar a atenção de uma Ferrari da vida. Pois bem, só podemos aguardar para ver o que a Renault realmente deseja para a próxima temporada.

Diante da fase atual da Williams, é possível escrever que foi uma boa corrida. Ao largarem em 11° e 12° e caírem para 13° e 14° na largada, Bottas e Massa pareciam que passariam em branco em Suzuka, principalmente pelo forte ritmo (e até surpreendente) da Haas. Entretanto, os ingleses optaram por apenas um pit stop e conseguiram três pontos para a tabela de construtores. Massa ficou em nono, beneficiado por um erro na parada de Bottas, e o finlandês em décimo, pressionado por Grosjean nas voltas finais. Importante para Massa voltar a pontuar depois de muito tempo zerado. Ele voltou para o top 10 da classificação.

O melhor do GP do Japão é o Japonês... Foto: WRI2
Na rabeira da tabela, a decepção foram as McLarens. Justo em casa, Alonso foi apenas o 16° e Button o 18°. O desempenho deixa a margem para interpretação: O resultado da Malásia foi um ponto fora da curva ou foi justamente o que ocorreu hoje? Atrás de Button ficou Nasr e na frente de Alonso ficou Ericsson. A Sauber irá amargar mais uma temporada sem marcar pontos, a segunda em três temporadas. O futuro de Nasr é um grande ponto de interrogação. Fato raro: não tivemos nenhum abandono na corrida.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Japão:


A próxima corrida será o Grande Prêmio dos Estados Unidos em Austin (Texas), nos dias 21, 22 e 23 de Outubro. Até lá!


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