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domingo, 2 de julho de 2023

NÃO BASTA VENCER

 

Foto: Peter Fox/Getty Images

Não tem muito o que falar sobre o final de semana da Áustria. Um domínio absoluto de Max Verstappen, na casa da Red Bull. Perfeito. Dos sonhos. Se Pérez fosse mais consistente, o 1-2 tornaria tudo basicamente 100%. Como Pérez é irregular, apesar de largar em 15°, o carro é tão superior aos demais que ainda assim conseguiu o pódio.

A Ferrari teve o melhor desempenho no ano. Não se atrapalharam, embora Sainz estivesse mais rápido que Leclerc no início. Os papéis até se inverteram. Sainz merecia sorte melhor, foi prejudicado, perdeu ritmo e ficou para trás. Leclerc, mais comedido e até burocrático, voltou ao pódio. Precisa ser menos errático e cumpriu o papel que lhe cabe.

De resto, vimos um colossal Lando Norris tirando muito mais que a McLaren pode extrair. Quer dizer, aí pode existir um caminho, pois o inglês guiou o carro atualizado, enquanto Piastri ainda estava com o antigo. Ainda assim, ser o quarto com essa McLaren mostra o talento e a qualidade do inglês.

Mercedes abaixo do ritmo, assim como Aston Martin. Corridas burocráticas. Um raro Toto Wolff precisando falar de forma mais brusca com Hamilton. O heptacampeão não aguenta mais não conseguir lutar como sempre fez em toda a carreira. Ninguém se acostuma a apenas somar pontos. A Áustria foi um choque de realidade até para o novo W14, embalado pelos pódios anteriores.

Alonso foi o quinto, em corrida correta e nada mais. Para quem ainda sonha em vencer, existem alguns circuitos que a característica do carro não encaixa, como por exemplo esses mais velozes.

Brigas encarniçadas do pelotão pra trás, mas alguns pontos óbvios: Albon está pronto para voltar para a Alpha Tauri e De Vries está de aviso prévio na equipe. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, necessariamente, mas é a realidade que grita nos ouvidos.

Como escrevi sexta-feira, essa palhaçada de limites de pista precisa acabar. É ridículo. Coloca brita e deu. Os comissários analisaram 1.200 voltas "sob investigação". A cada quatro voltas "irregulares", o piloto foi punido com mais 5 segundos no tempo final. O resultado: horas depois da corrida, o resultado final não existia e algumas posições da zona de pontuação foram alteradas. Ocon, por exemplo, levou 30 segundos. 

A F1 passa vergonha a cada corrida por critérios (e a falta deles) descabíveis, como por exemplo colocar Safety Car na pista porque um piloto deu uma escapada na primeira volta. Eu nunca tinha visto isso. Daqui a pouco vai ter bandeira vermelha quando um pássaro cagar na pista.

Para Max Verstappen, não basta vencer. É preciso humilhar e trucidar a concorrência. 81 pontos de vantagem no campeonato, domínio absoluto, vantagem gigante. Tudo perfeito? Não, para Max não basta. Ele queria fazer a volta mais rápida, podia fazer o pit stop e tentar (outra regra ridícula essa de ponto para volta mais rápida; confesso que torci por algum problema para o taurino). E tirou o que seria a melhor volta de Pérez.

Por isso Max Verstappen já é top 5 vencedores da história com apenas 25 anos. E vai chegar em Hamilton e Schumacher rapidinho, num piscar de olhos. O motivo é simples: não está nem no auge e a Red Bull, mantendo essa competência, vai fazer um carro capaz de Max vencer no mínimo em média umas 6 ou 7 corridas por temporada, mesmo se os taurinos não forem o melhor carro ou tiverem ampla concorrência.

Não basta vencer. Max esmaga e humilha os adversários, como se jogasse no fácil no modo carreira.

Confira a classificação final do GP da Áustria:



domingo, 4 de julho de 2021

ACACHAPANTE

 

Foto: Getty Images

Quem diria: a corrida de Paul Ricard teve mais emoção que essas duas da Áustria somadas. 

Max Verstappen está sem adversários. Mais uma vitória de ponta a ponta, um passeio no parque para delírio da massa laranja que delirou em Spielberg. Parecia clima de Libertadores e, na "La Bombonera Austríaca", Max e Red Bull mostraram uma grande superioridade no campeonato até aqui.

Só não foi nota 10 para os taurinos porque Pérez decepcionou hoje. Por mais estranho que possa parecer, o mexicano não tem experiência em carros de ponta e disputas no topo. Hoje, faltou calma para combater  Norris. Na ânsia de se livrar rapidamente do britânico, foi afobado, espalhou e teve a corrida comprometida. Ainda assim, a direção de prova puniu Lando com cinco segundos adicionais. Se tivesse mais calma, poderia esperar para vencer na estratégia, nos boxes, pois ritmo certamente a Red Bull tinha para isso.

Abalado com isso, terminou um dia ruim de trabalho jogando Leclerc duas vezes para a brita. Mesmo com dez segundos de punição, ainda conseguiu salvar um sexto lugar que ficou parado. Sem conseguir passar Ricciardo e até tomando passão de Leclerc antes da parada, a Red Bull perdeu uma dobradinha que talvez poucas vezes possa ser tão fácil de se conseguir.

Por falar na McLaren, que corridaça de Lando Norris, os desde treinos. Desde 2012 que a McLaren não largava na primeira fila. Segurou Pérez e as Mercedes o quanto pode e, mesmo com a punição, mostrou grande ritmo com os pneus duros para pressionar Bottas até o fim e quase conseguir o segundo lugar. É o piloto mais regular da temporada e indiscutivelmente um dos melhores, colocando a McLaren onde deve: a terceira força, enquanto Ricciardo segue bem atrás, de forma constrangedora. Muito ganho para pouco rendimento até aqui.

Se a situação está complicada para a Mercedes, um problema no assoalho não era o que Hamilton esperava, definitivamente. Foi por isso que o inglês perdeu rendimento e ficou de fora do pódio. Com 32 pontos de desvantagem, ou a Mercedes reage rapidamente, ou vai depender do acaso para se manter no topo. Apesar disso, é preciso ter cuidado. É a temporada mais longa da história e ainda estamos distante da metade do calendário. Ainda há tempo, apesar da sequência preocupante de derrotas.

A Ferrari ainda é uma equipe de altos e baixos. Ou faz um ótimo treino ou encaixa um bom ritmo de corrida, mas nunca as duas coisas juntas. Hoje, o ritmo foi bom. Sainz, "o novo Button", quando menos se espera, surge em quinto. Leclerc, mais brilhante, perdeu tempo com Pérez e foi só o oitavo. Falta equilíbrio para os italianos. 

Gasly conseguiu dois pontinhos enquanto Tsunoda colecionou punições. Alonso fechou o top 10 tirando Russell de lá. O inglês larga muito mal. Qualquer erro com um carro como o da Williams é fatal, mas também é fato de que é questão de tempo que isso aconteça. Talvez, mais na frente, o inglês seja recompensado com coisas maiores que um décimo lugar na carreira.

No final da prova, um incidente perigoso na F1 Masters. Raikkonen atropelou Vettel e só não foi muito criticado ou punido porque é justamente Kimi Raikkonen. Lembrou muito aqueles acidentes que o Schumacher sofria na Mercedes, fruto talvez da idade, menos reflexo e agilidade, essas coisas.

A cada semana, a Red Bull impõe uma derrota acachapante para a Mercedes, que precisa reagir urgentemente em Silverstone para que a condição anímica também não interfira na briga pela manutenção do status quo na F1.

Confira a classificação final do GP da Áustria:


Até!

sexta-feira, 2 de julho de 2021

REPETECO

 

Foto: Getty Images

Apesar da imagem sugerir o contrário, mais uma vez a Áustria com corridas duplas torna a segunda parte um pouco mais chata, repetitiva e prevísivel, naturalmente. Ano passado, por ser início de temporada, tudo isso foi ignorado.

Mesmo que tudo pareça ser um "Vale a Pena Ver de Novo", tivemos alguns elementos diferentes em Spielberg. Hamilton fez o melhor tempo do dia. Na segunda sessão, foram testados pneus mais resistentes que podem ser utilizados na etapa seguinte, na Inglaterra, se aprovados pelas equipes.

Foi só esse humilde blog fazer um post que a Alpine estreou Guanyu Zhou em uma sessão oficial de F1, substituindo Alonso no TL1. Calium Ilott e Roy Nissany também participaram por Alfa Romeo e Williams, respectivamente, substituindo George Russell e Antonio Giovinazzi.

De resto, tudo parece bem nebuloso. Não há necessariamente o que testar, embora todo o drama e os blefes da semana sugiram o contrário. De novidade, mesmo, pode ser a chuva no domingo. Anunciada na semana passada inteira, não deu as caras. No fim do treino, já estava começando a pingar. A previsão é que domingo tenha uma tempestade. Quando anunciam isso, é certo: vai ter céu de brigadeiro domingo em Spielberg.

Tudo parece a mesma coisa até aqui, quase uma sensação de deja vu. Vamos ver se teremos novidades significativas na F1 nesse final de semana. 

Confira os tempos dos treinos livres para o GP da Áustria:



Até!



quinta-feira, 1 de julho de 2021

GP DA ÁUSTRIA: Programação

 O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003. Assim como em 2020, em 2021 o Red Bull Ring recebe duas etapas: Estíria e o GP da Áustria.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:06.957 (Ferrari, 2018)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:02.939 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Valtteri Bottas (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 156 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 138 pontos
3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 96 pontos
4 - Lando Norris (McLaren) - 86 pontos
5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 74 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 58 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 50 pontos
8 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 37 pontos
9 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 34 pontos
10- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 30 pontos
11- Fernando Alonso (Alpine) - 19 pontos
12- Lance Stroll (Aston Martin) - 14 pontos
13- Esteban Ocon (Alpine) - 12 pontos
14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 9 pontos
15- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 1 ponto
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull Honda - 252 pontos
2 - Mercedes - 212 pontos
3 - McLaren Mercedes - 120 pontos
4 - Ferrari - 108 pontos
5 - Alpha Tauri Honda - 46 pontos
6 - Aston Martin Mercedes - 44 pontos
7 - Alpine Renault - 31 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos

MUITO DIFERENTE

Foto: Getty Images

Em algum certo ponto, Lewis Hamilton teve alguma disputa cara a cara para bater Sebastian Vettel em 2017 e 2018. Portanto, deve ser um caso semelhante essa briga intensa com Max Verstappen, certo? Para o inglês, não. Lewis explicou as diferenças entre as brigas com Vettel e a disputa atual com Max:

 “Claro que antigamente tínhamos atualizações, e com pessoas que estavam sempre em busca de mudanças no carro. Claro que as coisas são mais calmas agora. Foi uma grande disputa na época, e eu tentei dar o melhor que podia. Acho que a briga nessa temporada tem sido muito boa entre nós dois. Nossas performances são muito parecidas, mas agora isso está mudando”, disse.

Bom, antigamente a Mercedes estava focada no desenvolvimento do carro e não se preocupava com o teto orçamentário recentemente imposto na categoria. Além do mais, 2022 é ano de novo regulamento e, ao menos publicamente, a Mercedes já sinaliza que o foco é total na concepção do W13.

Além do mais, outra diferença óbvia: a Red Bull é mais consistente e menos propensa ao erro do que a Ferrari e Max hoje é um piloto muito melhor que era Vettel na ocasião. Por mais óbvio que seja, nunca é demais frisar: os tempos realmente são outros.

E LÁ VEM ELES DE NOVO

Foto: Getty Images

Nesta semana, em meio ao GP da Áustria, a F1 já pensa nos novos motores que serão implementados na categoria a partir de 2025, substituindo a era híbrida, em vigor desde 2014.

Para isso, a FIA vai se reunir com os representantes dos atuais quatro motores da categoria (Mercedes, Ferrari, Renault e Red Bull, que vai substituir a Honda ano que vem) mais os CEOs de Audi e Porsche, eternamente especulados em uma entrada para a F1.

Embora as negociações já tenham iniciado-se há pelo menos seis meses, ainda não há nenhum indício de acordo ou definição, pelo contrário: muitas dúvidas, o que é natural, pois estamos falando de quatro anos no futuro.

O que se sabe é que Red Bull e Ferrari querem um teto orçamentário de 80 milhões de dólares, enquanto as outras partes defendem um limite de US$ 120 milhões.

A expectativa é que, no sábado, sejam acertadas as questões comuns para, aí sim, mais na frente, combinar aos poucos todas essas definições de uma "nova era" na F1. Todos esses detalhes vão fazer a diferença. Lembrem-se de como a dinastia Mercedes começou, bem antes do carro de 2014 entrar na pista...

TRANSMISSÃO:
02/07 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
02/07 - Treino Livre 2: 10h (Band Sports)
03/07 - Treino Livre 3: 7h (Band Sports)
03/07 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
04/07 - Corrida: 10h (Band)




domingo, 27 de junho de 2021

SEM DEIXAR DÚVIDAS

Foto: Marko Vojinovic/AFP

O que parecia ser uma corrida com variáveis e disputas, típica do GP da Áustria, foi um verdadeiro monólogo. Quem poderia imaginar que Paul Ricard teria mais drama e emoção? Pois foi isso que aconteceu. Max Verstappen venceu de novo e a Red Bull emplacou quatro vitórias seguidas pela primeira vez desde 2013, ano da última conquista. E sem ser ameaçada. Não foi circunstancial.

Foi uma tarde quase perfeita para os donos da casa, tirando o erro no pit de Sérgio Pérez, que custou o pódio do mexicano. Mérito para Bottas que o segurou e estancou um pouco do péssimo momento que vive. É verdade também que o mexicano poderia ter largado num lugar melhor e abrir uma vantagem, mas dos males o menor.

Além de superior nas retas, a Red Bull apresentou um ritmo superior de corrida e no gerenciamento de pneus, o que outrora era a arma da Mercedes. E Helmut Marko foi além: com compostos mais macios para a corrida da semana que vem, a expectativa é de um desempenho ainda melhor para os taurinos.

A Mercedes parece anestesiada e sem saber o que fazer. Será que o foco já é 2022 e o carro desse ano sofrerá poucas modificações? Certamente não estava nos planos sequer estarem próximos da Red Bull, imagina sofrer um baque desses... Para a sorte dos alemães, esse é o campeonato mais longo da história, ainda há margem para evoluções e mudanças, mas isso precisa começar a ser feito. A Mercedes passiva, que parecia decidir quando e como ganhar, vai ter muitas dificuldades em 2021. Os alemães não se podem dar ao luxo de jogar os dados. Hora de reagir.

No restante do pelotão, destaque sempre para o constante Lando Norris, o melhor do resto e ainda na frente de Bottas no campeonato. Está constrangedor a surra aplicada em Daniel Ricciardo, contratado a peso de ouro. Claro que ainda há margem para adaptação e evolução, mas, como diz a gíria: "tá ficando feio pro 'tal' do australiano, hein?"

A Ferrari, com um ritmo de corrida assustador em Paul Ricard, fez o inverso em Spielberg: treino ruim, corrida boa. Sainz e Leclerc apresentaram bom ritmo, mesmo que o monegasco tenha caído para último ao se envolver em um toque que custou a corrida de Gasly na primeira volta. É nesse equilíbrio que Ferrari e McLaren disputam, corrida a corrida, o terceiro posto. Está faltando Daniel Ricciardo.

Alonso pontuou de novo e parece estar melhor a cada semana, evidenciando a qualidade como piloto apesar da idade e da readaptação, colocando um carro inferior aos demais em condição competitiva. Lance Stroll, olha só, também fez a parte dele hoje, assim como Tsunoda conseguiu um ponto. O japonês é jovem e errar faz parte do aprendizado, embora estejamos falando sobre a Red Bull e Helmut Marko...

George Russell é o retrato da dor. Quando tudo parece conspirar, o universo chega e tira o doce da mão da criança britânica. Em oitavo, um problema com a Williams o manteve zerado, assim como o time de Grove, desde 2019. É frustrante perder oportunidades assim, especialmente quando dessa vez o inglês foi vítima e não algoz da própria sorte (ou azar, no caso).

Em Red Bull Ring, hoje os touros não deixaram dúvida: nesse momento, eles são a força dominante, assinalada em casa, para delírio de holandeses e austríacos, o que serviu como um prêmio de consolação e uma alegria em relação a Euro. Para a Mercedes, fica o alerta: é preciso mais para continuar a dinastia, ou então estamos sentindo o cheiro de passagem de bastão, o leão novo vencendo o leão velho.

Confira a classificação final do GP da Estíria:


Até!

sexta-feira, 25 de junho de 2021

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

 

Foto: Getty Images

A grande notícia da manhã, além de Max Verstappen liderar os dois treinos livres no GP da Estíria, foi a reinserção da Turquia no calendário. Agora, ela ocupa o espaço que estava destinado a Cingapura, circuito que foi cancelado dessa temporada outra vez. A corrida na Turquia será no dia 3 de outubro, fechando outra trinca de corridas consecutivas, entre Rússia e Japão.

É uma novidade e tem tudo para ser mais uma grande etapa. Claro que no ano passado tudo isso foi influenciado pelo final de semana chuvoso, mas mesmo assim é um alento a continuação da corrida turca no calendário. Uma pena que não encontrem espaço para Mugello, porque essa é uma das tantas outras que mereciam espaço, ainda mais em um calendário de 23 corridas.

Nos treinos, vimos um equilíbrio grande, pendendo mais para a Red Bull, o que era esperado. A Mercedes está viva. Num traçado curto, a velocidade faz a diferença nos detalhes, onde é permitido intrusos nesse meio. McLaren e Alpine parecem mais competitivas que a Ferrari, além da Alpha Tauri ter se apresentado bem por hoje.

Quando a fase não é boa, acontece de tudo. Valtteri Bottas conseguiu a proeza de rodar nos boxes. Eu já vi Grosjean bater no pit, mas rodar eu não me lembrava. No mínimo constrangedor, por ser um piloto de "ponta" na equipe de ponta.

A Áustria tem tudo para nos proporcionar duas corridas fantásticas, com muitas disputas. Num circuito veloz, é grande a promessa de um Safety Car e etapas atribuladas, bem no estilo Indy. O campeonato merece e o Red Bull Ring tem tudo para nos entregar grandes espetáculos.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP da Estíria:








quinta-feira, 24 de junho de 2021

GP DA ESTÍRIA: Programação

 O Grande Prêmio da Estíria foi realizado pela primeira vez em 2020, quando a Áustria recebeu duas corridas seguidas em virtude da pandemia do coronavírus. Em 2021, a situação se repete, mas dessa vez a corrida com essa nomenclatura acontece primeiro. Estíria é o estado onde fica localizado o Red Bull Ring, em Spielberg.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Volta mais rápida: Carlos Sainz Jr - 1:05.619 (McLaren, 2020)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:19.273 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Lewis Hamilton - 1x (2020)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 131 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 119 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 84 pontos

4 - Lando Norris (McLaren) - 76 pontos

5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 59 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 52 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 42 pontos

8 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 37 pontos

9 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 34 pontos

10- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 30 pontos

11- Fernando Alonso (Alpine) - 17 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 12 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 10 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 8 pontos

15- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 1 ponto

16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull Honda - 215 pontos

2 - Mercedes - 178 pontos

3 - McLaren Mercedes - 110 pontos

4 - Ferrari - 94 pontos

5 - Alpha Tauri Honda - 45 pontos

6 - Aston Martin Mercedes - 40 pontos

7 - Alpine Renault - 29 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos


"TÁ DIFÍCIL"

Foto: Reprodução/F1

Decepcionado não, resignado sim. Essa é a sensação que passa por Toto Wolff, chefe da Mercedes, após a equipe ser superada pela Red Bull no último domingo, em Paul Ricard.

Wolff sentiu uma melhora no carro e se disse satisfeito com a evolução em relação as duas corridas anteriores, apesar de não ter sido o bastante.

"Vejo como algo positivo, fizemos enorme progresso com a unidade de potência e a introdução do nosso segundo motor, e o carro é bom. Não há dúvidas sobre isso, mas este ano está difícil”, disse.

Sobre Bottas, revoltado com a estratégia de uma parada e cada vez mais distante da equipe, Toto apenas disse que gostou do desempenho na França e que só o futuro (ou os resultados) dirá.

 “Para ser sincero, acho que ele fez uma boa corrida porque ele estava lá com Lewis e Max. Acho que o desenvolvimento caminha no rumo certo. Vejo um progresso real de Valtteri. A única resposta para os rumores é ter performance na pista”, concluiu.

É a Mercedes no divã. As próximas duas etapas, na Áustria, teoricamente não as favorecem também. É um momento complicado. Como reagir com tão pouco tempo e tantas corridas? O carro da Red Bull parece se adaptar muito mais facilmente que o dos alemães. Seja como for, Toto e cia precisam encontrar essas respostas rapidamente antes que seja tarde demais.


O LIMITE É SETEMBRO


É o que garante Toto Wolff. Provavelmente até Monza, a Mercedes define a dupla de pilotos para a temporada 2022. Ao contrário da arrastada negociação com Hamilton, tanto ele quanto os alemães desejam que, desta vez, tudo seja definido o mais rápido possível. Claro, tudo depende apenas do Sir.

Do outro lado, todo mundo garante que Bottas será substituído por George Russell, um negócio já sacramentado. Para o finlandês, não há muito o que fazer: apenas a própria Williams e a Alfa Romeo são possibilidades, segundo apurou o Grande Prêmio.

Bottas tem sido constantemente criticado por Toto, o cara que o levou para a Williams e depois para a Mercedes, um claro indício de que o rompimento é iminente. O finlandês, na enxuta F1, não terá grandes opções. Ou vai andar na rabeira ou vai ter que pensar em outra categoria, talvez até tirar um ano sabático. 

Essa é a grande peça do quebra-cabeça para a temporada 2022 da F1. 

TRANSMISSÃO:
25/06 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
25/06 - Treino Livre 2: 10h (Band Sports) 
26/06 - Treino Livre 3: 7h (Band Sports)
26/06 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
27/06 - Corrida: 10h (Band)



sexta-feira, 10 de julho de 2020

NOVA(S) VELHA(S) PISTA(S)

Foto: Getty Images
Em mais uma corrida na Áustria, agora sob o nome de GP da Estíria, um treino livre que pode ter sido interessante. A previsão é que amanhã talvez tenha chuva forte, o que impossibilite o treino classificatório de acontecer. Sendo assim, os tempos da segunda sessão de hoje é que definiriam o grid de largada.

Se terminar assim, a pole seria de Max Verstappen. Ele conseguiu desbancar Bottas no final, seguido pela dupla rosa da Racing Point, Sainz e Hamilton em sexto, que usou pneus macios velhos. Lando Norris foi punido com três posições por ultrapassar em bandeira amarela no TL1. Que punição ridícula.

Apesar dos resultados modestos mais uma vez, Vettel diz que o carro está melhor do que na semana passada. Se ele está assim, imagina Leclerc... a Ferrari é uma caixinha de surpresas.

Quem roubou a cena foi Daniel Ricciardo. No início do segundo treino livre, o australiano perdeu a traseira e bateu forte na proteção de pneus. Ele batou o joelho na coluna de direção e saiu mancando, preocupando a todos. No entanto, ele garante que não terá problemas para a corrida, apenas o carro... Seria já um "efeito Alonso" na Renault?

Foto: Reprodução/Scuderia Ferrari
A grande notícia do dia foi o anúncio da FIA de mais duas corridas no calendário, totalizando dez por enquanto. Já está certo que nas próximas semanas teremos mais anúncios. Apesar dos números do coronavírus nas Américas continuarem altos, ainda existe otimismo reiterado pela prefeitura e o governo do Estado de São Paulo para a realização do GP do Brasil. no final do ano.

Pela primeira vez na história, Mugello vai sediar uma corrida de Fórmula 1. A pista da Ferrari, que só serviu para testes coletivos algumas vezes e sempre para a Ferrari (é óbvio), vai ter a alcunha de GP da Toscana Ferrari 1000, em alusão a milésima corrida da escuderia na F1, que será após o GP da Itália. Algarve/Portimão está muito perto de um desfecho semelhante e pode significar para Portugal um retorno após mais de duas décadas.

A outra corrida confirmada é Sochi, que será duas semanas depois de Mugello, no dia 27 de setembro. A China cancelou todos os compromissos internacionais do ano, então é fora do baralho. Resta aguardar os truques da FIA para em breve.

Se é que dá para escrever assim, o lado bom desse momento de exceção na F1 é a entrada de circuitos simples e tradicionais europeus no lugar de bugigangas e tilkódromos modernos e sem vida. Isso dá um ar da F1 antiga, que predominava Europa, Japão, EUA e Brasil, Oportunidade rara para uma corrida em Mugello e tomara que coloquem mais circuitos alternativos nesse calendário diferentão.

Para o final de semana, a previsão é a mesma: a Mercedes é favorita mas segue com esses papos de "carro com problemas de confiabilidade". Como escrito na semana passada, as rivais precisam aproveitar as particularidades dessa temporada, especialmente a anfitriã Red Bull, ainda zerada. Como o circuito de Spielberg é bom, torçamos para que seja uma boa corrida, principalmente se tiver chuva na parada.

Ah, as novas velhas pistas da F1...

Confira a classificação dos treinos livres de sexta:




quinta-feira, 9 de julho de 2020

GP DA ESTÍRIA: Programação

A segunda edição do GP da Áustria deste ano foi nomeada como Grande Prêmio da Estíria, que o estado onde fica localizado o Red Bull Ring, em Spielberg.

Foto: Wikipédia

OS JOELHOS DA DISCÓRDIA

Foto: Getty Images
Capitaneados por Lewis Hamilton, a F1 realizou a manifestação antirracista que apoia o movimento Black Lives Matter, que voltou a tona mais forte ainda após o caso de assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos. No entanto, seis dos 20 pilotos resolveram não se ajoelhar e optaram por apenas vestir a camisa com os dizeres de "fim do racismo".

São eles Kimi Raikkonen, Max Verstappen, Charles Leclerc, Carlos Sainz, Daniil Kvyat e Antonio Giovinazzi. Um campeão mundial, duas estrelas e um futuro piloto da Ferrari. É claro que a questão gerou controvérsia e os seis pilotos foram duramente criticados por não aderirem ao movimento e não se posicionarem, embora Leclerc e Verstappen tenham se explicado nas redes sociais o motivo de não terem se ajoelhado.

Hamilton, um dos articuladores, disse estar feliz com o movimento e optou por não tecer comentários acerca dos "seis rebeldes", em declaração para a Autosport:

"Sinceramente, eu não sei os motivos e as opiniões de cada um. Eu sei que há opiniões diferentes entre alguns pilotos, mas isso é algo mais privado e não quero comentar. Acho que ninguém deveria ser forçado a se ajoelhar. Sou muito grato por aqueles que se ajoelharam comigo. É uma mensagem muito poderosa. Só que, decidir se ajoelhar ou não, não é isso que vai mudar o mundo”, destacou.

O inglês, ao invés de se preocupar com essa situação, ele alerta para que a F1 não pare apenas nesse gesto, priorizando ações e atitudes que realmente apresente resultados concretos a médio/longo-prazo.

“Se a gente vai seguir se ajoelhando, eu não sei se teremos outras oportunidades para isso. Certamente não durante os hinos. Acho ótimo que a F1, a Mercedes em particular, percebeu o problema que temos no mundo e resolveu fazer algo a respeito disso. No fim das contas, tudo que fizermos não será suficiente. Precisamos sempre fazer mais. Acho que tivemos maior conscientização nessas últimas semanas. O que nós realmente não precisamos é que isso morra por completo, desapareça e fiquemos sem mudanças”, encerrou.

Sinceramente? Polêmica vazia. Posicionamento não é se ajoelhar, e sim realmente fazer algo concreto, seja público ou não. Essa "histeria do posicionamento de acordo com o que eu penso" só serve para afastar possíveis pessoas que poderiam se interessar a contribuir mas ficam acuadas diante da agressividade e radicalismo dos ditos democráticos e empáticos. Que esse tipo de ato não se limite apenas a tentar agradar a bolha que pouco se importa e quer destruir a categoria. Para quem as pessoas devem se posicionar: para si ou para os outros porque "são pessoas públicas"?

ELES FICAM

Foto: MotorSport
É o que diz Ola Kallenus, CEO da Daimler, empresa-mãe da Mercedes. A revelação foi feita para a Sky Sports antes da largada para o GP da Áustria. 

Apesar da fala assertiva, Toto Wolff desconversa, apenas afirmando que essa sim é uma opção altamente provável. Nada foi assinado oficialmente com os dois pilotos até então
.
"Estou muito feliz com a dupla, em termos de velocidade, performance, mente e colaboração entre ambos, mas nenhuma decisão foi tomada ainda. Em teoria, ambas as vagas ainda estão livres. Mas é claro que Lewis vai ficar se ele quiser. E, depois de ontem, o mesmo vale para Valtteri", resumiu.

Time que está ganhando não se mexe. Bottas não incomoda Hamilton e pode ganhar algumas corridas lá e cá. Hamilton bate recordes e continua em evidência, assim como Toto Wolff e cia, mesmo que o grupo alemão apresente déficit ano após ano mesmo sendo campeões. E trocar Bottas por Russell é seis por meia dúzia, convenhamos.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 25 pontos
2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 18 pontos
3 - Lando Norris (McLaren) - 16 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 12 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 10 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 8 pontos
7 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos
8 - Esteban Ocon (Renault) - 4 pontos
9 - Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
10- Sebastian Vettel (Ferrari) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 37 pontos
2 - McLaren Renault - 26 pontos
3 - Ferrari - 19 pontos
4 - Racing Point Mercedes - 8 pontos
5 - Alpha Tauri Honda - 6 pontos
6 - Renault - 4 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos

TRANSMISSÃO:







domingo, 5 de julho de 2020

PARTICULARIDADES

Foto: Getty Images
Como todos sabem, esse é um ano diferente. No entanto, apesar das particularidades, o resultado final não será o mesmo.

Toto Wolff fez o drama habitual de destacar que os dois carros poderiam ter abandonado e que foi tudo no sacrifício. Mesmo assim, no limite, as flechas de prata definitivamente não tem um adversário a não ser o imponderável.

Quem poderia ameaçar algo era Verstappen, traído por um problema no motor Honda. A partir dali, Hamilton pressionava e ficava aquele clima de que era questão de tempo para Lewis, punido por ter passado as quatro rodas fora do limite da pista no treino (qual a dificuldade de colocar brita/grama nesses lugares?) no sábado, assumir a ponta e vencer. 

É até raro o imponderável aparecer de forma tão contundente numa era de carros que dificilmente quebram. Seria um fator ficar oito meses sem corrida e desde fevereiro sem mexer nos carros? Os dois carros da Haas que o digam, e assim a corrida ganhou outros contornos.

Enquanto a Mercedes nada de braçada, existe uma briga encarniçada pelas outras posições, tirando Verstappen. Albon, Racing Point, McLaren, Leclerc e talvez Ricciardo, tudo no mesmo ritmo. Vai depender do dia, da pista e das especificidades. 

Hoje, a Mercedes apostou em uma parada, assim como Pérez. Albon, por outro lado, colocou os macios e foi pra cima. Com o Safety Car e faltando poucas voltas, era a chance não só do primeiro pódio mas também da primeira vitória só que, outra vez, havia um Lewis Hamilton no caminho.

Foto: Getty Images
A punição é justa, mas ficou barato para Hamilton. Sou contra essa punição de acrescer tempo no final. Isso beneficia o infrator. Basta fazer uma bobagem qualquer, meter uma vantagem gigantesca que esses segundos acrescidos não significam nada. Apenas um bom Drive Through resolve essa equação de maneira justa. Pior para a Albon, que caiu para o final do grid e depois abandonou. Outra chance de brilhar desperdiçada. Ele não é totalmente inocente. Poderia muito ter esperado mais um pouco e pagou pela inexperiência mas faz parte do processo. É fácil ser engenheiro de obra pronta.

Essa aberração fez, por exemplo, Hamilton quase garantir o pódio. Só não foi porque Norris conseguiu voar no final para o primeiro pódio na carreira. Tudo conspirava mais uma vez para Pérez, mas a Racing Point falhou na estratégia e o mexicano perdeu espaço. Ainda por cima, foi punido por acelerar demais nos boxes. Com o abandono de Stroll, o time do pai Lawrence fez menos pontos do que se esperava.

Voltando para Norris: depois de uma estreia precoce ano passado, onde foi razoavelmente bem, o britânico badalado já começa com tudo em 2020. Importante destacar que a McLaren, com problemas na pré-temporada e problemas financeiros consegue um resultado enorme, importantíssimo nessa disputa encarniçada no bloco intermediário durante todo o ano. Norris também teve coragem e talento para ultrapassar na hora certa e não se contentar com um quarto lugar, brecando Sainz além, claro, de tirar um enorme peso das costas, o do primeiro pódio.

Em segundo ficou a surpreendente Ferrari. Vou tentar escrever mais sobre eles amanhã, mas a situação já é pública: os próximos dois anos serão perdidos. O pódio caiu do céu graças ao oportunismo e talento do monegasco. A incompetência e falta de comando características dos italianos. Vettel, por sua vez, começa a turnê de despedida rodando como sempre e com um constrangedor décimo lugar em uma corrida onde apenas onze completaram. 

Tirando Latifi, que quase estreia com um pontinho, os sobreviventes foram Gasly, Ocon e Giovinazzi. Haas e Alfa Romeo parecem coladas com a Williams na lanterna e a Alpha Tauri parece descolada do grande pelotão intermediário. Vou dar um desconto para o francês porque ele é talentoso e está sem ritmo de corrida. Com a saída de Ricciardo, é natural que cresça e volte a boa forma. Pelo menos é isso que a Renault espera.

Foto: Getty Images
O novo pódio. Interessante que mesmo todo mundo respeitando o distanciamento, o momento de emoção é incomparável. Que o protocolo vá para o inferno. Foi assim que pensou Norris ao abraçar uma eufórica equipe de engenheiros e do chefe/empresário Zak Brown.

Em uma temporada que ninguém sabe o quão próxima do fim ela está, Bottas abre uma vantagem interessante, mas isso não é um drama para Hamilton, favoritaço e pronto para fazer história mais uma vez. No entanto, o desempenho dele na Áustria não é dos mais empolgantes. Para a semana que vem, não pode dar sopa para o azar. Bem que poderiam fazer um traçado invertido para tentar tornar tudo mais interessante, não?

Afinal, só o imponderável pode ameaçar a Mercedes. As particularidades, claro.

Confira o resultado do Grande Prêmio da Áustria:


Até!



sexta-feira, 3 de julho de 2020

AQUECENDO

Foto: Getty Images
Nunca ficamos tanto tempo sem a Fórmula 1: 7 meses. Quis o destino que por aqui estivesse com as temperaturas mais baixas do ano justo agora, o que não foi convidativo para acordar às 6 da manhã. Às 10, na base do sacrifício, foi possível.

Num primeiro momento, parece que pouco importa a ordem dos carros, a questão das forças e os prognósticos. Só queremos carros acelerando, onboards e rodadas. Depois que nos reambientamos, aí sim o senso crítico começa a funcionar de novo.

Nada vai parar a Mercedes, com ou sem o DAS. Parece que a vantagem aumentou ainda mais. A Red Bull vem com um novo motor Honda mas ainda esconde o jogo. Parece ser a segunda força. A Racing Point, aka Mercedes B, começa muito bem, pronta para incomodar a Ferrari e estar a frente de Renault e McLaren. A questão é quanto tempo isso vai durar porque certamente a equipe não vai ter como manter essa condição diante da atualização dos times mais ricos.

A Ferrari entendeu que será a terceira força em 2020. Uma despedida melancólica para Vettel e uma freada em Leclerc. Estão mais próximos do pelotão intermediário do que do topo. Alpha Tauri, Alfa Romeo e Haas parece um pouco atrás. A Williams já parece um carro de F2.

Resumindo: aguardamos tanto tempo mas nada vai mudar. É frustrante, mas todo mundo sabia, apesar da pausa ter esquecido. E assim seguimos, ao menos aquecendo. Se o domínio for tão grande, ninguém se importaria que a temporada se resumisse a oito corridas, não é mesmo? Ainda mais porque Toto Wolff já deixou escapar que dificilmente a F1 vai ir para as Américas em 2020, mas isso é assunto para outro post.

Confira a classificação dos treinos livres do GP da Áustria:



Até!

quinta-feira, 2 de julho de 2020

GP DA ÁUSTRIA: Programação

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:06.957 (Ferrari, 2018)
Pole Position: Charles Leclerc - 1:03.003 (Ferrari, 2019)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

É A NOVA ERA

Foto: Reprodução/Williams
A decadência da Williams vinha a todo vapor desde o fim da parceria com a BMW. No entanto, a equipe ganhou um suspiro após assinar com a Mercedes para 2014 quando os alemães tinham um motor muito superior aos demais.

Com o tempo, a equipe foi decaindo de novo até chegar abaixo do fundo do poço. Atolada no final do grid e com dívidas, a família se viu obrigada a mudar o rumo: o fim da equipe, ou então um novo modelo de administração.

Colocar o time a venda para os investidores foi, segundo Claire Williams, cogitado semanas antes do anúncio público:

“Nosso desejo principal é encontrar o melhor resultado para a equipe. Se isso significar uma venda completa, tudo bem. Se isso significar a venda da maioria [das ações] como um caminho para uma venda completa, que assim seja. Ou se isso significar que alguém queira entrar e trabalhar ao nosso lado, fantástico! Provavelmente, poderíamos juntar os fundos para continuar, mas já fazemos isso há tempos. Está na hora da mudança”, reforçou.

A aposta da Williams é a partir do ano que vem, quando entra em vigor o teto orçamentário, o que pode permitir ao time uma disputa maior pelas posições no grid.

No entanto, até chegar a esse nível, o FW43 pode melhorar mas não será o bastante. O brilho no olhar está evidentemente para o futuro. Claire se diz animada com o potencial dos possíveis novos investidores.


O problema da Williams é administrativo. Claire não está capacitada para o cargo, bem como os pares que foram ali colocados nos últimos anos. Não há investimento que se salve se isso não for entendido.


DE SAÍDA? SIM. É IMPORTANTE? TAMBÉM

Foto: Getty Images
É o que diz o chefão Cyril Abiteboul sobre Daniel Ricciardo. Apesar de estar rumo à McLaren, o australiano vai continuar participando do desenvolvimento do carro desse ano, o que significa que Esteban Ocon não será privilegiado.

“Não vai haver nenhum tratamento preferencial entre Esteban e Daniel na esteira da decisão dele, porque não é a política do time. Sejamos honestos, também não é uma necessidade, já que não estamos lutando pelo campeonato no momento. Não faria absolutamente nenhum sentido, e Daniel estará envolvido no processo de desenvolvimento do carro”, afirmou.

Ricciardo passou por situação semelhante há dois anos, quando anunciou a saída da Red Bull para a equipe francesa. Todavia, ele se diz acostumado e que, apesar do clima de despedida, o foco será redobrado no retorno ao trabalho:

“Talvez no primeiro encontro com algumas pessoas no time possa ter aquele momento de, talvez, não sei se a palavra é constrangimento, mas eu passei por isso há alguns anos. Mas, de fato, acho que, como o tempo passou desde a notícia e eu falei, se já não vi, com alguns dos membros do time, acho que é realmente a volta ao trabalho”, disse.

Que o profissionalismo existe, isso não há dúvida, mas ninguém é bobo. Não faz sentido dar prioridade ou que alguém que não vai estar na organização saiba de pormenores relacionados ao ano que vem. Isso é conversa pra boi dormir. Não será surpreendente, diria eu até provável que gradualmente o francês vai passar a andar mais rápido ou vai ter menos problemas no carro. É assim que funciona.

TRANSMISSÃO




quinta-feira, 27 de junho de 2019

GP DA ÁUSTRIA - PROGRAMAÇÃO

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:06.957 (Ferrari, 2018)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:03.130 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

BATATA ASSANDO?

Foto: Red Bull Content Pool
Esses tempos, tuitei que a única explicação do desempenho de Pierre Gasly na Red Bull ser tão pífio é o fato de terem pintado uma Toro Rosso com as cores da Red Bull.

Falando sério, é inacreditável e constrangedora a diferença de desempenho entre ele e Max Verstappen. A maior lavada do grid, sem dúvida, até mais que o monobraço Kubica em relação ao jovem Russell.

Na corrida da casa, Gasly só pontuou graças a punição que jogou Ricciardo para 11°, isso que ele largou em oitavo, de macios. Ao parar cedo, perdeu posição para Ricciardo, Hulkenberg e Raikkonen, caindo para 11°, o que frustrou o chefão Christian Horner.

“Ele fez um bom trabalho nas primeiras voltas, com o pneu vermelho, e depois nós os devolvemos numa boa posição de pista”, disse Horner, fazendo referência ao momento em que Gasly aparecia em oitavo na prova. “Foi um trabalho fantástico do pessoal, o pit mais rápido da tarde. Foi 1s9 com o carro parado. Nós o deixamos com posição em relação ao Daniel [Ricciardo], e depois ele simplesmente não conseguiu ir além com o pneu mais duro, e depois ele ainda perdeu posição para os outros caras também. É frustrante não ter um carro na zona de pontos. Tenho certeza de que vamos dar uma olhada nisso com ele [Gasly]”, afirmou.


Do jeito que Helmut Marko adora queimar os pilotos taurinos, não é difícil de imaginar que Gasly deve estar por um fio na equipe já agora, a questão é pensar em um sucessor. O outrora chutado Kvyat ou o jovem Albon, que ainda ascila apesar de ter um grande potencial. Será que seria hora de abrir mão dos "talentos da base" (que na verdade foram somente Vettel e Ricciardo) e buscar algum piloto competente no mercado? Competente eu me refiro a um segundão, porque claramente a Red Bull aposta todas as fichas em Max, e é por isso que Ricciardo pulou mula de lá. Veremos.

NA MERDA

Foto: Getty Images
É o que diz o chefão da Haas, Gunther Steiner. Na França, os carros americanos só foram superiores a Williams. Ou seja, algo muito preocupante. Nas últimas três corridas, apenas um ponto.
O pior é que Steiner não sabe qual é de fato o(s) problema(s) da equipe.

“Nos nossos quatro anos de história, acho que este foi, no geral, nosso pior fim de semana. Na corrida, ainda tivemos dificuldades. Não sei. O que é bizarro para mim é que o carro que era bom o bastante para se classificar em sétimo e oitavo na primeira corrida e aí em sexto em Monte Carlos, de repente, e o penúltimo”, afirmou.

“Não me pergunte o que é isso, eu não sei. Então, por favor, nem pergunte, pois eu não responderia. Nós precisamos descobrir. Para ser honesto, é muito desapontador, porque terminar nessa situação, e não entender isso, é a pior coisa”, continuou.

“Romain comentou que o carro é muito bom de guiar, mas é lento. O carro sai de frente ou de traseira de repente? Não. Está tudo bem. Só é lento, não tem aderência o bastante”, comentou.
E terminou:

“Você precisa se livrar da raiva e apenas continuar trabalhando. Foi isso que eu disse aos rapazes: Você precisa trabalhar muito mais agora do que antes, porque agora nós estamos na merda. Não faz sentido esperar que algo apareça, você precisa voltar agora e entender o motive de estarmos onde estamos. É só isso que você pode fazer. E aí, quando souber o motivo de estar onde está, aí pode encontrar soluções. Se você não sabe isso, como pode trabalhar em soluções? Você trabalha em tudo e aí, com as melhores coisas, você faz um carro novo”, concluiu.

A Haas é uma Ferrari B. Em alguns circuitos a característica não vai encaixar, em outros sim. O grande problema é a dupla de pilotos. Grosjean está fazendo hora extra na F1 faz tempo e Magnussen é apenas regular. Os dois erram e batem muito e fazem a equipe desperdiçar pontos importantes quando há a oportunidade para isso. O outro grande problema é que agora eles estão escassos.

Steiner e Gene precisam pensar nisso. É óbvio que a culpa não é toda deles, mas a Haas poderia anteriormente ter mais condições de contratar pilotos que extraíssem mais do carro, agora é complicado, o que afeta o futuro da tradicional equipe da Indy e Nascar na Europa.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 187 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 151 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 111 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 100 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 87 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 37 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 26 pontos
8 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 19 pontos
9 - Daniel Ricciardo (Renault) - 16 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 16 pontos
11- Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
12- Lando Norris (McLaren) - 14 pontos
13- Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 10 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 7 pontos
16- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 338 pontos
2 - Ferrari - 198 pontos
3 - Red Bull Honda - 137 pontos
4 - McLaren Renault - 40 pontos
5 - Renault - 32 pontos
6 - Racing Point Mercedes - 19 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 19 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 17 pontos
9 - Haas Ferrari - 16 pontos

CLASSIFICAÇÃO: