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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

ARREGAÇANDO AS MANGAS

 

Foto: Getty Images

Nesse ano, por decisão do CEO Luca Di Meo, a Renault será substituída pelo nome Alpine, da mesma marca, responsável pela produção dos carros esportivos dos franceses. Além de alavancar a marca, o CEO do grupo Renault não para por aí nas mudanças.

Fernando Alonso vai ter um novo chefe. Cyril Abiteboul, chefão da Renault desde o retorno do grupo como equipe em 2016, foi desligado do cargo. Marcin Budkowski, atual diretor esportivo, será o novo chefe.

Com uma evolução lenta e aquém do investimento de uma montadora, a Renault engrenou minimamente na última temporada, quando conseguiu três pódios. Ainda assim, é muito pouco, mesmo que o regulamento congelado e a ausência de testes também prejudique.

Ainda que a Alpine/Renault comece, aos poucos, a pensar alto, o trabalho de Abiteboul não foi bom. Muito bélico na relação com a Red Bull, não foi o líder necessário para que o desenvolvimento dos franceses fosse mais rápido. Talvez ser chefe de equipe não seja sua aptidão, tal qual a situação de Mattia Binotto na Ferrari.

Com Alonso e Alpine, o CEO Luca Di Meo dá um recado claro: não há mais tempo a perder. A Alpine/Renault precisa de uma evolução maior nas próximas temporadas. Do contrário, o futuro pode ser voltar a ser apenas uma fornecedora de motores, até porque a pandemia está causando estragos gigantescos para todos, inclusive as grandes corporações.

Até!

terça-feira, 8 de setembro de 2020

CARAS NOVAS?

 

Foto: Getty Images

Nessa semana tivemos anúncios de "novidades" na Fórmula 1. A Williams, vendida para a Dorilton Capital, encerra um capítulo enquanto negócio familiar e garagista que acontecia desde os anos 1970. Com isso, definitivamente, encerra-se uma era na categoria. O fim de Frank e Claire e a terceira maior equipe da história do Mundial. 

Convenhamos, a Williams do jeito que conhecíamos acabou em 2005, quando não quis ser vendida para a BMW. Dali em diante, a decadência foi cada vez maior, exceção pela solitária e inesperada vitória de Maldonado em 2012 e as temporadas de 2014, 2015 e 2016 onde a Williams, beneficiada pelo potente motor Mercedes, conseguiu alguns pódios e poles até o fim definitivo.

Agora, a empresa Williams é controlada pela americana Dorilton Capital, um fundo de investimento comandado por Matthew Savage. Além dele, a equipe será comandada por Darren Fultz e James Matthews na direção. Matthews, por curiosidade, é ex-piloto e cunhado da Duquesa de Cambridge.

Algumas mudanças já foram feitas: Claire Williams deixou a chefia da equipe e o CEO, Mike O'Driscoll, vai se aposentar no final do ano. Simon Roberts vai ocupar o primeiro cargo interinamente. Vale notar que o contrato dos dois pilotos foi renovado antes da venda do time.

Fundo de investimento são geridos por várias pessoas. Não é fácil corrupção ou lavagem de dinheiro por lá, em tese. Ou seja, se compraram é porque acreditam que a Williams pode dar lucro no futuro. Na F1, isso é muito complicado. Sendo realista, a questão é saber por quanto tempo essa empresa vai aguentar gerir uma equipe de Fórmula 1 que, apesar de histórica, vive na rabeira do grid e sem perspectivas de lucro, mesmo com a ajuda de Latifi pai. Vejo com bastante desconfiança esse novo "capítulo" de Grove, infelizmente.

Foto: Quatro Rodas

No domingo, a Renault anunciou que vai mudar de nome para a próxima temporada. Em 2021, vai passar a ser Alpine F1 Team. Mas o que diabos seria isso? 

Inicialmente, a Alpine foi criada em 1954 como uma fabricante francesa de carros esportivos, fundada por Jean Redélé, proprietário de um dos poucos carros franceses que fazia sucesso no automobilismo após a Segunda Guerra Mundial, o Renault 4CV. A empresa comprou a Alpine em 1973. 

A Alpine foi campeã mundial de Rali em 1973, com seu modelo mais famoso, o Alpine A110 e o A442 venceu as 24 Horas de Le Mans, na última vez que um Alpine participou de corridas. Na época, já foi escrito como um Renault-Alpine. Com o passar do tempo, a empresa foi absorvida pela Renault e transformou-se em um carro esportivo, não mais de competição. 


Alpine A442b, com Didier Pironi no volante, venceu as 24 horas de Le Mans em 1978. Foto: Getty Images











Atualmente, a Alpine está na LMP2 do Mundial de Endurance, sendo recentemente campeã com o brasileiro André Negrão como um de seus pilotos.

De acordo com um comunicado, o objetivo é "acelerar o desenvolvimento e influência da marca". O processo de reestruturação é liderado por Luca De Meo, novo CEO. Vale lembrar que, recentemente, a Renault se viu em um escândalo com a prisão do ex-presidente, o líbano-brasileiro Carlos Ghosn. Além do mais, os franceses tiveram muitos prejuízos em virtude da pandemia, precisando demitir milhares de funcionários e colocando em risco a permanência na categoria.

Bom, mesmo assinado até 2025, a mudança de um nome histórico na F1 para de uma marca importante no automobilismo francês possa ser indício de que as coisas não estão fáceis por lá. Tecnicamente falando, a terceira passagem da Renault na F1 encerra-se no fim do ano como um grande fracasso. Até lá, é possível que nenhum pódio tenha sido atingido. Muito pouco para uma equipe de fábrica. 

Basicamente, o nome Alpine tem o mesmo peso de Alfa Romeo na antiga Sauber: apenas uma mudança de nomenclatura para fins comerciais. 

Ou seja: Fernando Alonso não vai ter sua terceira passagem na Renault, e sim seus dois últimos anos de carreira na Alpine F1 Team. Impossível não associar ao nome do famoso chocolate. Esperamos que não seja um carro docinho.

Até!

quinta-feira, 2 de julho de 2020

GP DA ÁUSTRIA: Programação

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:06.957 (Ferrari, 2018)
Pole Position: Charles Leclerc - 1:03.003 (Ferrari, 2019)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

É A NOVA ERA

Foto: Reprodução/Williams
A decadência da Williams vinha a todo vapor desde o fim da parceria com a BMW. No entanto, a equipe ganhou um suspiro após assinar com a Mercedes para 2014 quando os alemães tinham um motor muito superior aos demais.

Com o tempo, a equipe foi decaindo de novo até chegar abaixo do fundo do poço. Atolada no final do grid e com dívidas, a família se viu obrigada a mudar o rumo: o fim da equipe, ou então um novo modelo de administração.

Colocar o time a venda para os investidores foi, segundo Claire Williams, cogitado semanas antes do anúncio público:

“Nosso desejo principal é encontrar o melhor resultado para a equipe. Se isso significar uma venda completa, tudo bem. Se isso significar a venda da maioria [das ações] como um caminho para uma venda completa, que assim seja. Ou se isso significar que alguém queira entrar e trabalhar ao nosso lado, fantástico! Provavelmente, poderíamos juntar os fundos para continuar, mas já fazemos isso há tempos. Está na hora da mudança”, reforçou.

A aposta da Williams é a partir do ano que vem, quando entra em vigor o teto orçamentário, o que pode permitir ao time uma disputa maior pelas posições no grid.

No entanto, até chegar a esse nível, o FW43 pode melhorar mas não será o bastante. O brilho no olhar está evidentemente para o futuro. Claire se diz animada com o potencial dos possíveis novos investidores.


O problema da Williams é administrativo. Claire não está capacitada para o cargo, bem como os pares que foram ali colocados nos últimos anos. Não há investimento que se salve se isso não for entendido.


DE SAÍDA? SIM. É IMPORTANTE? TAMBÉM

Foto: Getty Images
É o que diz o chefão Cyril Abiteboul sobre Daniel Ricciardo. Apesar de estar rumo à McLaren, o australiano vai continuar participando do desenvolvimento do carro desse ano, o que significa que Esteban Ocon não será privilegiado.

“Não vai haver nenhum tratamento preferencial entre Esteban e Daniel na esteira da decisão dele, porque não é a política do time. Sejamos honestos, também não é uma necessidade, já que não estamos lutando pelo campeonato no momento. Não faria absolutamente nenhum sentido, e Daniel estará envolvido no processo de desenvolvimento do carro”, afirmou.

Ricciardo passou por situação semelhante há dois anos, quando anunciou a saída da Red Bull para a equipe francesa. Todavia, ele se diz acostumado e que, apesar do clima de despedida, o foco será redobrado no retorno ao trabalho:

“Talvez no primeiro encontro com algumas pessoas no time possa ter aquele momento de, talvez, não sei se a palavra é constrangimento, mas eu passei por isso há alguns anos. Mas, de fato, acho que, como o tempo passou desde a notícia e eu falei, se já não vi, com alguns dos membros do time, acho que é realmente a volta ao trabalho”, disse.

Que o profissionalismo existe, isso não há dúvida, mas ninguém é bobo. Não faz sentido dar prioridade ou que alguém que não vai estar na organização saiba de pormenores relacionados ao ano que vem. Isso é conversa pra boi dormir. Não será surpreendente, diria eu até provável que gradualmente o francês vai passar a andar mais rápido ou vai ter menos problemas no carro. É assim que funciona.

TRANSMISSÃO




quinta-feira, 14 de maio de 2020

O FUTURO SEM O PRESENTE

Foto: Grande Prêmio
Durou apenas dois dias o grande mistério que se abriu após o anúncio da não renovação de Sebastian Vettel com a Ferrari. Surpreendendo um total de zero pessoas, aconteceu o que já se especulava pela imprensa europeia: Carlos Sainz deixa a McLaren para ser o parceiro de Charles Leclerc na Ferrari enquanto Daniel Ricciardo abandona o projeto Renault para ser parceiro (agora de corridas) de Lando Norris na McLaren,

Foto: Getty Images
Na NeoF1, onde dois ótimos pilotos não podem coexistir na mesma equipe, esta até que foi uma escolha lógica. Sainz foi o melhor do resto ano passado e encaixa perfeitamente na categoria "piloto entregador de pontos", tal qual Bottas. A Ferrari realmente aposta suas fichas em Leclerc. Depois de mais de uma década apostando na aura de campeões, o futuro da escuderia está no jovem monegasco. Será que isso não é demais para ele? Porque Sainz não foi para a Ferrari para ser campeão do mundo. Com sorte, consegue alguns pódios e vitórias.

O espanhol, coincidência ou não, repete a mesma trajetória do ídolo Alonso: Minardi (Toro Rosso) - Renault - McLaren - Ferrari. Só faltou o retorno para os franceses no meio do caminho mas vocês entenderam. Agora, Carlos pode desafiar Max em outro bólido, sem a proteção da Red Bull. Seria engraçado se ele começasse a ter resultados de pista melhores que o marrento holandês. Sainz estava no lugar certo e na hora, no timing perfeito. A oportunidade apareceu e ele pegou. Se merecia? Não. Existem pilotos melhores? Existem, mas Carlos encaixa nessa Ferrari justamente por ser apenas bom. Ao menos pode dizer no futuro que já pilotou por McLaren e Ferrari.

Foto: Autoracing
E o sorriso? Não surpreende ele ter pulado do barco da Renault. Na verdade era justamente isso o que aconteceria. Foi uma jogada de ocasião: Ric pularia para um ambiente favorável, sendo o número um e ganhando muita grana esperando por 2021. Apareceu a chance mas a Ferrari não quis. Diante de tantas crises que ganham força durante essa pandemia, é bem possível que os franceses larguem a F1.

Esportivamente, a McLaren parece muito mais confiável. Foi a quarta equipe de 2020 e no ano que vem vai ter o retorno do motor Mercedes. A perspectiva de crescimento é muito maior. A Renault, por mais independente que seja, caminha em passos muito lentos há anos, aquém do que investe. O australiano chega para liderar uma equipe que confia em um novo regulamento e em teto orçamentário para voltar a ser grande, com o bom Lando Norris como escudeiro. No entanto, apostar somente nisso é de um otimismo muito inocente.

Ricciardo, infelizmente, parece ter perdido o bonde da história. Já tem uma idade "avançada" para os padrões da F1 (mais de 30), não é mais de nenhuma academia de pilotos e tem um agravante: ser muito bom. Isso o tira do páreo nas principais equipes. Hamilton e Bottas ainda não renovaram o contrato, mas quem garante que a Mercedes continua? Toto Wolff e seu movimento na Aston Martin colocam algumas pulgas atrás da orelha... Enquanto, o sorriso vai ter mais motivos para sorrir porque vai continuar ganhando muita grana, ao menos. Estima-se que irá receber 30 milhões de dólares em um contrato de "múltiplos anos".

Foto: LAT Images
E agora, Cyril? A Renault torra dinheiro e não tem retorno técnico. Além do mais, vai ter que conviver com um piloto que vai embora e, como já escrevi, há uma crise mundial que vai fazer com que muitos repensem onde investir e o que gastar. Tudo que a Liberty não quer são equipes pedindo falência mas, no cenário atual, Mercedes e Renault podem sair do barco e talvez Williams, Haas e Alfa Romeo não aguentem o tranco. A própria McLaren também faz reclamações, mas apostar em Ricciardo é apontar na direção contrária.

Quem substitui Ricciardo? Ocon sequer estreou, então é difícil saber que perfil de piloto ir atrás. Pela lógica, é necessário alguém experiente para compensar. E quem seriam esses nomes? Vettel? Alonso? Hulkenberg? Não foge muito disso. Os dois primeiros eu duvido que aceitem. Hulk acabou de sair. Ou isso ou inventar um jovem ou alguém de outra categoria.

Nunca duas decisões resumiram tanto a NeoF1: um lugar que privilegia multimilionários oriundos de academias das equipes, onde só existem talvez três ou quatro vagas para pilotos muito bons. Do contrário, você pode ser preterido por um médio acumulador de pontos que está no lugar certo, na hora certa e tem um lobby interessante por trás. As equipes não se preocupam mais com dois bons pilotos no mesmo espaço, mas sim priorizar um ótimo e um bom para harmonizar tudo.

O campeonato de pilotos não deveria mais existir. Isso pouco importa. Deveriam validar somente o campeonato de construtores. Essa é a lógica que a NeoF1 passa para os seus neofãs.

Até!

terça-feira, 15 de outubro de 2019

MESTRES E APRENDIZES

Foto: Grand Prix
Aproveitando o gancho do dia do professor aqui no Brasil (rá!), o tema do post de hoje é a incerta Renault, comandada por Cyril Abiteboul.

Desde o retorno como equipe, em 2016, a proposta era clara: crescimento ao longo dos anos para, em 2019 ou 2020, brigar por vitórias ou campeonatos.

Como sabemos, nada disso aconteceu. A Renault patina. É claro que houve evolução, mas o motor continua com problemas de durabilidade e potência, o que causa incerteza para parcerias. Red Bull caiu fora e a McLaren vai voltar para a Mercedes em 2021. Sem parceiros para desenvolvimento e quilometragem, a situação fica cada vez mais incerta.

Não só isso. O chassi é deficitário. Por incrível que pareça, os melhores resultados da temporada vieram em circuitos rápidos (Canadá, Itália e Japão). Mesmo investindo um caminhão de dinheiro.

Cyril Abiteboul é o grande comandante. Alain Prost, que já teve uma equipe não muito bem-sucedida, de simples consultor virou dirigente dos franceses. Já tomou algumas providências: a saída de Hulkenberg e a chegada de Ocon, francês e mais jovem, para o ano que vem. Será que realmente Hulk era o maior dos problemas? Bom, o alemão parece não ter o "timing" e hoje é meio complicado de defendê-lo, mas...

E Daniel Ricciardo? Saído da Red Bull para tentar brilhar em uma equipe de fábrica, provavelmente vai usar a Renault para ganhar muito dinheiro. O que será do australiano em 2021? Vai ter vaga na Ferrari? Difícil. Mercedes? Impossível. Mais um que pode ter perdido o "timing" por não haver tantas vagas competitivas na Neo F1.

Com o professor Prost e o "aprendiz" Abiteboul, a Renault dá três passos e cai dois. Patina. Pelo investimento que faz, deveria estar mais próxima da Red Bull. Nesse ano, está sendo surrada pela então deficitária McLaren com os mesmos motores. Com o alto custo, as poucas melhoras e um regulamento incerto, os franceses impacientes irão permanecer na F1 ou irão pular fora igual no passado?

Uma equipe de fábrica dar certo não é fácil, ainda mais agora que não existem mais recursos ilimitados para testes e tudo mais. A Renault da década de 2010 se encaminha para repetir outras grandes montadoras que habitaram a F1 e fugiram para nunca mais voltar após a crise de 2009 e o fim dos patrocínios tabagistas: Jaguar, Toyota, Honda... não dá para dizer que foi um fracasso, mas poderiam ter feito mais.

O que a Renault precisa para voltar a ser de ponta? Mais dinheiro ou uma abordagem competente? Há investimento, equipe qualificada, infraestrutura, bons pilotos mas falta gestão, seja ela do Abiteboul, o cabeça da F1, seja de quem está por trás disso na grande fábrica. O brasileiro Carlos Ghosn, contrário a isso, até autorizou, mas hoje vive outros problemas bem mais graves com a justiça japonesa. Será Prost, de novo como "mestre dos magos", o professor que irá ensinar o aluno Cyril a fazer os franceses grandes de novo?

O tempo (e o dinheiro?) está acabando.

Até!

quarta-feira, 31 de julho de 2019

TOMBANDO

Foto: Reprodução
Quando a Renault anunciou o retorno para a F1, em 2015, tinha ficado que o plano e o planejamento seriam para os anos seguintes, talvez 2018 ou 2019.

Pois bem, os franceses pouco evoluíram, mesmo sendo uma equipe de fábrica e, portanto, com dinheiro quase que a vontade. No início, apostaram em pilotos sem a estatura da equipe, mas era o que tinha: Magnussen, Palmer e etc. A contratação de Hulkenberg seria o início de um crescimento que até teve, mas não é o suficiente.

A chegada surpreendente de Daniel Ricciardo era um recado claro: o australiano vai ser o protagonista deste renascimento. No entanto, nem ele parece realmente acreditar nisso, assinando um contrato de apenas dois anos e mais preocupado em esperar o que vai acontecer em 2021 e com Ferrari e Mercedes.

É muito pouca evolução em tantas temporadas. A McLaren, que passou vergonha com a Honda, em dois anos com o motor francês está a frente deles. O fato de nenhum dos dois terem somado pontos no caótico GP da Alemanha pode fazer com que esses pontos façam falta na briga pelo quarto ou quinto lugar nos construtores.

A Renault já foi e já veio várias vezes na F1. Cyril Abiteboul precisa entregar mais. Depois de um péssimo final de semana, Alain Prost, apenas um consultor de luxo, virou um diretor sem maiores detalhes explicados. Tudo para que a Renault reaja.

O limite é 2021. Uma equipe de fábrica não pode ficar tanto tempo tão distante do "trio de ferro". A fase não é nada boa. Até o caminhão da equipe bateu durante o caminho para chegar até Hungaroring, na Hungria. O famoso "que fase". Bem, uma hora isso tudo vai acabar. É improvável uma reação tão imediata, então resta a Renault somar pontos e fazer um carro mais confiável para Ricciardo e Hulkenberg, que não pode mais desperdiçar tantas chances que talvez não lhe apareçam mais.

Até!