terça-feira, 30 de novembro de 2021

A DÚVIDA ENERGÉTICA

 

Foto: Divulgação/Red Bull

Max Verstappen pode ser campeão mundial no domingo. Não é o cenário mais provável, mas a possibilidade existe. No entanto, o crescimento da Mercedes nas duas últimas etapas, sobretudo com o novo motor colocado no carro de Lewis Hamilton acende um sinal de alerta: o que fazer nessas duas corridas finais? Qual estratégia tomar?

É uma pergunta difícil de ser respondida. A Mercedes disse que Hamilton usou o motor da Turquia no Catar, onde ganhou sem grandes sustos. O novo motor do Brasil será utilizado agora, na Arábia Saudita e em Abu Dhabi. A cartada final. A Red Bull, por sua vez, não fez trocas, mas poderia ter feito.

A informação é que a Honda gostaria de ter trocado já no Catar para também correr com potência máxima, tal qual Hamilton. A Red Bull não quis e o fato da punição ter sido praticamente na hora da corrida também contribuiu para que nada fosse feito.

A Arábia Saudita tem um circuito de 6 km, de rua, desconhecido, onde tudo pode acontecer, inclusive vários Safety Cars. Isso ajudaria Max em um contexto de troca de motor e largar lá de trás. No entanto, volto a repetir: é uma posição difícil. Apesar da vantagem de Max ser mínima, é complicado arriscar qualquer coisa. 

O que fica evidente é o seguinte: Yas Marina é uma procissão. Arábia Saudita é uma incógnita. Nesse contexto onde algo precisa ser feito para competir com o novo motor da Mercedes, parece mais lógico Max, mesmo com a vantagem, arriscar no incerto e no inesperado das ruas da capital árabe. Até porque ninguém sabe qual equipe vai se sobressair.

É claro que existe o risco da Red Bull se adaptar melhor ao circuito, trocar o motor e perder uma possível vitória certa que lhe garantia o título. Outra vez, repito: arriscar no incerto parece mais certo (com o perdão da escrita) do que em Abu Dhabi, onde todos já sabem o que vai acontecer e há pouquíssimas variações de estratégia.

O que a Red Bull deveria fazer? Arriscar na Arábia Saudita, é claro, na minha humilde opinião. É a dúvida energética, causada pela pressão da Mercedes. Tanto a ação quanto a omissão podem decidir o campeonato e culminar ou ceifar todo um árduo trabalho do ano inteiro. Só nos resta aguardar pela resposta da Red Bull e da Honda.

Até!

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