sexta-feira, 27 de novembro de 2020

FIM DE FESTA

 

Foto: Getty Images

Nas próximas três semanas, a F1 encerra a temporada maluca de 2020 com o oval do Bahrein como grande novidade. Enquanto isso, entre esse evento, temos a primeira corrida em Sakhir e o chatíssimo GP de Abu Dhabi simbolizando esse fim de feira da categoria.

No deserto, que teve até garoa e onde as condições normais imperam, será mais um grande final de semana para Lewis Hamilton, o mais veloz dos dois treinos.

Outro que já entendeu que é realmente o fim da festa mesmo é Alexander Albon, que deu uma porrada na última curva no treino dois e deve ter sacramentado a saída da categoria com isso, pois o japonês Tsunoda deve ir para a Alpha Tauri.

Quem está aproveitando essas chances para uma última boa impressão é o ascendente Sérgio Pérez, mais uma vez entre os mais rápidos. A grande motivação é a última grande chance da vida: guiar um grande carro, mas com o conhecido pacote Red Bull: Max Verstappen e as prioridades... a essa altura, pouco importa para Checo. É como ganhar na loteria.

O grande fato do final de semana é a decisão na F2. Callum Ilott é pole, Drugovich o segundo e o virtual campeão Mick Schumacher apenas o décimo. Vai ser tema de um post no blog o grande ano da F2 que tivemos, com bons pilotos ascendendo para a categoria no futuro.

Ademais, não há muito o que escrever. Os principais convidados já foram embora e agora está todo mundo embriagado esperando o nascer do sol para apagar na cama e se recuperar da ressaca.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP do Bahrein:



Até!


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

GP DO BAHREIN: Programação

 Um dos mais recentes GPs da Fórmula 1 (começou a ser construído em 2002) o Grande Prêmio do Bahrein começou ser disputado em 2004. Desde 2014, a corrida é realizada de noite, "imitando" Cingapura.

Foto: Getty Images


ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Charles Leclerc - 1:27.866 (Ferrari, 2019)
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:30.252 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel (2012, 2013, 2017 e 2018) - 4x

MOTOR PRÓPRIO? É POSSÍVEL

Foto: Motorsport

É o que diz o chefão Christian Horner. Com a saída da Honda e a impossibilidade e o desinteresse de negociar com os outros fabricantes (Ferrari, Mercedes e Renault), a última e única alternativa é tentar adquirir a tecnologia dos japoneses, com quem os taurinos possuem boa relação.

“A grande questão, então, é: um energético pode produzir um motor capaz de competir com os melhores do mundo? Conseguimos com o chassi, então deve ser possível com o motor”, disse para a Sky Sports.

Vale lembrar que Helmut Marko está em tratativas e estava em vias de viajar para o Japão para resolver tudo isso pessoalmente com o pessoal da Honda. A questão é que o tempo é inimigo dos austríacos: eles têm um ano para acertar e começar a colocar em prática a operação. 

Do contrário, a Red Bull pode deixar de figurar como uma equipe de ponta, com diferencial, o que também pode, como consequência, afugentar Max Verstappen, que já está ficando velho e impaciente por um projeto vencedor a curto/médio-prazo.

2020? JÁ ERA

Foto: Getty Images

Não estou falando do campeonato, que todos sabem que foi mais uma vez vencido por Lewis Hamilton e a Mercedes, mas sim das possibilidades de vitória da Red Bull na temporada. Foi o que disse Max Verstappen, ainda muito decepcionado com o domingo na Turquia, onde perdeu a grande chance de vencer a segunda no ano depois de fazer treinos muito competitivos.

Errando na chuva e rodando duas vezes em momentos cruciais, Max deu mostras daquele piloto irregular do início da carreira que ainda não sabe digerir a responsabilidade da obrigação de andar bem quando há o protagonismo, o que era nítido em Istanbul. Ele segue lamentando o sexto lugar e não acredita que será capaz de vencer no Bahrein e em Abu Dhabi.

“Ainda que as condições de pista estivessem complicadas na sexta-feira, eu estava contente com o equilíbrio que encontramos e o carro funcionava bem. Sentíamos uma motivação para o fim de semana. Foi decepcionante para toda a equipe terminar na sexta colocação porque não era o que desejávamos e nem esperávamos.

Não só eu, mas toda a equipe saiu decepcionada da Turquia porque sempre queremos ganhar. Não creio que vamos ter essas condições de pista outras vezes e as próximas corridas provavelmente vão ser mais normais.

[O Bahrein] é uma pista que conhecemos bem, mas é sempre dura com os pneus, então será importante para encontrar uma boa configuração [do carro]”, disse para o GP Fans.

Apesar de duro, Max tem razão. Ele tem poucas chances de vencer por ano e, desta vez, não aproveitou. Em 2021 não será muito diferente. A única esperança é o tal do novo regulamento, mas até lá muita coisa pode mudar, melhorar ou piorar. A conferir.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 307 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 197 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 170 pontos
4 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 100 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 97 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Renault) - 96 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 75 pontos
8 - Lando Norris (McLaren) - 74 pontos
9 - Alexander Albon (Red Bull) - 70 pontos
10- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 63 pontos
11- Lance Stroll (Racing Point) - 59 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 40 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 33 pontos
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 26 pontos
15- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 10 pontos
16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 4 pontos
17- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 4 pontos
18- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
19- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 504 pontos
2 - Red Bull Honda - 240 pontos
3 - Racing Point Mercedes - 154 pontos
4 - McLaren Renault - 149 pontos
5 - Renault - 136 pontos
6 - Ferrari - 130 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 89 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 8 pontos
9 - Haas Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO













terça-feira, 24 de novembro de 2020

EXPERIMENTOS

 

Foto: Getty Images

Em um ano tão tumultuado, apesar de veloz, parece que a temporada da F1 se arrastou de uns tempos para cá, muito em virtude da falta de competitividade lá na frente. Com os títulos mais uma vez definidos com muita antecedência, restam poucos atrativos para esse fim de ano no Oriente Médio.

Um deles será apenas na semana que vem mas vou adiantar agora. Afinal, serão duas corridas no mesmo local: Sakhir. Essa semana, o já tradicional GP noturno. Na semana que vem, a grande novidade.

Será utilizado apenas o anel externo do circuito, transformando a pista em quase um oval. Serão 90 voltas aproximadamente e, pela primeira vez, os tempos de volta serão abaixo de um minuto. A expectativa é alta justamente pelo fator novidade, experimental, ainda mais a essa altura do campeonato.

A grande lição que 2020 deixa para a Fórmula 1 é que existem muitos circuitos que podem ser melhor aproveitados e entregam muito mais emoção do que velhas figurinhas carimbadas. Nem preciso citar Barcelona, Paul Ricard, Sochi e até Abu Dhabi, que são corridas insossas. Mugello e talvez até a Turquia, com a dramaticidade e o caos, poderiam seriamente ser inseridas com mais frequência no calendário.

O futuro ex-chefão Chase Carey disse que pretende, a partir de 2022, fazer um revezamento de pistas, sem cortar as tradicionais, é claro. Pode ser um caminho interessante. O inchaço do calendário não é bom. Por que não correr em Mugello e ir parar nas ruas da Arábia Saudita? Não há explicação que não seja monetária. Por que não tentar convencer a Malásia a voltar? 

Enfim, diante do caos e da necessidade de recomeçar é que surgem grandes experimentos, novidades e tendências. Que o covid-19 tenha servido para a F1 entender que há muitos circuitos capazes de darem entretenimento. Basta vontade de mudar e servir um calendário melhor para o público porque, sabemos, um campeonato emocionante com vários protagonistas é utopia.

Até!

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

PÉ NO CHÃO

Foto: Getty Images

 Em tempos onde a sobriedade e o equilíbrio são ridicularizados, parecia que a Fórmula 1 também iria embarcar em um universo fantástico, baseando-se na palavra de gente duvidosa e o olho grande em ganhar muito mais.

Contrato assinado e a F1 saía de Interlagos para embarcar um local que ainda não existe e, tomara, jamais existirá. Outro contrato assinado e a F1 pode sair da principal emissora do país para um grupo que deu calote na MotoGP e todo o resto é dúvida.

Pois bem, parece que a realidade bateu a porta. Mesmo com o tal Chase Carey fazendo lobby e pressionando para que houvesse as garantias ambientais de construir uma pista no meio de uma floresta no Rio de Janeiro, há muitos problemas nesse projeto que irão demandar tempo que talvez nunca exista. 

A solução, então, é óbvia: a Liberty voltou a negociar com Interlagos e o governo do Estado de São Paulo anunciou um acordo de cinco anos para a continuação do autódromo na F1. Ainda falta a oficialização da Liberty e da FIA, mas Interlagos está no calendário provisório de 2021 para exatamente um ano, no dia 16 de novembro.

A outra grande notícia recente foi a tal Rio Motorsports que comprou os direitos da F1 a partir do ano que vem e estava tentando desovar em alguma emissora. Foram especuladas todas da TV aberta e mais o grupo Disney nos canais fechados. A Rio Motorsports tinha uma data limite para apresentar as garantias bancárias da transação e, a exemplo da MotoGP, não as fez. Com isso, a Liberty, que é ingênua mas não tão burra assim, já passou a negociar com outras emissoras...

Vale lembrar que o Brasil é um dos poucos lugares que transmite todas as corridas em TV aberta, sendo um dos locais com mais telespectadores da categoria no mundo. E lá foi a Liberty tentar um acordo com a Rede Globo. Nesse caso ainda o mistério perdura: onde nós poderemos assistir a F1 em 2021? Não sei, mas ficar com os pés no chão, nesse caso, é muito bom, mesmo que seja uma coisa óbvia.

Até!

DINASTIA

 

Foto: Getty Images

O final de semana na Turquia, só pelo fato de ter retornado para Istambul em virtude da pandemia, já seria algo diferente por si só. No entanto, com a chuva no treino que infelizmente nos premiou com uma pole para Lance Stroll, o sentimento de incerteza tomou conta de todos. E foi ótimo.

A corrida foi com pista molhada. Imprevisível como sempre, parecia que seria um dia histórico para a Racing Point, que foi se isolando do pelotão, sobretudo Stroll. Parecia que o inevitável iria acontecer. Verstappen teve uma péssima largada e, na ânsia de recuperar posições, rodou várias vezes e desperdiçou uma grande oportunidade. Quando precisou ser protagonista, fraquejou no sábado e no domingo. Brilhar sem responsabilidade é fácil. Max teve um dia daquele Max de 2016-2018.

Vettel, por sua vez, teve seu grande dia. Muito bem na chuva, pulou para o quarto lugar e segurou Hamilton durante boa parte da corrida, em sua grande atuação na temporada. Leclerc, lá atrás, apostou em parar logo que a pista começou a melhorar e foi mais rápido, acelerando e ganhando posições. Um piloto rápido, cerebral e preciso. Em grandes momentos que vai ter na carreira, o monegasco parece quase pronto...

Com um show de rodadas de Albon e Verstappen e a parada de Vettel, mais a pista secando, fez com que Hamilton finalmente entrasse na corrida. A Racing Point, tentando copiar a estratégia da Ferrari, fez Stroll parar para tentar voltar acelerando para garantir a vitória. Acontece que Stroll não é Leclerc e, obviamente, o conto de fadas virou pó. Por um segundo cheguei a ficar com pena do canadense, que liderou 32 voltas e foi só o nono. Bem decepcionante.

O caminho livre fez Hamilton passar Pérez e, sem parar, abrir caminho e progredir rumo a uma vitória épica que coroa uma temporada e o momento histórico, que ficou até em segundo plano: o heptacampeonato. No entanto, não deixa de ser um fim broxante para uma boa corrida que prometia algo inédito.

Ao menos Checo Pérez volta para o pódio depois de dois anos e pode dar um grande passo para assinar com a Red Bull, mostrando segurança e bom ritmo. Vettel volta ao pódio de forma merecida por tudo que a Ferrari está fazendo com ele, uma verdadeira canalhice. Também é bonito um tetracampeão e o terceiro maior vencedor da história presente no pódio que corou o hepta.

Para isso, contou com um erro de Leclerc originado pela escapada do mexicano. O monegasco foi para o ataque para garantir o segundo lugar, passou do ponto e ficou fora do pódio. Ele ficou puto, o que é compreensível, mas Charles não pode ser tão emocional a ponto de se autodepreciar. Com o carro que tem, largando lá atrás, foi um dos melhores da corrida.

O silencioso Carlos Sainz pegaria o pódio se tivesse mais algumas voltas, sempre constante. A Renault deixou a desejar e foi coadjuvante. De resto, o mesmo de sempre.

Ah: Bottas é inqualificável. Não deveria continuar na Mercedes. É inacreditável como ele facilita o trabalho de Hamilton. É mais um desperdício de vaga.

A dinastia de Lewis Hamilton precisava de uma vitória épica como essa para simbolizar a carreira e genialidade deste grande do esporte. Ele não precisa provar nada para ninguém, mas o grande recado do inglês é seu envolvimento fora da pista, entendendo o papel de ídolo e exemplo que possui.

O que vem por aí? Mais vitórias, talvez mais títulos... não importa: a história está sendo feita diante dos nossos olhos. A frase é clichê mas precisa ser repetida para que se entenda essa magnitude.

Confira a classificação final do GP da Turquia:


Até!

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

AQUECENDO OS MOTORES

 

Foto: Getty Images

Já começo o post avisando que um texto sobre o futuro de um Grande Prêmio no Brasil será postado na semana que vem, com mais calma. Gostaria de abordar outros assuntos antes nessa que deve ser a corrida que vai sacramentar o heptacampeonato de Lewis Hamilton.

O foco de hoje é a Red Bull. Desde o anúncio da saída da Honda para o final do ano que vem, estão pipocando muitas coisas sobre quem será o novo fornecedor de motores. Se falou do retorno da Renault, por regulamento, mas parece que pode existir um desfecho positivo envolvendo os japoneses.

Segundo o consultor Helmut Marko, são boas as chances da Red Bull continuar tocando o projeto da unidade de potência dos japoneses por conta própria. Um acordo precisa ser finalizado, além da questão técnica das fábricas e a cooperação das duas empresas. Ele vai para o Japão resolver essas questões. Se os taurinos conseguirem êxito, pode ser um trunfo interessante para a sequência do projeto, além de ser uma questão que desde a McLaren o pessoal tem a curiosidade de saber como seria para uma equipe de fábrica fazer o próprio motor (excluindo Mercedes, Ferrari e Renault, claro).

Marko confirmou que Yuki Tsunoda vai estar na Fórmula 1 ano que vem, basta o japonês terminar entre os três primeiros na Fórmula 2. Mais um pé na bunda para Kvyat e provavelmente para Albon, que prefere cair atirando do que tentar uma redenção, se ele tivesse essa opção, é claro. Não é injusto.

Na fria e no novo recapeamento da pista de Istambul, os pilotos relataram estar "correndo no gelo". Muita dificuldade para aquecer os pneus e fazer boas voltas, com muitas rodadas. Verstappen liderou os dois treinos e até a Ferrari andou entre os primeiros, mas isso só serve para deixar o panorama ainda mais incerto e atrativo para o classificatório e a corrida, provavelmente consagradora para Lewis Hamilton.

A F1 tenta se aquecer nesse final de temporada único e maluco mas que poderia ser bem melhor se a Mercedes tivesse um adversário, frase essa que está sendo repetida desde 2014. 

Confira a classificação dos treinos livres para o GP da Turquia:



Até!


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

GP DA TURQUIA: Programação

 O Grande Prêmio da Turquia fica localizado no autódromo de Istanbul Park e foi inaugurado em 2005, permanecendo na F1 até 2011. Em 2020, com a pandemia do coronavírus, a pista volta para o calendário da Fórmula 1.

Foto: Wikipédia


ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya - 1:24.770 (McLaren, 2005)

Pole Position: Sebastian Vettel - 1:25.049 (Red Bull, 2011)

Último vencedor: Sebastian Vettel (Red Bull)

Maior vencedor: Felipe Massa - 3x (2006, 2007 e 2008)

E VOLTA O CÃO ARREPENDIDO...

Foto: Getty Images

A informação é do Grande Prêmio. Sem qualquer indicativo de que possa ter um aval das autoridades competentes para as liberações ambientais do tal autódromo de Deodoro, a direção da categoria resolveu voltar a olhar a realidade e já trabalha para tentar realocar o autódromo de Interlagos no calendário de 2021.

No mês passado, o futuro ex-chefão Chase Carey enviou um documento para Cláudio Castro, governador interino do Rio de Janeiro, uma carta lobby para liberar a área do autódromo para que as obras iniciassem. 

O Inea, por sua vez, assinou um parecer com dúvidas, erros e irregularidades no relatório enviado pela EIA (Estudo de Impacto Ambiental), o que esfriou a situação.

A questão vai além: no final de outubro, Carey voltou a entrar em contato com a organização do autódromo de Interlagos no mesmo momento em que encerrava o prazo de 45 dias para que a Rio Motorsports, "detentora" dos direitos da F1 a partir de 2021, realizasse as garantias financeiras estipuladas na minuta.

Bom ver que a F1 saiu da fantasia e entrou na realidade. Agora só falta finalmente entender que essa Rio aí não vai pagar nada, mas aí é uma outra conversa.

... COM SUAS ORELHAS TÃO FARTAS

Foto: Autosport.pt

Toto Wolff, apesar de todo o drama, vai continuar como chefão da Mercedes até o fim de 2021. Ele confirmou a informação para a emissora austríaca ORF.

Alegando cansaço e saúde debilitada, o alemão disse que gostaria de estar num cargo na equipe alemã onde não precisasse viajar tanto. 

Apesar de começar a procurar substitutos, essa é uma decisão para o longo-prazo. Enquanto ele e a equipe não encontram o candidato ideal, Toto vai seguir desempenhando suas funções normalmente.

“Quando chegar a hora certa, vou continuar em outra função. Como acionistas, precisamos pensar no que é melhor para a equipe. Agora não é a minha hora de ir embora porque ainda não encontramos ninguém a quem eu possa entregar o bastão.

Estou ocupado tentando encontrar o melhor homem ou mulher para me suceder. Se tiver sucesso, posso assumir uma nova função. Sempre achei que não deveria ir de muito bom para bom, porque então alguém estaria mais apto para assumir. Sinto que ainda posso dar uma contribuição, mas quero pensar no futuro sobre como eu quero a estrutura da equipe no futuro.

Acho que vou ficar por mais um ano e vou de fato continuar como chefe de equipe. Acho que os próximos dois anos podem ser uma situação interessante e, enquanto estiver curtindo, quero seguir fazendo isso.

Sei que terei de treinar lentamente meu substituto, e ele poderá trabalhar ao meu lado no ano que vem. Depois, talvez dirija [a equipe] em paralelo por um ano e, depois, assisto às corridas da TV em casa", afirmou.

O drama também serve para valorizá-lo, seja lá para qual desafio Toto queira ir no futuro. Ir para casa talvez seja um desejo primário de descanso, mas pessoas como ele não vão aguentar ficar no sofá se coçando por muito tempo. Essas pessoas vivem por desafios estabelecidos e alcançados. Enquanto a Mercedes não perder a hegemonia, essa chama vai continuar em fogo baixo. Imagina se a Mercedes perde? O papo de ir para casa vira balela.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 292 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 197 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 162 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Renault) - 95 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 85 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 82 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 69 pontos
8 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 65 pontos
9 - Alexander Albon (Red Bull) - 64 pontos
10- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 63 pontos
11- Lance Stroll (Racing Point) - 57 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 40 pontos
13- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 26 pontos
14- Sebastian Vettel (Ferrari) - 18 pontos
15- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 10 pontos
16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 4 pontos
17- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 4 pontos
18- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
19- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 479 pontos
2 - Red Bull Honda - 226 pontos
3 - Renault - 135 pontos
4 - McLaren Renault - 134 pontos
5 - Racing Point Mercedes - 134 pontos
6 - Ferrari - 103 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 89 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 8 pontos
9 - Haas Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO