quarta-feira, 11 de março de 2020

GUIA F1 2020: PARTE 2

Foto: F1

Estamos de volta. Ontem, mostramos as cinco melhores equipes do ano passado. Agora, voltamos com o restante. O que esperar deles para 2020?

SCUDERIA ALPHA TAURI HONDA

Foto: RaceFans
Pilotos: Pierre Gasly (#10) e Daniil Kvyat (#26)
Chefe de equipe: Franz Tost

A Toro Rosso repaginada é a grande novidade do ano. Tecnicamente, é uma equipe estreante. O mais estranho é que isso acontece após a finada Toro Rosso ter alcançado seus melhores resultados na F1. Tudo bem que nenhum deles venceu, mas Kvyat e Gasly foram para o pódio. Os dois rejeitados prometem uma dupla equilibrada. Se continuarem mostrando que ainda existem dois bons pilotos para somar o máximo de pontos possível, a Alpha Tauri vai estar em boas mãos. Do contrário, Helmut Marko pode contar com o brasileiro Sette Câmara quando se cansar deles, o que não é inédito.

BWT RACING POINT F1 TEAM

Foto: Motorsport.com
Pilotos: Sérgio Pérez (#11) e Lance Stroll (#18)
Chefe de equipe: Otmar Szafnauer

Com mais dinheiro, a eficiente estrutura dos tempos de Force India fizeram com que a Racing Point fizesse um bom carro e lançado na pré-temporada sem pressa, sem sustos, o que é fundamental. O resultado desse trabalho competente é promissor: para muitos, hoje é a quarta força da F1. O problema é que a equipe só tem um piloto, porque o outro é o investidor, quem paga a conta. Ao menos é uma grana bem gasta. A Racing Point promete.

ALFA ROMEO RACING ORLEN


Foto: Divulgação

Pilotos: Kimi Raikkonen (#7) e Antonio Giovinazzi (#99)
Chefe de equipe: Frederic Vasseur
Títulos de pilotos: 2 (1950 e 1951)
Vitórias: 10
Pole Positions: 12
Voltas mais rápidas: 14

O que escrever sobre a Alfa Romeo? Vai brigar pelo pelotão intermediário. Com Raikkonen batendo o recorde de Rubinho e Giovinazzi buscando afirmação, me parece que as coisas serão iguais, ou seja: bem irregulares.

HAAS F1 TEAM

Foto: Divulgação

Pilotos: Kevin Magnussen (#20) e Romain Grosjean (#8)
Chefe de equipe: Gene Haas          
Voltas mais rápidas: 2

Sem dinheiro, carro ruim e dois pilotos que não ajudam, parece que o grande papel da Haas atualmente é servir de entretenimento para a série da Netflix. No entanto, com os resultados esportivos em decadência, essa pode ser a season finale. Gene Haas já avisou: se as coisas não melhorarem, ele pode deixar a categoria. Não vai mais gastar para ficar na rabeira, e sem patrocínio então... o panorama não é nada animador.

RoKIT WILLIAMS RACING

Foto: RaceFans
Pilotos: George Russell (#63) e Nicholas Latifi (#6)
Chefe de equipe: Claire Williams
Títulos de pilotos: 7 (1980, 1982, 1987, 1992, 1993, 1996 e 1997)
Títulos de construtores: 9 (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997)
Vitórias: 114
Pódios: 312
Pole Positions: 128
Voltas mais rápidas: 133

Pior do que tá não fica. Latifi com os dois braços é igual ao Kubica com um só. A Williams andou bastante e não atrasou o lançamento do carro. Só por isso é possível apontar que pelo menos vai dar pra brigar pela penúltima fila, mas nada além disso. O problema ali é de comando. Claire Williams não está capacitada para o cargo. É uma figura que parece apática, sem liderança, sem pulso... ao menos a Williams sobrevive, mas não sei até quando.

Agora é só esperar o início dos treinos livres em Melbourne, isso se o pânico pelo Coronavírus não cancelar tudo de vez.

Até!


terça-feira, 10 de março de 2020

GUIA F1 2020: PARTE 1

Foto: Reprodução

E já é semana de retorno da Fórmula 1, por mais que nem pareça muito. O coronavírus, série na Netflix e o clima de ansiedade para 2021 deixaram tudo em segundo plano. Mas, voilà, vamos mostrar quem são aqueles que irão disputar essa temporada. Spoiler: não mudou quase nada, apenas um ou outro e uma equipe.

MERCEDES-AMG PETRONAS F1 TEAM


Foto: Reprodução

Pilotos: Lewis Hamilton (#44 - Atual campeão) e Valtteri Bottas (#77)
Chefe de equipe: Toto Wolff
Títulos de pilotos: 8 (1954, 1955, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019)
Títulos de construtores: 6 (2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019)
Vitórias: 102
Pódios: 211
Pole Positions: 111
Voltas rápidas: 75

O W11 é o grande bicho-papão. Rápido, apresentou poucos problemas nos testes. O DAS, polêmica novidade, mostra o quanto os alemães estão ávidos por inovações e melhoramentos mesmo no último ano de regulamento. São mais favoritos do que nunca, e parece ser apenas questão de tempo para Lewis Hamilton se tornar o maior piloto da história.

SCUDERIA FERRARI

Foto: Reprodução
Pilotos: Charles Leclerc (#16) e Sebastian Vettel (#5)

Chefe de equipe: Mattia Binotto
Títulos de pilotos: 15 (1952, 1953, 1956, 1958, 1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007)
Títulos de construtores: 16 (1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 1982, 1983, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007 e 2008)
Vitórias: 237
Pódios: 765
Pole Positions: 228
Voltas mais rápidas: 253

A Ferrari está sempre em crise. Blefe ou não, a equipe não esconde que o carro precisa melhorar e não descarta jogar a toalha pensando em 2021 se os danos forem irreversíveis. Além do mais, o acordo com a FIA sobre o motor no ano passado revoltou as concorrentes. Na pista, o agora afirmado Leclerc é quem parece ser o cara que vai tentar carregar os italianos nas costas, pois Vettel, no último ano de contrato, pode estar de saída. Ao que tudo indica, será mais um ano na fila para os italianos, mais preocupados com o coronavírus do que qualquer outra coisa.

ASTON MARTIN RED BULL RACING

Foto: Reprodução
Pilotos: Max Verstappen (#33) e Alexander Albon (#23)
Chefe de equipe: Christian Horner
Títulos de pilotos: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)
Títulos de construtores: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)
Vitórias: 62
Pódios: 170
Pole Positions: 62
Voltas mais rápidas: 65

Com Max mais amadurecido e consistente, a Red Bull joga as fichas no motor Honda e na aerodinâmica. Com um desempenho mais satisfatório do que esperava, os exigentes austríacos esperam um passo adiante. Agora, eles contam um piloto promissor e regular para pontuar sempre, o tailandês nascido em Londres Alexander Albon. Sem a Aston Martin para o ano que vem, também não é possível descartar que todas as fichas de Adrian Newey já estejam em 2021.

McLAREN F1 TEAM



Foto: Reprodução
Pilotos: Carlos Sainz Jr (#55) e Lando Norris (#4)
Chefe de equipe: Zak Brown
Títulos de pilotos: 12 (1974, 1976, 1984, 1985, 1986, 1988, 1989, 1990, 1991, 1998, 1999 e 2008)
Títulos de construtores: 8 (1974, 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1998)
Vitórias: 182
Pódios: 486
Pole Positions: 155
Voltas mais rápidas: 155

Com um pódio depois de sete anos, a McLaren surpreendeu a todos ao se firmar como a quarta força no ano passado. Com Sainz soberbo e Norris cada vez mais promissor, o desafio é seguir evoluindo. É difícil chegar em Red Bull ou Ferrari, portanto o objetivo principal é se manter competitivo e tentar brecar o avanço de Racing Point e Renault, as principais adversárias do ano.

RENAULT F1 TEAM

Foto: Reprodução
Pilotos: Daniel Ricciardo (#3) e Esteban Ocon (#31)
Chefe de equipe: Cyril Abiteboul
Títulos de pilotos: 2 (2005 e 2006)
Títulos de construtores: 2 (2005 e 2006)
Vitórias: 35
Pódios: 100
Pole Positions: 51
Voltas mais rápidas: 31

Com passos mais lentos do que investe, a Renault é sempre uma incógnita. Grande decepção dos últimos anos, parece estar perdida. Apesar de ter um grande piloto e um jovem promissor de volta, é difícil apontar alguma coisa. A briga é particular com a McLaren pela quarta força, e qualquer coisa menos do que isso será mais fracasso ainda.

Voltamos amanhã com o restante das equipes.

Até!

UM PASSO ADIANTE?

Foto: Reprodução/Veja
Sérgio Sette Câmara teve uma semana movimentada. Foi para Marrakech fazer o teste dos jovens pilotos da Fórmula E. Ficou em segundo e fechou com a Dragon para piloto de testes. Um prenúncio de algo estaria errado. Trocar a F2 para ser reserva da Fórmula E?

Na sequência, o brasileiro anunciou que não fazia mais parte da McLaren, onde ele foi piloto reserva no ano passado. Parecia lógico. Se vai para a Fórmula E, não há mais sentido em ficar no time de Woking. Até aí tudo bem. Estaria o filho do presidente do Galo desistindo do sonho da Fórmula 1 e experimentando outras categorias? Chegou até a sondar a Indy...

Na segunda-feira, um anúncio surpreendente. Sérgio está de volta a academia da Red Bull, onde ficou em 2016 e foi dispensado depois de uma F3 Europeia não muito boa. A exemplo de Alexander Albon, que também foi e voltou, além do próprio Daniil Kvyat.

Sette Câmara é o piloto reserva da Red Bull e Alpha Tauri. Vai utilizar o simulador das duas fábricas (Milton Keynes e Faenza) e também vai estar presente nos circuitos caso seja necessário substituir alguns dos pilotos em algum caso excepcional. O outro reserva é Sebastien Buemi, mas convenhamos, é apenas protocolar, pois está envolvido com a Fórmula E.

Essa substituição pode ser a qualquer momento, afinal Helmut Marko não costuma ter paciência com seus pimpolhos. No entanto, por enquanto isso parece improvável, pois Kvyat e Gasly conseguiram pódio com a finada Toro Rosso. É bom não vacilar. Agora o brasileiro está ali, com os pontos necessários para a SuperLicença, pronto para o que der e vier.

Sérgio explicou que a F2 tornou-se desinteressante para ele depois de três temporadas seguidas correndo nos mesmos lugares e, com a Super Licença, não faria sentido. Seria melhor testar novas coisas. Bem, não deixa de ser exótico ser piloto reserva de uma equipe de Fórmula 1 e da Fórmula E. É aquilo: ao menos há mais de uma porta para ele poder entrar...

Diante disso tudo, Sérgio Sette Câmara está dando um passo adiante no sonho da F1 ao virar piloto reserva da Red Bull/Alpha Tauri ou o fato de não estar em competição e ter a credencial do título da F2, por exemplo, pode fazer com que ele fique de fora da vitrine? O que vai pesar mais?

Agora a F1 tem dois brasileiros na reserva (Pietro Fittipaldi na Haas) e três na F2: Pedro Piquet, Felipe Drugovich e Guilherme Samaia. Que um dia voltemos a ter brasileiros no grid.

Até!

segunda-feira, 2 de março de 2020

BLEFE NO DIVÃ?

Foto: Getty Images
Ah, o discurso... ele pode ser feito de tantas maneiras e com vários objetivos diferentes.

Às vezes, se fala apenas o que o outro quer ouvir, mas também pode ser aquilo que as pessoas não querem encarar, e em muitos casos isso é uma terceira via, pois nem o interlocutor e nem o autor da mensagem falam e escutam o que realmente desejam.

Em meio a ameaça mundial do coronavírus que já cancelou a corrida na China e coloca em risco outros circuitos, o discurso mais interessante até aqui é o da Ferrari, que sempre será o personagem principal do enredo da F1.

A equipe mais famosa, mais popular, com mais fãs... e por isso a mais pressionada, que chega para o 12° ano sem título. Nos últimos anos de pré-temporada, a expectativa era sempre animadora: "agora vai! Vamos bater a Mercedes!". Tempos rápidos e reconhecimento dos rivais sempre tornaram os italianos os bicho-papões de Melbourne, até chegar o choque de realidade. Seja pelo carro ou pelos erros de Vettel, a Ferrari segue num círculo vicioso de equívocos, decepções, cobranças e pressões.

Nesta pré-temporada, no entanto, a pista mostrou outra coisa. Problemas no carro, pouca quilometragem na primeira semana e tempos mais lentos do que Mercedes e Red Bull. Leclerc falando que o carro não está bom, assim como o chefão, Mattia Binotto.

O discurso é sempre perigoso, ainda mais na pré-temporada. Ninguém realmente sabe a condição de cada um. Os pneus, a quantidade de combustível, o acerto aerodinâmico, a característica de cada carro dependendo do estilo de pista e das condições climáticas...

Binotto diz que o carro teve problemas desde o início da concepção e que a Ferrari já precisa correr atrás do prejuízo imediatamente na abertura da temporada. A pressão aumenta. Mais um ano sem taça e sem condições de ser competitivo diante da Mercedes, que até inovou com o DAS? Sério mesmo?

No entanto, esse excesso de sincerídio de Binotto e Leclerc me deixam desconfiado. Colocar a equipe numa condição tão inferior será realmente verdade e o discurso, apesar de ser para a imprensa, é interno, ou existe uma tirada de pressão diante das lições aprendidas nos últimos anos?

O coronavírus é a grande preocupação mundial , mas a pressão e a preocupação no lado de Maranello é constante. Imagina essas duas coisas juntas? É o que está acontecendo agora por lá.

A temporada 2020 começa em 10 dias.

Até!

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

BARCELONA, DIAS 5 E 6: KM

Foto: Getty Images
E acabou a pré-temporada da F1. Mais enxuta que o normal, agora os carros só voltam para a pista daqui duas semanas na abertura da temporada que a princípio está mantida, apesar das ameaças e do medo do coronavírus.

Na quinta, a Ferrari andou na frente, mas o próprio Mattia Binotto reconhece que o trabalho não está bom e que há muito para ser melhorado. Blefe ou não, os italianos já começam na berlinda, para variar. Atrás da Red Bull e com a Racing Point colada? Não acredito no 8 e nem no 80, mas sim no meio-termo.

Hoje, Bottas foi o mais rápido. Ele fez a melhor volta nos seis dias somados. Não diz muita coisa, mas mostra que a Mercedes vai nadar de braçada mais uma vez. Mesmo campeã há muito tempo, foi a única que aparentemente fez uma inovação, o DAS, já banido para o ano que vem.

O resto continua igual. Red Bull/Honda evoluindo, tendo a confiabilidade do motor como grande questão. Racing Point é a grande revelação da pré-temporada, falta confirmar durante o ano, mas os predicados são bons. Renault é uma incógnita, Alpha Tauri também pode evoluir, Alfa Romeo junto da briga e, mais para trás, Haas e Williams, as mais pobrinhas. Pelo menos dessa vez o time da Claire quem sabe pode brigar pelo nono lugar nos construtores. Estou tentando ser otimista.

Na semana que vem, uma tentativa de análise mais aprofundada (ou não) e um post sobre a Ferrari, além de outras novidades, quem sabe.

Até lá, vejam os tempos de ontem e hoje na pré-temporada da Fórmula 1:



Fui!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

BARCELONA, DIA 4: CINZAS

Foto: Getty Images
Depois da folia do carnaval, o retorno.

Pelo jeito não há muitas novidades na pista. Mercedes voando, Red Bull consistente, Ferrari já pressionada e com problemas, Racing Point impressionando e uma briga encarniçada no pelotão intermediário.

Nessa quarta, com os ultramacios, Kubica, reserva da Alfa Romeo, foi o mais rápido. O interessante é que apenas a Haas não revezou os pilotos durante o dia, ou seja, todos foram para a pista.

O que mais chama a atenção nos últimos dias (ou no ano) é o coronavírus. Chegou forte na Itália e até no Brasil. A Ferrari e a Alpha Tauri, cujas sedes estão por lá, começaram a tomar diversas providências. A Alfa Romeo também se preocupa porque lá existem vários membros italianos.

O Bahrein cancelou voos da Itália para lá e o Vietnã, com autódromo pronto, também, além de vários cancelamentos esportivos e as consequências políticas e econômicas de um problema de saúde até então incontrolável.

Obviamente, o risco de mais cancelamentos durante o ano é altíssimo. Com o recorte do esporte, fica claro que acontecer o evento ou não é o que menos importa, mas sim a saúde daqueles que participam, sejam pilotos, mecânicos, comissários, imprensa, torcedores, etc.

Se a temporada dentro da pista promete ser mais previsível do que nunca, os desdobramentos ao redor respondem o contrário.


Confira os tempos do quarto dia de testes em Barcelona:


Até!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

BARCELONA, DIAS 1 E 2: DAS

Foto: Getty Images
E começou a pré-temporada de 2020 (ou 2019 parte 2). Todos os carros na pista e, desde já, com muita quilometragem. Até a Williams andou bastante na Catalunha. Vamos então para os destaques:

Geralmente, nos primeiros testes, a Mercedes faz tempos altos, priorizando a confiabilidade. Bem, desta vez não foi assim. Hamilton e Bottas já fizeram dobradinha logo no primeiro dia, com pneus macios e tudo. Qual será a estratégia? Daqui a pouco voltamos para escrever mais sobre os prateados.

A Ferrari entendeu que tempos de pré-temporada são a mãe da decepção. Desta vez, Charles Leclerc ficou lá no final da tabela. Desde o final do ano passado, surgiram notícias de que o novo carro teve problemas de desenvolvimento no túnel de vento e que isso acarretou em perda de tempo e de desempenho. É a Ferrari correndo atrás do prejuízo ou um blefe reverso?

Outra coisa que chamou a atenção foram os carros que não possuem motor Ferrari com o bico afinado. Muitos estão acusando que a Racing Point é basicamente uma Mercedes B, algo nos moldes Ferrari-Sauber no início do século. A McLaren já chiou, mas os rosinhas andaram bem e já avisaram que irão brigar pelo top 4. Ah, e foi a primeira vez que um projeto foi desenvolvido do zero. Nos últimos anos, pela crise financeira da antiga Force India, existiam muitos atrasos no carro da temporada. Não é o que vemos desta vez.

Racing Point: Mercedes B? Foto: Montagem
Verstappen foi o mais que andou (168), o que definitivamente prova que a Red Bull/Honda está em dia no quesito confiabilidade. Potência? Saberemos. Kubica deu algumas voltinhas pela Alfa Romeo e foi o único piloto de testes a participar da atividade. Os tempos do dia 1:


Hoje, o mais rápido do dia foi Kimi Raikkonen, com os pneus macios da Alfa Romeo. No entanto, esse não é o principal fato do dia.

Pois bem: a Mercedes revelou ao mundo o DAS. O que significa isso? Vou pegar a explicação do Rafael Lopes:

O Dual Axis System (DAS), Sistema de Duplo Eixo em português, "se refere aos movimentos laterais (eixo x no plano cartesiano) e de empurrar e puxar (eixo y). A novidade permite que o piloto mude o alinhamento das rodas dianteiras nas retas. A ideia é diminuir a perda de temperatura nos pneus nos trechos de aceleração plena. Nas curvas, ele volta ao normal."

Ou seja: Hamilton e Bottas movimentam o volante para a frente e para trás durante as retas, retornando a posição original nas curvas. Mas qual o ganho disso?

A Mercedes não fez uma explicação completa sobre o sistema, mas o DAS auxilia na manutenção da temperatura dos pneus, que cai durante as retas. O dispositivo, a princípio, não é algo aerodinâmico, o que seria proibido pelo regulamento. Os alemães garantem que a FIA está ciente do recurso e que não há nada ilegal mas, todos sabem, as decisões da FIA sobre regulamentos não são somente esportivas. Várias vezes algo que era legal virou ilegal da noite para o dia.

Pulo do gato ou não, esse dispositivo pode ser a garantia definitiva do domínio da Mercedes por mais um ano e certamente será palco de muitas discussões e de muitas manchetes durante o ano.


Na pista, dessa vez as flechas de prata priorizaram o ritmo de corrida e confiabilidade, pois Hamilton (9°) e Bottas (13°) ficaram na rabeira da tabela. Sérgio Pérez confirmou os testes promissores da Racing Point ao ficar em segundo. A Ferrari novamente foi tímida com Leclerc e Vettel. Todo mundo apresentando quilometragem alta. A Renault, que foi a que menos andou, fez 92 voltas. A Haas de Grosjean fez 158 voltas.

Foto: Getty Images


Resumindo: a Mercedes - com volante móvel ou não - vem forte. A Ferrari esconde o jogo, a Red Bull parece promissora e a Mercedes B Racing Point quer ser a melhor do resto do pelotão.

Amanhã tem o terceiro dia de testes.

Até!