sexta-feira, 20 de outubro de 2017

GP DOS EUA - Programação

O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:39.347 (Red Bull, 2012)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:34.999 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maiores vencedores: Michael Schumacher (2000, 2003, 2004, 2005 e 2006) e Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015 e 2016) - 5x

ESTREANTE SAINZ PREVÊ GRANDE DESAFIO PARA SE ADAPTAR AO R.S.17

Foto: Divulgação
Não é muito comum na F1 atual um piloto trocar de equipe na mesma temporada. Pois bem, é o caso do espanhol Carlos Sainz. Depois de quase três temporadas na Toro Rosso, ele acabou acertando sua transferência para a Renault, a princípio somente para o ano que vem. Entretanto, com a demissão de Jolyon Palmer da equipe francesa após o GP do Japão, Sainz foi chamado para estrear pela nova equipe ainda esse ano, em Austin.

Pegar um carro diferente no final da temporada é uma clara situação de desvantagem para o espanhol. As coisas pioram quando se tem como vizinho o consistente alemão Nico Hulkenberg, bastante elogiado por Sainz, que disse estar ansioso para se adaptar ao novo carro e aos engenheiros.

“Estou muito animado por me unir à equipe e espero começar com o pé direito. Temos trabalho duro pela frente em Austin, com muitas coisas a aprender e muitas pessoas a conhecer. Vou dar tudo para estar no ritmo o quanto antes possível, ainda que saiba que pode levar algum tempo para me adaptar, mas confio que podemos fazê-lo”, afirmou Sainz em prévia divulgada pela Renault nesta segunda-feira (16).

Sainz também disse esperar muitas batalhas na pista com o novo companheiro de equipe e espera que os dois alçem a Renault rumo ao topo da F1 nos próximos anos. Estou muito ansioso para trabalhar com Hülkenberg. Eu o considero um grande piloto e um dos mais talentosos na pista. Ele tem muita experiência na F1, de modo que vou aprender com ele o máximo possível. Talvez possamos ajudar uns aos outros a nos movermos mais acima no campeonato antes do fim da temporada”, complementou.

A animosidade é recíproca. Hulkenberg elogiou seu novo colega, afirmando que o espanhol é "um piloto muito capaz, com um futuro brilhante".


Dois acumuladores de pontos. Consistência é o que não vai faltar para a Renault nos próximos anos. Mesmo que Sainz tenha dificuldades naturais no fim de 2017, ainda assim se sairá melhor que Palmer, ajudando os franceses na briga dos construtores contra a Williams e a própria Toro Rosso, agora ex-equipe de Sainz. Entretanto, não vejo os dois com aquele "algo a mais" para a Renault se transformar novamente em uma protagonista da categoria. Bem, isso é assunto para outro post e bem mais para o futuro hehehe

KUBICA COMPLETA SEGUNDO DIA DE TESTES COM A WILLIAMS

Foto: Reprodução/Twitter
Piloto polonês está utilizando o carro de 2014 da escuderia inglesa nos testes privados. Nessa semana, Kubica completou algumas voltas no circuito de Hungaroring, onde já havia participado de um teste coletivo da F1 no meio da temporada pela Renault, com o carro deste ano. Na semana passada, ele deu algumas voltas em Silverstone. Nas redes sociais, a Williams classificou como "um dia produtivo".

Os testes fazem parte do "vestibular" da equipe de Grove para decidir quem será o companheiro de equipe de Lance Stroll no ano que vem. No caso de Kubica, o objetivo é saber com exatidão as reais condições físicas e clínicas do piloto, afastado da categoria desde um acidente de rali em 2011. O polonês também está utilizando o simulador da Williams. Paul di Resta, o outro candidato a vaga, também testou o FW36 ontem (18).

O estranho dessa questão toda é que os boatos de Kubica diminuíram justamente após esses testes com a Renault, meses atrás. Será que ficou constatado que o polonês não tem condições físicas de guiar um carro de F1? Bom, difícil que essa seja uma justificativa plausível para validar uma possível escolha por Di Resta. Wehrlein corre por fora, atrapalhado pela imposição da Martini em ter ao menos um piloto acima dos 25 anos para participar das campanhas publicitárias (o alemão tem 22). Diante de todas essas incertezas, não parece que seja algo tão improvável a permanência de Massa por mais uma temporada.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 306 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 247 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 234 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 192 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 148 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 111 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 82 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 65 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 48 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 34 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 32 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 540 pontos
2 - Ferrari - 395 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 303 pontos
4 - Force India Mercedes - 147 pontos
5 - Williams Mercedes - 66 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 52 pontos
7 - Haas Ferrari - 43 pontos
8 - Renault - 42 pontos
9 - McLaren Honda - 23 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO






quarta-feira, 18 de outubro de 2017

E POR FALAR EM ESTREIA...

Foto: Motorsport
No último post falamos sobre a estreia inesperada de Brandon Hartley na F1, aos 28 anos. Pegando esse gancho, o blog relembra que já faz uma década (!) que uma certa promessa alemã participou pela primeira vez de uma corrida de F1, justamente nos Estados Unidos.

Era junho de 2007. O então desconhecido Sebastian Vettel estava prestes a completar 20 anos quando a oportunidade apareceu. Piloto reserva da BMW Sauber mas pertencente a Toro Rosso, Seb foi o escolhido para substituir às pressas Robert Kubica, que havia se acidentado gravemente na semana anterior, na corrida do Canadá, e ficaria um tempo afastado. O alemão já havia participado dos treinos livres do GP da Turquia de 2006, mas ainda como piloto reserva. Agora, a chance era real.

Foto: F1 Fanatic
Apesar de inexperiente, Vettel teve uma ótima chance de mostrar suas credenciais. Afinal, a BMW Sauber era a terceira força da já longínqua temporada de 2007, distante da briga polarizada entre Ferrari e McLaren. Ou seja, largar entre os dez primeiros era uma possibilidade concreta e, na melhor das hipóteses, ficar em sexto, atrás do companheiro de equipe, o experiente e compatriota Nick Heidfeld.


A sexta posição quase veio. Vettel largaria em sétimo na sua primeira corrida da carreira, anotando o tempo de 1:13.513 em Indianapólis, quase sete décimos mais lento que Nick Heidfeld, que ficou com a esperada quinta posição (1:12.847). Entre eles, Heikki Kovalainen, da Renault (1:13.308) e dividindo a quarta fila com Seb estava Jarno Trulli, da Toyota (1:13.789). O pole? Um certo Lewis Hamilton, seguido pelo implacável rival Fernando Alonso, com Felipe Massa em terceiro e seu atual parceiro de Ferrari Kimi Raikkonen em quarto.

Foto: F1
A primeira largada de Vettel não foi boa. Pressionado, acabou passando reto na primeira curva e terminou sua primeira volta de corrida na categoria em 11°, atrás de Rosberg. Nick Heidfeld abandonou na volta 56, com problemas na transmissão e Seb conseguiu recuperar algumas posições, conseguindo chegar na oitava posição e marcar seu primeiro pontinho na F1, sendo até então o piloto mais jovem da história a marcar pontos na categoria.


E na briga pelo título, ficou tudo como começou: vitória de ponta a ponta de Hamilton, a segunda na carreira, seguido de Alonso e Massa, na última vez que Indianapólis recebeu a F1. Os Estados Unidos só voltaram a sediar uma corrida cinco anos depois, já em Austin.


Foi a primeira e a única corrida de Vettel pela BMW Sauber. Isso porque na corrida seguinte, na França, Kubica já estava recuperado e retornou para a equipe, com Seb voltando a ser o piloto reserva. Situação que não durou muito tempo porque, menos de dois meses depois, Vettel estreou na Toro Rosso no polêmico GP da Hungria, substituindo Scott Speed, que foi demitido por desavenças com a equipe.

Aí o resto é história.

Gostou? Posso, quando tiver mais tempo, abordar outras "primeiras vezes" de outros pilotos e histórias diferentes.

Até!

terça-feira, 17 de outubro de 2017

NOVO VELHO ESCOLHIDO

Foto: Getty Images
Um velho conhecido do programa de pilotos da Red Bull está de volta, excepcionalmente para uma corrida, a princípio. Não lembra? Não reconhece? Trata-se de Brendon Hartley, neozelandês de 28 anos, será o substituto de Pierre Gasly na Toro Rosso no GP dos EUA e irá formar dupla com Daniil Kvyat.

Hartley ficou apenas dois anos como membro da Red Bull e chegou a fazer alguns testes pela Toro Rosso em 2009, quando quase chegou a categoria. Acabou dispensado em 2010. Desde então, não pilotou mais monopostos e partiu para o endurance, onde foi campeão mundial da WEC em 2015 e venceu as 24 Horas de Le Mans esse ano. Um quase trintão na Toro Rosso, fábrica de talentos e equipe B da Red Bull? Há motivos: bom, isso prova que a academia de pilotos dos taurinos vive uma entressafra, escassa de pilotos jovens, com potencial e confiáveis. Basta ver que Gasly subiu para a F1 porque Kvyat não tinha mais condições. Beneficiado pela mediocridade e a obrigação da FIA em que o piloto obtenha 40 pontos na superlicença em três anos (o título da WEC beneficia Hartley), o russo está de volta sabe-se até lá quando.

Hartley venceu a Le Mans desse ano. Foto: Getty Images
É evidente que quase uma década afastado da F1 irá fazer diferença no desempenho de Hartley, ambientado ao endurance. Entretanto, lembremos de André Lotterer, multicampeão do WEC que se aventurou na F1 em 2014 pela Caterham e largou na frente de Ericsson (tudo bem que o sueco não é lá essas coisas, mas Kvyat também não anda sendo). Quem sabe, se for razoavelmente bem, tenha chances de chegar a ser titular de fato na F1 em 2018, quase trintão e quando menos se esperava. Mesmo que na WEC ele tenha chances de reais de conquistar outro título, a categoria está bastante enfraquecida com as saídas de Audi e Porsche.

Às vezes a F1, tão robótica e monótona, é capaz de surpreender e nos mostrar histórias improváveis de promessas que ficaram longe da F1 e depois retornam mais experientes quando ninguém esperava mais, inclusive o próprio piloto.

Hartley pilotando a Toro Rosso em um teste de 2009. Foto: Getty Images
Curiosidade: Hartley será o nono neozelandês a disputar uma corrida de F1. O último foi Mike Thackwell, então com 34 anos, que correu pela Tyrell o GP do Canadá de 1984. O país tem representantes famosos como o Denny Hulme, campeão mundial pela Brabham em 1967 e o icônico Bruce McLaren, fundador da famosa equipe aquela... além de Chris Amon (falecido no ano passado), Howden Ganley, Graham McRae, John Nicholson e Tony Shelly.

Agora é só aguardar... Até!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

INDEFINIÇÃO

Foto: Sky Sports
E faltando quatro etapas para o fim da temporada, a Toro Rosso está a procura de pilotos não só para 2018 como também para o fim do ano. Tudo porque Carlos Sainz irá se juntar imediatamente para a Renault na próxima etapa em Austin, substituindo o demitido Jolyon Palmer. Com isso, abre-se uma vaga para as próximas corridas. Quem será o parceiro de Pierre Gasly?

Parceiro? Bom, antes de se juntar a Toro Rosso, o francês estava exilado na Super Fórmula do Japão, onde é vice-líder. Acontece que, no final de semana da corrida dos Estados Unidos também será disputada a última etapa da categoria nipônica. As informações que chegam é que foi recusada a participação de Gasly na F1, o que obrigaria a escuderia de Faenza procurar dois pilotos para disputar o GP dos Estados Unidos daqui duas semanas.

Um dos nomes seria o retorno de Daniil Kvyat, recém chutado da equipe e que, pasmem, pode retornar a titularidade do time no ano que vem, dada a escassez de talentos da academia de pilotos da Red Bull. Ou seja, é preferível manter o russo, que vem em um péssimo momento, do que apostar em algum nome tipo Sean Gelael, que participa de algumas sessões de treinos livres durante o ano. Outro nome, o japonês Nobuharu Matsushita, não tem pontos suficientes na Super Licença para pilotar um F1.

Eis então que a imprensa especializada vem especulando um terceiro nome: o recém campeão da Indy Josef Newgarden. Uma corrida nos Estados Unidos e com a presença do atual campeão da principal categoria do país poderia acarretar em mais público e engajamento dos fãs das duas categorias, a exemplo do que aconteceu com Alonso e a Indy, obviamente em menor escala. Bom, não quero estragar o barato, mas na única vez que um campeão da Indy pilotou pela Toro Rosso o desfecho não foi positivo para o piloto, não é Bourdais?

Bom, nos próximos dias teremos o desenrolar dessa questão um tanto quanto bizarra na atual F1. Olhem os classificados e mandem seus currículos para Faenza, vai que você não seja contratado?

Até!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

2 + 2

Foto: Getty Images
Não há mais campeonato. A esperança forçada da Malásia foi por água abaixo em Suzuka. A Ferrari, buscando potência, sacrificou a confiabilidade para alcançar os alemães. Isso deu resultados até a metade do campeonato e os italianos começam a pagar o preço da pior maneira possível. Um problema na vela de ignição do motor fez Vettel largar no sacrifício, perder potência, ser ultrapassado facilmente e abandonar o sonho do penta em 2017. As possibilidades são matemáticas. Somente uma hecatombe com a Mercedes e Hamilton seriam capazes de dar uma nova esperança para Seb.

Uma pena que campeonato que estava emocionante e que parecia ser decidido apenas em Abu Dhabi tenha um desfecho tão precoce. Com 59 pontos de vantagem, a tendência é que Lewis aumente nas próximas provas. Apesar da onda de azares da Ferrari, ainda acho improvável que Hamilton seja tetra já em Austin, daqui duas semanas. Possivelmente o título está agendado para a Cidade do México, no dia 29.

Foto: Getty Images
Apesar de ter vencido de ponta a ponta, Hamilton foi ameaçado por Verstappen, o terror da F1, que ficou no seu cangote durante toda a prova. Primeiro, Bottas serviu de escudeiro durante a prova para fazer o holandês perder tempo no tráfego. No fim da prova, foi a vez de os retardatários Massa e Alonso, que brigavam pelo décimo lugar, "ajudarem" Hamilton e impedirem Max de um ataque final. O próprio holandês admitiu que era muito difícil fazer algo além. Suzuka é difícil de se ultrapassar. Ricciardo, o consistente, completou o pódio. De certa forma, foi ajudado pela direção de prova, que optou por um Virtual Safety Car após o abandono de Stroll, impedindo a aproximação de Bottas, que chegou perto na quarta posição.

Raikkonen, o burocrático, chegou em quinto. Uma boa corrida de recuperação, mas ainda muito aquém do nível de Vettel na Ferrari, assim como o compatriota na Mercedes. A dupla da Force India conseguiu acumular mais pontos, com Ocon em sexto e Pérez em sétimo. O mexicano quis se assanhar para atacar o francês, mas a equipe disse "não", tendo em vista o retrospecto recente de ambos. A dupla da Haas também teve um bom desempenho e conseguiram pontuar juntos, uma raridade. Boa corrida de Magnussen, o oitavo, e Grosjean, o nono. Massa lutou para conquistar seu pontinho, também um resultado aceitável para a Williams.

Foto: Getty Images
Hulkenberg perdeu a chance de fazer bons pontos ao ter um problema em sua asa móvel. E, como sabemos, se o alemão não pontua, a Renault também não pontua. Por isso que resolveram demitir Palmer antes do fim da temporada, o que era até especulado nos últimos meses. Com isso, Carlos Sainz, que bateu logo na primeira volta, já irá assumir o cockpit francês na próxima corrida, em Austin. Em um efeito dominó, Kvyat (!!) estará de volta a Toro Rosso, fazendo dupla com Gasly, simulando o que virá por aí em 2018 provavelmente, ainda sem o motor Honda.

A cara de Vettel na foto diz tudo. A briga pelo título na F1 chegou no anticlímax. Faltam menos de três semanas para o fim da temporada. Tudo está tão claro, como dois e dois são quatro, digo, é tetra.

Confira a classificação final do GP do Japão:


A Fórmula 1 retorna daqui duas semanas no Grande Prêmio dos Estados Unidos, que será realizado nos dias 20, 21 e 22 de outubro. Até lá!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

NO DETALHE

Foto: Reprodução
E nesse esquenta para o qualyfing do Grande Prêmio do Japão, serei sucinto. Até porque não teve muita coisa.

No único treino que dá para comentar algo, a Ferrari de Vettel foi a mais veloz. Entretanto, Ferrari, Red Bull e Mercedes estão muito próximas uma da outra, e isso merece dar muita atenção para o disputado GP disputado no veloz traçado de Suzuka e difícil de se ultrapassar. Portanto, o qualyfing pode fazer a diferença e será decidido no detalhe.

Na chuva, as coisas ficam mais embaralhadas ainda. No segundo treino livre, apenas cinco carros marcaram voltas rápidas. Hamilton liderou, mas não dá para avaliar muito, a não ser que tudo fica mais incerto do que nunca. Vettel disse que tem condições para vencer as cinco provas restantes. Não duvido disso. A Ferrari mostrou em Cingapura, na Malásia e agora dá indícios no Japão.

Foto: Getty Images
Os fatos do dia foram a forte pancada de Carlos Sainz no TL1 e Bottas ter trocado o câmbio, o que lhe irá custar cinco posições no grid e um a menos no caminho entre Hamilton e Vettel. Sainz saiu do grampo da curva 11 quando mordeu a zebra, perdeu a traseira do carro e foi projetado com força conta a barreira de proteção. Apesar da destruição no carro, o espanhol nada sofreu. O problema é que Sainz terá de pagar 20 posições de punição pela troca de diversos componentes do motor (6º MGU-H, 5º motor a combustão e 5º turbo).

Se em condições normais está tudo embaralhado, imagina com uma chuvinha no treino e/ou na corrida? Vai ser de arrepiar!

Até!

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

GP DO JAPÃO - Programação

O Grande Prêmio do Japão foi disputado pela primeira vez em 1976, em Fuji. Foi disputada novamente em 1977 e ficou fora da categoria por 10 anos, até retornar com a pista de Suzuka em 1987. Desde então, o Japão sempre sediou um GP por ano na Fórmula 1.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:31.540 (McLaren, 2005)
Pole Position: Felipe Massa - 1:29.599 (Ferrari, 2006)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004)

FALHAS DA FERRARI IRRITAM MARCHIONNE

Foto: Getty Images
O fato de a equipe ter desperdiçado duas vitórias quase certas em Cingapura e na Malásia irritou o chefão Sergio Manchionne.

- Nossos dois carros poderiam ter vencido a corrida de ontem. Isso é um fato. Poderia ter sido o mesmo em Cingapura, isso é outro fato. Outro fato é que nós tivemos problemas com os nossos motores porque temos um time novo cuidando dessa área, mas também por termos algumas peças que não estão no nível certo para um carro de corrida - comentou para o jornal italiano "La Gazzetta dello Sport".
O mandatário também disse que irá tomar providências nos setores responsáveis pela unidade de potência do SF70H.

- Estamos mexendo agora na parte de produção, mas também promovendo algumas mudanças na nossa organização. Ter esse problema na corrida nos deixou bem bravos. Não é um problema tão grande quando um defeito desses acontece na fábrica, durante os testes, mas é muito feio quando você está no segundo lugar do grid e simplesmente não consegue largar - finalizou.

O presidente da Ferrari costuma fazer várias alterações durante o ano. Ele cobra bastante, assim como a caótica imprensa italiana, que deseja a cabeça de Maurizio Arrivabene em uma bandeja desde o ano passado. Uma questão interessante: o fato de a Ferrari ter a necessidade de ser a pole, andar na frente e vencer não fez com que a equipe desse tudo de si e ficasse propensa a falhas como essa?


O que parece claro, no entanto, é que o conjunto da Ferrari é mais frágil que o da Mercedes, e essas falhas estão causando uma desvantagem enorme no Mundial de pilotos. Para que Vettel conquiste o penta, isso deverá ser equacionado com urgência. Ah, e ter um pouco mais de sorte também, por que não?

HORNER COMPARA VERSTAPPEN A VETTEL

Foto: Getty Images
O chefão da Red Bull, que trabalha com um e já trabalhou com outro, pontuou similaridades entre os dois como piloto, apesar de suas personalidade serem bastante distintas.

Ao Motorsport, Horner afirmou que “Sebastian era muito forte sob grande pressão, e Max também tem essa habilidade. Ele estava muito tranquilo liderando a corrida. Ele era o cara mais tranquilo de todos.”

O dirigente complementou dizendo que “é possível ver que, sob pressão, ele realmente entrega em um nível altíssimo, e suas performances neste ano, especialmente aos sábados, têm sido muito impressionantes.”

No final, Horner também se disse satisfeito com Daniel Ricciardo e afirmou que a Red Bull está muito bem servida de pilotos.

Palavra de quem entende. No início da carreira, Vettel também colecionou alguns incidentes e isso quase lhe custou o título de 2010, por exemplo. Por ser jovem, é normal Verstappen ainda apresentar um comportamento errático. Todavia, o talento dos dois estão ali. Talvez por isso Vettel respeite demais o holandês. O enxerga como uma ameaça para o futuro, quando a Red Bull for capaz de brigar pelo título.


A diferença, é claro, é que Vettel já está estabelecido e não precisa provar mais nada. Verstappen ainda tem uma nuvem de desconfiança que paira sobre sua cabeça e precisará lidar com isso nos próximos anos até que conquiste seus títulos mundiais. Cada um no seu estilo, ambos são pilotos espetaculares e extremamente competitivos. Rivalidade para o futuro?

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 281 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 247 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 222 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 177 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 138 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 93 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 76 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 57 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 48 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 33 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 32 pontos
13- Romain Grosjean (Haas)-  26 pontos
14- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
15- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 503 pontos
2 - Ferrari - 385 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 270 pontos
4 - Force India Mercedes - 133 pontos
5 - Williams Mercedes - 65 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 52 pontos
7 - Renault - 42 pontos
8 - Haas Ferrari - 37 pontos
9 - McLaren Honda - 23 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO: