segunda-feira, 30 de julho de 2018

NA FRENTE

Foto: Getty Images
Lewis Hamilton vai desfrutar de suas merecidas férias de verão com 24 pontos a frente de Sebastian Vettel na disputa para ver quem será o terceiro piloto da história a ser pentacampeão mundial de F1. Tudo isso graças a uma vitória que se avizinhava improvável na Hungria - a sexta em Hungaroring -, oriunda de uma pole excepcional no chuvoso treino de sábado.

Na corrida, bastou Lewis guiar de ponta a ponta sem sustos para vencer pela quinta vez na temporada. Os escudeiros de Ferrari e Mercedes optaram por estratégias diferentes para tentar atrapalhar os candidatos ao título de cada rival. Enquanto Hamilton disparava, Raikkonen parou cedo para colocar os pneus macios, o que forçou Bottas a parar logo depois, enquanto Vettel fazia um stint longo.

Com pneus desgastados, Bottas não resistiu aos ataques de Vettel e acabou sendo ultrapassado. Provavelmente sem tração, bateu na Ferrari do alemão e danificou a asa dianteira de sua Mercedes. Incidente de corrida que poderia ter comprometido Seb. Raikkonen passou na sequência e Bottas, sem ritmo e pneus, foi atacado por Ricciardo (largou em 12° e foi o grande piloto do dia). O finlandês jogou o carro no australiano, que mesmo assim o passou facilmente nas voltas finais para fechar com chave de ouro a sua grande atuação. Como "recompensa pela atuação", Toto chamou o #77 de "bom escudeiro". Claro que o finlandês ficou puto, mas a verdade é essa, assim como para o compatriota da Ferrari.

Foto: Reuters
A outra Red Bull, de Verstappen, abandonou logo no início. Não faltaram palavrões para criticar o motor Renault. Fim de casamento bem melancólico entre os dois. O clima já é horrível há tempos - desde 2015 - mas agora as coisas ficam cada vez mais escancaradas, como todo o fim de parceria - lembram-se da McLaren com a Mercedes em 2014? O motor francês quebra muito, e não é só com os taurinos - é com a própria equipe principal também.

Pierre Gasly foi o melhor do resto. Grande sexto lugar do francês. Foi apenas a terceira vez que ele pontou no ano, mas quando o faz é sempre em grande estilo (quarto no Bahrein e sétimo em Mônaco). Em pistas de baixa, o chassi parece se comportar bem. Ainda falta potência para a Honda, mas a confiabilidade tem sido um ponto positivo nessa temporada. Alonso dessa vez conseguiu tirar um coelho da cartola e garantiu um belo oitavo lugar para a McLaren, que também poderia ter Vandoorne no top 10, mas o belga abandonou com problemas. Parece ter reagido. Sainz e Grosjean fecharam a zona de pontuação.

A corrida não foi muito animada, como é normal da Hungria. Agora, resta saber é como Vettel e a Ferrari irão reagir a esses 24 pontos de desvantagem na reabertura da temporada, em Spa Francochamps. No entanto, o que vai pegar fogo no próximo mês são as especulações - algumas começam a se confirmar, outras são apenas fofocas - para a próxima temporada.

Confira a classificação completa do GP da Hungria:




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