segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

ANÁLISE FINAL DA TEMPORADA 2017 - Parte 2

Foto: Getty Images
Fala, galera! Segunda e última parte da análise final da temporada 2017 da F1. Agora, vamos ver como foi o ano das equipes restantes: Renault, Toro Rosso, Haas, McLaren e Sauber.

RENAULT

Foto: Motorsport
Nico Hulkenberg: Nota 7,5

Hulk tem sido mais do mesmo: acumulador de pontos. Estreando em um carro inferior ao que estava, chegou a capengar em alguns momentos e praticamente conduziu sozinho a equipe francesa durante os construtores até a chegada de Sainz nas etapas finais. Será um embate interessante entre a juventude espanhola e a experiência alemã em um ambiente francês. A essa altura da carreira, a única coisa que Nico sonha é com um pódio na categoria. Até Stroll conseguiu logo na estreia... seria uma grande sacanagem do destino sair da F1 assim depois de tanto tempo na categoria. Um novo Nick Heidfeld.

Jolyon Palmer: Nota 5,5

Fazia hora extra na F1 nesse ano. Entretanto, sempre fico mal quando um piloto é desligado da equipe antes do final da temporada. Palmer conseguiu essa proeza depois de apenas pontuar em Cingapura e sendo inútil aos franceses na disputa direta com a Toro Rosso pelo sexto lugar nos construtores. Sempre mais lento que Hulk (perdendo em todos os treinos) e cometendo inúmeros erros, claramente se mostrou insuficiente para estar na F1. Que seja feliz em outras categorias.

TORO ROSSO
Foto: Getty Images
Carlos Sainz: Nota 7,5 (correu pela Renault as quatro etapas finais)

Um piloto em constante evolução, entregando o máximo que pôde com uma Toro Rosso que sofre há anos com a falta de melhorias do carro durante o decorrer do ano. Diante de uma forte concorrência na Red Bull, bateu o pé e conseguiu ser emprestado para a Renault ainda esse ano, onde terá um grande duelo contra Hulkenberg. Para a equipe satélite dos taurinos, resta a dúvida: o que será deles com dois pilotos inexperientes e com o fraquíssimo motor Honda? Oremos, já dizia Cláudio Cabral.

Daniil Kvyat – Nota 5

Em dois anos a carreira do russo foi do topo para o pré-sal. As atuações lamentáveis continuaram e não restou outra alternativa para Helmut Marko a não ser demiti-lo por duas oportunidades, agora definitivamente. Confesso que é uma coisa que me intriga até hoje o que aconteceu nesse meio tempo: uma queda técnica, psicológica, as duas. As respostas parecem ao mesmo tempo óbvias e misteriosas. Bom, o melhor para a mente desse jovem russo é respirar outros ares, porque a F1 detonou com seu psicológico.

Pierre Gasly e Brendon Hartley – Sem nota. Disputaram poucas corridas para ser feita uma mínima avaliação.

HAAS

Foto: Essaar
Romain Grosjean – Nota 6,5

O segundo ano da Haas na F1 seria naturalmente complicado. Ainda sem a verba da FIA e com o crescimento das concorrentes, restou superar apenas a McLaren e a Sauber. Depois de um início espetacular na equipe ano passado, Grosjean caiu bruscamente de rendimento. Com um problema aparentemente “incorrigível” nos freios desde então, o francês sofre para conseguir bons resultados. Ainda assim, fez mais pontos que o estreante no time Kevin Magnussen. O francês é um dos raros exemplos atuais da categoria de um piloto mediano que se mantém no circo sem precisar de um forte apoiador, e assim será, batendo, reclamando dos freios e conseguindo raras boas corridas pela frente.

Kevin Magnussen – Nota 6

Ficou mais em evidência por mandar o Hulkenberg o chupar do que qualquer outra coisa. Erros e acidentes evitáveis. Para um piloto que pintou tão bem e cheio de cartaz na McLaren, não foi nada bem. É até compreensível, sendo novo na equipe. Entretanto, não vai confirmar o status de promessa que tinha até quatro anos. Tanto ele quanto Grosjean precisam fazer mais para se manter na Haas nos próximos anos, até porque a Ferrari não vai hesitar em colocar Giovinazzi ou outro piloto da academia da Ferrari.

McLAREN

Foto: Red Bull
Fernando Alonso – Nota 7

Com um motor Honda lamentável, Alonso começou seu plano de conquistar as três principais provas do automobilismo.Foi bem na Indy 500, mas acabou sendo novamente traído pelo motor nipônico. Na F1, sem muito o que fazer, tentou pontuar nas corridas que a McLaren poderia se dar melhor: nos circuitos travados. Entretanto, é inegável admitir que os japoneses evoluíram minimamente seus motores, permitindo bons pontos no Brasil e em Abu Dhabi. O chassi do carro é excelente e evoluiu bastante também, provando que “apenas” falta um motor minimamente competitivo para brigar por melhores posições e até pódios, quem sabe. Com uma nova injeção de ânimo, é a última cartada da Fênix para buscar o tão sonhado (e mais distante do que nunca) tricampeonato.

Stoffel Vandoorne – Nota 7

Tiveram a audácia de criticá-lo na primeira metade do ano, com carro horrível. Já estavam dizendo que era só uma promessa que não ia dar em nada. Tenham um pouco de paciência. Vandoorne melhorou demais no segundo semestre e só foi ultrapassado por Alonso na pontuação na corrida de São Paulo. Diante de um companheiro de equipe tão competitivo e faminto por novas glórias, o desafio do belga ano que vem é se manter próximo de Alonso, com uma provável McLaren mais estruturada, que tenha mais condições de brigar pelo top 10 sem os inúmeros problemas de potência da ex-parceira Honda.

SAUBER

Foto: Motorsport
Pascal Wehrlein – Nota 7

Um ambiente competitivo e cercado de egos, dinheiro e interesses com certeza não é um mundo justo. Pascal sabe bem disso. Em um ano, vai de especulado à Mercedes a chutado da F1. Se pontuar com a Manor e a Sauber não bastam, o que será suficiente para mantê-lo em uma equipe? Ser saco de pancadas? Aí é que entra os interesses e o dinheiro, além da falta de carros. Pascal talvez não seja um superpiloto, mas com toda a certeza ele deveria estar entre os 20. Uma grande injustiça, uma ausência difícil de engolir e que espero que seja corrigida imediatamente.

Marcus Ericsson – Nota 5

Foda-se o resultado, o que vale é ter o patrocinador como (ainda) dono da agora Alfa Romeo Sauber. O bom é que fica a impressão de que será o último ano do sueco, pois a Ferrari deve assumir aos poucos todo o controle da equipe suíça outra vez. Nada pessoa, mas alguém que perdeu para todos os companheiros de equipe em 2014 simplesmente não deveria estar na F1. Ericsson é apenas insuficiente, não bate nem comete tantos erros. É sem sal, sem graça, nem é notado na transmissão. Entretanto, tudo isso será coroado com mais um ano sendo sem sal, sem graça... O bom é que, ao que tudo indica, será a última vez.

Bom, esses foram os meus dois centavos sobre o que aconteceu na F1 nesse ano. Nas próximas semanas teremos outros materiais até o fim do ano. Grande abraço!

Até!


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