terça-feira, 20 de março de 2018

GUIA F1 2018 - Parte 1

Foto: Getty Images

Senhoras e senhores, a F1 está de volta! Como sempre, Melbourne terá o prazer de abrir a temporada, que terá a Mercedes em busca do pentacampeonato de pilotos e construtores, a Ferrari tentando sair da fila e a Red Bull tentando encostar e voltar a dominar a F1.

Nesse primeiro post, vamos analisar a pré-temporada das primeiras cinco equipes. Todos sabemos que elas não são definitivas, mas que apontam bons indícios para o decorrer do ano na maioria das vezes. Agora, vamos começar:

MERCEDES GRAND PRIX

Pilotos: Lewis Hamilton (#44 - Atual campeão) e Valtteri Bottas (#77)
Chefe de equipe: Toto Wolff
Títulos de pilotos: 6 (1954, 1955, 2014, 2015, 2016 e 2017)
Títulos de construtores: 4 (2014, 2015, 2016 e 2017)
Vitórias: 76
Pole Positions: 88
Voltas rápidas: 56

Foto: The Week
O comentário geral do paddock é que o W09 evoluiu. Com o comando de James Allison (que projetou o SF70 da Ferrari do ano passado), as flechas de prata resolveram o problema de aquecimento de pneus, o grande calcanhar de Aquiles da última temporada. Hamilton e Bottas elogiaram repetidas vezes o carro durante essas duas semanas. Os tempos não querem dizer muita coisa. Com a pista recapeada e preocupada em fazer longos stints, a Mercedes está sempre escondendo o jogo, e fará isso até o Q2 ou Q3, na madrugada de sexta para sábado. Segue como soberana e favorita ao penta de Hamilton e dos construtores.

SCUDERIA FERRARI

Pilotos: Sebastian Vettel (#5) e Kimi Raikkonen (#7)
Chefe de equipe: Maurizio Arrivabene
Títulos de pilotos: 15 (1952, 1953, 1956, 1958, 1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007)
Títulos de construtores: 16 (1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 1982, 1983, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007 e 2008)
Vitórias: 229
Pole Positions: 213
Voltas mais rápidas: 244

Foto: Motorsport
O grande desafio do SF71 é mostrar-se tão ou mais capaz que o modelo anterior, projetado por profissionais que já deixaram a equipe ainda em 2016. Em busca de potência e competitividade na reta final, as frequentes falhas no carro de Vettel lhe custaram precocemente brigar pelo título. Pelo que deu para ver em Barcelona, o carro é confiável. Os tempos, vocês já sabem, enganam. A grande pergunta é saber: a Ferrari diminuiu a vantagem em relação aos alemães ou foi superada pelos austríacos? Começaremos a saber a partir de quinta-feira.

ASTON MARTIN RED BULL RACING

Pilotos: Daniel Ricciardo (#3) e Max Verstappen (#33)
Chefe de equipe: Christian Horner
Títulos de pilotos: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)
Títulos de construtores: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)
Vitórias: 55
Pole Positions: 58
Voltas mais rápidas: 54

Foto: Motor 1
Os motores Renault seguem inferiores. Os taurinos acompanham de perto o que acontece com a filial Toro Rosso e o início de trabalho com a Honda. Até abril ou maio, terão que definir qual será a nova unidade híbrida da equipe para os próximos anos, visto que os franceses irão parar de fornecer material para uma equipe rival e focar em seus próprios esforços. Dessa vez, Adrian Newey se envolveu desde o início com o projeto, o que é uma brutal diferença. Helmut Marko afirma que o chassi do RB14 é superior ao da Mercedes. Max e Ricciardo parecem confiantes de que estarão na briga agora desde o início. Entretanto, os problemas encontrados em Barcelona trazem muita desconfiança. A Renault não parece ter o mesmo nível de confiabilidade que os motores alemães e italianos, e isso pode fazer a diferença tanto para as corridas quanto para o grid e o limite de três motores por temporada. Aparentemente, os taurinos parecem mais próximos da Ferrari. A questão é saber se o motor francês não irá deixá-los na mão igual nos últimos anos. Qualquer coisa os japoneses estão de olho...

SAHARA FORCE INDIA F1 TEAM

Pilotos: Sérgio Pérez (#11) e Esteban Ocon (#31)
Chefe de equipe: Bob Fernley
Pole Positions: 1
Voltas mais rápidas: 5

Foto: Race Fans
A maior incógnita do grid, dentro e fora das pistas. Sem dinheiro, preocupada com a venda da equipe e a mudança do nome, tudo isso acabou influenciando no desenvolvimento do VJM11. Aliado a isso, o crescimento natural de McLaren e Renault e as surpreendentes Haas e Toro Rosso podem jogar os (ainda) indianos lá para baixo do grid. Material humano não falta. O problema é dinheiro. Os resultados podem melhorar no segundo semestre, pois uma equipe com Pérez e Ocon tem muito talento e capacidade para crescer, quando o dinheiro entrar e a situação interna se resolver. No momento, talvez a Force India esteja a frente apenas da Williams e da Sauber.

WILLIAMS MARTINI RACING

Pilotos: Lance Stroll (#18) e Sergey Sirotkin (#35)
Chefe de equipe: Claire Williams
Títulos de pilotos: 7 (1980, 1982, 1987, 1992, 1993, 1996 e 1997)
Títulos de construtores: 9 (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997)
Vitórias: 114
Pole Positions: 128
Voltas mais rápidas: 133

Foto: Getty Images
Eles merecem tudo isso. Não é surpresa. Nunca saberemos se o FW41 é um carro bom. É o primeiro trabalho de Paddy Lowe com o pessoal de Grove, um projeto totalmente diferente do que era nos últimos quatro anos. Kubica com um braço só anda mais rápido que os titulares. Não é surpresa, todos sabemos. Diante de pilotos inexperientes e despreparados para assumir a titularidade de uma equipe tradicional e relevante, o potencial da Williams é, com boa vontade, desconhecido. Entretanto, nada muito animador. A equipe aos poucos vai regredindo ao período PDVSA: bancado por um piloto, resultados tímidos, fãs insatisfeitos e cada vez menos com a cara de quem é a terceira maior equipe da F1. Com Claire adotando definitivamente os pilotos pagantes, parece ser questão de Frank morrer para que enterrem completamente o seu legado. Penúltima força do grid.

Amanhã, o restante. Até mais!

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