segunda-feira, 12 de março de 2018

CRUELDADE COM WICKENS

Foto: Grande Prêmio
Robert Wickens fazia a um fim de semana perfeito. Foi apenas o terceiro "rookie" da história a estrear na categoria com pole (os outros dois foram Nigel Mansell e Sebastien Bourdais). Na traiçoeira São Petersburgo, o novato liderava com folga. Diante de tantas bandeiras amarelas provocadas pelos vários acidentes, se mantinha na frente, defendendo e recuperando eventuais perdas de posições nas relargadas;

Chegou a penúltima volta. Mais uma bandeira amarela causada pela batida de Max Chilton. Lá se foi a vantagem construída durante toda a prova diante de Alexander Rossi. Relargada. O carro do vencedor da Indy 500 de 2016 escorrega no fim da reta (algo que já havia acontecido com Scott Dixon e Will Power com o próprio Wickens no início da prova), consequência do novo kit Dallara dessa temporada que dificulta os pilotos, que claramente ainda não estão adaptados, causando mais erros. O bólido bate em Wickens que roda e fica pelo caminho. 108 voltas de trabalho em vão. Uma crueldade.

De novo a vitória em St. Pete caiu dos céus em direção a Bourdais, que volta a triunfar depois do sério acidente sofrido na Indy 500. Ao optar por uma parada mais tardia em relação aos ponteiros, se aproveitou dos acontecimentos caóticos da prova para vencer. Graham Rahal, envolvido em um incidente no início da prova, também foi forçando a fazer essa estratégia e chegou em segundo, bem pertinho. Rossi, apesar da presepada no final, garantiu o terceiro lugar.

Foto: Indy Car
Matheus Leist fez um ótimo terceiro tempo com a A.J. Foyt. As expectativas em torno de sua estreia estavam altas. Mesmo com a inexperiência em poupar equipamento e administrar o ritmo de corrida, o gaúcho manteve-se nas primeiras posições, alternando entre a 2a e a 5a posição. Entretanto, um problema eletrônico forçou seu abandono. Ele até tentou voltar para pista para ganhar mais quilometragem e experiência com o carro, mas acabou batendo. Uma pena. O brasileiro tinha tudo para conquistar um bom resultado logo na estreia, mas já deixou uma primeira impressão muito positiva. Tony Kanaan foi o 11° em uma corrida apagada, também prejudicada em uma batida na primeira volta.

Diferentemente do que aconteceria em uma categoria europeia, Rossi não foi punido. Os americanos são diferentes. Para azar de Wickens e sorte de Bourdais. Cruel. A temporada da Indy promete.

118Sébastien BOURDAISFRADale Coyne Honda 110 voltas
215Graham RAHALEUARLL Honda+0.127 
327Alexander ROSSIEUAAndretti Honda+1.518 
45James HINCHCLIFFECANSchmidt Peterson Honda+1.750 
528Ryan HUNTER-REAYEUAAndretti Honda+1.991 
69Scott DIXONNZLGanassi Honda+2.272 
71Josef NEWGARDENEUAPenske Chevrolet+3.384 
810Ed JONESINGGanassi Honda+4.299 
998Marco ANDRETTIEUAAndretti Honda+4.836 
1012Will POWERAUSPenske Chevrolet+6.127 
1114Tony KANAANBRAFoyt Chevrolet+6.518 
1230Takuma SATOJAPRLL Honda+7.401 
1322Simon PAGENAUDFRAPenske Chevrolet+7.990 
1488Gabby CHAVESCOLHarding Chevrolet+9.227 
1521Spencer PIGOTEUACarpenter Chevrolet+1 volta 
1626Zach VEACHEUAAndretti Honda+1 volta 
1719Zachary CLAMAN DE MELOCANDale Coyne Honda+1 volta 
186Robert WICKENSCANSchmidt Peterson Honda+2 voltasNC
1959Max CHILTONINGCarlin Chevrolet+2 voltas 
2023Charlie KIMBALLEUACarlin Chevrolet+3 voltas 
2120Jordan KINGINGCarpenter Chevrolet+3 voltas 
2232René BINDERAUTJuncos Chevrolet+10 voltasNC
2360Jack HARVEYINGMichael Shank Honda+72 voltasNC
244Matheus LEISTBRAFoyt Chevrolet+94 voltasNC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.