terça-feira, 27 de março de 2018

O POSTE MIJANDO NO CACHORRO

Foto: Getty Images
Tava com a ideia de escrever sobre a teoria da conspiração e as coincidências envolvendo o abandono das duas Haas que propiciaram a Ferrari de Vettel tomar a frente do GP de Austrália e vencer, numa suposta "semelhança" ao Cingapuragate de 2008 orquestrado por Renault, Flavio Briatore e Pat Symonds.

Isso não faz nenhum sentido. Primeira corrida da temporada, a Haas com um carro bom e com grandes probabilidades de terminar o campeonato na frente de adversários diretos dos italianos como McLaren e Renault e toda a reputação da única equipe estadunidense da F1, além dos pilotos, engenheiros e mecânicos envolvidos. Bom, Cingapura não parecia ter lógica, mas sinceramente vou pagar de inocente e afirmar que não existem relações nesses casos. E isso não será determinante para o título ou não dos ferraristas, pois ficou claro que as flechas de prata estão com a faca e o queijo na mão para o penta de pilotos e construtores.

Escrito isso, vamos ao assunto do post de hoje. Como era de se esperar, a Williams fez uma corrida deplorável. Tem todo um contexto por volta. O FW41 é completamente diferente dos seus últimos quatro predecessores. O primeiro trabalho de Paddy Lowe, com dois inexperientes ao volante, o que aumenta a probabilidade de não saber qual é a real capacidade desse carro.

Foto: LAT Images
Se a postura de Lowe foi proteger os pilotos após os testes em Barcelona, Lance Stroll resolveu chutar o pau da barraca depois da corrida. E quem vai impedi-lo? Afinal, é o dono da equipe. O canadense disse que a Williams "não estava correndo, mas sobrevivendo". Ora, todo mundo sabe que os pilotos são fracos. Sirotkin durou apenas cinco voltas porque uma sacola de sanduíche entrou nas tomadas de ar do carro e superaqueceu os freios. Mesmo assim, esses dois não darão resultados que os ingleses precisam.

Stroll conseguiu terminar atrás do estreante Leclerc com o pior carro do grid. Analisando esse xilique à la Alonso do menino riquinho, a Williams merece tudo isso. Uma equipe tradicional se render a caprichos de pilotos pagantes e ser cobrado por um deles é muito pouco, apenas o início. A Williams merece se ferrar mais. É o poste mijando no cachorro.

A impressão que fica é que estão aguardando apenas a morte do Frank para enterrar de vez a identidade de uma escuderia que já foi tão vencedora, mas que agora se presta a fazer um papel desses na F1.

Até!

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