sexta-feira, 27 de agosto de 2021

ESTADAS E ESCORREGÕES

 

Foto: Getty Images

No retorno da F1 após três semanas de descanso no ainda verão europeu, Spa Francorchamps mostrou suas armadilhas corriqueiras. Começando pelo clima. No início do dia, a pista ainda estava molhada, apesar de não estar mais chovendo. Naturalmente, com a pista secando, os pilotos foram se arriscando, mas se esqueceram que Spa tem suas particularidades.

Muitos pilotos rodaram na primeira sessão e a chuva voltou no fim. Bottas foi o mais veloz, mas a surpresa foram as Ferraris e também a Alpha Tauri. Boa parte dos pilotos estão utilizando um novo motor. O motivo é simples: Spa é a maior pista da temporada e, portanto, a que mais exige potência dos motores. A má notícia para a Red Bull é que não há como se recuperar dos danos da Hungria. Tudo conspira para uma punição futura, o que pode decidir o campeonato.

Na segunda sessão, a mesma coisa. O tempo ficou firme do final em diante, mas mesmo assim os perigos de Spa sempre estão a espreita. Leclerc e Verstappen bateram. O holandês foi o mais rápido, praticamente empatado com as Mercedes. Resta saber se a traseira danificada no fim da sessão pode influenciar o restante do final de semana.

Ultimamente, Spa tem proporcionado chuva apenas nos treinos e quase nunca nas corridas, um evento curioso. Em uma temporada tão diferente e cheia de alternativas, parece que tudo conspira para que isso possa se repetir no domingo. No entanto, metereologia não é pensamento desejoso, apesar de que uma torcidinha nunca é demais.

Enquanto os carros escorregavam na úmida Spa, o fim da semana trouxe algumas manutenções. Primeiro, o que pra mim é surpreendente, foi a renovação de Alonso com a Alpine por mais uma temporada. Não pelo piloto, claro, mas porque na época do retorno, no ano passado, sempre foi noticiado que o acordo inicial era de duas temporadas. Achei muito estranho esse detalhe mas nada surpreendido com o principal.

Diferente dos últimos anos, a Red Bull resolveu rapidamente o futuro. Mesmo com altos e baixos, Sérgio Pérez será mantido na equipe em 2022. Uma façanha e tanto para quem não é oriundo da fábrica de Milton Keynes. Claro que é uma questão de "não tem tu, vai tu mesmo". A Red Bull não tem nenhum piloto da academia pronto para o rojão e, além do mais, 2022 é ano de novo regulamento. 

A experiência e a manutenção de Checo parece ser uma escolha mais segura. Nunca é demais, também, lembrar que o mexicano, mesmo podendo estar melhor, conseguiu o que apenas Vettel, Webber, Ricciardo e Verstappen conseguiram no time: vencer, mesmo sendo segundo piloto declarado e forasteiro da fábrica de energéticos.

Entre estadas e escorregões, a F1 volta com tudo, num circuito icônico, campeonato equilibrado e autódromo lotado. Existe coisa melhor? 

Confira os tempos dos treinos livres do GP da Bélgica:







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