quinta-feira, 12 de agosto de 2021

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA: Parte 1

 

Foto: Getty Images

Olá!

Depois de 11 corridas em quatro meses, chegamos apenas a metade da temporada! Enquanto pilotos e funcionários descansam no verão europeu e se preparam para a metade final do ano, o blog faz a tradicional análise parcial dos pilotos sobre o que aconteceu na temporada até aqui.

Sem mais delongas, vamos com a primeira parte:


Foto: Getty Images

Lewis Hamilton – 9,0: O início de temporada parecia confirmar que o octa era questão de tempo. No entanto, com a chegada da Red Bull, pouco pode fazer e também acabou cometendo alguns erros. Embora não pareça, Hamilton já é um “veterano”, e alguns pequenos erros podem ser normais, apesar de alguém do currículo dele não estar habituado a isso. Se antes parecia burocrático e conformado, as duas últimas provas mostraram o contrário e nos lembraram porque alguém como Lewis é heptacampeão. Vai precisar estar nesse nível se quiser levantar o oitavo caneco.

Valtteri Bottas – 7,0: Acontece de tudo com o finlandês nessa temporada. Quando não erra bisonhamente, é vítima da própria equipe. Sendo condescendente, é no máximo razoável. Está de saída da Mercedes de forma melancólica. Nesta temporada, onde a Red Bull cresceu de fato, o escudeiro só apareceu para bater nas Red Bull na Hungria. Bottas está de aviso prévio. É difícil pedir ou encontrar motivação para alguém que precisa estar mais preocupado em definir o futuro do que encarar o presente já estabelecido.

Foto: Getty Images

Max Verstappen – 9,5: Verstappen deu um passo adiante. Antes correndo sem responsabilidade, agora o holandês está maduro em meio a primeira disputa real de campeonato. Os infortúnios que aconteceram não foram por sua culpa, pelo contrário. É da natureza selvagem de Max a agressividade e a imposição. Isso será importantíssimo para um possível sucesso no final da jornada, mas também é necessária maturação e equilíbrio, administrando e sabendo como agir conforme a situação.

Sérgio Pérez – 8,0: Uma montanha russa, como seria esperado. O segundo carro da Red Bull é muito complexo. Ninguém se dá bem por lá. Pérez começou devendo mas engrenou nas corridas seguintes, com destaque para a vitória no Azerbaijão e a briga na França. Depois, foi muito mal de novo e está fazendo falta para Max na briga do título. O mexicano foi contratado para isso. O desafio é encontrar esse equilíbrio e tentar ficar o mais próximo possível do holandês. Vai que sobre outra grande oportunidade igual Baku?

Foto: Getty Images

Daniel Ricciardo – 6,0: A decepção até aqui, dado o custo/benefício. É inegável que é um grande piloto, mas até aqui suas melhores atuações foram no máximo burocráticas. O sarrafo é alto porque Norris está fazendo uma temporada quase perfeita. Ricciardo é bastante lento em qualquer característica de circuito e essa é uma faceta que ninguém poderia imaginar. Pelo dinheiro e pela posição que ocupa, Ricciardo precisa reagir imediatamente. Talento não falta, mas é preciso fazer o encaixe.

Lando Norris – 8,5: Tirando Max e Lewis, é o grande nome do campeonato, não a toa é o terceiro colocado, superando Pérez e Bottas. Está perfeito. Ritmo de corrida e razoavelmente rápido nos treinos. Talvez precisa confirmar mais essa parte de agora em diante. Está tirando um “potencial campeão” para nada, como se fosse um mero iniciante. Norris encaixou bem com essa McLaren, que de passo em passo aos poucos volta para as primeiras prateleiras da F1. Se continuar sendo o melhor do resto, já será um passo extraordinário desse piloto que cada vez é mais realidade do que já foi uma promessa.

Foto: Getty Images

Sebastian Vettel – 7,5: O começo foi muito difícil, quase constrangedor. No entanto, Vettel reagiu rapidamente e justificou a contratação feita pela Aston Martin, de onde também é sócio.  Não é o piloto espetacular de antes  mas também não é o que vimos nos últimos dois anos de Ferrari. Com a experiência e aproveitando as oportunidades da pista que aparecem, lembrando os tempos de Toro Rosso, o alemão precisa aliar essas oportunidades com maior regularidade para que elas sejam devidamente capitalizadas.

Lance Stroll – 6,5: Bom, a Aston Martin desse ano é menos do que a de 2020. Natural que o desempenho caía, assim como a comparação com Vettel. Está sendo competitivo e de vez em quando surpreende. Quando a gente menos esperar, vai ter outro pódio. É assim que funciona com o filho do chefe.


Foto: Reprodução/Alpine

Fernando Alonso – 7,5: Também teve um começo complicado. Normal para quem completou 40 anos e estava dois ausente da categoria. Os reflexos e o ritmo desaparecem, ou então demoram para retomar. A partir de Baku, o espanhol retomou a categoria que todos conhecem e culminou na grande disputa com Hamilton na Hungria. Com a Alpine sendo uma quinta ou sexta força, resta a adaptabilidade e combatividade do bicampeão para tentar prosperar, mas está claro que ainda é um piloto de elite.

Esteban Ocon – 7,5: Estava vencendo Alonso, mas aí o espanhol terminou o aquecimento, o levou para águas mais profundas e o francês afogou, por não saber nadar e também por falhas do equipamento. Perder de Alonso, mesmo nessas condições, é normal. No entanto, a vitória da Hungria justifica porque o francês era tão badalado na base. Precisa de mais regularidade. Com a confiança que ganhou, pode muito bem progredir sem sustos e de contrato renovado por várias temporadas.

Essa foi a primeira parte da minha análise. Concorda? Discorda? Comente! Até!


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