segunda-feira, 30 de setembro de 2019

FALTAM 57 PONTOS

Foto: Getty Images
Mais uma vez alguns vão discutir sobre merecimento ou não de alguém vencer uma corrida, o que é tão relativo... uma bobeira da Ferrari + um problema dos italianos e o acaso gerado por isso fizeram com que Lewis Hamilton voltasse a vencer depois de três corridas.

Começamos pela Ferrari. Nunca tinha visto jogo de equipe em largada. Vettel saiu de trás para ultrapassar Hamilton e se defender dos alemães. Também como parte do acordo, assumiria a liderança para depois devolver ao monegasco. Vettel não fez isso e Leclerc reclamou no rádio. No entanto, o alemão abriu cinco segundos de vantagem ao #16 e, portanto, não estava mais rápido. Como contraponto, pode-se dizer que Leclerc jamais teria sido tão amigável na primeira curva se não fosse Vettel ou um acordo. Na Ferrari não há comando. Não é necessário um 1-2 explícito, mas sim uma hierarquia. Há claramente problemas de ruídos ali que só não são piores porque os italianos não são postulantes ao título.

A ideia de devolver a liderança a Leclerc depois dos boxes deu certo, mas ninguém contava que o motor de Vettel fosse para os ares. Mais um problema no potente porém frágil motor italiano. Vettel, para alguns, parou em um lugar ruim de propósito para causar um Safety Car ou seria somente um carma? Enquanto isso, as Mercedes alongavam o stint porque estavam com os médios. Com Vettel fora e com uma distância considerável graças ao Virtual Safety Car, a dupla das flechas de prata aproveitou para parar e voltar fazendo dobradinha. Vettel e Leclerc, uma guerra (nem tão) fria assim.

Apesar de muito mais rápidos no setor 3 e no 1, a turbulência e o rápido desgaste dos pneus macios não permitiu a Leclerc brigar. Ficou empacado atrás de Bottas e teve que se contentar com o terceiro lugar. Mais uma vez o monegasco não conseguiu a vitória após largar na pole. Culpa dele? Talvez. Culpa de Vettel? Talvez. Culpa da Ferrari? Sempre! No entanto, Charles está insuportável, chorão demais para quem está na primeira temporada em uma grande equipe. Imagina quando tiver 5 ou 10 vitórias ou se for campeão do mundo...

Foto: Getty Images
Verstappen com uma Red Bull distante da competitividade em pistas de alta cumpriu o papel de chegar em quarto. No entanto, deve ser frustrante ver toda a atenção da mídia e dos fãs na "nova estrela" e não poder fazer nada, dependendo da boa vontade e trabalho dos nipônicos. Albon, largando dos boxes, conseguiu chegar em quinto ultrapassando todo mundo, principalmente no final da prova, o que é sua especialidade. Já fez mais que Gasly durante todo esse tempo, isso que não pegou pré-temporada ou meses de simulador na preparação.

Sainz é o melhor do resto e voltou a pontuar com uma McLaren, que terá o retorno do motor Mercedes em 2021, mostrando que é definitivamente a quarta força. Pérez vem reagindo junto com a Racing Point e voltando a ser regular entre os 10. Norris também pontuou e teve uma corrida um pouco mais difícil. Foi beneficiado pela patética punição a Magnussen, que ganhou cinco segundos por não voltar pela pista através do caminho que os comissários tinham orientado. Ridículo. Ao menos a Haas voltou a pontuar. Hulkenberg fechou o top 10 na irregular e grande decepção do ano que é a Renault.

Foi interessante a briga entre as duas Toro Rosso, se estranhando durante quase toda a corrida. A Alfa Romeo não se encontrou depois das férias. Vê-los fechando o grid foi estranho. Primeiro grande erro de Russell e Ricciardo se envolvendo em mais um incidente logo na largada. Ele e Grosjean fizeram GIovinazzi de sanduíche. Pior para os dois primeiros e o coitado do francês dessa vez foi a vítima. Ao menos o australiano tá ganhando muita grana pra dar algumas voltinhas em circuitos pelo mundo.

E os Estados Unidos que fizeram tanto esforço para trocar de data com o México na esperança de ver o amigo dos rappers campeão por lá pode ter seus planos frustrados, isso porque faltam apenas 57 pontos para o hexa de Hamilton, que muito provavelmente pode ser conquistado pelo terceiro ano consecutivo no México. No entanto, o mais interessante do momento é a ascensão ferrarista e a disputa Vettel/Ferrari x Leclerc, enquanto a Mercedes segue vencendo apesar de já estar pensando em 2020 e 2021.

Confira a classificação final do GP do México:




Até!

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