terça-feira, 24 de setembro de 2019

O VELHO PROBLEMA

Foto: RaceFans
O post de hoje será simples. Uma das declarações mais interessantes no pós-corrida foi de Lance Norris, sétimo colocado. Feliz por ser o "melhor do resto" (ou F1.5.), o inglês não estava satisfeito com a corrida por um simples porém importante motivo: passar a maior parte do tempo poupando pneus, não acelerando o máximo do carro em virtude da estratégia definida de todos em fazer apenas uma parada.

Desde que a Pirelli assumiu a exclusividade da fabricação dos pneus, em 2011, diversas reclamações estão sendo feitas: primeiro era porque o composto era uma "farofa que acabava facilmente", a mando do então chefe Bernie Ecclestone. Nos últimos anos, os compostos ficaram mais resistentes, mas nesta temporada muitas equipes estão reclamando que é muito difícil atingir a temperatura ideal de aquecimento dos pneus, o que prejudica, é claro, o desempenho de vários bólidos.

Claro que isso não é o principal problema. Com a era híbrida e peças cada vez mais caras, além do uso de apenas poucas peças para trocar peças do motor, câmbio e etc, a F1 não explora mais a velocidade pura, e sim virou uma espécie de Endurance: administrar motor, pneus e câmbio o máximo possível para não desgastar e perder algum componente.

Se os próprios pilotos não se sentem satisfeitos quanto a isso, imagina nós, os fãs. Por menos soluções artificiais como DRS, grid invertido e mais competição real, com aquilo que é realmente feita a F1: velocidade máxima, os pilotos dando tudo de si sem pensar em limite de motores, pneus estourando e troca de câmbio.


Até!

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