quinta-feira, 9 de agosto de 2018

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA - Parte 1

Foto: F1

Quando a Fórmula 1 está de férias, você já sabe: é na hora de analisar como está a temporada até aqui, com 12 das 21 corridas disputadas. Hoje, irei escrever sobre Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India e Renault. Vamos lá:

MERCEDES

Foto: Mercedes
Lewis Hamilton – 9,5 = O começo não foi bom. Andando atrás de Bottas e vencido por Vettel, contou com a sorte e a regularidade para vencer pela primeira vez no ano, em Baku. Desde então, deslanchou. Tirando o abandono na Áustria, seguiu regular e com grandes atuações, evidenciada na histórica vitória do GP da Alemanha, onde aliou a sorte com a oportunidade e o talento para chegar em primeiro. Se mantiver a consistência e a Mercedes ter um ritmo melhor tanto nas classificações quanto nas corridas, vai ter grandes chances de fechar o ano com o pentacampeonato.


Valtteri Bottas – 8,5 = É o segundão do Hamilton. Até começou, mas o azar com problemas no carro e o estouro do pneu em Baku, onde iria ganhar, lhe fizeram perder pontos importantes. Apesar dos pesares, já tem contrato garantido com as flechas de prata para o ano que vem. Somando pontos e atrapalhando Vettel: essa é a receita para o finlandês seguir na equipe. No entanto, precisa ser mais rápido e consistente – está zerado no ano – até as Red Bull já venceram se quiser continuar a médio e longo prazo em uma equipe de ponta.

FERRARI

Foto: LAT Images


Sebastian Vettel – 9,0 = Até a França, tinha um ano perfeito. Mais rápido e veloz nas corridas, o alemão poderia ter uma vantagem bastante sólida no campeonato se não fossem os azares e suas barbeiragens em Paul Ricard e principalmente em Hockenheim, quando estava com a corrida ganha. Diante desses momentos, Seb parece mostrar maior instabilidade emocional do que Lewis, que demonstra isso fora do carro. O que poderia ser uma boa vantagem virou uma incômoda situação de 24 pontos atrás na tabela. É quase uma corrida de diferença. Muito. Vettel não pode mais errar. Precisa estar no limite e guiar o máximo que pode para tirar aos poucos a vantagem de Hamilton. Um pouquinho de sorte poderia cair bem também, mas não se pode depender apenas disso.

Kimi Raikkonen – 8,5 = Cinco anos sem vitórias (sendo quatro na Ferrari) e largando atrás do companheiro em todas as corridas até aqui. É possível acreditar que Raikkonen ainda está na Ferrari? Não só isso, mas também não é impossível que permaneça mais um ano por lá. Vejamos: se os italianos mantiveram o finlandês depois de três anos fraquíssimos, é natural que renove com o IceMan depois de temporadas medianas para boas que ele vem realizando desde o ano passado. É o segundo com mais pódios na temporada. Apesar de ser o segundão de Vettel, está faltando maior constância e velocidade. Entretanto, a imaturidade de Charles Leclerc pode lhe permitir adiar por mais um ano a aposentadoria. Vai que a vitória finalmente saia até lá? Poderia ser a chave de ouro do até então último campeão pela Ferrari.

RED BULL

Foto: Getty Images
Daniel Ricciardo – 8,5 = Começo de ano mágico, aproveitando duas oportunidades para vencer (China e Mônaco). Não é possível brigar com Ferrari e Mercedes, apenas com Max. Juntos, bateram em Baku. Depois de Mônaco, o sorridente australiano perdeu desempenho e passou a ser batido pelo holandês, que se aproximou na tabela. As constantes quebras da Red Bull acabam criando distâncias ilusórias entre os dois pilotos. Mais experiente e o que menos errou, os taurinos sabem que podem confiar em Ricciardo quando algo diferente acontecer na pista. A questão é: Ricciardo não parece mais confiar na equipe. Como serão as últimas nove corridas do australiano pela Red Bull?


Max Verstappen – 8,0 = Começo de ano horrível, medonho,  bisonho. Batendo e errando em todas as corridas. Não parecia honrar o carro que pilota. Como todo talento temperamental, é oito ou oitenta. Depois, melhorou aos poucos e conseguiu a vitória na Áustria e alguns pódios. O carro é um limitador, e Max já deixou claro a sua irritação com os franceses. Não há muito o que fazer nesse ano. O grande desafio da carreira de Max é o amadurecimento. Se parar de fazer bobagens na pista e dar declarações ridículas, focado é um dos melhores, e já vimos isso. Do contrário, vai ser apenas mais um piloto veloz e inconstante.

FORCE INDIA

Foto: LAT Images
Sérgio Pérez – 7,5 = Começo de ano da equipe foi bem abaixo do padrão das últimas temporadas. O mexicano sofreu com isso até “achar” um pódio em Baku. Dali em diante, as coisas melhoraram. Entretanto, Ocon parecia mais veloz e constante. Mesmo sem um pódio, estão novamente empatados na pontuação. Diante da incerteza que vive a equipe, difícil fazer um prognóstico para o segundo semestre, se é que irão correr em 2018. No entanto, a eterna certeza é que estão sempre fazendo mais do que é possível, diante das dificuldades apresentadas.

Esteban Ocon – 7,5 = Não tem um resultado exuberante igual ao de Pérez, mas conseguiu regularidade na segunda metade da primeira metade do campeonato, entendeu? O francês é um talento que promete nos próximos anos, mas se imaginava que pudesse estar na frente do mexicano, o que não está sendo possível pelo segundo ano seguido. Pode ser também uma das justificativas para a Mercedes seguir com Bottas. Faltando maturação e uma grande atuação, resta para o francês terminar o campeonato na frente de Pérez, caso a Force India ainda exista.

RENAULT

Foto: Autosport
Nico Hulkenberg – 7,5 = O maior acumulador de pontos da F1, mas segue sem pódio. Com a Renault sendo a quinta força, é difícil cobrar algo. Se até Pérez consegue tirar um coelho da cartola, por que o alemão nunca conseguiu até hoje? Apesar disso, sua temporada é boa. Finalmente teria um companheiro de equipe para duelar, e vem tirando Sainz para nada. Numa equipe de fábrica que aos poucos vai se estruturando, resta para  Hulkenberg esperar pelo futuro que talvez não tenha, além de se preparar nesse semestre para enfrentar Ricciardo no ano que vem.


Carlos Sainz – 7,0 = Abaixo do que poderia render com a Renault. Teve bons resultados, mas isolados. No geral, pode e deve conseguir melhores resultados. Apesar de o futuro reservar diversas possibilidades, tudo ainda é uma incógnita. Essa pressão pode ou atrapalhá-lo em seus objetivos ou então o alavancar rumo a uma Red Bull. McLaren como prêmio de consolação. Toro Rosso nem pensar! Pra isso, precisa pilotar. Até rimou.

E essas foram as primeiras impressões sobre os pilotos nessa primeira metade da temporada. Concorda? Discorda? Comente!

Até a parte 2, fique ligado!

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