segunda-feira, 2 de maio de 2016

O KNOCKDOWN DE NICO

Foto: Autoracing
Sete vitórias seguidas, igualando a sequência de Schumacher e Ascari. Quatro triunfos na temporada, 100% de aproveitamento. 43 pontos de vantagem para seu companheiro de equipe. E, para completar, o primeiro "grand chelem" da carreira (quando o piloto é pole, vence e faz a volta mais rápida). Se fosse uma luta de boxe, esse é o ponto em que Rosberg derruba Hamilton pela primeira vez, mas o inglês se levanta, grogue, antes de ser nocauteado.

Deve-se, claro, levar em considerações os inúmeros problemas que Hamilton está enfrentando nesse início de ano. Por exemplo, o inglês estava diminuindo a vantagem de 13s5 para 7s5 quando foi informado de um suposto problema no carro. Depois de tirar o pé, o inglês foi avisado de que tudo estava normalizado. A situação está ficando complicada para o tricampeão. Embora falte 17 corridas, Hamilton precisa começar a reagir e, mais do que nunca, "torcer" para que os mesmos problemas que o atormentam respingue no alemão. Mesmo diante de tudo isso, Rosberg é extremamente merecedor do momento que vive.

Foto: Getty Images
Ainda nesse clima de lutas, tivemos o round 2 de Kyvat e Vettel. Se no primeiro encontro o alemão errou, dessa vez ele tem total direito de estar puto da vida com o russo. Não bastasse ter sido acertado pela Red Bull na primeira curva (que também praticamente acabou com a prova de seu parceiro Ricciardo), nos metros seguintes houve novo toque na traseira do SF16-H, que bateu e abandonou. No rádio, Vettel xingou pra caramba, com muitos palavrões. Acho que ele já sabia quem tinha sido o responsável por tudo isso. Quando voltou aos boxes, conversou com Christian Horner, dando entender que "Deem um jeito nesse moleque aí". Kvyat foi punido com um stop and go de 10 segundos. Até que ficou barato.

Aliás, pelas declarações públicas que o chefão da Red Bull deu ("Ele ferrou nossa corrida"), começa a ficar claro que a batata do russo está assando (se é que não assou) e que Verstappen irá, de fato, substituí-lo em 2017. Talvez até por isso que o russo tenha agido dessa forma hoje, mas são apenas suposições...

Foto: Getty Images
O melhor fim de semana do ano para a Williams: 22 pontos na conta. Bottas segurou Hamilton e Raikkonen o quanto pode, mas seu equipamento inferior não foi o suficiente para se manter na segunda posição. Restou o quarto lugar, sua melhor atuação e resultado (consequentemente) no ano. Massa não fez nenhuma ultrassagem na corrida. Foi superado por Hamilton no início e se manteve até o fim em quinto, com vantagem segura para o sexto colocado, mas um pouco distante de Bottas. Assim como no ano passado, o brasileiro começa muito bem a temporada: Sendo regular e marcando os pontos possíveis para a situação atual da equipe de Grove. Agora, está 32 x 19 para Massa.

A corrida foi a mais chata do ano até aqui, mas tivemos alguns desempenhos encorajantes. Por exemplo, a McLaren e a Renault desencantaram: Alonso, como uma fênix, conseguiu um grande sexto lugar. O espanhol herdou a posição de Verstappen, que abandonou após seu motor Ferrari estourar. O bicampeão manteve um ritmo constante e evidencia a tímida evolução da McLaren em relação ao ano passado. Logo atrás, Kevin Magnussen marcou os primeiros pontos da Renault no retorno à F1. O dinamarquês brigou muito durante a prova e conseguiu uma bela ultrapassagem em cima de Ricciardo. É importantíssimo para Magnussen bater seu companheiro Palmer com propriedade, porque até sua vaga está ameaçada para o ano que vem (Dizem que os jovens Sergey Sirotkin - russo - e Esteban Ocon - francês - são cotados, além de um piloto 'experiente', para liderar o time). Encorajador para uma equipe que atualmente não consegue ir sequer para o Q2.

Romain Grosjean pontuou pela terceira vez em quatro corridas pela Haas. Após um GP apagado na China, o francês voltou a ser combativo e ficou em oitavo, marcando mais quatro pontos na tabela e se credenciando cada vez mais para, quem sabe, substituir Raikkonen na Ferrari em um futuro próximo. Sérgio Pérez também estreou nos pontos no ano. Após ser atingido na largada, o mexicano fez uma ótima corrida de recuperação e ficou em nono. Embora a Force India esteja muito abaixo do que imaginamos, a Rússia parece ser um lugar de sorte para Checo. Button fechou o top-10 com o seu primeiro pontinho no ano também.

Foto: Divulgação
Com o novo chassi, Nasr se aproveitou da confusão da primeira curva para pular a 12a posição. Todavia, teve um pneu furado na volta 12 e antecipou a parada. Foi até o fim com os pneus macios. Acabou perdendo rendimento e foi superado, terminando em 16°, atrás de Ericsson, o 14°. Ambos enfrentaram problemas na prova, mas novamente o brasileiro foi batido pelo sueco. A esperança, agora, é que com o chassi mais equilibrado Nasr possa recuperar o terreno e virar a briga interna, até para mostrar serviço para possíveis equipes interessadas no seu serviço para o ano que vem.

A luta continua, e o quinto round da F1 será o Grande Prêmio da Espanha, nos dias 13, 14 e 15 de maio. Até lá!





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