segunda-feira, 8 de junho de 2015

DE PONTA A PONTA

Foto: AFP

O estoque de títulos diferenciados parece ter se esgotado. Crise criativa ou foi a tradução da morna corrida do Canadá? Os dois, talvez. Vitória número 37 da carreira de Lewis Hamilton. Manteve a ponta durante toda a prova e segurou as tentativas de aproximação de Rosberg no meio para o final da corrida. Soube poupar os freios, muito exigidos em Montreal, e conquista uma vitória justíssima, traduzindo seu domínio não só no final de semana, mas como no ano inteiro (Exceção no GP Espanhol). Fica cada vez mais claro que Rosberg depende de acontecimentos sobrenaturais, como um acidente, um problema no carro ou um erro de estratégia do britânico. Não é um demérito para o Alemão. Hamilton é melhor, apenas. Fazer o quê?

A Williams chegou ao pódio pela primeira vez no ano com o regular Valtteri Bottas. Quase sempre no lugar certo e na hora certa. Sua posição está relacionada com o erro da "decepção n°1" de ontem: Seu compatriota Kimi Raikkonen. Logo após fazer o primeiro pit, acabou rodando no "grampo" que liga a reta oposta e perdeu seu lugar, que era certo, no pódio. Perdeu uma grande oportunidade e deixa Arrivabene com uma pulga atrás da orelha quanto a sua renovação de contrato para 2016.

Vettel e Massa foram os destaques da prova. Por terem largado no final do grid, tiveram que fazer uma corrida de recuperação. Com isso, fizeram várias ultrapassagens. Vettel começou com os pneus supermacios, teve dificuldades para ultrapassar, mas mudou de estratégia colocando os macios e chegou em 5°. Massa começou com os macios e foi ganhando terreno rapidamente, mas teve que fazer as últimas 32 voltas com os supermacios, que não estavam rendendo tanto. Mesmo assim, conseguiu ser o 6°.

A sexta posição veio graças a "decepção n°2". Romain Grosjean, que estava fazendo um trabalho fantástico com a Lotus no final de semana, tentou ultrapassar a retardatária Manor de Will Stevens no retão e acabou com o pneu furado. Perdeu posições e de quebra foi punido com acréscimo de 5 segundos no tempo final da prova. Ainda assim, foi o décimo. Poderia ter coroado sua pilotagem com o 6° lugar, mas acabou cometendo um erro que há tempos não cometia. Ao contrário do Francês, quem teve um grande desempenho foi o Pastor. Primeiros 6 pontos no ano (hoje, fez mais pontos que nas últimas 46 corridas JUNTAS - desde EUA 2012 até ontem) e um alento para a Lotus. Uma maior regularidade do Venezuelano será fundamental para assegurar o quinto lugar nos construtores.

E a McNardi? Alonso tem o seu pior início desde sua temporada de estreia, em 2001. Ele e Button abandonaram. Desempenho pífio, o que já era esperado. O papelão da Honda é gigantesco. Tiveram 2 anos e meio para fazer os testes necessários e o resultado foi isso. "Ah, mas não duvide da lendária Honda". Isso foi há 25 anos, só ver os resultados como equipe também não foram satisfatórios. Mas eles têm grana pra investir, e precisam do retorno financeiro. Para 2016, 2017... Enquanto isso, abandonos, falta de potência, ultrapassagens dos adversários...

Felipe Nasr foi o 17°. A Sauber já ficou para atrás. Nem o motor Ferrari salvou. Um grande pacote aerodinâmico é preparado para as próximas provas. Enquanto isso, o Brasileiro e o Sueco Ericsson não tem muito o que fazer, a não ser andar e adquirir quilometragem para o C34 e sempre torcer para abandonos, acidentes e condições anormais nas corridas. Do contrário, é nítido que atualmente os suíços são a oitava força da F1. Ainda bem que houveram vários pontos na Austrália, Malásia, China e Mônaco. Confira a classificação da corrida:


A próxima etapa será o Grande Prêmio da Áustria, nos dias 19, 20 e 21 de junho. Até mais!

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