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Foto: Getty Images |
Olá, pessoal. Nesse calendário maluco, o ano já está
terminando e só agora é possível destrinchar uma análise desta temporada 2020
tão diferente. Nesta primeira parte, vamos analisar Mercedes, Ferrari, Red
Bull, McLaren e Renault:
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Foto: Getty Images |
MERCEDES:
Lewis Hamilton –
10,0: Não tem muito o que escrever contra. A temporada de Hamilton só não
foi totalmente perfeita em virtude do Covid que o derrubou em Sakhir. Ademais,
venceu 11 corridas, fez história com o número de vitórias, campeonatos e está
se aproximando das 100 poles. Além de veloz, é um piloto que sabe quando poupar
e quando acelerar, tem um QI de corrida apuradíssimo. Melhor do que nunca,
apenas o tempo pode bater Lewis Hamilton nesse momento;
Valtteri Bottas –
7,5: Não está no nível da Mercedes. Até começa bem, faz todo mundo pensar
que “agora vai” e depois sucumbe. Foram várias corridas fracas e algumas
horríveis, como Itália, Turquia e Sakhir. Também teve azar, mas ser dominado
por George Russell deixa claro que 2021 deve ser seu último ano na Mercedes para
vencer e fazer poles porque todos sabemos que não é adversário para Hamilton.
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Foto: F1 |
FERRARI:
Charles Leclerc –
8,0: Diante de um carro ruim, Charles fez o que pode. Dois pódios
inesperados e andando mais que o carro. É o jovem líder que os ferraristas
precisam. Como todo jovem, é claro, ainda precisa amadurecer e parar com alguns
barbeiragens ou se culpar tanto. Nesta temporada, mais uma vez não é possível
absolver a Ferrari e o péssimo carro + motor. Charles vai precisar ter
paciência e agir como um jovem líder que pode guiar o cavalinho rampante para
os dias de glória.
Sebastian Vettel –
6,5: Demitido pelo telefone, fez uma temporada melancólica, seja pela
pilotagem e colocação no campeonato, seja pelo evidente clima azedo entre ele e
Mattia Binotto que nos deixam imaginar se o alemão realmente correu em
igualdade de condições. O pódio na Turquia é um alento porque mostra que ali
ainda existe alguém que se aproxime do tetracampeão que é. Em um novo (e
último) desafio na Aston Martin, quem sabe a motivação e o apreço na montadora
(apesar de Stroll) possam fazer voltar a velha forma.
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Foto: Getty Images |
RED BULL:
Max Verstappen – 8,5:
Foi sempre constante. No entanto, quando a Mercedes vacilou, não aproveitou
as chances. Se envolveu em alguns acidentes na primeira volta que lembraram o
velho novo Max inconsequente. Quando for o protagonista pelo título, precisa
rever esse comportamento. Sem um segundo piloto combativo, correu sozinho e se
intrometeu constantemente entre Hamilton e Bottas. Fez seu papel, portanto.
Precisa de carro para ser mais cobrado também.
Alexander Albon –
6,5: A boa vontade em defendê-lo mesmo sabendo que não está em igualdade a
Max foi se esvaindo conforme passou a temporada. O contexto não ajuda, mas ele
também não. Distante de Max e também do meio de tabela, conseguiu dois pódios
por acaso, muito pouco pelo carro que tem. É verdade que no final foi mais
constante, mas será que fez o suficiente para continuar na equipe? Por mim, que
voltasse para a Alpha Tauri, mas o tailandês nascido e criado na Inglaterra não
merece uma nova temporada na Red Bull.
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Foto: Getty Images |
McLAREN:
Carlos Sainz Jr –
8,5: Constante. Sempre nos pontos e beliscando um pódio. Tem um ritmo de
corrida muito bom e apesar dos azares e de saída, o espanhol segue em franca
evolução. Não é o mais virtuoso, mas o que mais se aproxima da regularidade de
Sérgio Pérez, por exemplo. É exatamente disso que precisa a Ferrari agora: um
acumulador dos pontos disponíveis. É notável a evolução do espanhol desde
quando chegou a F1.
Lando Norris – 8,0: Começou
bem a temporada e foi caindo, igual a McLaren. É um bom piloto, talvez não
aquele prodígio que foi vendido antes de estrear e principalmente na F2. A
McLaren prova que é melhor ter uma boa dupla de pilotos do que um primeiro e um
segundo declarados, não a toa os ingleses ficaram em terceiro na tabela mesmo
sem ter o terceiro melhor carro do grid. O inglês precisa brilhar um pouco
mais, mas a consistência é ótima para a idade que tem. O amigo Daniel Ricciardo
é um teste e tanto.
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RENAULT:
Daniel Ricciardo –
8,0: Com a evolução da Renault, anda bem. É um grande piloto e merecia um
carro que brigasse por vitórias, coisa que nem a própria McLaren ano que vem
terá, mas é uma aposta com o motor Mercedes. Conseguiu pódios e andando na
parte de cima, sendo regular. Uma pena que o tempo joga contra o australiano,
então o jeito é torcer para um pulo do gato da McLaren no regulamento de 2022.
Talento todos sabemos que ele tem.
Esteban Ocon – 7,0: Também
não é aquele fenômeno que foi pintado antes, muito pelo contrário. Não sei se o
ano ausente da F1 o deixou enferrujado, mas foi uma temporada bem mediana de
Ocon, distante de Ricciardo. O pódio em Sakhir dá alento, esperança e confiança
ao menos, até porque vai precisar: mesmo que Alonso esteja velho e enferrujado
de dois anos ausentes da categoria, será um desafio logístico muito maior que o
australiano, e bem menos amigável também. O francês está, sim, devendo.
E essa foi a primeira parte da análise. Nos próximos dias
sai o post com as outras equipes.
Até!