sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

MERECIMENTO

 

Foto: Getty Images

É tão estranho quando um ambiente como a Fórmula 1, repleta de diversos interesses, faz justiça. Depois de treze anos, a Red Bull resolve contratar um piloto de fora da academia de pilotos para ocupar o carro principal. 

Os taurinos anunciaram Sérgio Pérez hoje pela manhã. Contrato de um ano. A duração é o que menos interessa, até porque o japonês Yuki Tsunoda será a bola da vez. O que interessa escrever aqui é que Sérgio Pérez, na parte final da carreira, finalmente foi recompensado pelo talento subestimado. Pódios com Sauber, Force India, Racing Point e uma vitória com a agora Aston Martin deveriam credenciá-lo a uma vaga melhor há bastante tempo e isso parecia improvável por ser ex-Ferrari e não ter ido tão bem na McLaren quando o time de Woking começou a decadência.

A vaga para a Red Bull é um prêmio merecido para a carreira de Sérgio Pérez. Não vai bater Max, talvez nem fique perto disso, mas seu objetivo é claro: ser o quarto lugar e estar ali, pronto, quando algo der errado com as Mercedes. Gasly e Albon não conseguiram fazer isso pelos mesmos motivos. Assim como não haveria motivo para o mexicano, um forasteiro, ser protegido, Pérez é duro e talvez haja cláusulas que não permitam que ele pareça um idiota incapaz no volante comparado a Max. 

Isso só veremos a partir do ano que vem. Independente do que vier, Pérez já é um vencedor ao conseguir um carro capaz de vitórias na parte final da carreira quando tudo parecia contra. É um grande dia para a justiça e o talento na F1.

Alexander Albon foi rebaixado a piloto reserva, como foi antecipado no post de segunda. É o único que não foi rebaixado de volta para a Alpha Tauri, como Kvyat e Gasly. Aliás, o tailandês me parece ser um novo Kvyat: quando Tsunoda subir ou Gasly deixar o programa, o tailandês nascido e criado na Inglaterra vai ser o ficha um pra pegar essa vaga emergencial, evidenciando que talvez o problema não sejam os talentos da academia dos taurinos, e sim a gestão de Helmut Marko.

Enfim, é um grande dia para quem é fã do Checo há quase uma década. O momento é para celebrar. 

Até!

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