domingo, 13 de dezembro de 2020

ZZZ...

 


Abu Dhabi é irritante, insuportável. Essa pista não dá mais. Não dá uma corrida boa ou com alguma lembrança marcante tirando 2010, 2012, 2014 e 2016. É sempre aquele clima de fim de festa, de pelada de fim de ano, despedidas e as pessoas pensando já no Natal e ano novo. Parece que só está lá para aquele foguetório e pirotecnia na chegada e mostrar o hotel. O traçado não tem atrativo algum.

Além do mais, hoje ainda tiveram azar. O Safety Car causado pelo abandono de Pérez fez todo mundo parar e ir com os pneus duros até o final. Uma verdadeira procissão. Vitória de Max Verstappen, seguido de Bottas que chegou a correr riscos contra o debilitado Lewis Hamilton em terceiro. Alexander Albon, distante de Max, ficou em quarto e não se sabe se fez o suficiente para a Red Bull para permanecer em 2021. Para o resto de nós, a resposta é óbvia.

Na sequência veio a dupla da McLaren, Lando Norris e Carlos Sainz Jr, que garantiram o terceiro lugar da equipe nos construtores, a melhor posição dos ingleses desde 2012. O renascimento é em passos lentos. Vejamos agora como será com o retorno da Mercedes na unidade de potência. Valeu a importância de ter dois pilotos semelhantes na equipe para garantir consistência e bons pontos. 

Ricciardo, Gasly, Ocon e Stroll completaram a pontuação. O canadense filho do dono conseguiu a proeza de ficar em 11° no campeonato com o terceiro melhor e 50 pontos atrás do mexicano mesmo com as peças novas sendo colocadas antes no carro dele e ter disputado uma corrida a mais. Patético.

Na parte final, Pietro Fittipaldi vinha atrás das Williams e inexplicavelmente fez uma parada a mais para não terminar a frente de Kevin Magnussen, que se despediu da categoria. Segundo a equipe, houve um superaquecimento do motor e o brasileiro poderia tentar a melhor volta com pneus novos. Tá bem... o brasileiro evoluiu mas mostrou que Schumaquinho e o psicopata Mazepin terão trabalho. Pode-se afirmar que a Haas virou a pior equipe do grid e não há um George Russell para extrair algo a mais.

Uma corrida medonha dessas poupou o meu trabalho de escrever bastante. Abu Dhabi não pode estar na F1, tampouco no calendário. E assim termina o louco ano de 2020 na categoria que, apesar do marasmo na frente, proporcionou grandes histórias de superação e reviravoltas. Um período histórico e memorável, sem dúvidas. Depois de sete meses sem corridas, os três meses que separam até a Austrália (será?) nem parecem muita coisa (será?). 

Confira a classificação final do GP de Abu Dhabi:


Até!

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