quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

ANÁLISE DA TEMPROADA 2020: Parte 1

 

Foto: Getty Images

Olá, pessoal. Nesse calendário maluco, o ano já está terminando e só agora é possível destrinchar uma análise desta temporada 2020 tão diferente. Nesta primeira parte, vamos analisar Mercedes, Ferrari, Red Bull, McLaren e Renault:

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MERCEDES:

Lewis Hamilton – 10,0: Não tem muito o que escrever contra. A temporada de Hamilton só não foi totalmente perfeita em virtude do Covid que o derrubou em Sakhir. Ademais, venceu 11 corridas, fez história com o número de vitórias, campeonatos e está se aproximando das 100 poles. Além de veloz, é um piloto que sabe quando poupar e quando acelerar, tem um QI de corrida apuradíssimo. Melhor do que nunca, apenas o tempo pode bater Lewis Hamilton nesse momento;

Valtteri Bottas – 7,5: Não está no nível da Mercedes. Até começa bem, faz todo mundo pensar que “agora vai” e depois sucumbe. Foram várias corridas fracas e algumas horríveis, como Itália, Turquia e Sakhir. Também teve azar, mas ser dominado por George Russell deixa claro que 2021 deve ser seu último ano na Mercedes para vencer e fazer poles porque todos sabemos que não é adversário para Hamilton.

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FERRARI:

Charles Leclerc – 8,0: Diante de um carro ruim, Charles fez o que pode. Dois pódios inesperados e andando mais que o carro. É o jovem líder que os ferraristas precisam. Como todo jovem, é claro, ainda precisa amadurecer e parar com alguns barbeiragens ou se culpar tanto. Nesta temporada, mais uma vez não é possível absolver a Ferrari e o péssimo carro + motor. Charles vai precisar ter paciência e agir como um jovem líder que pode guiar o cavalinho rampante para os dias de glória.

Sebastian Vettel – 6,5: Demitido pelo telefone, fez uma temporada melancólica, seja pela pilotagem e colocação no campeonato, seja pelo evidente clima azedo entre ele e Mattia Binotto que nos deixam imaginar se o alemão realmente correu em igualdade de condições. O pódio na Turquia é um alento porque mostra que ali ainda existe alguém que se aproxime do tetracampeão que é. Em um novo (e último) desafio na Aston Martin, quem sabe a motivação e o apreço na montadora (apesar de Stroll) possam fazer voltar a velha forma.

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RED BULL:

Max Verstappen – 8,5: Foi sempre constante. No entanto, quando a Mercedes vacilou, não aproveitou as chances. Se envolveu em alguns acidentes na primeira volta que lembraram o velho novo Max inconsequente. Quando for o protagonista pelo título, precisa rever esse comportamento. Sem um segundo piloto combativo, correu sozinho e se intrometeu constantemente entre Hamilton e Bottas. Fez seu papel, portanto. Precisa de carro para ser mais cobrado também.

Alexander Albon – 6,5: A boa vontade em defendê-lo mesmo sabendo que não está em igualdade a Max foi se esvaindo conforme passou a temporada. O contexto não ajuda, mas ele também não. Distante de Max e também do meio de tabela, conseguiu dois pódios por acaso, muito pouco pelo carro que tem. É verdade que no final foi mais constante, mas será que fez o suficiente para continuar na equipe? Por mim, que voltasse para a Alpha Tauri, mas o tailandês nascido e criado na Inglaterra não merece uma nova temporada na Red Bull.

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McLAREN:

Carlos Sainz Jr – 8,5: Constante. Sempre nos pontos e beliscando um pódio. Tem um ritmo de corrida muito bom e apesar dos azares e de saída, o espanhol segue em franca evolução. Não é o mais virtuoso, mas o que mais se aproxima da regularidade de Sérgio Pérez, por exemplo. É exatamente disso que precisa a Ferrari agora: um acumulador dos pontos disponíveis. É notável a evolução do espanhol desde quando chegou a F1.

Lando Norris – 8,0: Começou bem a temporada e foi caindo, igual a McLaren. É um bom piloto, talvez não aquele prodígio que foi vendido antes de estrear e principalmente na F2. A McLaren prova que é melhor ter uma boa dupla de pilotos do que um primeiro e um segundo declarados, não a toa os ingleses ficaram em terceiro na tabela mesmo sem ter o terceiro melhor carro do grid. O inglês precisa brilhar um pouco mais, mas a consistência é ótima para a idade que tem. O amigo Daniel Ricciardo é um teste e tanto.

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RENAULT:

Daniel Ricciardo – 8,0: Com a evolução da Renault, anda bem. É um grande piloto e merecia um carro que brigasse por vitórias, coisa que nem a própria McLaren ano que vem terá, mas é uma aposta com o motor Mercedes. Conseguiu pódios e andando na parte de cima, sendo regular. Uma pena que o tempo joga contra o australiano, então o jeito é torcer para um pulo do gato da McLaren no regulamento de 2022. Talento todos sabemos que ele tem.

Esteban Ocon – 7,0: Também não é aquele fenômeno que foi pintado antes, muito pelo contrário. Não sei se o ano ausente da F1 o deixou enferrujado, mas foi uma temporada bem mediana de Ocon, distante de Ricciardo. O pódio em Sakhir dá alento, esperança e confiança ao menos, até porque vai precisar: mesmo que Alonso esteja velho e enferrujado de dois anos ausentes da categoria, será um desafio logístico muito maior que o australiano, e bem menos amigável também. O francês está, sim, devendo.

E essa foi a primeira parte da análise. Nos próximos dias sai o post com as outras equipes.

Até!



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