terça-feira, 25 de outubro de 2022

ACELERADO

 

Foto: Divulgação/Williams

Uma notícia meio despercebida do final de semana, entre a morte de Mateschitz e o UFC 280 (muito triste), foi a confirmação da Williams em colocar Logan Sargeant como companheiro de equipe de Alexander Albon para 2023.

Com uma condição: o americano precisa ter os 40 pontos exigidos da superlicença.

Para conquistar a vaga, basta terminar a F2 entre os sete primeiros (atualmente é o terceiro) e completar mais 200 km de testes na F1, o que vai ser feito nos treinos livres do México, já na sexta-feira, e também de Abu Dhabi, no final da temporada.

A questão para o grande público é: quem é Logan Sargeant?

Atento as informações, talvez a mais relevante até aqui: ele é americano, o que a Liberty tanto deseja. Nascido no dia 31 de dezembro de 2000, na Flórida. Aos nove anos já foi para a Europa. Teve passagens pela F4 britânica, a F3 (na Prema e na Carlin, onde competiu com Felipe Drugovich e Oscar Piastri, por exemplo) e chegou nesse ano somente na F2, apesar de ter estreado no fim do ano passado.

Portanto, é alguém que está impressionando na temporada de estreia, o que é importante, além da nacionalidade.

Outro fato alinhado: desde o ano passado, Logan virou piloto da academia da Williams, talvez o ficha um depois do Jake Aitken ter substituído o Russell em 2021. Com a saída de Latifi, a equipe de Grove simboliza que o dinheiro não faz tanta diferença perante a recuperação financeira que está em curso desde que a família Williams não administra mais, virou somente o nome.

Com 22 anos, Sargeant estreia relativamente “velho” na F1, embora vocês possam me lembrar que De Vries vai chegar aos 27. No entanto, com apenas um ano de F2 e um desempenho razoável considerando a qualidade do grid (provavelmente vai ficar atrás também de Theo Pourchaire, já protegido da Sauber/Alfa Romeo), a impressão é que Sargeant foi acelerado pela Williams.

O motivo? Financeiro, talvez. Não sei. É um cara barato, sem dúvidas. Sem a grana de Latifi e toda a operação que permitiu a permanência de Albon, uma solução caseira é um alento para uma equipe que ainda não saiu da linha da pobreza.

O que esperar desse jovem americano no pior carro do grid contra o tailandês nascido e criado na Inglaterra que tem muito mais rodagem e talento? Quase nada. 2023 será um ano de aprendizado para Logan. A coisa não é fácil para os novatos.

No entanto, há algo positivo: como Sargeant está na pior equipe do grid e ninguém espera nada dele, esse é justamente o trunfo. Logan será superado por Albon e vai figurar no grid. Se não bater e não for muito lento, já está no lucro. Não é pagante, apenas americano, no lugar certo, na hora certa.

Um nome novo no grid que, diante das opções, causa estranheza. Tão estranho quanto a Williams ter uma academia de pilotos. Bom, pelo menos ela está sendo utilizada e Sargeant vai ser o primeiro a passar na peneira. Se for apenas um piloto normal, será aprovado.

Apesar de ocupar o pior carro do grid sem nenhuma experiência ou grande currículo, Sargeant não vai ser nem de longe o piloto mais pressionado do grid. Assunto para o fim do ano.

Até!

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