terça-feira, 3 de outubro de 2023

COBIÇADA

 

Foto: Getty Images

O assento de Logan Sargeant na Williams está muito cobiçado por um motivo simples: é o único lugar disponível para a F1 2024.

Apesar do chefão James Vowles vir a público defender o garoto e de certa forma indicar que ele vai permanecer no time, ainda não há uma confirmação oficial. O motivo é simples e até cruel: Sargeant não faz uma boa temporada.

Quer dizer, o problema vai além disso. Era óbvio que ele seria superado pelo bom Alexander Albon, o problema é que a discrepância é grande. O tailandês nascido e criado na Inglaterra marcou 100% dos pontos do time. Mais lento, Sargeant também está batendo bastante, o que traz prejuízo para a equipe, embora a Williams tenha se reestruturado desde que família saiu de cena da administração.

A crueldade da F1 com os jovens pilotos é algo complicado. Sim, Sargeant está mal. Sim, provavelmente Sargeant não será um prodígio como o contemporâneo Oscar Piastri, mas talvez ele tenha subido cedo demais. Ele está ali porque é da Academia de Pilotos da Williams e por ser americano, importante para o mercado e principalmente para a categoria que é administrada pelos compatriotas.

Talvez Sargeant precisasse de mais um ano afirmado na F2, brigando pelo título para chegar com moral na F1, com menos dúvidas e asteriscos. Talvez isso não fizesse diferença nenhuma também.

A F1 é cruel com os jovens porque hoje a transição é brutal. Os carros da base são muito diferentes e só há três dias de pré-temporada. Simulador não é a mesma coisa. Antigamente existiam os testes ilimitados que facilitavam os processos, mas hoje não mais.

Sargeant não está confirmado, então ainda podemos escrever sobre a esperança brasileira. A imprensa europeia tem insistido que Felipe Drugovich é o principal candidato, caso a Williams opte pela mudança em 2024.

O aporte não seria barato: falam em cerca de 15 milhões de euros, um valor considerável e que certamente a Williams não rejeitaria. O brasileiro teria vencido a concorrência e o lobby da Mercedes por Mick Schumacher, o que não é pouco. É simplesmente o maior sobrenome da história da categoria.

Entre Felipe e Logan, sou mais Drugovich, apesar que ele também vai passar pelo desafio de se adaptar à F1 por completo, mesmo fazendo testes, no simulador e participando de alguns treinos livres.

A vaga é cobiçada, Sargeant parece estar prestigiado mas, como todo brasileiro, a esperança é a última que morre e não dá para desistir.

Até!

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