domingo, 8 de maio de 2022

GANHANDO TERRENO

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

No artifical circuito de Miami, lotado de celebridades, uma corrida morna mas que esquentou apenas no fim, graças ao Safety Car causado pela batida de Gasly em Norris. O francês não conseguia guiar o carro porque foi atropelado por Alonso voltas antes. Aos 40 anos, parece que os reflexos da Fênix não são mais os mesmos.

A expectativa de chuva e caos diante das armadilhas no circuito não se confirmou. O que vimos foi uma corrida chata, porém disputada, com um final mais emocionante. Pela primeira vez largando na primeira fila desde 2019, Max passou Sainz na primeira curva para seguir à caça de Leclerc. Nove voltas depois, virou líder e venceu a terceira na temporada. 

A Ferrari com os pneus macios perde ritmo muito fácil. A Red Bull sobrou e só não conseguiu um resultado melhor porque o motor de Pérez apresentava problemas. Mesmo assim, o mexicano se precipitou no final da prova e gastou um ataque contra Sainz, mergulhando e travando tudo. O espanhol pelo menos se recuperou das últimas corridas e trouxe pontos importantes nos construtores. A Red Bull está chegando.

Com os pneus duros, a Ferrari teve bom ritmo, mas Max me parece um degrau acima na disputa individual com Leclerc. O monegasco, dessa vez, não se emocionou e garantiu bons pontos para manter uma vantagem relativamente boa no campeonato. A Ferrari certamente vai ter atualizações a partir de Barcelona, assim como os demais. É necessário, pois a vantagem da Austrália já evaporou. Hoje, o maior inimigo da Red Bull é a própria confiabilidade.

Que piloto é George Russell. Parecia que seria um domingo difícil. Largando mal e lá atrás, optou pela estratégia de começar com os pneus duros e avisou a equipe: vamos assim enquanto for possível, até aparecer um VSC ou um Safety Car. Dito e feito. Teve sorte, mas também mérito em fazer a leitura da situação, provavelmente influenciado por Albon na Austrália. Na reta final, com pneus novos, passou Hamilton com facilidade e chegou na frente do heptacampeão de novo. Dessa vez, o #44 não foi mal, apenas traído pelo acaso e a equipe, que deixou nas mãos do piloto a decisão estratégica. Hamilton obviamente ficou insatisfeito com isso porque quem decide é o estrategista. 

Bom, mais uma vez ficou evidente que o carro dos alemães é a terceira força do Mundial, mesmo muito atrás de Ferrari e Red Bull. Dali para trás, é briga de foice no escuro. Bottas fez uma corrida correta mas escorregou no fim. Ainda assim, teve um ótimo sétimo lugar. Ocon também teve boa corrida de recuperação e, mais uma vez, Alexander Albon consegue um pontinho improvável na Williams. Um espetáculo de corrida.

Vettel e Mick Schumacher estavam brigando pelos pontos, mas aí o problema de não saber ultrapassar... Mick simplesmente atropelou o mentor e os dois zeraram. Aliás, o filho do Schummi segue zerado no grid. A cada corrida que passa, a pressão aumenta. É complicado. Deve ter levado algum puxão de orelha do Gunther Steiner. Magnussen colocou Mick em uma situação difícil. 

Pouco a pouco, Verstappen e a Red Bull avançam algumas jardas e vão diminuindo a desvantagem em relação a Ferrari. O campeonato é longo e agora chegamos em uma fase interessante: as corridas europeias, onde as primeiras atualizações são colocadas em prática nos carros. Aí, saberemos se a Red Bull consegue a virada, a Ferrari mantém ou dispara ou se a Mercedes começa a incomodar a ponto de voltar a sonhar com algumas vitórias.

Confira a classificação final do GP de Miami:


Até!

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