segunda-feira, 9 de maio de 2022

ELE É O FUTURO

 

Foto: USA Today

Campeão da F2, três temporadas consistentes e tirando mais do que o carro poderia oferecer, um pódio em Spa e, aos 24 anos, George Russell finalmente chegou onde deveria: o carro da Mercedes.

Se no mundo precoce da velocidade hoje em dia isso pode ser considerado “tarde” ou “velho”, a verdade é que o caminho de Russell sempre foi muito bem pavimentado e, ao contrário dos contemporâneos, menos badalado. Leclerc, Max Verstappen e até Lando Norris sempre tiveram mais cartaz desde a base. Russell e Norris correram a F2 juntos e George sobrou, enquanto Lando foi apenas o terceiro. Entre eles, Alexander Albon. Os três subiram para a F1.

Russell sempre foi um piloto consistente, mas sem resistência interna. Kubica com limitações físicas e Latifi nunca foram desafios à altura. A culpa não foi dele. Fez o que era possível. Mesmo assim, a impressão é que faltava um algo a mais ou sorte no momento de brilhar. Mesmo dominando o polonês, foi Kubica quem terminou a temporada nos pontos. Quando George finalmente derrubou essa barreira, engrenou de vez, sem a pressão.

Esse azar veio até na corrida onde substituiu Hamilton, em 2020. Andou mais que Bottas e tinha tudo para vencer pela primeira vez, na estreia pela equipe. As particularidades de uma corrida evitaram isso. Desde então, Russell mostrou que estava pronto para subir de nível, a questão era quando. E a hora finalmente chegou.

Se o inglês conviveu com azares durante os anos de Williams, esse início na Mercedes é uma sensação agridoce. Podemos considerar azar porque, justo na vez dele, a equipe não conseguiu fazer um carro dominante ou capaz de brigar por vitórias até aqui. No entanto, Russell tem tido sorte e competência na leitura das corridas e está superando um heptacampeão nos pontos, o que ninguém poderia imaginar num primeiro momento.

Nada é fruto do acaso ou puramente sorte. Talvez Russell perca a batalha interna até o final do ano. Seria normal. Afinal, é só Lewis Hamilton que está do outro lado. No entanto, o que podemos observar nas corridas e classificações é que o inglês de 24 anos está pronto. Se ou quando a Mercedes lhe der um carro veloz, George tem tudo para ser um adversário poderoso e se juntar a lista de discussões da próxima geração, até aqui encabeçada por Max Verstappen e Charles Leclerc.

Ele está pronto.

Até!


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