segunda-feira, 21 de março de 2022

AINDA É CEDO, MAS...

 

Foto: RaceFans

Depois de oito anos, o surgimento de um novo regulamento técnico fez algumas pequenas mudanças na tradicional hierarquia da categoria na última década. Para efeitos de novidade isso é ótimo, embaralhando as forças e fazendo surgir novos e surpreendentes protagonistas.

No entanto, sabemos que precisamos ter calma e que, com paciência, tudo se desenvolve durante a temporada e nos próximos anos. O teto orçamentário é uma questão interessante, mas é inegável que, obviamente, quem tem mais recursos possui maiores possibilidades de domínio e recuperação.

O que vimos no Bahrein foi finalmente a Ferrari com um projeto aparentemente bem nascido e consistente. É claro que o desafio é manter isso até dezembro, mas só o fato de algo já começar promissor em Maranello já é bom. Outro passo importante é manter tudo isso sem empolgação exagerada.

A Red Bull mantém a consistência e se caracteriza pelo amplo desenvolvimento no ano. Outro calcanhar de aquiles, porém, é a confiabilidade. Abandonar do jeito que abandonou (além do problema do Gasly) pode ser um indício preocupante, até porque vai faltar tempo nesse curto prazo enquanto a categoria não volta para a Europa. Antes o problema era o motor fraco e instável, agora a questão é, aparentemente, a confiabilidade. Nunca duvidem de Adrian Newey, mas a bola está com o pessoal do motor da Red Bull.

A Mercedes se diz na terceira força mas, para esse e todos os casos e equipes, tudo também pode da característica de cada pista, a temperatura, etc. Não sei se na Arábia Saudita pode haver tempo para alguma melhora a não ser um encaixe com as características. Como estão falando que a Mercedes ainda não liberou toda a potência do motor para fins de confiabilidade, pode ser um final de semana difícil, mas que com a capacidade de investimento e resolução de problemas faça os octacampeões crescerem na hora certa.

O meio do pelotão tem o crescimento surpreendente da Alfa Romeo e principalmente da Haas, na figura de Kevin Magnussen, além da manutenção de Alpine e Alpha Tauri. Os franceses tiveram problemas com a degradação dos pneus mas o motor não fez grandes avanços, enquanto a Alpha Tauri tem o problema de confiabilidade. Considerando que Alfa Romeo e Haas ainda tem menos recursos mas dois pilotos experientes envolvidos, aproveitar essas corridas para pontuar e gerar dinheiro pra 2023 é de suma importância, visando a sobrevivência na categoria.

McLaren, Aston Martin e Williams. Em comum o motor Mercedes ainda com o freio de mão puxado, mas vai ser difícil sair do buraco no curto prazo. A Williams ainda não tem estofo pra isso, McLaren e Aston Martin (principalmente essa) tem mais dinheiro mas o buraco pode estar mais embaixo. Preocupante.

Esse é o panorama que dá para fazer nesse início de ano. Ainda é cedo para qualquer coisa além, mas é interessante observar o que um novo regulamento faz com as hierarquias da F1. Com tudo misturado e em posição de desenvolvimento, é óbvio que nós, fãs, é quem ganharemos com isso.

Até!

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