segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MAX E O KARMA

Foto: Getty Images
Foto: Reprodução/YouTube
2001: líder Juan Pablo Montoya é acertado pelo retardatário Jos Verstappen.
2018: líder Max Verstappen é acertado pelo retardatário Esteban Ocon.

A diferença aqui é que Max conseguiu continuar na corrida. Apesar de dessa vez ter sído vítima, o holandês tem um longo histórico de ser irresponsável e jogar de forma irresponsável a responsabilidade para os outros, que sempre tinham algo a perder. Não dessa vez.

Hamilton enfrentou situação parecida quando foi atrapalhado por Grosjean e Sirotkin em Cingapura. Manteve-se frio e evitou os erros. Maduro, vive o auge da forma. Os cinco títulos e agora 72 vitórias explicam isso, mas o inglês será mais analisado depois.

Max poderia simplesmente ter deixado Ocon, que estava mais rápido, ter passado. Na sequência, muito provavelmente teria conseguido recuperar a volta dada através da bandeira azul. Ou não. Não importa. Dessa vez, Max tinha muito a perder. Uma liderança construída com muito trabalho e uma pilotagem excepcional, superando Ferrari e Mercedes.

Claro que a culpa maior é do francês. Ao ver que Max ia fazer jogo duro, deveria ter recolhido. O toque aconteceu. Ocon vive uma despedida melancólica nesse provável "até breve" na F1, ainda mais agora que foi reportada a provável (agora vai?) contratação de Robert Kubica pela Williams. Max precisa ter jogo de cintura. É isso que separa os grandes campeões de meros vencedores de corridas.

Eu não vou ser hipócrita de criticar Max por empurrar Ocon no pós-corrida. Qualquer pessoa na mesma situação faria a mesma coisa ou até mais. A FIA querer impor punição é ridícula. Ali ninguém é robô, ainda mais com uma vitória brilhante sendo tirada em um incidente fútil. Que fique de lição para o holandês, mas me parece ser difícil. O gênio difícil mimado do progídio é bastante alimentado pelos seus chefes, inclusive Christian Horner incentivou nas entrealinhas que o conflito fosse resolvido na trocação de socos mesmo. Não é papel de dirigente fazer esse tipo de comentário público.

Foto: Lars Baron/ Getty Images

Voltamos para o vencedor da corrida. Mais uma vez, caiu do céu para Lewis Hamilton. Nada é por acaso. Todos os elogios são poucos para esse fantástico piloto. Entretanto, uma coisa preocupa. Desde os Estados Unidos, o desempenho da Mercedes caiu. Problemas com bolhas e a durabilidade dos pneus se tornaram recorrentes. Coincidência ou não, foi logo depois das denúncias da Ferrari. Mesmo assim, o pentacampeonato de construtores veio, com muita festa.

A Red Bull deveria ter ganho dessa vez. Pode se até dizer que seria dobradinha tanto no México quanto hoje, se não fossem os problemas com Verstappen e Ricciardo em cada prova. O australiano voltou a sorrir, fez grande prova e quase foi para o pódio, mais uma vez ocupado por Kimi Raikkonen. Pode ter sido o seu último na categoria, sempre é importante lembrar desse detalhe.

Vettel e Bottas é que estiveram um degrau abaixo. Corrida pavorosa de Vettel. Superado na largada, perdeu posições na pista e nem mesmo com preferência na estratégia conseguiu bom ritmo, tendo que novamente deixar o finlandês passar. De longe a pior temporada do tetracampeão. Com Leclerc, como que vai ser?

Foto: Getty Images
O melhor do resto vem mostrando que é mesmo diferenciado, o tempo no Q2 diante da chuva prova isso. Sétimo lugar, acompanhado das Haas e de Sergio Pérez nos pontos. Alonso se despede do palco onde foi bicampeão brigando arduamente com as Williams para não ficar em último. Isso resume o que virou a McLaren. Apesar dos pesares, o espanhol segue firme e forte com os ingleses para mais um desafio na Indy 500 em 2019.

Confira a classificação final do GP do Brasil:


Até!

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