sexta-feira, 30 de novembro de 2018

ESPECIAL ALONSO - Parte 3

Foto: MotorSport

Olá, amigos! Aqui vai mais uma parte do especial Fernando Alonso aqui no blog. Para acompanhar as outras partes, clique nos links abaixo:

Agora, vamos ao trabalho:

FERRARI (2010-2014): MAIS POLÊMICAS E FRUSTRAÇÕES

Foto: RaceFans
Depois da passagem conturbada e dos dois anos “sabáticos” (mas igualmente polêmicos) na Renault, Alonso voltava para o protagonismo de quem era bicampeão mundial, agora com o surpreendente retorno de Michael Schumacher na  Mercedes. Agora, o desafio era na antiga rival, a Ferrari, que dispensou o campeão mundial Kimi Raikkonen, que tinha mais um ano de contrato, e manteve Felipe Massa na equipe, completamente recuperado do acidente na Hungria na temporada passada.

Na estreia, no Bahrein, Alonso largou em terceiro, atrás de Massa e do pole Vettel. Na largada, o espanhol passou o brasileiro e depois assumiu a liderança após um problema no motor do carro da Red Bull. Alonso foi o quinto piloto da história a estrear na Ferrari com uma vitória (Fangio 1956, Andretti 1971, Mansell 1989 e Raikkonen 2007). Na Austrália, Alonso de novo largou em terceiro, atrás das Red Bull. Na largada, na pista molhada, foi acertado por Jenson Button e caiu para a última posição, conseguindo se recuperar e chegar em quarto. Outra vez saindo em terceiro na China, Alonso queimou a largada, foi punido e caiu para 15°, mas foi beneficiado por vários Safety Car para chegar em quarto.




Na Espanha, Alonso largou e manteve-se em quarto até o final, quando um problema nos freios de Vettel e nos pneus de Hamilton o alçaram para o segundo lugar. Em Mônaco, um acidente no último treino livre o impediu de participar do treino e largou em último, em 24°. Ainda assim, chegou em sexto, com direito a ultrapassagem de Schumacher na última curva após a saída do Safety Car, mas o alemão foi punido. No Canadá, Alonso largou e chegou em terceiro. Em Valência, o espanhol vinha em quarto mas terminou em oitavo após ser prejudicado pela entrada do Safety Car após o acidente entre Mark Webber e a Caterham de Kovalainen.

Na Inglaterra, Alonso largou em terceiro. Largando mal, penalizado por ultrapassagem ilegal em Kubica e com problemas no carro, foi somente o 14°, um minuto atrás do vencedor Mark Webber. Na Alemanha, Alonso foi apenas 2 centésimos mais lento que o pole Vettel. Na largada, Alonso passou Vettel, mas foi superado por Felipe Massa. Mais rápido que o brasileiro durante várias voltas mas sem conseguir passar, o espanhol reclamou para a equipe e exigiu a passagem para o primeiro lugar, o que foi atendido logo depois com a famosa mensagem do “Fernando is faster than you” para Felipe Massa. Alonso venceu, mas o clima não estava bom, tanto com o companheiro de equipe quanto com os fãs e a imprensa, que desaprovaram a manobra à la Áustria 2002, que envolveu a própria Ferrari.


Na Hungria, Alonso outra vez largou em terceiro, atrás das Red Bull e chegou em segundo depois de uma penalidade aplicada para Vettel. Na Bélgica, Alonso largou só em décimo e foi atingido por Rubens Barrichello na largada. Ele chegou a ficar em oitavo até abandonar no fim da prova. Na casa da Ferrari, em Monza, Alonso largou na pole pela primeira vez com a equipe. Na largada, foi ultrapassado por Button, mas uma boa estratégia nos boxes garantiu a vitória para enlouquecer os tifosi, a 24ª da carreira de Ferdi, a terceira na temporada e a primeira da Ferrari em casa desde 2006 (e até hoje a última).

Em Cingapura, onde sempre mostra muita força, a Fênix fez a pole diante das Red Bull e das McLaren. Na corrida, Alonso foi atacado o tempo todo por Vettel mas conseguiu vencer chegando apenas três décimos a frente do alemão. No Japão, terceiro lugar, atrás das Red Bull. Na sequência, vitória no novo circuito da Coreia do Sul após Vettel abandonar com problemas no motor.


Em Abu Dhabi, com oito pontos de vantagem para ser campeão, Alonso largou em terceiro. Na largada, foi superado por Button. Um erro de estratégia da Ferrari fez o espanhol parar cedo demais. Marcando Webber, que bateu no muro e foi para os boxes, Alonso voltou atrás da Renault de Vitaly Petrov e foi incapaz de passar o russo no travado circuito, perdendo o título para o jovem Sebastian Vettel.

Em 2011, a temporada não começou bem. Apesar do quarto lugar na Austrália, a distância de mais de um minuto para Vettel assustou. Com a Ferrari confirmando o péssimo rendimento inicial, Alonso chegou em quinto na Malásia e em sétimo na China, sendo superado por Felipe Massa em ambas. O primeiro pódio do ano veio só na Turquia, quando ficou boa parte da prova em segundo, só ultrapassado por Webber no final, faltando sete voltas.

 Na corrida da casa, Alonso renovou com a Ferrari até 2016. Largou em terceiro e chegou a assumir a liderança na largada, mas foi superado pelas Red Bull na primeira parada nos boxes e terminou em quinto, uma volta atrás. Em Mônaco, depois de largar em quarto, Alonso perseguia Vettel pelo segundo lugar. Com os pneus gastos, os dois foram beneficiados por um acidente que provocou bandeira vermelha, fazendo o espanhol alcançar o melhor resultado no ano, em segundo.No caótico GP do Canadá, Alonso abandonou após ser tocado por Button e ficado na brita. Em Valência, chegou em segundo. 

Na Inglaterra, os difusores foram banidos, o que daria em tese vantagem para a Ferrari crescer no campeonato. Alonso era o segundo colocado quando um erro no pit stop do líder Vettel permitiu ao espanhol vencer pela primeira vez no ano. 


Na Alemanha, ficou em segundo depois de duelar com o vencedor Hamilton e Mark Webber. O quarto pódio consecutivo veio na Hungria, quando terminou em terceiro. O quinto pódio seguido não veio porque foi superado por Webber e Button nas voltas finais de Spa. Na Itália, chegou a liderar após a largada, mas não resistiu a Vettel e Button, sendo capaz de se defender de Hamilton e conseguir um pódio na casa da Ferrari. Alonso conseguiu mais três pódios: segundo no Japão, terceiro na Índia e segundo em Abu Dhabi. Na corrida final, no Brasil, foi o quarto, a mesma posição final na classificação do campeonato.

A Ferrari não parecia estar melhor para a temporada 2012. No entanto, na abertura da temporada, na Austrália, Alonso largou só em 12° depois de rodar no cascalho durante o Q2. Na corrida, chegou em quinto. Na Malásia, largou em nono. A corrida, disputada na chuva, fez Alonso assumir a liderança na volta 16. Na cola estava a Sauber de Sérgio Pérez, cada vez mais próximo de assumir a ponta. No entanto, estranhamente o mexicano rodou e diminuiu o ritmo, dando a Alonso uma improvável vitória. 



O terceiro lugar em Mônaco fez o espanhol assumir a liderança do campeonato. No entanto, o quinto lugar no Canadá fez Alonso perder a ponta para Lewis Hamilton.
Uma das maiores corridas da carreira de Alonso foi em Valencia, no GP da Europa. Largando em 11°, o espanhol foi escalando o grid e contou com os abandonos de Vettel e Hamilton. Em Silverstone, na chuva, Alonso fez a primeira pole da Ferrari desde 2010, mas chegou em segundo na corrida. Alonso de novo fez a pole numa chuvosa Alemanha e venceu a corrida, mantendo a liderança do Mundial.


Na Bélgica, se envolveu em um grave acidente na primeira curva quando foi acertado pela Lotus de Romain Grosjean. No Japão, outra vez Alonso foi atingido num acidente de primeira volta e perdeu pontos importantes na briga pelo título.




No fim da temporada, com o crescimento da Red Bull e a queda da Ferrari, Alonso não foi páreo e perdeu mais uma vez o sonho do tri para Sebastian Vettel no Brasil, chegando três pontos atrás graças a um segundo lugar em Interlagos e a quinta posição do alemão.

Alonso começou a temporada de 2013 largando em quinto na Austrália, numa sessão que só terminou no domingo em virtude da forte chuva no sábado. No final da primeira volta, o espanhol já era o terceiro. Depois, parando mais cedo, passou Vettel e chegou em segundo, atrás de Kimi Raikkonen. Na Malásia, largou em terceiro. Na segunda curva, acabou acertando a traseira de Vettel e danificou a frente do carro. A equipe mandou Alonso seguir na pista para ir nos boxes mais tarde e se aproveitar dos pneus mais novos, afirmando que o bico do carro não seria problema. No entanto, logo na segunda volta, o bico se soltou do carro e Alonso abandonou. 

A Fênix finalmente venceu pela segunda vez na Espanha largando do quinto lugar, em uma atuação espetacular. Essa foi a última vitória da carreira.



 No entanto, depois de chegar em sétimo em Mônaco, Alonso já estava 29 pontos atrás de Vettel. Com a Ferrari sem rendimento e a Red Bull sobrando a partir dos novos pneus Pirelli, mais duros, terem entrado em vigor na segunda parte da temporada,  foi um passeio do alemão, que virou tetra com muitas corridas de antecipação e várias quebras de recordes. Apesar disso tudo, Alonso foi outra vez vice de Vettel.

A nova F1 de 2014, a era híbrida, teve diversas novidades e prometia mudar as forças da categoria, dominada pela Red Bull. A Ferrari tentava se aproveitar e Alonso via nisso uma nova  oportunidade para buscar o tricampeonato. Uma das mudanças era que cada piloto deveria escolher um número fixo para atuar na categoria. Alonso escolheu o #14, número com o qual foi campeão mundial de kart e era considerado também “número da sorte”. Agora com Kimi Raikkonen como companheiro de equipe, Alonso e Ferrari tiveram uma temporada difícil, com diversas críticas do espanhol para a equipe, conturbando ainda mais o clima entre as duas partes.

Alonso esteve perto de vencer na Hungria, mas foi superado no final pela Red Bull de Daniel Ricciardo. Alonso foi só o sexto no campeonato e outro pódio só, na China. Apesar do pior campeonato na Ferrari, sobrou em relação a Raikkonen. Com a falta de resultados, Luca di Montezemolo foi demitido do comando da Ferrari. No lugar entrou Marco Mattiacci, que bateu de frente com Alonso. O resultado foi a saída de ambos da equipe. O rival Vettel ocuparia o seu lugar.

Sem clima para ir para a Red Bull e a impossibilidade óbvia de ser companheiro de Hamilton outra vez, Alonso novamente não tinha grandes opções. Dessa vez, a Renault já não existia. A única opção era a McLaren, outra ponte implodida pelo espanhol, parecia impossível. A McLaren não vinha de temporadas competitivas e encerrou a parceria com a Mercedes, apostando no retorno com a Honda, visando reeditar os tempos áureos de Senna e Prost. Um campeão do mundo eles já tinham, Jenson Button. Qual o outro que estava dando sopa no mercado?

E na útima parte, tudo sobre o improvável retorno de Alonso para a McLaren e o convívio com Ron Dennis. Até!

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