quinta-feira, 1 de novembro de 2018

SEM SORRISOS

Foto: Sky Sports

3 de agosto de 2018. Surpreendendo o mundo, a Renault anuncia a contratação de Daniel Ricciardo por 2 anos.  O anúncio foi feito dias depois do GP da Hungria, quando a F1 parou nas férias do verão europeu.  Na ocasião, o australiano tinha duas vitórias na temporada: na China, quando caiu do céu e em Mônaco, quando reverteu uma injustiça histórica de dois anos atrás, mesmo com o carro repleto de problemas. Max Verstappen tinha vencido somente na Áustria.

Ricciardo já tinha 4 abandonos na temporada, enquanto Verstappen teve três. Na classificação: 118 a 105 para o australiano, que sempre esteve a frente desde que os dois viraram parceiros de Red Bull.

Coincidência ou não, algo mudou depois das férias, e isso está evidenciado nos números: em sete corridas, Max pontuou em todas, sem problemas. Ricciardo abandonou em quatro, sendo metade logo no início da prova. Ou seja, nem deu para o cheiro. Em dado momento do ano passado era Max quem sofria com os problemas dos taurinos. Nesse ano, parece que a gangorra pendeu para o ex-sorridente, ainda mais de forma tão assustadora coincidentemente após o anúncio de mudança de equipe.

Desde então, Max somou 111 pontos e a vitória no domingo, no México, foi a cereja do bolo. Ricciardo teve dois sextos lugares e um quarto lugar, no Japão, como melhor resultado. Assustadores 28 pontos em 7 corridas. Média de quatro pontos, como se o australiano chegasse em oitavo em todas elas. No total, incríveis 70 pontos de vantagem de Max na tabela.

Por isso a irritação e frustração de Ricciardo. Não é acusação, mas simplesmente o australiano está sendo impedido de correr. Por quê tantos erros? Desleixo por já estar de saída ou pura e simplesmente azar? A Red Bull não pode tratar alguém com o talento do australiano e que tanto contribuiu nesses anos de dificuldade de forma tão desrespeitosa. Ricciardo não participa mais das reuniões da equipe, que já pensa no ano que vem, e tampouco será liberado para testar pela Renault no fim do ano, nos testes coletivos de Abu Dhabi. O australiano cogita não correr mais nesse carro amaldiçoado.

Talvez tirar umas férias e sair desse clima pesado e de urucubaca seja uma solução bem passional. Resta para Ricciardo mais duas oportunidades de despedida digna do grupo que o formou como homem e piloto. Se tentarem lhe ajudar a construir algo positivo, ótimo; do contrário, paciência. Pior do que tá não fica e a Renault é logo ali, só não sei se isso é uma coisa boa.

Até!

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