segunda-feira, 19 de setembro de 2016

RETOMADA COM SOBRAS E AUTORIDADE

Foto: Reuters
Depois de voltar das férias 19 pontos atrás de Lewis, muitos (inclusive eu) acreditavam que o tetra do inglês estava encaminhado. Ledo engano. Muito pelo contrário, Nico reagiu. O alemão voltou a ser o piloto dominante do início da temporada e emplaca a terceira vitória consecutiva, a oitava na temporada e a 22a na carreira para retornar a liderança do campeonato, oito pontos a frente de Hamilton (273 a 265). Uma vitória suada (literalmente, no calor de Cingapura). Se tivesse mais uma volta, provavelmente a história seria outra e Ricciardo teria vencido. O alemão sobrou nos treinos e na corrida, mostrando o ótimo momento que vive. O psicológico virou.

Geralmente movimentado de Safety Car, a corrida dessa edição só teve uma intervenção, logo na largada. Depois de pouco mais de 300 metros, Hulkenberg foi espremido por Sainz e Verstappen (que largou muito mal), rodou e bateu, abandonando. Incrível como esse tipo de "azar" só acontece com o alemão.

A corrida de Cingapura foi ótima no quesito estratégia. Red Bull, Ferrari e Mercedes optaram por táticas diferentes. Os alemães sofriam com um problema de desgaste excessivo nos freios, o que fez ambos diminuírem o ritmo. Nos pits stops, a Mercedes colocou os pneus macios, a Red Bull manteve os supermacios e a Ferrari também optou pelos pneus vermelhos.

Foto: Getty Images
Hamilton foi apático. Ao contrário de Rosberg, teve mais dificuldades para administrar os problemas do W06 Hybrid e foi ultrapassado por Raikkonen. O terceiro lugar ficou sob risco. Entretanto, os alemães deram um undercut (quando antecipam a estratégia de parada) e retomaram a posição. Faltou visão a Ferrari, que jogou fora a chance de pódio. Vettel foi o piloto do dia. Saindo de último, fez uma grande corrida de recuperação e ficou em quinto.

No final da prova, a Red Bull resolvou ousar e Ricciardo parou mais uma vez, colocando pneus novos e velozes. A Mercedes chegou a tentar repetir a tática, mas os retardatários e os cálculos diziam que não iria ser o suficiente para retornar na frente do australiano. Ricciardo tirava 3 segundos por volta, mas Rosberg soube administrar com maestria as vantagens e as adversidades do carro, levando Toto Wolff a "quase se mijar nas calças", segundo palavras do próprio. O australiano está mostrando que merece muitas vitórias e é o "melhor do resto". Verstappen, por sua vez, não foi bem. Largou mal, foi agressivo como sempre mas ficou para trás, foi apenas o sexto. Destaque para a briga encarniçada com Kvyat. O russo finalmente foi um destaque positivo depois de meses, se defendendo de forma agressiva e limpa e evitando a ultrapassagem do holandês, sendo superado apenas no final. Não sei se isso será o suficiente para que permaneça na F1, mas foi um alento.

Foto: Getty Images
Alonso em sétimo foi o melhor depois das três principais equipes. Magnussen levou a Renault a pontuar pela segunda vez na temporada (Até então, tinha sido apenas na China). Importante para tentar se manter na equipe e na F1. Falando dos brasileiros: Massa ficou em 12°, prejudicado pela equivocada estratégia de quatro paradas da Williams. Não pode fazer muito. Nasr extraiu o máximo que podia da Sauber e terminou atrás do compatriota, à frente de Ericsson. Bottas abandonou com um problema no cinto de segurança do carro. E foi isso.

Confira a classificação final do GP de Cingapura:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Malásia, nos dias 30 de setembro, 1 e 2 de outubro. Até!


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