sábado, 3 de setembro de 2016

DANÇA DAS CADEIRAS PEGANDO FOGO!

Foto: Divulgação
Que semana para a F1! Para quem achava que o clima anúncio de aposentadoria de Massa na quinta-feira seria o ápice, se enganaram. Logo depois do qualyfing de hoje (que escreverei sobre no final do texto), mais anúncios desencadearam uma série de especulações, como um efeito dominó.

Pois bem, vamos começar com o mais importante: Minutos depois do qualyfing, a McLaren anunciou que Jenson Button renovou o contrato com a equipe por mais dois anos, mas que não seria titular em 2017. O campeão do mundo foi substituído por Stoffel Vandoorne, que finalmente terá chance na F1 ao lado de Alonso. É aí que mora o porém. Button não se aposentou, por enquanto. Ele está dando um hiato na carreira porque pode estar de volta à McLaren em 2018, caso Alonso saia da equipe. Honestamente, duvido muito que Jenson retorne. Foi mais uma belíssima jogada de Ron Dennis para conciliar todos os seus interesses: Não perder nem Button, nem o jovem belga, que já estava sendo cobiçado por outras equipes, diante de tanta demora em ser efetivado. Dois coelhos em uma cajadada só!

Pérez renovou com a Force India e esfriou o mercado. O mexicano era ventilado em Williams e Renault. Abriu espaço para outros jovens pilotos em busca de vagas. Talvez o mais interessante seria migrar para uma equipe de fábrica, mas como isso não foi possível, a Force India sempre é garantia de bons resultados, ainda mais agora que está crescendo.

Começa o efeito dominó: Com Button e Massa fora, abriu-se espaço para os jovens pilotos em cockpits importantes. Começando pela Williams: Ao que parece, a disputa para ser companheiro de equipe de Bottas está entre Nasr e o jovem Lance Stroll, canadense filho de um pai que tem muito dinheiro e chega com promessa de injetar essa grana pesada na Williams. Entretanto, Lawrence Stroll comprou uma equipe de GP2 para seu filho no ano que vem (A Prema). O temor é que Nasr seja apenas um "esquenta-banco" do canadense, assim como foi Bruno Senna em relação a Bottas. Parece ser questão de tempo para que a Williams anuncie o retorno do brasileiro para a equipe, agora como titular.

Foto: Divulgação
A Renault é um grande mistério. Sem os dois veteranos, Nasr (provavelmente), Pérez, Sainz e Vandoorne, é difícil apostar na dupla de pilotos dos franceses. Ocon, que parecia ser o mais confirmado, pode permanecer na Manor, que virou equipe satélite da Mercedes, assim como Wehrlein. Palmer não deve continuar. Magnussen, que não vem bem, pode ser um segundo piloto caso faltem opções. Resta Kvyat (?) e quem mais? Ao mesmo tempo que são as vagas mais cobiçadas do grid, parecem ser as mais complicadas de terem um encaixe lógico. Embora tenham muito dinheiro e estrutura, a desconfiança em torno do corpo técnico dos franceses é muito grande, por isso a recusa de vários pilotos. O fato de abandonar a F1 constantemente gera um clima de insegurança para quem deseja ir para a Renault, que é a Lotus de 2015 com o motor francês. Resumindo: Magnussen e Palmer foram boi de piranha, pagando o pato por usar um carro remendado às pressas e que não se desenvolveu em momento algum, se preservando para tentar dar o pulo do gato em 2017.

A dupla da Renault pode ficar a pé, ou não. Se Nasr sair da Sauber, Magnussen já teria iniciado contatos para formar uma dupla nórdica com Ericsson. Seria interessante. Palmer, por sua vez, é especulado junto com o jovem Charles Leclerc da GP3, ligado a Ferrari, para substituir Gutiérrez na Haas. Negócio difícil. O dinheiro de Carlos Slim e a parceria técnica com os italianos são uma vantagem importantíssima para o mexicano. Nesse caso, infelizmente, a pilotagem é o que menos interessa. Guti é fraco, mas tem dinheiro. Isso basta nos dias atuais.

Cockpits da Renault estão disponíveis. Foto: F1
Para finalizar o pacote de especulações, parece ser evidente que Kvyat será subsituído por Pierre Gasly, ainda mais caso o francês seja campeão da GP2 (que, aliás, foi um corridaço - Giovinazzi saiu em último, aproveitou o SC causado por Pic e Canamasas e venceu na última volta, com dobradinha italiana; Marciello foi o 2°, Gasly o 4°). Completamente destruído psicologicamente pós-rebaixamento, o russo deve terminar o ano na rua. É muito triste. Entretanto, com o dinheiro russo que dispõe, pode brigar pelas vagas disponíveis, tanto em Sauber, Renault, Williams, Haas e até Manor. Se vai conseguir, é outra conversa... Mas a "tentiada é livre".

Foto: Getty Images
Enquanto isso no treino, o de sempre: Hamilton pole, com direito a quatro décimos de vantagem sobre Rosberg. Humilhou. Se não acontecer nada catastrófico, Lewis vem para uma vitória tranquila. Ele se igualou a Senna e Fangio em número de poles em Monza: cinco. Foi a 56a da carreira.

Logo atrás, as duas Ferraris. Previsível. Vettel e Raikkonen. Praticamente um segundo atrás das flechas de prata. Difícil lutar nessas circunstâncias. Os tifosi terão que esperar. Bottas alcançou um excelente e improvável quinto lugar, enquanto Massa foi somente o 11°. Logo atrás, as duas Red Bull, com Ricciardo à frente de Verstappen, seguido das duas Force India (Pérez e Hulk) e o Gutiérrez em 10° (sim, o mexicano foi para o Q3 pela primeira vez na carreira).

Na parte de trás, destaque para Wehrlein, que larga em 14°, um grande resultado da Manor. à frente de Button e Sainz, por exemplo. Kvyat segue ladeira abaixo e Nasr larga em 18°, enquanto Ericsson é o 19° e as duas Renault ocupam 20° e 21° posições, com Palmer e Magnussen. Ocon não paricipou do treino.

Na corrida mais curta do ano (1h15), a tendência é de outro passeio dos alemães. Estamos sempre esperando o sobrenatural de Almeida que nunca aparece, mas somos esperançosos. Confira o grid de largada para o GP da Itália da F1. Até!



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